circulação fechada da água entre a superfície terrestre e a atmosfera, impulsionando fundamentalmente pela energia solar associada à gravidade e à rotação terrestre. A superfície terrestre abrange os continentes e os oceanos , participando do ciclo hidrológico a camada porosa que recobre os continentes (solos, rochas) e o reservatório formado pelos oceanos.
Parte do ciclo hidrológico é constituída pela
circulação da água na própria superfície terrestre, isto é: A circulação de água no interior e na superfície dos solos e rochas, nos oceanos e nos seres vivos. A água que circula no interior da atmosfera constitui-se numa fase do ciclo hidrológico. Este processo é devido às correntes aéreas, deslocando-se tanto no estado de vapor como também nos estado líquido e sólido. A umidade no estado vapor é invisível, sendo as nuvens um conjunto de aerossóis visíveis de microgotícolas de água, mais umidade, e, dependendo da região e estação do ano, partículas de gelo. Entre os fatores que contribuem para que haja uma grande variabilidade nas manifestações do ciclo hidrológico, nos diferentes pontos do globo terrestre, pode-se enumerar: • A desuniformidade com que a energia solar atinge os diversos locais; • O diferente comportamento térmico dos continentes em relação aos oceanos; • A quantidade de vapor de água, CO2 e ozônio na atmosfera; • A variabilidade espacial de solos e coberturas vegetais; • E a influência da rotação e inclinação do eixo terrestre na circulação atmosférica, sendo esta última a razão da existência das estações do ano. DESCRIÇÃO GERAL DO CICLO HIDROLÓGICO Precipitação: Na sua forma mais comum que é a chuva, ocorre quando complexos fenômenos de aglutinação e crescimento das microgotícolas, em nuvens com presença significativa de umidade (vapor de água) e núcleos de condensação (poeira ou gelo), formam uma grande quantidade de gotas com tamanho e peso suficientes para que a força da gravidade supere a turbulência normal ou movimentos ascendentes do meio atmosférico. Caindo sobre um solo com cobertura vegetal parte do volume precipitado sofre Interceptação em folhas e caules, de onde evapora. Excedendo a capacidade de armazenar água na superfície dos vegetais ou por ação dos ventos, água interceptada pode-se reprecipitar para o solo.
A água que atinge o solo segue diversos caminhos. Como o solo é um
meio poroso, há infiltração de toda precipitação que chega ao solo, enquanto a superfície do solo não se satura. A partir do momento da saturação superficial , à medida que o solo vai sendo saturado a maiores profundidades, a infiltração decresce até uma taxa residual, com o excesso não infiltrado da precipitação gerando escoamento superficial. A umidade do solo realimentada pela infiltração é aproveitada em parte pelos vegetais, que a absorvem pelas raízes e a devolvem, quase toda, à atmosfera por transpiração, na forma de vapor de água. O que os vegetais não aproveitam, percola para o lençol freático que normalmente contribui para o escoamento de base de rios.
O escoamento superficial é impulsionado pela gravidade
para as cotas mais baixas, vencendo principalmente o atrito com a superfície do solo. O escoamento superficial manifesta-se inicialmente na forma de pequenos filetes de água que se moldam ao microrrelevo do solo. Em qualquer tempo e local por onde circula a água na superfície terrestre, seja nos continentes ou nos oceanos, há evaporação para a atmosfera, fenômeno que fecha o ciclo hidrológico ora descrito. QUANTIFICAÇÃO GERAL DOS FLUXOS E RESERVAS D’ÁGUA
A água se movimenta na superfície de nosso planeta, na
atmosfera e na sub-superfície – assim esta sub unidade descreve sucintamente estes fluxos. Todo o fluxo de água que se movimenta está em equilíbrio, então a água não se cria e nem desaparece, ou seja, os volumes não se alteram. Com isso foi criada uma equação de equilíbrio que leva em conta as Precipitações (P) e a Evapotranspiração (E), que são os dois fluxos principais entre a superfície terrestre e a atmosfera.