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Ciclo da Água ou Ciclo Hidrológico

É o fenómeno global de circulação fechada da água entre a superfície terrestre e a


atmosfera, impulsionado fundamentalmente pela energia solar associada à gravidade e à
rotação terrestre. Esse processo é influenciado por processos como a evaporação,
precipitação, escoamento superficial e escoamento subterrâneo, onde é alimentado pelo
processo de infiltração da água no solo.

A Água da Terra

Surge a hidrosfera, a qual faz parte da distribuição da água na terra. Esta compreende os
mares e oceanos, lagos, zonas húmidas e pantanosas e os cursos de água. A distribuição
da água por cada um dos constituintes da hidrosfera é pelos Mares e Oceanos, sendo
correspondente a 1 338 000 000km3, equivalente, lagos em 176 400km3, pântanos:
11 470km3 e rios sendo correspondente a 2 120km3.
A Água na Atmosfera

O volume médio de água na atmosfera (0,013 % da água contida na atmosfera) e


estimado em cerca de 12 500 km3 (0.001 % dos recursos mundiais em água) e, na sua
maioria, encontra-se no estado vapor. A condensação deste vapor de água e sua
distribuição uniforme a superfície do globo ao nível dos oceanos, representaria uma
altura de água precipitada da ordem dos 26 mm (26 l/m2).
O Processo

O ciclo hidrológico está ligado ao movimento e à troca de água nos seus diferentes
estados físicos, que ocorre na hidrosfera, entre os oceanos, as calotes de gelo, as águas
superficiais, as águas subterrâneas e a atmosfera. Este movimento permanente deve-se
ao sol, que fornece a energia para elevar a água da superfície terrestre para a atmosfera
(evaporação), e à gravidade, que faz com que a água condensada se caia (precipitação)
e que, uma vez na superfície, circule através de linhas de água que se reúnem em rios
até atingir os oceanos (escoamento superficial) ou se infiltre nos solos e nas rochas,
através dos seus poros, fissuras e fracturas (escoamento subterrâneo).

Da Superfície para Atmosfera


A transferência de água da superfície do Globo para a atmosfera, sob a forma de vapor,
dá-se por evaporação directa, por transpiração das plantas e dos animais e por
sublimação (passagem directa da água da fase sólida para a de vapor).
A quantidade da água mobilizada pela sublimação no ciclo hidrológico é insignificante
perante a que é envolvida na evaporação e na transpiração, cujo processo conjunto se
designa por evapotranspiração.
Da atmosfera para superfície

Depois que as gotas de chuva saem da base da nuvem elas iniciam sua queda em
direcção à superfície, no trajecto, e seu diâmetro vai diminuindo em virtude da
evaporação. Quando a água é proveniente das gotas de chuva ou do gotejamento - chega
ao solo, ocorrem dois processos: a infiltração onde a água "entra" no solo e o
escoamento superficial onde a água "corre" pela superfície do solo, fenómeno mais
conhecido popularmente como "enxurrada". No solo uma parte da água evapora e outra
parte é absorvida pelas raízes das plantas. O rio recebe água pelo escoamento superficial
e pelo escoamento de base, e perde pela evaporação.

Caminhos da água no solo

Outra etapa do ciclo hidrológico é o acúmulo dessa água que despencou em sua forma
líquida ou sólida nos subterrâneos, formando reservas de água doce. A água
subterrânea, aquífero ou lençol freático representa uma das principais reservas de água
da Terra e se forma quando a água das precipitações infiltra no solo e fica armazenada
em camadas de rocha porosa (arenitos).

Nos aquíferos estão contidas cerca um quarto do total de água doce do planeta e de 97%
da água própria para o consumo humano. Este tipo de reservatório deixa a água livre de
impurezas e partículas do solo, pois a água passa por diversas camadas de solo e pedra
antes de ficar armazenada no aquífero.
Etapas do ciclo

Evaporação

O termo evaporação é compreendido pela passagem da água da fase liquida ao estado


gasoso (vapor). A estimativa do volume de água envolvido, por ano, neste processo
tendo em conta a distribuição relativa entre os oceanos e continentes, encontra-se
oceanos sendo correspondente a 505 000 km3 (87.52%), Continentes: 72 000 (12.48%).
Transpiração

Designa-se por transpiração a evaporação da agua absorvida pelas plantas e por elas
eliminadas nos diferentes processos biológicos, isto é, a passagem de vapor de água das
plantas para a atmosfera.
Precipitação

Entende-se por precipitação, o processo pelo qual a água, sob a forma liquida ou solida,
atinge a superfície do Globo. Em termos globais o seu valor é iguala o 47.000 km 3
(Oceanos 458 000km3) (79.38%), Continentes 119 000km3 (20.62%).
A água que precipita nos continentes pode tomar vários destinos. Uma parte é devolvida
directamente à atmosfera por evaporação; a outra origina escoamento à superfície do
terreno, escoamento superficial, que se concentra em sulcos, cuja reunião dá lugar aos
cursos de água.
Infiltração

A infiltração refere-se a entrada de água pela superfície do solo. A água retida em


depressões do solo tende a infiltrar. A infiltração ocorre enquanto a intensidade da
precipitação não exceder a capacidade de infiltração do solo, ou seja, enquanto a
superfície do solo não estiver saturada.
Factores que dependem da infiltração da água

Os factores que afectam a infiltração da água no solo são: tipo de solo, crosta superficial
e duração e intensidade da chuva. A quantidade de água e a velocidade com que ela
circula nas diferentes fases do ciclo hidrológico são influenciadas por diversos factores
como, por exemplo, a cobertura vegetal, altitude, topografia, temperatura, tipo de solo e
geologia.

Escoamento superficial

É a parte da precipitação que escorre sobre a terra. A enxurrada somente tem início após
satisfeitas as demandas de interceptação, retenção, detenção superficial e infiltração. O
escoamento superficial constitui uma resposta rápida à precipitação e cessa pouco
tempo depois dela. Por seu turno, o escoamento subterrâneo, em especial quando se dá
através de meios porosos, ocorre com grande lentidão e continua a alimentar os cursos
de água longo tempo após ter terminado a precipitação que o originou. Assim, os cursos
de água alimentados por aquíferos apresentam regimes de caudal mais regulares.

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