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O CICLO DA ÁGUA
A quantidade de água no planeta Terra não está diminuindo. Apesar de termos
a impressão de que a água está "acabando", a quantidade de água na Terra é
praticamente invariável há 500 milhões de anos, o que muda é a sua distribuição, pois
a água não permanece imóvel. Ela se recicla através de um processo chamado Ciclo
Hidrológico, através do qual as águas do mar e dos continentes se evaporam, formam
nuvens e voltam a cair na terra sob a forma de chuva, neblina e neve. Depois escorrem
para rios, lagos ou para o subsolo e aos poucos correm de novo para o mar mantendo
o equilíbrio no sistema hidrológico do planeta.
O fluxo de água que evapora dos oceanos é cerca de 47.000 km³/ano maior
que o fluxo que nele cai em forma de precipitação. Esse excedente indica a quantidade
A água pode ser encontrada em três diferentes estados físicos: sólido, líquido
e gasoso. No estado sólido, ela se apresenta sob a forma de gelo, constituindo
aproximadamente 2% do volume total da água do planeta. Nessa forma, vamos
encontrá-la nas calotas dos polos Norte e Sul e também nas altas montanhas, como
nos Andes (América do Sul), nos Alpes (Europa) ou no Himalaia (Ásia). No estado
líquido, a água representa nada menos que 98% de todo o seu volume na Terra. É
justamente nesse estado que ela tem maior utilidade para todos os organismos vivos,
sendo representada (97%) pelos mares e oceanos, o pouco que resta (cerca de 1%)
é constituído pelas águas continentais, que, por sua vez, podem ser superficiais ou
subterrânea. No estado gasoso, ela se apresenta sob a forma de vapor. Pode ser
encontrada na atmosfera e em alguns depósitos subterrâneos, em regiões onde
ocorrem vulcões.
OS TIPOS DE ÁGUA
As águas doces (dos rios, lagos e lagoas), que não apresentam sabor salino;
As salobras (dos manguezais e lagunas), que mostram suave gosto de sais;
As salgadas (dos mares e oceanos), que possuem elevado índice de sais.
Além desses tipos de água, existem muitos outros em nosso planeta, como por
exemplo:
A água pode percorrer dois caminhos após cair sob a forma de chuva, são eles:
o escoamento superficial e a infiltração. O escoamento superficial é o fenômeno pelo
qual as águas correm sobre a superfície da Terra, formando os riachos, córregos e
rios. A infiltração é um fenômeno tão importante quanto ao escoamento superficial,
pois, penetrando no solo, a água das chuvas vai abastecer os lençóis freáticos. Esses
lençóis, em primeiro lugar, alimentam a vegetação terrestre, possibilitando o
fenômeno da evapotranspiração. Em segundo lugar, abastecem as fontes e
nascentes, ajudando na formação dos rios. Pelos rios, as águas das chuvas voltam
aos lagos e mares, onde, novamente por ação do Sol, ocorre a evaporação. Esta,
somada a evapotranspiração das plantas, reiniciará o ciclo hidrológico, tão essencial
à vida na Terra.
natural das águas. As plantas que crescem às margens de um riacho ou rio têm um
importante papel: quebram a violência das águas de chuva que chegam ao rio e
buscam a passagem de boa parte das partículas de solo trazidas pelas enxurradas.
Por essa razão, o assoreamento é mais pronunciado em rios que possuem pouca ou
nenhuma vegetação em suas margens.
A poluição das águas origina-se basicamente de dois tipos de fontes, são elas:
a) Poluição Natural:
Trata-se de um tipo de poluição não associada à atividade humana e causada
principalmente por:
b) Poluição Antropogênica:
É aquela que resulta da atividade humana, como por exemplo:
Poluição Urbana
Poluição Industrial
Poluição Agrícola
Poluição Urbana
OBS 2: como se pode notar, tanto o tratamento adequado dado aos esgotos como
sua simples destinação são um seríssimo problema de saúde pública. Portanto, é
cada vez mais difícil aceitar que no Brasil ainda se despejem esgotos sem tratamento
em represas destinadas ao abastecimento de água ou nas praias do nosso litoral.
Mesmo levando-se em conta os altos custos do tratamento, precisamos considerar
que esse procedimento é um investimento em saúde pública, podendo inclusive
cooperar com a diminuição dos gastos futuros em assistência médica.
OBS 4: interessante notar que os organismos mortos por essa falta de oxigênio
(notadamente peixes) alimentarão ainda mais, com sua própria matéria orgânica, as
bactérias. Além disso, uma vez consumido quase todo o oxigênio da água, começarão
a se reproduzir também certas bactérias que não necessitam de O2 para viver
(bactérias anaeróbicas). Esses microrganismos produzem gases como o metano
(CH4), a amônia (NH3) e o gás sulfídrico (H2S), extremamente malcheirosos e nocivos
aos animais superiores como mamíferos, peixes, aves etc.
