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SOLOS
AULA 01
I. Permeabilidade em solos
II. Determinação do Coeficiente de Permeabilidade
III.Fatores que Influenciam na Permeabilidade
IV. Estratigrafia do solo
1. Definições gerais
O que é a permeabilidade?
A medida de quanto fácil será para um fluido passar através dos
poros de um meio poroso.
O que é a permeabilidade?
A medida de quanto fácil será para um fluido passar através dos
poros de um meio poroso.
Solo Arenoso:
- Fluxo fácil
- Alta permeabilidade
O que é a permeabilidade?
A medida de quanto fácil será para um fluido passar através dos
poros de um meio poroso.
Notícia de Jornal
Surgência – Barragem Joana -
Entrega de túnel está nove meses
atrasada PI
Qual a importância da permeabilidade?
E principalmente:
- Estimativas de vazões;
- Obras de drenagem;
- Estabilidade de taludes;
- Análises de deformações;
- Rebaixamento de lençol freático.
Surgência
Barragem Itauna - CE
Lei de darcy (1850)
- Darcy executou uma experiência para estudar o fluxo de água
através de solos. Variando o comprimento da amostra (L), a pressão de
água no topo e no fundo da amostra.
Fazendo um 𝑄
Experimento mental!
Lei de darcy (1850)
- Darcy executou uma experiência para estudar o fluxo de água
através de solos. Variando o comprimento da amostra (L), a pressão de
água no topo e no fundo da amostra.
𝑄
Lei de darcy (1850)
- Darcy executou uma experiência para estudar o fluxo de água
através de solos. Variando o comprimento da amostra (L), a pressão de
água no topo e no fundo da amostra.
𝑄
Lei de darcy (1850)
- Darcy executou uma experiência para estudar o fluxo de água
através de solos. Variando o comprimento da amostra (L), a pressão de
água no topo e no fundo da amostra.
A
𝑄≈
𝐿
L
𝑄
Lei de darcy (1850)
- Darcy executou uma experiência para estudar o fluxo de água
através de solos. Variando o comprimento da amostra (L), a pressão de
água no topo e no fundo da amostra.
A
𝑄≈
𝐿 h
𝑄
Lei de darcy (1850)
- Darcy executou uma experiência para estudar o fluxo de água
através de solos. Variando o comprimento da amostra (L), a pressão de
água no topo e no fundo da amostra.
A
ℎ
𝑄≈
𝐿 h
Teorema de Torricelli
Lei de darcy (1850)
- Darcy executou uma experiência para estudar o fluxo de água
através de solos. Variando o comprimento da amostra (L), a pressão de
água no topo e no fundo da amostra.
A
ℎ
𝑄≈
𝐿 h
𝑄
Lei de darcy (1850)
- Darcy executou uma experiência para estudar o fluxo de água
através de solos. Variando o comprimento da amostra (L), a pressão de
água no topo e no fundo da amostra.
A
ℎ
𝑄 ≈ ×𝐴
𝐿 h
𝑄
Lei de darcy (1850)
- Darcy executou uma experiência para estudar o fluxo de água
através de solos. Variando o comprimento da amostra (L), a pressão de
água no topo e no fundo da amostra.
A
ℎ
𝑄 ≈ ×𝐴
𝐿 h
𝑄
Lei de darcy (1850)
- Darcy executou uma experiência para estudar o fluxo de água
através de solos. Variando o comprimento da amostra (L), a pressão de
água no topo e no fundo da amostra.
A
ℎ
𝑄 ≈ ×𝐴
𝐿 h
𝑄
Lei de darcy (1850)
- Darcy executou uma experiência para estudar o fluxo de água
através de solos. Variando o comprimento da amostra (L), a pressão de
água no topo e no fundo da amostra.
A
ℎ
𝑄 ≈ ×𝐴
𝐿 h
𝑄
Lei de darcy (1850)
- Darcy executou uma experiência para estudar o fluxo de água
através de solos. Variando o comprimento da amostra (L), a pressão de
água no topo e no fundo da amostra.
A
ℎ
𝑄 ≈ ×𝐴
𝐿 h
𝑄
Lei de darcy (1850)
- Darcy executou uma experiência para estudar o fluxo de água
através de solos. Variando o comprimento da amostra (L), a pressão de
água no topo e no fundo da amostra.
A
ℎ
𝑄 = 𝑘× ×𝐴
𝐿 h
Onde: L
Q= Vazão
A = Área do Permeâmetro
𝑄
K = Constante do solo
Lei de darcy (1850)
- A relação de “h” a carga que dissipa e “L” a distância a qual a carga
dissipa, temos gradiente hidráulico “i”
ℎ ℎ
𝑄 = 𝑘. . 𝐴 𝑖=
𝐿 𝐿
Logo, temos que a vazão:
𝑄 = 𝑘. 𝑖. 𝐴 𝑄 = 𝑣. 𝐴
𝑣 = 𝑘. 𝑖 Velocidade de percolação
Relação entre velocidade de descarga “vd” e velocidade efetiva da água “vef”
Vd é a velocidade de descarga de
água com base na área seccional
transversal bruta do solo.
𝐿
𝑣𝑑 =
𝑡
Relação entre velocidade de descarga “vd” e velocidade efetiva da água “vef”
Vd é a velocidade de descarga de
água com base na área seccional
transversal bruta do solo.
