Você está na página 1de 41

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

SUAE
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
CAPTAÇÃO DE ÁGUAS

Profª Juliana Delgado Tinôco


CAPTAÇÃO DE ÁGUAS

É o conjunto de estruturas e dispositivos,


construídos ou montados junto a um manancial,
para a retirada de água destinada a um sistema
de abastecimento.

 Superficiais: Arroios, Rios, Lagos, Represas

 Subterrâneas: Aquíferos freático e artesiano

Profª Juliana Delgado Tinôco


CAPTAÇÃO DE ÁGUAS
As águas subterrâneas podem ser armazenadas
em dois tipos de aquíferos:

Aquífero livre
Aquífero confinado

L. Livre: P = Patm

L. confinado, P > Patm


Profª Juliana Delgado Tinôco
TIPOS DE AQUÍFEROS

 Não-Confinado (Freáticos ou Livres): é um extrato


permeável, parcialmente saturado de água,
sobrejacente a um extrato ou formação impermeável.
A pressão que a água exerce no nível freático é
igual à pressão atmosférica;

 Confinado (Artesiano ou Cativo): encerrado entre


formações impermeáveis ou quase impermeáveis.
Ele está sob pressão maior do que a pressão
atmosférica. A água num aquífero confinado é
também dita lençol artesiano.

Profª Juliana Delgado Tinôco


AQUÍFERO LIVRE

Lençol freático: É aquele em que a água se encontra


livre, com sua superfície sob a ação da pressão
atmosférica.

Profª Juliana Delgado Tinôco


AQUÍFERO CONFINADO
Lençol artesiano: É aquele em que a água encontra-se confinada
por camadas impermeáveis e sujeita a uma pressão maior que a
atmosférica.

Profª Juliana Delgado Tinôco


USO DA ÁGUA
SUBTERRÂNEA
PARA O
ABASTECIMENTO
PÚBLICO NA
AMÉRICA LATINA
E CARIBE

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)


MANANCIAIS SUBTERRÂNEOS

 Naturais ou aflorantes: fontes, nascentes ou


"minas" de qualquer tipologia, nas quais a
água alcança a superfície por ação de
processos ligados à dinâmica terrestre;

 Captados por obras diversas: poços, galerias,


drenos etc.

Profª Juliana Delgado Tinôco


MANANCIAIS RASOS

Profª Juliana Delgado Tinôco


CAPTAÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

Naturais ou aflorantes:

 Normalmente fornecem pouca vazão,


 As obras são basicamente constituídas de uma caixa
de recepção e acumulação,
 Dessa caixa, a água é encaminhada à estação de
tratamento, para posterior distribuição,
 As caixas devem ser protegidas contra enxurradas e
agentes poluidores, bem como do acesso de
animais.

Profª Juliana Delgado Tinôco


CAPTAÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

Fontes ou bicas de água

Profª Juliana Delgado Tinôco


CAPTAÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

Mananciais subsuperficiais (poço raso ou freático)

 É uma escavação manual ou mecânica, de seção


cilíndrica, em geral, com diâmetro muito variável,
desde alguns centímetros até metros.
 A profundidade do poço, suficiente apenas para
penetrar a zona saturada em espessura segura para
obter água, é definida pelo nível do lençol freático
ou nível de água no aquífero.

Profª Juliana Delgado Tinôco


CAPTAÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

Mananciais subsuperficiais (poço raso ou freático)

 Poços manuais simples: escavações verticais feitas com ferramentas


manuais. Geralmente têm secções circulares e diâmetro próximo de um
metro, suficiente para permitir o trabalho humano durante sua construção;

 Poços tubulares rasos: são escavações verticais feitas a trado ou por


cravação de hastes metálicas, geralmente em material inconsolidado, mais
comumente nos aluviões e coberturas detríticas, ou em rochas brandas;

 Poços amazonas: são escavações verticais, geralmente rasas e construídas,


na maioria das vezes, com profundidade de até 10 m e diâmetro entre 3 e
6 m. É, a um só tempo, local de produção e de armazenamento de água.