Poluição Industrial
Compostos orgânicos
Entre os compostos orgânicos, o petróleo e seus derivados constituem os mais
importantes poluentes, devido, entre outros fatores, às quantidades crescentes que
têm sido extraídas e industrializadas. Essas enormes quantidades de petróleo,
associadas a diversos descuidos e negligências das normas de segurança e rotinas
de manutenção dos equipamentos (oleodutos, terminais, plataformas), fazem com que
muito do que está sendo beneficiado seja perdido e lançado às águas. Para que se
possa ter uma ideia da gravidade do problema, uma estimativa recente mostrou que
4 milhões de toneladas de petróleo são despejadas anualmente nos oceanos.
O petróleo lançado nas águas forma uma fina camada superficial, impedindo
que ocorra a troca de gases entre a água e o ar. No caso das plantas flutuantes, esse
óleo recobre as folhas, impedindo a respiração e a fotossíntese.
Se o petróleo chegar a penetrar no solo, pode impedir que as raízes das plantas
recebam os nutrientes necessários, o que torna sua sobrevivência muito difícil.
Compostos inorgânicos
Através dos séculos, muitos desses metais têm sido retirados das rochas, pela
ação do tempo, indo se cumular nos lagos, rios e oceanos. Apesar disso, a
concentração natural dos metais pesados nesses corpos d'água nunca chega a ser
tóxica, porque há na água certas substâncias (ácidos complexos) que se combinam
com os átomos desses metais, que acabam por sedimentar-se. As atividades
industriais, porém, têm introduzido metais pesados nas águas numa quantidade muito
maior do que aquela que seria natural, causando a poluição. Para se ter uma ideia
disso, basta lembrar que os metais pesados fazem parte dos despejos das dez
maiores indústrias norte-americanas.
Metal pesado
Ramo Industrial Cd Cr Cu Hg Pb Ni Sn Zn
Papel X X X X X X
Petroquímica X X X X X X
Fertilizantes
X X X X X X X
Refinarías de petróleo
X X X X X X
Usinas siderúrgicas
X X X X X X X X
Relação dos principais setores industriais e dos metais pesados que são eliminados em
seus despejos
(Sintetizado de Foerstner e Muller, 1974.)
Poluição Agrícola
Nas últimas décadas, a agricultura brasileira tem feito um grande esforço para
aumentar, a cada ano, sua produção de alimentos para o mercado interno ou para
exportações. Ocorre, porém, que, muitas vezes, por falta de orientação ou pela
ganância do lucro fácil e sem consequências para o meio ambiente, a agricultura
acaba por contribuir drasticamente com a poluição das águas, tanto superficiais como
subterrâneas.
Substâncias Eutrofizantes
Tendo em vista que a eutrofização já foi aqui abordada, nos limitaremos a citar
como a agricultura a propicia. O aumento de substâncias eutrofizantes provocado pela
agricultura ocorre, em primeiro lugar, pelo transporte de fertilizantes químicos à base
de nitrogênio e fósforo, e de detritos animais, para riachos e lagos, devido à ação das
chuvas. Mesmo nos casos em que o agricultor procura reter e aproveitar esses
resíduos como adubo, são frequentes as ocasiões em que chuvas abundantes ou
vazamentos acidentais fazem com que grandes quantidades dessas substâncias
eutrofizantes cheguem até as águas superficiais.
substâncias orgânicas solúveis, ácidos) que, quando não são devidamente recolhidos
e tratados, acabam por perder-se pelo chão, rumo aos riachos da região, por ação
das chuvas, ou mesmo rumo aos lençóis freáticos.
Contribuindo cada vez mais para a eutrofização das águas, temos ainda o uso
indiscriminado e abusivo de adubos inorgânicos ou fertilizantes.
Até 1920, aproximadamente, a adubação era feita com matéria orgânica do tipo
estrume ou esterco. Essa adubação, entretanto, não supria as necessidades das
plantas e, desde então, cada vez mais têm sido utilizados fertilizantes inorgânicos,
ricos basicamente em potássio, cálcio, nitrogênio e fósforo.
Substâncias Tóxicas
O despejo de substâncias tóxicas pela agricultura está, por mais estranho que
pareça, relacionado com a proteção dada pelos agricultores às colheitas, para melhor
produção de alimentos.
O homem pode se intoxicar com agrotóxicos pelo contato direto, no caso dos
agricultores que, na aplicação, inalam ou absorvem o veneno, e , ainda, através dos
alimentos (animais e vegetais) e da água usada para beber.
POLUIÇÃO DO AR
ATMOSFERA
POLUIÇÃO DO AR
São as modificações sofridas pela atmosfera natural, que possam, direta ou
indiretamente, causar prejuízos ao homem, criando condições nocivas à saúde,
segurança e bem-estar, prejuízos à fauna e a flora e, ainda, prejuízos aos demais
recursos naturais em todas as suas utilizações consideradas normais.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as cidades que mais poluem
o nosso planeta são as seguintes:
Cidade do México (México); Pequim (China); Cairo (Egito); Jacarta (Indonésia)
; Los Angeles (EUA); São Paulo (Brasil); Moscou (Rússia).
