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A HIDROSFERA e A LITOSFERA

A hidrosfera é a porção do Planeta Terra composta por água. Em termos gerais, sua quantidade na
superfície é a maior entre as camadas que formam o sistema terrestre, sendo mais abundante que a
atmosfera, a biosferae a litosfera, pois cerca de 70% do nosso planeta é composto por água.

Do total de água disponível no planeta, pouco mais de 97% é salgada, ou seja, possui uma alta
concentração de sais minerais, sendo imprópria para consumo. Os outros 3% são de água doce,
sendo que 2% destes encontram-se em geleiras e o 1% restante está presente no ar, nos seres vivos e
na superfície, onde se encontra própria para consumo.

É preciso lembrar que a água no planeta não corre o risco de acabar, ou seja, é errônea a afirmação
de que a água do mundo esteja acabando. A grande preocupação, na verdade, é sobre a
disponibilidade de água potável, pois a má conservação dos rios, lagos e demais recursos hídricos
pode levar a uma escassez de água própria para consumo.

O fato de a água estar sempre disponível na Terra, embora de formas e estados físicos e químicos
variados, deve-se à existência do ciclo da água, responsável pelos ciclos de acúmulo, evaporação e
precipitação, o que faz com que a água passe pelos estados sólido, líquido e gasoso. No entanto, a
poluição de rios e lagos ou ainda o desvio incorreto de cursos d'água podem provocar danos graves,
pois esses recursos hídricos podem ser extintos ou permanecerem indefinidamente impróprios para
consumo humano.

Não é somente a preservação dos recursos hídricos em si que garante a disponibilidade de água para
a totalidade da população. O meio natural como um todo precisa ser conservado. A vegetação, por
exemplo, atua como agente importante na distribuição de água e umidade para localidades próximas
e distantes. Nesse sentido, um importante papel é exercido pela Amazônia, cuja floresta é
responsável por uma quantidade imensa de umidade na atmosfera, que se distribui por praticamente
todo o continente sul-americano, abastecendo outras localidades e, inclusive, as nascentes dos rios
que passam pela própria floresta em questão.

As águas dos oceanos, mesmo com algumas recentes tecnologias de dessalinização, não são
próprias para consumo direto. No entanto, a conservação desse ambiente também é extremamente
necessária. A poluição dos mares afeta a vida marinha, alterando o ecossistema e causando prejuízos
à natureza e também à sociedade. Práticas econômicas da pesca e navegação são afetadas, além da
diminuição da disponibilidade de recursos, incluindo o oxigênio presente no ar, que é em grande
parte fornecido por algas e fitoplânctons presentes no ambiente marinho.
A hidrosfera é, de um modo geral, uma importante parte do todo que forma o nosso planeta. As
águas atuam em interação com todas as outras composições, como através da modelagem do relevo,
do condicionamento dos climas e das temperaturas, além, é claro, da conservação da vida em todas
as partes da superfície terrestre.

PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DA ÁGUA

A água tem características especiais que permitem a vida no planeta, entre elas, sua grande
capacidade de dissolver substâncias, além de conter nutrientes orgânicos e inorgânicos, é
encontrada em maior quantidade na forma líquida, aspectos essenciais aos seres vivos.
Se comparada com o ar, ela possui valores maiores de densidade, resistência à passagem da luz e
calor específico.

Solubilidade

A água é um excelente solvente porque é capaz de dissolver enorme quantidade de substâncias. As


substâncias que se dissolvem são chamadas solutos e ao ser misturada com o solvente forma uma
solução. Essa propriedade é muito importante para os seres vivos porque absorvem nutrientes
(como o cálcio, o magnésio, etc) dissolvidos na água que bebem.

Tensão Superficial

A tensão superficial é uma propriedade física que resulta da força de atração entre as moléculas
internas e da superfície.

Nas moléculas internas, como as forças são em todas as direções elas se anulam, já na superfície as
forças de coesão puxam para os lados e para baixo, desse modo, fazem com que a superfície fique
como uma película elástica.