Profª Juliana Delgado Tinôco


MANANCIAIS DE ÁGUA SUBTERRÂNEO
Poços rasos 
 

Profª Juliana Delgado Tinôco


Poços Amazonas
Revestidos internamente com estrutura
de concreto armado, a fim de evitar a
entrada de água indesejável e não
permitir o desmoronamento de camadas
instáveis de terreno.

Profª Juliana Delgado Tinôco


Outros exemplos:

 Drenos são valas ou trincheiras abertas desde a superfície do


terreno até atingir o aquífero, onde se introduzem tubos
ranhurados envoltos numa manta permeável e numa camada de
elementos de granulometria controlada, capazes de direcionar o
fluxo das águas subterrâneas para pontos de interesse;

 Outras formas de drenos são perfurações sub-horizontais feitas


por sondas, trados ou por cravação de hastes, a partir de locais
estrategicamente selecionados;

 Tais obras podem ser implantadas no interior de poços


amazonas, de galerias ou nas variações bruscas de declive
(quebras naturais do terreno) — onde se introduzem,
mecanicamente, elementos de alta permeabilidade, para conduzir
as águas do aquífero aos pontos de captação.

Profª Juliana Delgado Tinôco


GALERIA FILTRANTE

Profª Juliana Delgado Tinôco


DRENOS PARA
CAPTAÇÃO

Profª Juliana Delgado Tinôco


DRENOS PARA
CAPTAÇÃO

Profª Juliana Delgado Tinôco


Outros exemplos:

 Barragens subterrâneas: construções destinadas a


criar um reservatório artificial no interior de sedimentos
aluvionares;

 Nos aluviões do leito de drenagens intermitentes ou


efêmeras, constrói-se um obstáculo impermeável, com
a finalidade de barrar o fluxo de água subterrânea e
elevar o seu nível a montante do barramento.

Profª Juliana Delgado Tinôco


BARRAGENS
SUBTERRÂNEAS

Profª Juliana Delgado Tinôco


BARRAGENS
SUBTERRÂNEAS

Profª Juliana Delgado Tinôco


MANANCIAIS PROFUNDOS

Profª Juliana Delgado Tinôco


HIDRÁULICA DOS POÇOS
resumo/considerações
 Poço é uma obra de engenharia regida por norma técnica
destinada a captação de água do aquífero;

 Quando iniciamos o bombeamento de um poço, ocorre um


rebaixamento do nível da água do aquífero, criando um gradiente
hidráulico (uma diferença de pressão) entre este local e suas
vizinhanças;

 Este gradiente provoca o fluxo de água do aquífero para o poço,


enquanto estiver sendo processado o bombeamento;

 A condição de exploração permanente (Q=cte) dá-se quando a


vazão de exploração é igual a vazão do aqüífero para o poço;

 Se o bombeamento parar, o nível d’água retorna ao nível original


(recuperação).
Profª Juliana Delgado Tinôco
TERMOS UTILIZADOS NA
HIDRÁULICA DOS POÇOS
ABNT NBR 12.212

Nível estático (NE): corresponde à pressão neutra do aquífero no


ponto considerado. É a superfície livre da água dentro do poço,
medida a partir da superfície do solo e referida ao nível médio dos
mares;

Nivel dinâmico (ND): é o nível do lençol de água dentro do poço,


quando o mesmo está sendo bombeado. È medido a partir da
superfície do solo até o nivel do bombeamento;

Rebaixamento (S): corresponde a distância vertical dentro do poço,


entre o NE e ND. S = ND-NE

Profª Juliana Delgado Tinôco


Profª Juliana Delgado Tinôco
HIDRÁULICA DOS POÇOS
resumo/considerações

 A vazão que deve ser retirada do poço deve ser menor


ou igual a vazão que chega ao poço, para que não
ocorra uma depreciação até a exaustão do aquífero;

 A estimativa da vazão de exploração através do poço


é baseada na equação de Darcy considerando fluxo
permanente (Q=cte).

