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HIDROLOGIA APLICADA

Hidrologia Aplicada

Denominam-se condutos livres ou canais, os condutos onde o escoamento é caracterizado por apre-
sentar uma superfície livre na qual reina a pressão atmosférica. Neste contexto, os cursos d’água na-
turais constituem o melhor exemplo de condutos livres.

Além dos rios, funcionam como condutos livres os canais artificiais de irrigação e drenagem, os aque-
dutos abertos, e de um modo geral, as canalizações onde o líquido não preenche totalmente a seção
do canal. Os escoamentos em condutos livres diferem dos que ocorrem em condutos forçados porque
o gradiente de pressão não é relevante.

Nesses condutos, os escoamentos são mais complexos e com resolução mais sofisticada, pois as va-
riáveis são interdependentes com variação no tempo e espaço. Um importante característica da hidráu-
lica dos canais além da superfície livre, é a deformidade desta.

Nos condutos livres, ao contrário do que ocorre nos forçados, a veia líquida tem liberdade de se modi-
ficar para que seja mantido o equilíbrio dinâmico. Dessa forma a deformidade da superfície livre dá
origem a fenômenos desconhecidos nos condutos forçados, como o ressalto hidráulico, o remanso etc.

Elementos característicos da seção de um canal

Área (A) – é a seção plana do canal, normal a direção geral da corrente líquida;

Seção molhada (A) - parte da seção transversal que é ocupada pelo líquido. Os elementos geométricos
da seção molhada são:

- Profundidade (h)

- altura do líquido acima do fundo do canal;

- Área molhada (Am): é a área da seção molhada;

- Perímetro molhado (P)

- comprimento relativo ao contato do líquido com o conduto;

- Largura Superficial (B)

- largura da superfície em contato com a atmosfera;

- Raio hidráulico (R)

- relação entre a área molhada e perímetro molhado;

- Profundidade Hidráulica

- relação entre a área molhada e a largura superficial

Características dos Condutos Livres Canais Naturais A superfície livre pode variar no espaço e no
tempo, consequentemente os parâmetros hidráulicos (profundidade, largura, declividade, etc.) também
podem variar; apresentam grande variabilidade na forma e rugosidade das paredes. Canais Artificiais
Canal é prismático: a seção do conduto é constante ao longo de toda a sua extensão. Canais prismá-
ticos reto: Escoamento permanente e uniforme: características Hidráulicas constantes ao longo do es-
paço e do tempo.

Condutos Sob Pressão

Denominam-se condutos sob pressão ou condutos forçados, as canalizações onde o líquido escoa sob
uma pressão diferente da atmosférica. As seções desses condutos são sempre fechadas e o líquido
escoa enchendo-as totalmente; são, em geral, de seção circular.

Hidrologia

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HIDROLOGIA APLICADA

A Hidrologia pode ser entendida como a ciência que estuda a água, como a própria origem da palavra
indica (do grego): hidrologia = hydor (“água”) + logos (“ciência” ou “estudo”).

Entretanto, uma boa definição adotada por vários autores é a seguinte: “Hidrologia é a ciência que trata
da água na Terra, sua ocorrência, circulação e distribuição, suas propriedades físicas e químicas e sua
reação com o meio ambiente, incluindo sua relação com as formas vivas” (Definição do U.S. Federal
Council of Service and Technology, citada por Chow, 1959, apud Tucci, 2000). Como se pode perceber
pela definição acima, a hidrologia é uma ciência consideravelmente ampla, cujo escopo de trabalho
abrange diversas sub-áreas mais específicas, como por exemplo:

- Hidrometeorologia: trata da água na atmosfera;

- Limnologia: estuda os lagos e reservatórios;

- Potamologia: estuda os rios;

- Oceanografia: estuda os oceanos;

- Hidrogeologia: estudas as águas subterrâneas;

- Glaciologia: trata da ocorrência de neve/gelo na natureza.