Exemplo: um inseto consegue caminhar sobre a água por causa da tensão superficial. Muitos
organismos marinhos vivem nessa região da película como os protozoários, as bactérias, os
copépodos, entre outros.

Densidade

A densidade é uma medida da concentração da massa em certo volume, ou seja, determina o


quanto a substância é compacta.

A densidade da água varia e diminui em temperaturas menores. Isso explica porque o gelo flutua na
superfície da água.
Calor Específico

O calor específico ou capacidade térmica da água é a quantidade de calor que é preciso para elevar
em 1°C a temperatura de 1g de uma substância.

A água tem um elevado calor específico, o que significa dizer, que ele consegue aumentar ou
diminuir bastante sua temperatura sem mudar de estado físico, mas por outro lado isso demora mais
a acontecer, se comparado com outras substâncias.

Exemplo: como a água ocupa cerca de 70% da superfície terrestre, essa propriedade ajuda a
controlar o aquecimento do planeta. Os oceanos guardam o calor no tempo quente que é liberado no
tempo frio.

Calor Latente

Representa a quantidade de calor necessária para que a substância mude de estado físico. O calor
latente de vaporização e de fusão da água são muito elevados de modo que evita que ela congele ou
evapore muito rapidamente.

Exemplo: o elevado calor latente de fusão da água não permite que ela congele rapidamente,
evitando assim que os organismos de ambientes frios congelem.

MUDANÇAS DE ESTADO

As passagens entre os três estados físicos (sólido, líquido e gasoso) têm o nome de mudanças de
estado físico.

Observe o esquema a seguir e logo após leia as explicações sobre cada uma dessas mudanças.

O ponto de fusão de uma substância é a temperatura a que essa substância passa do estado sólido
para o estado líquido. No caso da água o ponto de fusão é de 0ºC.

O ponto de solidificação é de 0ºC. Assim, a água permanecerá a 0ºC até que toda ela congele para
só depois sua temperatura começar a diminuir para -1ºC, - 2ºC etc.
O ponto de ebulição de uma substância é a temperatura a que essa substância passa do estado
líquido para o estado gasoso. No caso da água o ponto de ebulição é de 100ºC.

CICLO DA ÁGUA

O ciclo da água é composto de cinco etapas:

Etapas do ciclo da água

O ciclo da água é caracterizado pelo movimento contínuo de água entre a atmosfera e a superfície
terrestre.

Para que o ciclo hidrológico ocorra uma série de etapas acontecem com o auxílio do calor do sol,
principal fonte de energia, e da força da gravidade.

Evaporação

A primeira etapa do ciclo da água é a evaporação. Nela, a água muda do estado líquido para o
gasoso.

Sublimação

A água no estado sólido também pode ser transferida para atmosfera na forma de vapor, sem passar
pelo estado líquido, e esse processo recebe o nome de sublimação.

Vale lembrar que a sublimação ocorre de maneira muito mais lenta que a evaporação e geleiras no
Polo Norte e Polo Sul são algumas das principais fontes de água em que ocorre esse fenômeno.
Condensação

Quando o vapor d’água chega à atmosfera ocorre a condensação, ou seja, retorno para o estado
líquido.

A formação das nuvens ocorre pela aproximação das gotículas de água, pois em elevadas altitudes a
temperatura é menor. Além disso, as gotículas são tão pequenas que conseguem flutuar no ar e
formam a neblina.

As nuvens são o principal meio para a água retornar para a superfície terrestre. Quando as gotas de
água se juntam, tornando-se maiores e mais pesadas, elas caem como chuva.

Precipitação

A precipitação e a liberação de água pelas nuvens, mais conhecida como chuva. Os vapores de água
condensados na atmosfera retornam para a Terra pelas mudanças de temperatura e ação do vento.

A água da hidrosfera, sendo os oceanos a principal fonte, passa para a atmosfera ao absorver energia
térmica proveniente do sol e mudar para o estado gasoso, sendo a principal fonte de umidade na
atmosfera.