Profª Juliana Delgado Tinôco


LEI DE DARCY

A Lei de Darcy rege o escoamento da água nos solos saturados e é


representada pela seguinte equação:

dh
Q  K  A.
dx
Em que:
Q = Vazão do fluxo;
K = condutividade hidráulica;
A = área;
dh = variação de carga piezométrica;
dx = variação de comprimento na direção do fluxo;
dh/dx = perda de carga.

Perda de carga = decréscimo na carga hidráulica pela dissipação de


energia devida ao atrito no meio poroso.

Profª Juliana Delgado Tinôco


LEI DE DARCY
Condutividade Hidráulica K: medida da habilidade de um aquífero
conduzir água através do meio poroso; é expressa em m/dia, m/s, mm/h

[K = v/(dh/dx)].

Condutividade Hidráulica é a não resistência ao fluxo, por exemplo:

 Na Areia a velocidade do fluxo é maior, então K é maior

 Na argila a velocidade do fluxo é menor, então o K é menor.

Profª Juliana Delgado Tinôco


Profª Juliana Delgado Tinôco
Poços profundos

Profª Juliana Delgado Tinôco


Unidades de Bombeamento

A unidade de bombeamento diz


respeito ao tipo de equipamento
utilizado para o bombeamento da
água do poço.

No caso de poços tubulares, podem


ser: bomba submersa, bomba
injetora, bomba manual, bomba
centrífuga, compressor e catavento.

Profª Juliana Delgado Tinôco


Poços profundos

INSTALAÇÃO DE
CONJUNTO
MOTOR-BOMBA
EM POÇOS
PROFUNDOS

Profª Juliana Delgado Tinôco


Unidades de Bombeamento

Bomba injetora: é
utilizada para
bombeamentos
com vazões de
pequeno a médio
porte, com
profundidades
variadas, e
funciona tanto
com energia
elétrica como
com combustível.

CPRM (1998)
Profª Juliana Delgado Tinôco
Unidades de Bombeamento

Bomba
Centrífuga: é
utilizada para
bombeamentos
com vazões de
pequeno porte (<
3.600 L/h), com
baixas
profundidades, e
funciona tanto
com energia
elétrica como
com combustível.

CPRM (1998)
Profª Juliana Delgado Tinôco
Unidades de Bombeamento

Bomba centrífuga
Submersa: é
utilizada para
bombeamentos
com vazões de
médio a grande
porte (> 3.000
L/h), com
profundidades
variadas.

CPRM (1998) Profª Juliana Delgado Tinôco


Unidades de Bombeamento

Bomba Manual: é
utilizada para
bombeamentos
manuais, com
baixíssimas
vazões (< 500
L/h), com baixas
profundidades, e
requer o trabalho
braçal humano.

CPRM (1998)
Profª Juliana Delgado Tinôco
Unidades de Bombeamento

Catavento:
quando o poço é
instalado com
uma estrutura
metálica em torre
contendo no seu
topo um sistema
de hélices que
aciona, através
da energia eólica
(vento), um
pistão que
funciona dentro
do poço

CPRM (1998)
Profª Juliana Delgado Tinôco
Unidades de Bombeamento

Compressor: de um
motor externo
(compressor) é injetado
o ar comprimido dentro
do poço através de um
cano de reduzido
diâmetro (injetor de
ar); o ar injetado faz
com que a água suba à
superfície por um outro
tubo de maior diâmetro
(tubo edutor) e a
encaminha até a caixa
d'água ou outro sistema
CPRM (1998) Profª Juliana Delgado Tinôco
Profª Juliana Delgado Tinôco
Profª Juliana Delgado Tinôco

Você também pode gostar