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LABORATÓRIO Nº.

O1 – MEDIDA DE TEMPERATURA

NOME NÚMERO TURMA ASSINATURA


Rafael de Moura Ramos 181323991 611-2

1- INTRODUÇÃO:
Para a maioria das pessoas a temperatura é um conceito intuitivo que indica quando um corpo
está quente ou frio. No enunciado da segunda lei da termodinâmica a temperatura se relaciona com o
calor, já que o calor flui naturalmente de um corpo a alta temperatura para um que esteja a temperatura
mais baixa, na ausência de outros efeitos.
Já que a pressão, o volume, a resistência elétrica, os coeficientes de expansão etc. são variáveis
relacionadas com a temperatura, podemos deduzir que a mudança nestas variáveis pode ser utilizada
para medir a temperatura. Sua calibração pode ser feita pela comparação com padrões estabelecidos.
2- OBJETIVO:
O objetivo desta prática será DETERMINAÇÃO DAS CURVAS E RESPECTIVAS
EQUAÇÕES de calibração de instrumentos de medida de temperatura (termopares).
3- EXPERIÊNCIA:
DADOS AMBIENTAIS DO LABORATÓRIO
unidade início término
PRESSÃO
mmHg 717 717
BAROMÉTRICA
TEMPERATURA
ºC 22 22
AMBIENTE

Para a calibração de um instrumento de medida de temperatura é necessário ter-se uma


referência padrão, para isto iremos usar o método dos pontos fixos:
Calibração com temperaturas fixas.
Este método se baseia em pontos fixos primários, onde abaixo relacionamos aqueles que
iremos utilizar.

Tabela 1- Pontos fixos que serão utilizados neste ensaio:

(°C)

1- Ebulição da água 100


2- Fusão do gelo 0
3- Fusão da parafina CnH2n+2 (n > 20) 58,62
Estes valores são válidos para a pressão de 1 atm e sem impurezas.
4- RESULTADOS

Partindo dos pontos fixos primários DEVE SER montada a seguinte tabela de calibração:

Tabela 2- Calibração com temperatura fixas:

TEMPERATURA LIDA TEMPERATURA LIDA


Pontos fixos primários
NO TERMÔMETRO TERMOPAR
[ºC]
Ponto [ºC] [ºC]
Tipo

T J
1 PE H2O = 100 (*) 97 97,3 98,8
2 PF Gelo = 0 0,5 1,3 1,5
60,9
3 PF Parafina = 58,62 60 58,3

(*) Deve-se calcular os valores dos pontos fixos primários em FUNÇÃO DA PRESSÃO
ATMOSFÉRICA LOCAL.

ADEQUAÇÃO DA TEMPERATURA DE EBULIÇÃO DA ÁGUA: Obtenha a temperatura da


ebulição da água para a pressão atmosférica local do laboratório com auxílio da Tabela 3.
1 atm = 760 mmHg = 101,325 kPa

Tabela 3 – Tabela de vapor saturado.


P (kPa) 101,322 99,527 97,759 96,017 94,301 92,610 90,945
o
T ( C) 100 99,5 99,0 98,5 98,0 97,5 97,0

Tendo em vista a pressão atmosférica local de 717 mmHg tanto para o início quanto par ao fim do
experimento, seguiremos para o cálculo da temperatura para o mesmo.

760 mmHg = 101,325 kPa, seguindo esta relação, ficaremos com:


717 mmHg = 95,59 kPa.

Interpolando, para 96,017 kPa e 94,301 kPa e suas respectivas temperaturas apresentadas na Tabela
3 – Tabela de Vapor Saturado.

Y = (95,59 – 94,301) × (98,5 – 98) ÷ (96,017 – 94,301) + 94,301


Y = 98,37

Portanto, a temperatura de ebulição da água para a pressão atmosférica local, deveria ser de 98,37 ºC.
6- ANÁLISE DOS RESULTADOS.

Os dados colhidos através do aquecimento das substâncias (H20, Parafina e Gelo), nos possibilitou
a representação gráfica a seguir:

Calibração Termômetro y = 0,9683x + 1,3008


R² = 0,9988
120
97
100
Termômetro

80
60
60

40

20
0,5
0
0 20 40 60 80 100 120
Temperaturas Fixas

Figura 1 - Calibração Termômetro

Calibração Termopar T (Cobre) y = 0,9608x + 1,498


R² = 0,9999
120
97,3
100
Termômetro

80
58,3
60

40

20
1,3
0
0 20 40 60 80 100 120
Temperaturas Fixas

Figura 2 - Calibração Termopar Tipo T

Calibração Termopar J (Ferro) y = 0,9757x + 2,1454


R² = 0,9992
120
98,8
100
Termômetro

80
60,9
60

40

20
1,5
0
0 20 40 60 80 100 120
Temperaturas Fixas

Figura 3 - Calibração Termopar Tipo J


7- COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES.

Em resumo, cada um dos instrumentos deve ser utilizado na faixa de temperatura determinada
pelo material de sua construção, e de sua aplicação. Dito isso, através do coeficiente de
determinação, podemos afirmar que todos os instrumentos possuem um ótimo nível de precisão. E
assim como esperado, o Termopar de Cobre do tipo T, obteve o melhor resultado, justamente pela
possibilidade de ser utilizado em uma ampla faixa de temperaturas.
Uma observação válida de ser mencionada, seria da forma de captação de dados durante o
experimento. A forma de aquecimento utilizada via gás com controle manual da chama,
instrumentos que podem vir a estar descalibrados, se ainda somado ao erro de paralaxe por parte do
observador. Podem ter interferido na obtenção de dados mais precisos, um forte indicativo é a
diferença calculada para a temperatura de evaporação de H20.

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