A evaporação da água é influenciada pela temperatura e radiação solar, que é lançada para
atmosfera ao atingir energia cinética suficiente.

Quando a chuva cai, a água pode seguir diferentes caminhos dependendo de onde ocorreu a
precipitação. Ela cai diretamente nos recursos hídricos, infiltra-se no solo e em fendas de rochas,
pode ser absorvida pelas plantas, entre outros.

Além da chuva, a água também pode chegar a superfície da Terra na forma de neve ou granizo. A
água percorre o solo em um processo chamado de escoamento.

Infiltração

Quando a água que cai no solo não escoa para algum corpo d'água ela pode ser absorvida pelo solo.

Os lençóis freáticos, reservatórios subterrâneos de água, são formados pela infiltração no solo acima
de camadas rochosas profundas que não permitem a passagem de água.

Transpiração

A água absorvida pelo solo é aproveitada pelas plantas entrando pelas raízes. Assim como a
evaporação, a transpiração é a transformação de água líquida em vapor d’água e também participa
da umidade do ar.
A água sai das plantas pelas folhas, que possuem aberturas muito pequenas e liberam a água
excedente, já que é nessa parte da planta que a água é direcionada para participar da fotossíntese.

A combinação das etapas de evaporação e transpiração recebe o nome de evapotranspiração e é


responsável pelo movimento de água superficial para a atmosfera.

Quando a chuva cai, a água pode seguir diferentes caminhos dependendo de onde ocorreu a
precipitação. Ela cai diretamente nos recursos hídricos, infiltra-se no solo e em fendas de rochas,
pode ser absorvida pelas plantas, entre outros.

Além da chuva, a água também pode chegar a superfície da Terra na forma de neve ou granizo. A
água percorre o solo em um processo chamado de escoamento.

Infiltração

Quando a água que cai no solo não escoa para algum corpo d'água ela pode ser absorvida pelo solo.

Os lençóis freáticos, reservatórios subterrâneos de água, são formados pela infiltração no solo acima
de camadas rochosas profundas que não permitem a passagem de água.

Transpiração

A água absorvida pelo solo é aproveitada pelas plantas entrando pelas raízes. Assim como a
evaporação, a transpiração é a transformação de água líquida em vapor d’água e também participa
da umidade do ar.

A água sai das plantas pelas folhas, que possuem aberturas muito pequenas e liberam a água
excedente, já que é nessa parte da planta que a água é direcionada para participar da fotossíntese.

A combinação das etapas de evaporação e transpiração recebe o nome de evapotranspiração e é


responsável pelo movimento de água superficial para a atmosfera.

Oceanos, mares, rios, lagos, lagoas e lagunas

Hidrografia é a ciência que estuda as águas existentes no planeta e suas propriedades físicas e
químicas, como movimento, cor, temperatura, transparência, volume etc. Conhecer a hidrografia de
uma região significa estudar o ciclo da água que provém da atmosfera ou do subsolo. Ao entrar em
contato com a superfície, a água pode escolher três caminhos: escorrer, infiltrar-se no solo ou
evaporar. O volume global de água no planeta é de aproximadamente 1,418 milhão de km3 e
abrange oceanos, mares, rios, lagos, geleiras, água no subsolo, lagoas e água na atmosfera. A maior
parte dessas águas está concentrada nos oceanos e mares, que ocupam 71% da área do globo. A
soma de suas águas resulta em um volume de 1,380 milhão de km3, correspondentes a 97,3% de
toda a água da Terra.

As águas continentais representam 2,7% das águas do planeta. A água doce congelada (geleiras e
calotas polares) corresponde a 77,2% das águas continentais; a água doce armazenada no subsolo -
os lençóis freáticos e poços - corresponde a 22,4%; a água dos lagos e lagoas, 0,35%; a água da
atmosfera, 0,04%, e a água dos rios, 0,01%.