L
No entanto, a velocidade efetiva
da água Vef (chamada de velocidade de
fluxo ou velocidade de percolação)
através dos vazios é maior que vd
Relação entre velocidade de descarga “vd” e velocidade efetiva da água “vef”
𝑄 = 𝐴. 𝑣𝑑 = 𝐴𝑒𝑓 . 𝑣𝑒𝑓
fluxo Q
𝑣𝑑
𝑣𝑒𝑓 =
𝑛
L
Área da amostra Área de vazio da
“A” seção “Av”
=
Área dos sólidos na
seção “As”
2. Determinação do Coeficiente
de Permeabilidade
Valores Típicos
O coeficiente de permeabilidade, k, tem as mesmas
unidades da velocidade (m/s ou cm/s).
Tipo de Solo Coeficiente de Permeabilidade
(m/s)
Argilas K<10-9
Siltes 10-6 < K < 10-9
Areias argilosas 10-7
Areias finas 10-5
Areias médias 10-4
Areias grossas 10-3
Fonte: Souza Pinto, 2002
Ensaios de Laboratório
a) Permeâmetro de Carga Constante
A Nível Constante
∆𝑉
L 𝑄=
∆𝑇
∆𝑇
∆𝑉
Permeâmetro de carga constante
“Esquema”
Ensaios de Laboratório
a) Permeâmetro de Carga Constante
∆𝑉 ℎ
𝑄= 𝑄 = 𝑘. . 𝐴
∆𝑇 𝐿
A Nível Constante
h ∆𝑉 ℎ
= 𝑘. . 𝐴
L
∆𝑇 𝐿
∆𝑇
∆𝑉. 𝐿
𝑘=
∆𝑇. 𝐴. ℎ
∆𝑉
Permeâmetro de carga constante
“Esquema”
Ensaios de Laboratório
a) Permeâmetro de Carga Constante
Montagem do permeâmetro
Ensaios de Laboratório
a) Permeâmetro de Carga Constante
Instalação do permeâmetro
Ensaios de Laboratório
a) Permeâmetro de Carga Constante
A hi
L hf
L hf
𝑑ℎ ℎ. 𝐴
න = න 𝑘.
𝑑𝑡 𝐿. 𝑎
2
𝑘 = 𝐶. 𝑑10
Onde:
• k é a permeabilidade expressa em cm/s;
• d10 é o diâmetro efetivo em cm;
• 90 < C < 120 sendo muito usado: C=100
Relações empíricas
Embora esta fórmula tenha sido determinada empiricamente, com
grãos de areia uniforme, cujo d10 variava entre 0,1 e 3mm, esta estimativa
de k pode ser utilizada como ordem de grandeza. A experencia técnica
demonstra coerência entre os valores encontrados na prática.
Permeabilidade (m/s)
1.0e-10
1.0e-11
1.0e-12
1.0e-13
1.0e-14
1.0e-15
Kh
3) Anisotropia
A disposição das partículas influencia na permeabilidade.
Kv
Kh > Kv
4) Temperatura
Influencia da temperatura altera a viscosidade do fluido
ℎ
h
𝑄 = 𝑘. . 𝐴
𝐿
Q
L
A
Permeâmetro com dois solos perpendiculares ao fluxo
Para a situação em que se avalia a permeabilidade no permeâmetro
com dois solos em sequência, temos:
𝑄1 = 𝑄 2
h ℎ = ℎ1 + ℎ2
Q
L
ℎ1
A
ℎ2
Permeâmetro com dois solos paralelos ao fluxo
Para solos em paralelo, temos a seguinte configuração:
𝑄 = 𝑄1 + 𝑄2
h ℎ = ℎ1 = ℎ2
ℎ1
u2 u2
Q
L
u1 u1 A u1 ℎ2
Exercício 3
Considere a situação seguinte sabendo-se que os solos A e B existentes nos
permeâmetros (com largura igual a 30 cm) têm coeficiente de permeabilidade kA = 10-2
cm/s e kB = 2x10-2 cm/s. Determine para os permeâmetros mostrados nas figuras:
Solo estratificado
Solos Estratificados
1m
𝑞 = 𝑣. 1. 𝐻 = 𝑣1 . 1. 𝐻1 + 𝑣2 . 1. 𝐻2+
+ 𝑣3 . 1. 𝐻3 + … + 𝑣𝑛 . 1. 𝐻𝑛 kv1 H1
kh1
kv2 H2
Onde: Direção do Fluxo
kh2
kv3
• v é a velocidade de descarga média
H3 H
kh3
kvn Hn
khn
𝟏
𝒌𝒉 = [(𝒌𝒉𝟏 . 𝑯𝟏 ) + (𝒌𝒉𝟐 . 𝑯𝟐 ) + ⋯ + (𝒌𝒉𝒏 . 𝑯𝒏 )
𝑯
Solos Estratificados
Para a direção vertical: kv1 H1
kh1
𝑯 kv2
𝒌𝒗 = H2
𝑯𝟏 𝑯𝟐 𝑯𝒏 kh2
[ + + ⋯+ ] kv3 H3
𝒌𝒗𝟏 𝒌𝒗𝟐 𝒌𝒗𝒏 kh3
H
kvn Hn
khn
Direção do Fluxo
Exercício 5
Considere a situação seguinte sabendo-se que os solos A e B existentes nos
permeâmetros (com largura igual a 30 cm) têm coeficiente de permeabilidade kA = 10-2
cm/s e kB = 2x10-2 cm/s. Determine a permeabilidade equivalente e a vazão pelo
sistema.
Exercício 6
A figura a seguir mostra três camadas de solo em um tubo com 100 x 100 mm na seção
transversal. A água é fornecida para manter uma diferença de carga constante de 300 mm
em toda a amostra. Qual a taxa de água cm³/h
Solo K (cm/s)
A 10-2
B 3x10-3
C 4,9x10-4
Sousa Pinto: Capitulo 6