Você está na página 1de 4

Inst. Ens.

Física 2/ Física Experimental L2


Universidade Federal de Pernambuco

CCEN - Departamento de Física

2022.1

Aluno(a): Giogio Pereira e Renan Massarelli

Experimento 5 – Resfriamento de Newton

Introdução
Quando são colocados em contato dois corpos com temperaturas diferentes, ocorre transferência de
energia do corpo de maior temperatura para o corpo de menor temperatura até que eles entrem em
equilíbrio térmico. A esta transferência de energia damos o nome de calor.
Este fato foi comprovado experimentalmente em 1843, por James Prescott Joule. Em meados
do século XVIII se tinha observado que corpos de mesmo material, mas com massas diferentes,
necessitam de quantidades de energia diferentes para sofrerem uma mesma variação de
temperatura.
Quando se expõe um corpo de temperatura 𝑇𝑐 a um ambiente de temperatura 𝑇𝑎 , de forma que 𝑇𝑐 ≠
𝑇𝑎 , nota-se que, após algum tempo, o objeto atinge o equilíbrio térmico com o ambiente. Comparando
os resultados de diferentes situações envolvendo resfriamento de um corpo podemos constatar que a
taxa de resfriamento depende de fatores.
Pode-se representar isto através de uma equação:
∆𝑇 = −𝑘𝐴(𝑇𝑐 − 𝑇𝑎 )∆𝑡 (eq. 1)
Onde ∆T é variação de temperatura; k é o coeficiente de calor especifico; 𝑇𝑐 e a temperatura inicial do
corpo; A é a área de contato entre sistema-ambiente; 𝑇𝑎 é a temperatura ambiente e ∆𝑡 é a variação
de tempo.
∆𝑇 ∆𝑇
A equação 1 pode ser escrita da seguinte forma: = −𝑘𝐴(𝑇𝑐 − 𝑇𝑎 ), onde pode ser descrita pela
∆𝑡 ∆𝑡
rapidez do esfriamento do corpo.

Objetivos gerais
Aplicar a lei de resfriamento de Newton para determinar o tempo de relaxação τ por métodos
diferentes.

Material utilizado
- Termomêtro;
[Escolha a Data]

- Recipiente plástico;
- Resistor;
- Garrafa de isopor;
- Fonte de tensão;
- Cronômetro.
Experimento Parte 1:
Determinação do tempo de relaxação τ:
Primeiro foi medido a temperatura do laboratório: 𝑇𝑙𝑎𝑏 ou 𝑇𝑎 = 23,5 ºC ± 0,1
Após a medição, foi utilizado a metodologia do roteiro: coloque cerca de 150 ml de água no
recipiente plástico, mergulhe totalmente o resistor na água, feche o recipiente, colocando-o na
garrafa de isopor, instale o termômetro, ligue a fonte de energia e aqueça até 95 - 100 graus
Celsius. Ao chegar nessa temperatura, desligue a fonte. Destampe o calorímetro e mantenha-o
aberto. Desse modo, a principal transferência de calor para o ambiente ocorre na interface água-ar.
Retire o resistor e observe a diminuição da temperatura, preenchendo a tabela 1.
Obs: O intervalo de tempo medido pela nossa bancada foi em intervalos de 5 minutos, assumimos
que a temperatura do corpo no momento 0 era igual à da água, 99,7 ºC.
Tabela 1
t 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
T(t) 99,7 87,2 80,1 74,3 69,5 64,5 61,1 57,9 54,6 52,0 49,3 47,5 45,5 43,5 42,1 40,3 39,0

∆T(t) 76,2 63,7 56,6 50,8 46,0 41,0 37,6 34,4 31,1 28,5 25,8 24,0 22,0 20,0 18,6 16,8 15,5

O tempo t é em minutos e a temperatura lida T(t) e a diferença de temperatura ∆𝑇(𝑡) = 𝑇(𝑡) − 𝑇𝑎


é em graus Celsius. (T(t)± 0,1ºC).

Atividades:
1. Construa um gráfico ∆T x t. Obtenha a constante de tempo, τ1 , a partir da análise do gráfico,
característica deste sistema, utilizando o método da tangente em t = 0.
Gráfico 1
Delta T(Celsius)

7
Gráfico1-Variação de temperatura x tempo
0
6
de resfriamento
5
6
0
5
5
5
0
4
5
4
0
3
5
3
0
2
5
2
0
1
5
1
0
5
t(
5 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 m)

0 5 0 5 0 5 0 5 0 5 0 5 0 5 0
Gráfico 2

Gráfico2-Variação de temperatura x tempo de resfriamento (Tempo de


relaxação)
Delta T(Celsius)
A= 42,18
B= -0,674

𝜏2 = 1,695 ≅ 1,7
70

65

60

55

50

45

t(m)

5 10 15

Gráfico 3

Gráfico 3- Variação de temperatura x tempo


2.00
1.80
1.60
Variação de temperatura

1.40
1.20
1.00
0.80 Tempo(minutos)

0.60
0.40
0.20
0.00
0 20 40 60 80 100
Tempo em minutos
Atividades
3, a- O comportamento esperado é uma liberação de calor para o ambiente de forma linear,
porém quanto mais quente, maior o resfriamento (ou relaxação) e conforme a temperatura do objeto
se aproxime mais a temperatura do ambiente, menor vai ser essa variação.

b- Observamos um comportamento parecido, mas não idêntico a teoria. Linear, porém


bagunçado, de acordo com as análises gráficas.

c- Após a consulta do gráfico mono-log (gráfico 3) o tempo 𝑡3 foi determinado igual a ≃ 38,73.

d- Erro percentual de 218,49%, absurdamente alto. Valor mais confiável para 𝜏 é o segundo
determinado pela linearização, 𝑡2 = 1,695, pois é mais fácil e os valores calculados com essa
constante são parecidos com os obtidos experimentalmente.

Você também pode gostar