Oceanos

Correspondem a uma vasta extensão de água salgada que cobre quase três quartos da superfície da
Terra. Cada uma das divisões maiores do oceano constitui-se em áreas geográficas isoladas em
regiões diferentes, sendo divididas pelos continentes e grandes arquipélagos em cinco grandes
oceanos.

Oceano Pacífico: é o maior da Terra, com 180 milhões de km2. Atlântico: é o segundo maior em
superfície, com 82,4 milhões de km2. Índico: é o terceiro maior em extensão, com 74 milhões de
km2. Glacial Ártico: com 13 milhões de km2, formado por mar e geleiras ao redor do Círculo Polar
Ártico, seu descongelamento tem sido apressado pelo efeito estufa.

O Oceano Glacial Antártico constitui um prolongamento dos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico.
Por essa razão, muitos cientistas, oceanógrafos e geógrafos não reconhecem a existência do Oceano
Antártico, considerando-o apenas uma junção de partes dos outros oceanos. É o único que rodeia o
globo completamente, com superfície de 20,3 milhões de km2.

Mares

Dependendo da localização e das características geográficas dos mares, eles são classificados em:

•Mares Abertos ou Costeiros: possuem grandes conexões com o oceano, por exemplo, o Mar das
Antilhas.

•Mares Fechados ou Isolados: possuem pequena conexão com o oceano (por meio de canais) e
estão localizados no interior dos continentes, por exemplo, o Mar Morto.

•Mares Interiores ou Continentais: quase não possuem conexão com os oceanos (feita por meio
de estreitos), por exemplo, o Mar Mediterrâneo.
Mares do Mundo

Segundo a “Organização Hidrográfica Internacional”, existem cerca de 60 mares no mundo


(incluindo os golfos e baías), dos quais os mais importantes são:

•Mar Vermelho: localizado entre a África e a Ásia, o Mar Vermelho é considerado um golfo
(extensa baía) que apresenta grande biodiversidade, com uma área aproximada de 450 mil km².

•Mar Báltico: situado no nordeste europeu, o Mar Báltico possui área aproximada de 420 mil Km².

•Mar Cáspio: considerado o maior lago salgado do mundo, com área de 371 mil km², o Mar
Cáspio está localizado no sudeste da Europa.

•Mar Morto: localizado no Oriente Médio, o Mar Morto apresenta área aproximada de 650 km², e
recebe esse nome uma vez que possui elevada quantidade de sal, o que impossibilita a proliferação
de espécies.

•Mar Negro: situado entre a Europa, a Anatólia e o Cáucaso, o Mar Negro apresenta uma área de
436 mil km², e recebe esse nome devido à grande quantidade de sais minerais em suas águas, as
quais alteram a coloração.

•Mar Mediterrâneo: Considerado o maior mar interior continental do mundo, o Mar Mediterrâneo
está localizado entre a África, a Europa e a Ásia, com uma área total de 2, 5 milhões de km²
aproximadamente.

•Mar das Antilhas: Também chamado de “Mar do Caribe” ou “Mar da Caraíbas”, o Mar das
Antilhas está localizado entre a América Central e a América do Sul, e possui área aproximada de
2,7 milhões de km².

•Mar de Aral: localizado na Ásia Central, o Mar de Aral (em português, “Mar de Ilhas”) possui
área aproximada de 68 mil km² e apresenta mais de 1500 ilhas.

•Mar de Bering: Com área aproximada de 2 milhões de Km², o Mar de Bering está localizado
entre o Alasca e a Sibéria. Recebe esse nome em homenagem ao navegador e explorador
dinamarquês Vitus Jonassen Bering (1680-1741).
Importância da água para os seres vivos

A água é a fonte de vida de todos os seres vivos. Por isso, nas expedições em outros planetas, a água
é um dos primeiros recursos procurados, pois pode ser um indicador da existência de vida.

A importância da água pode ser demonstrada por:

•Permitir a sobrevivência dos seres vivos

•Equilibrar e conservar a biodiversidade

•Regular o clima do planeta

Na Terra existem vários ecossistemas e as diferentes formas de vida são dependentes da água. A
água está presente em grande quantidade nos mais diversos seres existentes no meio ambiente, ou
seja, ela é um bem comum.

