Hidrogeologia

LEGISLAÇÃO: declaração universal dos direitos da água (22 de maio de 1992),

decreto lei 90/90 sobre os recursos geológicos subdividido no domínio publico que
abrange as águas minero-indústrias (DL85/90) e as águas minerais naturais (DL86/90),
pertencentes ao domínio privado temos as águas de nascente (DL84/90).
BALANÇO HIDRICO GLOBAL:
sendo o Brasil o país com maior número
de recursos hídricos, seguido da Rússia,
Canada, Indonésia, china, Colômbia,
EUA, peru, índia e congo. Consumo de
água no ano de 2000 foi de 4000
Km3/ano e consumo per capita mundial
de 645m3 e de Portugal 175m3.

BALANÇO HIDRICO REGINAL:

Sendo 𝚹 a media de ºC, I a soma de i= (𝚹/5)^1.514
e F lambda a constante de thornaille.
ÁGUA SUBTERRANEA: corresponde ao total de água, contida ou em circulação nas
diferentes formações geológicas, independente do tipo e profundidade.
A particularidade da estrutura molecular da água
possibilita processos de interação água/rocha, retém a
água nas microfissuras. Se a granulometria desta
diminuir já não é possível a retenção da água e assim
passa a sofrer ação das forças gravíticas, sendo assim
possível classificar: águas de retenção e águas gravíticas.
Águas de retenção- não é dotada de mobilidade e
corresponde á fração de água ligada á superfície das
partículas (filme de água espessura 0.1micra), resultante
de forças de atração. Classifica-se como água não
disponível sendo apenas extraível a água pelicular por
centrifugação.
Águas gravíticas- corresponde á fração de água
subterrânea libertada por ação da gravidade,
movimentando-se no aquífero por gradiente hidráulico.
Classifica-se como água disponível, sendo extraída por
drenagem e posterior dissecação a 108ºC.
- Dependendo da origem e do tempo de contacto com o aquífero é possível classificar as
diferentes águas:
✓ Águas vadosas ou meteóricas: água encontrada envolvida na circulação
atmosférica, sendo a composição química inteiramente influenciada pela água de
infiltração e o material do aquífero. Composição semelhante à água da chuva.
✓ Águas marinhas: água marinha que invade formações costeiras mantendo as
características químicas da água do mar eventualmente com maior dureza.
✓ Águas fósseis: água aprisionada no terreno durante milhares de anos. É em geral
muito salina, devido ao longo contacto que teve com o aquífero. A sua
composição química costuma ser fortemente cloretada em relação com a água do
mar

POROSIDADE EFICAZ VS TOTAL:

A resposta do aquífero depende das características ou parâmetros entre dos quais
a porosidade(𝒏), que condiciona o armazenamento e circulação da água subterrânea,
sendo esta feita por uma rede de espaços entre os grãos.
𝑽𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝒅𝒆 𝒗𝒂𝒛𝒊𝒐𝒔
𝒏=
𝑽𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝒅𝒂 𝒂𝒎𝒐𝒔𝒕𝒓𝒂

Previsivelmente existe água que não

é extraível e a possibilidade de vazios
semifechados onde a água não
circula ou circula muito lentamente,
obtendo-se a porosidade eficaz(𝑛𝑒).
Afetada pela dimensão dos poros,
menor granulometria menor
porosidade, o grau de conexão entre
os poros que depende da calibração e
a cimentação.

n-ne= retenção especifica

𝑽𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝒅𝒆 𝒗𝒂𝒛𝒊𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝒂𝒈𝒖𝒂 𝒈𝒓𝒂𝒗𝒊𝒕𝒊𝒄𝒂

𝒏𝒆 =
𝑽𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍.
Teor de humidade (𝜭), é a razão entre a quantidade de água na formação e o volume
total solido
𝑽𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝒅𝒂 á𝒈𝒖𝒂
𝜭=
𝑽𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒅𝒐
HUMIDADE SO SOLO:

Parcela de água que se infiltra pode alimentar o

aquífero ou ficar retida no solo. Sendo o foco a parcela de
água retida na parte superior do terreno e que está submetida
a forças de intensidade relacionadas com a fixação do
material solido. Resultando em diferentes zonas de
humidade:
Zona de saturação limitada superiormente pela superfície
freática na qual todos os espaços vazios estão preenchidos
por água.
Zona de aeração/vadosa situada entre a superfície freática e
a superfície do terreno contendo uma pequena porção
saturada sendo subdividida em zona de evapotranspiração,
zona intermedia e zona capilar

FLUXO DE ÁGUA SUBTERRANÊA:

A compreensão do funcionamento dos aquíferos e do movimento da água
subterrânea desde a zona de recarga até às captações ou emergências naturais implica
conhecer as leis que regem o fluxo de água subterrânea, tendo como base 3 parâmetros
fundamentais: a permeabilidade, a porosidade e o coeficiente de armazenamento.