Ciclo Hidrológico

De maneira simplificada, o ciclo hidrológico pode ser descrito da seguinte forma:

- ocorre evaporação da água dos oceanos e formação do vapor de água;

- sob determinadas condições, o vapor precipita na forma de chuva, neve, granizo, etc (precipitação);

- parte da precipitação não chega nem a atingir a superfície terrestre, sendo evaporada;

- boa parte da precipitação atinge diretamente a superfície de lagos e oceanos, daí evaporando parcela;

- da precipitação que atinge a superfície terrestre, uma parte é interceptada pela cobertura vegetal
(interceptação), de onde parte evapora e parte acaba escorrendo até o solo;

- da precipitação que chega ao solo, parcela infiltra sub-superficialmente (infiltração), e desta uma parte
escoa até corpos d’água próximos, como rios e lagos (escoamento sub-superficial);

- uma parte infiltrada percola atingindo os aquíferos (percolação), que escoam lentamente até rios e
lagos (escoamento subterrâneo);

- ainda quanto à parte da precipitação que atinge o solo, está vai escoar superficialmente (escoamento
superficial), sendo retida em depressões do solo, sofrendo infiltração, evaporação ou sendo absorvida
pela vegetação. O “restante” do escoamento superficial segue para rios, lagos e oceanos, governada
pela gravidade;

- a vegetação, que retém água das depressões do solo e infiltrações, elimina vapor d’água para a
atmosfera (transpiração), através do processo de fotossíntese;

- a água que alcança os rios, seja por escoamento superficial, sub-superficial ou subterrâneo, ou
mesmo precipitação direta, segue para lagos e oceanos, governada pela gravidade.

Cabe ressaltar que o ciclo hidrológico não apresenta um “começo” nem um “fim”, já que a água está
em movimento contínuo, sendo o início da descrição do ciclo realizado a partir da evaporação dos
oceanos apenas por questões didáticas.

Outro fato a ser ressaltado é que a evaporação está presente em quase todas as etapas do ciclo.

Um termo normalmente usado para denotar a evaporação associada à transpiração da vegetação é a


evapotranspiração.

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Apesar de haver algumas divergências quantos aos valores estimados de autor para autor, convém
comentar que cerca de 383.000 km3 de água evaporam por ano dos oceanos (Wundt, 1953, apud
Esteves, 1988).

Isso equivaleria à retirada de uma camada de 106 cm de espessura dos oceanos por ano. Desse total
evaporado, estima-se que 75% retornem diretamente aos oceanos sob a forma de precipitação, en-
quanto os 25% restantes precipitam sobre os continentes.

Drenagem

Toda estrutura portuária depende de sistemas de drenagem que garantam carregamento e descarre-
gamento de mercadoria com intenso fluxo de todo tipo de equipamento. Além de suportarem a movi-
mentação de peso muito elevados, devem garantir segurança aos funcionários e prestadores de serviço
que circulam por esses locais e resistir aos agentes químicos e salinidade.

Cuidados A Serem Tomados

Alguns terminais portuários movimentam grande quantidade de granéis sólidos, como por exemplo,
grãos e fertilizantes, e a intensa movimentação, carregamento e descarregamento de carretas e navios
acabam por gerar resíduos que ficam espalhados nos cais, pátios, esteiras e vias de circulação.

Esses resíduos sólidos gerados nos portos representam um problema de extrema relevância, pois além
da quantidade há também uma grande diversidade de tipos. A disposição inapropriada desses resíduos
em áreas descobertas e pátios, durante as chuvas, podem oferecer risco em potencial à saúde pública
e ao ambiente.

Na grande maioria dos portos brasileiros, tanto públicos quanto privados, os resíduos acabam sendo
lançados diretamente no corpo hídrico por meio da rede de drenagem pluvial, dada a inexistência de
estruturas intermediárias, como reservatórios, por exemplo.

Em alguns casos, para que o órgão ambiental competente emita a licença para determinado porto, são
exigidas medidas de redução do impacto ambiental causado pela atividade desenvolvida no terminal.
Na maioria das vezes essas medidas passam por exigências na drenagem pluvial, a fim de impedir
que, ao chover, os resíduos sólidos produzidos nas atividades portuárias sejam transportados junta-
mente com os escoamentos pluviais.

A chuva, ao carrear os sólidos presentes na superfície da área portuária para os dispositivos de drena-
gem da rede e depois ao corpo hídrico, além de causar uma perturbação do ambiente estuarino por um
aporte de matéria orgânica excedente também reduz a eficiência hidráulica do sistema de drenagem.
Ademais, propicia a atração de espécies de fauna sinantrópica nociva, que são os ratos, baratas, mos-
cas e pombos.

Uma das medidas recomendadas para reduzir o lançamento de sólidos no corpo hídrico prevê a utili-
zação de reservatórios em pontos estratégicos dos portos, que devem deter esses resíduos. Esses
reservatórios devem ser capazes de reduzir a velocidade do escoamento e, assim, permitir a decanta-
ção dos sólidos provenientes do pátio do porto. Além disso, os reservatórios também devem possuir
dispositivos que evitem a passagem dos sólidos não decantados.

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