Alimentos são ricos em água, como a alface que a tem em 95% da sua composição. Dependendo da
espécie, a água-viva possui até 98% de água no seu corpo. Há também os seres microscópicos,
como as bactérias que possuem até 75% de água na sua composição.

Importância da água para os seres humanos

Os seres humanos utilizam a água não só para beber, mas também para realizar uma grande
quantidade de atividades. As principais são:

•Agricultura: a maior parte da água é utilizada na agricultura, a irrigação das plantações é


indispensável para produção de alimentos.

•Indústrias: a água é utilizada nos processos industriais, incorporada nos produtos e na limpeza dos
espaços.

•Consumo: a água é essencial, por exemplo, para limpeza, higiene e cozimento de alimentos.

Vale lembrar também que a distribuição da água pelo planeta não é regular. Em muitos lugares ela é
escassa, dificultando a ocupação do espaço e o seu aproveitamento pelo homem.

Importância da água para o corpo humano

A água é fundamental para o bom funcionamento do organismo, pois desempenha diversas funções.

Veja a seguir as principais funções da água no organismo e como elas são importantes para o corpo
humano.
•Produção de energia: as células precisam de água para realizar as suas funções. Pouca água faz
as células trabalharem menos.

•Transporte: no corpo a água atua como solvente, transportando diferentes substâncias para as
células, como minerais, nutrientes e vitaminas.

•Limpeza: é responsável pela desintoxicação do organismo ao levar as tóxicas para os rins e


eliminá-los através da urina, cuja composição é de 95% de água.

•Regulação da temperatura: a água regula a temperatura do nosso corpo, pois compõe o suor.

•Regulação do intestino: a água é necessária para evitar que os resíduos dos alimentos, aquilo que
o nosso corpo não absorve, solidifique.

Estima-se que 60% do peso do corpo humano seja composto por água e é recomendável que
diariamente sejam consumidos pelo menos 2 litros de água.

APÓS O ESTUDO PRELIMINAR ACERCA DA HIDROSFERA, AGORA FAÇA O ESTUDO


SOBRE A HIDROGRAFIA DE MOÇAMBIQUE (rios, lagos, lagoas, suas características,
localização, extensão, volume)
LITOSFERA

A litosfera é a camada da Terra compreendida entre a atmosfera e a astenosfera (camada viscosa


superior ao manto). A palavra “litosfera” tem origem grega: lithos, significa “pedra”, “rocha” e
como a própria etimologia sugere, podemos defini-la como a camada constituída pelas rochas da
esfera terrestre – formada tanto pela crosta continental quanto pela crosta oceânica (que está
submersa pelas águas dos mares e oceanos).

A litosfera é também chamada de crosta terrestre. Se a “perfurarmos” até 60 quilômetros de


profundidade, encontraremos a partir daí, outras duas camadas:

•O sial – composto predominantemente por silício e alumínio – é a camada mais externa.


Sua profundidade varia entre 15 a 25 quilômetros.

•O sima – essencialmente composto de silício e magnésio – apresenta maior densidade que


o sial e tem espessura entre 30 a 35 quilômetros.

Características da litosfera

A espessura desta camada pode variar entre cerca de 40 km a 280 km de profundidade. Ela termina
no local onde os minerais na crosta terrestre começam a ficar mais viscosos e fluidos. A
profundidade certa onde se dá a solidificação dos materiais depende de vários fatores: a composição
química do local, as condições de temperatura e de pressão que atuam sobre o material.

A litosfera é constituída por minerais e rochas – agregados sólidos naturais compostos de um ou


mais minerais. As rochas podem ser metamórficas, sedimentares ou magmáticas (também chamadas
de ígneas).

Apesar de ser a camada menos espessa da esfera terrestre – o manto tem cerca 4.600 km de
profundidade e o núcleo 1700 km – é com certeza a mais importante para o ser humano, pois é
nessa camada que ocorrem os fenômenos formadores das rochas, dos minerais, dos solos e das
formas do modelado terrestre.