Altura do piezómetro (𝑙) que encontra o equilíbrio entre o peso específico do liquido e a
pressão: 𝑙 =
𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜
𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑜 𝑙𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜

TEOREMA DE BERNOULLI

▲h= perda de carga devido á

fricção.

LEI DE DARCY- Fluxo de água em meio poros, par tal

recorreu-se a um cilindro de comprimento L e secção A
que foi cheio com material poroso pelo qual se fez circular
água.
 Assim Darcy demonstrou que o volume de água
(caudal, Q) pode ser obtido pela fórmula. Podendo
ser simplificada, h/l será o gradiente hidráulico (i).

Permeabilidade (K): volume de água gravítica que atravessa uma

unidade de tempo, sob o efeito de uma unidade de gradiente hidráulico.
A permeabilidade varia consoante o material atravessado, em meios
anisotrópicos, exemplo aquíferos de múltiplas camadas, a permeabilidade adquire
valores diferentes.
A permeabilidade intrínseca é afetada pela granulometria, a disposição e
interconexão dos grãos, a superfície especifica e a porosidade eficaz. Já a
permeabilidade extrínseca depende da viscosidade dinâmica expressa pela resistência do
líquido e o peso volúmico.

Transmissividade(T): define-se como o caudal circulante

através de uma franja vertical do terreno numa secção unitária e
altura igual à da camada permeável saturada. Refletindo assim a capacidade de um meio
transmitir água em unidades de área tempo. (b = espessura saturada)

Coeficiente de armazenamento(S): define-se como o volume de água que pode ser

libertado por um prisma vertical do aquífero, sendo uma grandeza adimensional
os valores do coeficiente de armazenamento são completamente distintos consoante se
trate de aquíferos livres ou cativos.

AQUIFEROS-RESERVATORIOS DE ÁGUA SUBTERRANEA

Um aquífero é uma formação hidrogeológica permeável que permite a
circulação de água, através de poros ou fraturas e que pode ser explorados em condições
rentáveis. enquanto sistema hidrológico
e hidrodinâmico possui características
tais como: o reservatório apresenta
dimensões e estrutura própria, os
processos internos tem função de
armazenamento, condução e trocas
geoquímicas. Interação ambiental
fundamental para o ciclo da água,
variabilidade espacial e temporal.
Podem descrever-se 3 tipos de
aquífero:
hidrodinâmico com flutuações livres- AQUIFERO LIVRE OU FREATICO, geológico
impermeável- AQUIFERO CATIVO, geológico semipermeável- AQUIFERO SEMI-
CATIVO.
No caso de aquíferos suspensos, surge quando uma camada de material de baixa
permeabilidade forma uma lentícula no seio de material mais permeável(argilas no meio
de cascalho). Normalmente acima do nível freático.
 ✓ Aquífero: permite a transmissão, enquadra-se neste tipo os aluviões dos rios,
formados por urna mistura de cascalho e areias, os arenitos pouco consolidados,
alguns tipos de rochas vulcânicas, formações calcárias muito carsificadas.
✓ Aquiclutos: formações geológicas que contem água no seu interior, mas não a
transmitem impossibilitando a sua exploração, inclui argilas.
✓ Aquitardos: contem quantidades apreciáveis de água, mas como a transmissão é
muito lenta inviabiliza a sua exploração. Exemplo argilas limosa e arenosas.
✓ Aquifugos: formações que não contem água logo não a podem transmitir,
exemplo maciço granítico não alterado.

A variação do caudal de uma nascente é

dada pela fórmula:

REBAIXAMENTO- ensaios de bombagem:

R= raio de influencia.
A bombagem tem como principais objetivos a
determinação das características do complexo
aquífero(ensaio de poço), medição de parâmetros
hidrostáticos (transmissividade e coeficiente de
armazenamento), testar as características do aquífero
(limites, estrutura, drenagem, etc). O termo nível
hidrostático (NHE) refere-se ao nível de água em que
os aquíferos se encontram sem serem influenciados
pela bombagem. O termo nível hidrodinâmico (NHD),
corresponde ao nível estabilizado da água num furo
apos várias horas de bombagem a caudal constante. A
diferença entre estes resulta no rebaixamento do
aquífero. Cone de rebaixamento