COMPOSIÇÃO DO AR POLUÍDO
FONTES DE POLUIÇÃO DO AR
EFEITOS DA POLUIÇÃO DO AR
CHUVA ÁCIDA
EFEITO ESTUFA
DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO
SMOG
EFEITO ESTUFA
O gás ozônio (O3) é uma forma de oxigênio cuja molécula tem três átomos, em
vez de dois (do gás oxigênio), como costuma ser encontrada na natureza. O ozônio é
um gás azul-claro com um cheiro penetrante. A estratosfera contém cerca de 90% do
ozônio da Terra. A camada de ozônio é uma faixa de 30 mil metros de espessura, a
partir de 15 mil metros acima da superfície da terrestre.
Estima-se que o CFC seja 15.000 vezes mais nocivo a camada de ozônio do
que o dióxido de carbono (CO2). Isso porque ao ser liberado na atmosfera o CFC se
concentra na estratosfera (onde fica a camada de ozônio) e sofre uma reação
chamada fotólise: quando submetido à radiação ultravioleta proveniente do sol o CFC
se decompõe liberando o radical livre cloro (Cl) que reage com o ozônio decompondo-
o em oxigênio gasoso (O2 ) e monóxido de cloro (ClO).
SMOG: Termo proposto pelo Dr. Harold Des Voeux para designar a composição
de smoke e fog (fumaça e neblina). É hoje uma palavra que designa episódios críticos
de poluição do ar.
TIPOS DE SMOG
MEDIDAS DE CONTROLE
PROTOCOLO DE KYOTO
POLUIÇÃO DO SOLO
Contaminantes Inorgânicos:
Contaminantes Orgânicos:
Alterações no relevo;
Riscos às obras civis;
Remoção da camada superficial e fértil do solo;
Assoreamento dos rios;
Inundações e alterações dos cursos d’água.
Tipos de Erosão:
Medidas de Controle
POLUIÇÃO VISUAL
Para além de promover o desconforto espacial e visual daqueles que passam por
estes locais, este excesso torna as cidades modernas mais saturadas, desvalorizando-as
e tornando-as apenas um espaço de promoção do fetiche e das trocas comerciais
Impactos na saúde:
Durante muito tempo, a publicidade integrou a paisagem das cidades, mas hoje
percebe-se um exagero que funciona como um fator de degradação das mesmas. A
poluição visual acontece quando, com tantas referências acumuladas, as pessoas não têm
mais noção de espaço, prejudicando a percepção do mesmo e atrapalhando a circulação
dos cidadãos.
POLUIÇÃO SONORA
O limiar de audição e o limiar da dor também variam de pessoa para pessoa. Por
exemplo, o limiar da dor diminui quando a idade aumenta, pelo que o som incomoda
facilmente as pessoas mais velhas. Exemplos de valores dos níveis sonoros:
Conversa - 40 a 60 dB
Sala de aula, café e restaurante - 70 dB
Automóveis - 80 dB
Mota, comboio, secador de cabelo, cantina da escola, leitor de música no
máximo - 90 dB
Martelo pneumático e serra eléctrica - 100 dB
Discoteca - 110 dB
Concerto de rock e trovão - 120 dB
Avião e carro de Fórmula 1 - 130 dB
Stress;
Depressão;
Perda de audição;
Agressividade;
Perda de atenção e concentração;
Perda de memória;
Dores de Cabeça;
Aumento da pressão arterial;
Cansaço;
Gastrite e úlcera;
Quebra de rendimento escolar e no trabalho;
Surdez.
Curiosidades
Uma variação de 3 dB corresponde à duplicação da intensidade sonora.
Impacto Ambiental
o país certamente se fará presente nestes acordos e, assim, será obrigado a cumprir
suas exigências.
Globalização
Procurou-se, até então, evidenciar a indiscutivelmente crescente restrição
ambiental à economia brasileira que surgirá no contexto da globalização. No longo
prazo, parece inevitável um processo de ajuste no padrão ambiental da economia
nacional, de forma a assegurar sua eficiência competitiva, ou seja, antecipar
mudanças de processo e de produto que possam, no futuro, resultar em custos de
ajuste economicamente inviáveis. Tal cenário não é de todo desconhecido. A questão
central reside, entretanto, nas mudanças que, no curto prazo, terão que ser realizadas
e as suas respectivas consequências no padrão de competitividade atual, ou seja, o
balanço entre perdas reais de hoje com perdas possíveis de amanhã. Esta questão
não se restringe à esfera da competitividade e, sim, permeia toda a discussão sobre
sustentabilidade. É dentro deste quadro de incerteza que politicamente se viabilizam
as restrições ambientais que definirão o padrão ambiental da economia brasileira.
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