A Crosta Terrestre é a menor e a mais externa entre as camadas do planeta Terra. É nela que se
realizam as transformações do relevo e onde se expressam morfologicamente todos os processos
internos e externos que ocasionam a sua formação e transformação.

Essa camada, com base em suas localizações, é dividida em oceânica, com altitudes que variam
entre 5 e 10 quilômetros, e continental, com uma espessura que vai de 30 a 80 quilômetros (a maior
parte desse volume encontra-se abaixo do nível do mar).
Com base em suas composições, a crosta é novamente dividida em dois tipos ou camadas. A
camada sima, também chamada de crosta inferior, é composta majoritariamente por basalto, com
predomínio dos minerais silício e magnésio. A outra camada é chamada de sial (crosta superior),
composta por rochas sedimentares, granitos e outros tipos de rochas; os minerais predominantes são
o silício e o alumínio. Vale lembrar que, em contato com os oceanos, há apenas a crosta superior.

A crosta terrestre está em constante transformação. Ela sofre ações oriundas do interior do planeta,
denominadas de agentes endógenos ou internos, e ações oriundas de elementos localizados acima
da superfície, chamadas de agentes exógenos ou externos.

Entre os agentes endógenos, podemos destacar o tectonismo e o vulcanismo. Em linhas gerais, a


crosta terrestre não é composta por uma única porção de terras que envolve todo o planeta. Ela é, na
verdade, formada por inúmeras partes, chamadas de placas tectônicas, que estão sempre em
movimento graças à pressão exercida pelo magma localizado abaixo da crosta. Dependendo da
forma com que essas placas se movimentam e se interagem, ocorrem significativas mudanças no
relevo do planeta.

Entre os agentes exógenos, podemos destacar a ação dos ventos, das águas e do clima, que alteram
profundamente as composições químicas e físicas das rochas, atuando na modelagem do relevo,
ocasionando processos de erosão, sedimentação e muitos outros.

Por fim, é importante lembrar que a crosta terrestre não possui uma dinâmica independente. Sua
estruturação e transformações estão diretamente ligadas às demais camadas que compõem a Terra,
que são o manto e o núcleo.

Crusta oceânica ou crosta oceânica é a designação dada à camada da litosferaterrestre, com


características de composição, espessura e densidade diferenciadas, que constitui o fundo das bacias
oceânicas. Note-se que mesmo nos oceanos podem existir porções de crusta continental submersa,
em geral nas plataformas continentais, mas não restrita a estas. Apesar de ambas constituírem a
crosta da Terra, as crustas oceânica e continental são completamente distintas em composição,
espessura e história geológica.

A rocha magmática mais abundante na crusta oceânica é o Basalto.

A crusta oceânica tem uma espessura de 5 a 10 km (raramente ultrapassando os 10 km de espessura,


mas podendo ter apenas 3 km) e é mais densa do que a sua equivalente continental. A densidade,
variando ligeiramente com a região, é em geral próxima de cerca de 2,9 gramas por centímetro
cúbico por oposição à crosta continental crosta que tem uma densidade de cerca de 2,7 gramas por
centímetro cúbico.
A crusta oceânica é composta por materiais máficos da família dos basaltos e gabros, ricos em
minerais ferromagnesianos. Devido a esta composição, a crusta oceânica é por vezes designada por
sima (de silício e magnésio), em contraponto ao sial (silício e alumínio) da crusta continental.

Relevo e tipos de relevo, formação de relevo, solo


As feições (os altos e baixos) presentes na crosta terrestre são chamadas de relevo. O relevo tem
formas distintas nas terras emersas e no fundo do oceano e se desenha através da ação de vários
fatores internos e externos.

Dependendo da força da ação, formam-se vários tipos de relevo, alguns mais altos, como planaltos e
montanhas, e outros mais baixos, como é o caso de planícies e depressões. Os seres vivos também
ajudam a esculpir o relevo e, ao mesmo tempo, dependem dele.

Formas ou tipos de relevo

O relevo terrestre é divido em continental e submarino.

Relevo continental

1) Planície – áreas extensas planas em que há mais sedimentação (acúmulo ou deposição de


sedimentos) do que erosão. Áreas chatas e mais baixas, geralmente, no nível do mar. Porém, podem
ficar em terras altas, como as várzeas de um rio num planalto.

2) Montanha – terrenos bastante elevados, acima de 300 metros. Podem ser classificadas quanto à
origem ou idade. Podem estar isoladas ou agrupadas em serras, sistemas e cordilheiras.

3) Depressão – áreas situadas abaixo do nível do mar ou das outras superfícies planas. Tais áreas
sofreram acentuados processos de erosão. Dividem-se em absolutas (quando situadas abaixo do
nível do mar – altitude negativa) ou relativas (em relação às áreas mais baixas).

4) Planalto – terras mais altas que o nível do mar, razoavelmente planas delimitadas por escarpas,
serras, chapadas e morros. Há mais erosão que sedimentação.

Relevo submarino

1) Plataforma continental: Fica abaixo do nível do mar onde aparecem as ilhas continentais ou
costeiras, de origem vulcânica, tectônica ou biológica. Apresenta uma profundidade razoável, que
possibilita a entrada de luz solar e, logo, o desenvolvimento de vegetação marinha. Com o passar do
tempo, as depressões do terreno da plataforma continental tornam-se bacias sedimentares de grande
importância para a exploração de petróleo no oceano. Vai de 0 a 200 metros de profundidade.
2) Talude continental: É o fim do continente, onde ocorre o encontro da crosta continental com a
crosta oceânica. Grande rampa que desce abruptamente até as grandes profundidades, indo até os 4
mil metros.

3) Região pelágica: É onde encontramos as formas de relevo submarino. Na região pelágica,


aparecem as ilhas vulcânicas.

4) Região abissal: com mais de 4 mil metros de profundidade, é a região menos conhecida da
Terra. É escura, fria e com muita pressão provocada pelo peso das águas oceânicas. Mesmo assim,
alguns animais se adaptaram a esse ambiente.

O relevo terrestre é dividido em submarino e continental

Origem e formação: os agentes do relevo

Relevo é o conjunto de formas presentes na superfície sólida do planeta. Resulta da estrutura


geológica (fatores internos) e dos processos geomórficos (fatores externos). O primeiro forma a
estrutura do relevo e o segundo esculpe as formas.

Agentes endógenos

Os agentes endógenos, ou internos, do relevo são processos estruturais que atuam de dentro para
fora. Às vezes, vêm com muita força e rapidez, modificando o relevo. Eles acontecem por causa do
movimento das placas tectônicas e dos fenômenos magmáticos. São exemplos de agentes internos:
o tectonismo, o vulcanismo, os terremotos e abalos sísmicos.
Agentes exógenos

Agentes exógenos, ou externos, são aqueles que esculpem o relevo terrestre através de um processo
erosivo, o intemperismo, que pode ser químico (alteração da constituição da rocha), físico
(desintegração) ou biológico (ação dos seres vivos).

Há três partes do procedimento: a erosão (desgaste das rochas superficiais causado por rios, chuvas,
geleiras, vento, etc.), o transporte dos sedimentos resultantes da erosão, e a sedimentação ou
acumulação dos detritos que formam novas camadas rochosas.

Importância do relevo

O relevo é importante para a sociedade, principalmente no que se refere a lazer e economia. É uma
fonte de lazer, pois se não fosse ele não existiria praias para se passar o verão e nem haveria
montanhas para se esquiar ou para, de lá, saltar. Sua importância também é vista na economia de
muitas regiões agrícolas, já que alguns produtos só podem ser cultivados em certos lugares.

Há cultivos que só podem existir em regiões em que o relevo seja propício para o aparecimento de
rios. Montanhas, por exemplo, impedem a passagem de chuvas e correntes de ar, logo lá não se
pode desenvolver certos plantios. Lugares que vivem de turismo podem se destacar por praias,
vales, montanhas e cordilheiras. Novamente, a crosta terrestre ajuda no desenvolvimento de uma
região.

O SOLO

Os solos são corpos naturais formados pela desagregação das rochas, eles são variados e
formados pela desintegração das partículas que compõem a rocha, o nome desse processo é
intemperismo. Os solos são classificados de diversas formas, como quanto à textura e à presença
de areia ou argila em sua composição, e esta é influenciada pelos elementos presentes neles.

Os solos são a base para o desenvolvimento das plantas e animais, ou seja, são base da
biodiversidade e também para as atividades econômicas, principalmente o setor primário —
agricultura, pecuária e extrativismo.

Formação do solo

O solo é definido como um corpo natural composto por substâncias orgânicas e inorgânicas
presente na superfície terrestre e oriundo da desagregação das rochas. O processo que dá origem à
formação do solo é chamado de intemperismo, ou seja, a desagregação das partículas das rochas e
minerais que altera suas propriedades químicas.
São fatores que contribuem para a formação do solo o material originário (rocha matriz ou rocha
mãe), o clima, a atividade biológica, ligada aos organismos vivos presentes no lugar de origem do
solo, o tempo, a hidrografia e a topografia da área. Todos esses elementos agem em conjunto ao
promoverem a separação das partículas das rochas.

Assim o solo é formado por meio de processos que fazem a desintegração de partículas,
promovendo sua evolução e seu crescimento. Esses processos levam em conta a infiltração de água
ou a descompactação de partículas por outros elementos físicos ou químicos, e, assim, o solo vai
aumentando, crescendo, desenvolvendo-se, pois, quanto mais profundo é o solo, mais desenvolvido
ele é.

Tipos de solo

Os tipos de solo variam de acordo com a localização, seu processo de formação e as condições do
ambiente onde ele se formou. Alguns tipos mais comuns são:

•Solos arenosos: com muita presença de areia e pouca umidade, são comuns em regiões
tropicais. Micro-organismos e plantas vivem com mais dificuldade neles devido à ausência de
água.

Solos argilosos: são menos arejados e mais compactados, portanto, são mais úmidos, pois a água
fica retida por mais tempo neles devido à sua lenta infiltração.

•Solos siltosos: apresentam alta concentração de silte e são erosíveis, pois não se apresentam
estáveis ou compactados. Suas partículas são bastante leves, pequenas e soltas.

Composição do solo

A composição do solo é variável de um tipo de solo para outro, pois os elementos químicos
presentes na sua composição variam por meio de fatores como: umidade, Sol, vento, organismos
vivos, clima e até a presença de biodiversidade. No entanto, encontra-se na composição dos solos,
de modo geral, 45% de elementos minerais, 25% de ar, 25% de água e 5% de matéria orgânica.

O solo é composto por três fases distintas: sólido, que compreende matéria orgânica e inorgânica;
líquido, que é a solução do solo ou água do solo; e gasoso, que é o ar do solo. As matérias
orgânica ou inorgânica compreendem partículas minerais do solo, originadas do intemperismo da
rocha, ou seja, da sua desintegração. Há também materiais orgânicos provenientes de animais e
plantas, que entram em decomposição e formam a camada de húmus (primeira camada do solo).

Cada horizonte dos solos possui composições diferentes, observe:


Horizonte O – Camada com alta presença de matéria orgânica, água, animais e plantas.

Horizonte A – Mais escura por possuir matéria orgânica, água e sais minerais.

Horizonte B – Acumula sais minerais e materiais dos horizontes O e A, possui presença maior de ar.

Horizonte C – Constituído por fragmentos de rochas desintegradas do horizonte D; grande presença


de ar.

Horizonte D ou R – Rocha matriz ou originária do solo.

Agora que chegou até aqui, procure estudar o relevo moçambicano: formação,
tipos, característica, sua localização; florestas e faunas, tipos de espécies
florestais e faunísticas; estude também os solos moçambicano.

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