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DEDICATÓRIA

Dedicamos este projeto a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização
deste trabalho, aos nossos encarregados de educação que sempre acreditaram em nós
incondicionalmente, pelo investimento feito, incentivo, paciência por cada um de nós, a nós
mesmo por não desistirmos face as dificuldades, pela união, respeito e a nossa vontade de ser
melhor a cada dia.

I
AGRADECIMENTOS

Agradecemos à Deus pai todo-poderoso, por nos fornecer possibilidades na vida, e ajudar-nos
nos momentos mais difíceis em que achamos que não seria possível;
Aos nossos pais, por acreditarem em nós, tornando possível e dar-nos tudo quanto foi
necessário para termos uma boa educação;
Um grande agradecimento especial aos colegas familiares e amigos pelo companheirismo,
fidelidade e constante apoio;
Ao nosso orientador Eng.º Benvindo Nsiansoki e ao professor Domingos que foram
prestativos e auxiliaram-nos durante as realizações de pesquisas desse projeto.

II
EPÍGRAFE

“Sonhos sem disciplina produzem pessoas


frustradas e disciplina sem sonhos produzem
pessoas autónomas, que só sabem obedecer as
ordens.”
Augusto Cury

III
RESUMO

O presente trabalho apresenta uma retificação literária sobre a prevenção de hidratos . Serão
referidas as características do hidrato, condições de formação, a compreensão da cinética de
formação, em que local, momento e de que maneira podem ser formados. E ainda os impasses
que podem ser originados pela presença do hidrato. Serão explanadas alguns parâmetros
preventivos para evitar a formação de hidratos, tais como adição de inibidores e desidratação
de gás. Para a realização do trabalho usou-se os seguintes métodos de pesquisa: revisão
sistemática de literatura, concentrando-nos na coleta de livros, artigos, dissertações, teses e
revistas especializadas em petróleo com maior realce as que tratam de matérias ligadas a
prevenção de hidratos. Para o presente trabalho utilizou-se a pesquisa qualitativa que lida
com livros e artigos científicos para transformar os conteúdos em informação para este
projecto . A estratégia adotada para o presente trabalho é o estudo de caso que se realizou com
grande profundidade na análise. Como decorrência foi produzida uma pesquisa de base
científica especificando de forma clara a formação de hidratos e suas perdas à produção, tendo
como caso de estudo plataforma Lombo East (bloco 2) .

Palavras chaves: Hidratos, Prevenção, Métodos .

IV
ABSTRACT

The present work presents a literary rectification on hydrate. The characteristics of the
hydrate, training conditions, the understanding of the training kinetics, where, time and how
they can be formed will be mentioned. And also, the impasses that can be caused by the
presence of hydrate. Some preventive parameters to prevent hydrate formation will be
explained, such as the addition of inhibitors and gas dehydration. For the preparation of the
work, the following research methods were used: systematic literature review, focusing on the
collection of books, articles, dissertations, theses and specialized magazines in oil, with
greater emphasis on those dealing with matters related to the prevention of hydrates, For the
present work, quantitative research was used that deals with numbers and statistical methods
to transform data into information this project. The strategy adopted for the present work is
the case study that was carried out with great depth in the analysis. As a result, a scientific
research was produced specifying clearly the formation of hydrates and its losses to
production, using platform Lombo East (block 2) as a case study.

Keywords: Hydrates; Prevention; Method

V
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: desidratação...............................................................................................................34
Tabela 2- Por liquido dissecant e (Trietilenoglicol):vantagens................................................34
Tabela 3- Por liquido dissecante (Trietilenoglicol):desvantagens............................................34
Tabela 4 - Por liquido dissecante (Trietilenoglicol):vantagens................................................34
Tabela 5 - Por liquido dissecante (Trietilenoglicol):desvantagens...........................................35
Tabela 6 - Por membrana:vantagens.........................................................................................35
Tabela 7- Por membrana:desvantagens.....................................................................................35
Tabela 8 - Aquecimento das linhas:vantagens..........................................................................35
Tabela 9 - Aquecimento das linhas:desvantagens.....................................................................35
Tabela 10-Redução da pressão:vantagens.................................................................................36
Tabela 11-Redução da pressão : desvantagens.........................................................................36
Tabela 12-Injeção de inibidores,termodinâmicos:vantagens....................................................36
Tabela 13-Injeção de inibidores,termodinâmicos:vantagens....................................................36
Tabela 14-Injeção de inibidores:desvantagens.........................................................................36
Tabela 15-Injeção de inibidores,de baixa dosagem:vantagens.................................................37
Tabela 16-Injeção de inibidores,de baixa dosagem:desvantagens............................................37

VI
ÍNDICE DE ABREVIATURAS

GN: Gás Natural;


HD: Hidrato;
MEG: Monoetilenoglicol ;
DEG: Dietilenoglicol ;
TEG: Trietilenoglicol ;
Nacl: Cloreto de Sódio ;
Cacl2: Cloreto de Cálcio ;
KCl: Cloreto de Potássio ;
H2S: Gás Sulfídrico ;
CO2: Dióxido de Carbono ;
LNG: Gás Natural Liquefeito ;
TFH: Temperatura de Formação de Hidratos;
PPMV : Partes Por Milhão espressas em Volume .

VII
ÍNDICE
DEDICATÓRIA..........................................................................................................................I
AGRADECIMENTOS...............................................................................................................II
EPÍGRAFE...............................................................................................................................III
RESUMO..................................................................................................................................IV
ABSTRACT...............................................................................................................................V
ÍNDICE DE TABELAS...........................................................................................................VI
ÍNDICE DE ABREVIATURAS.............................................................................................VII
INTRODUÇÃO........................................................................................................................10
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................13
1.2-Breve história de Hidratos no mundo.................................................................................13
1.3-Breve história de Hidratos em Angola...............................................................................14
1.4- Visão de alguns autores sobre a prevenção de hidratos.....................................................14
1.5-Estrutura de Hidrato............................................................................................................15
1.6- Características do Hidrato.................................................................................................15
1.7-Formação de um Hidrato....................................................................................................16
1.8-Cinética de Formação dos Hidratos....................................................................................16
1.9-Fenómenos que Favorecem a Formação de Hidratos.........................................................17
1.10-Condições para a Formação (físico-químico)...................................................................17
1.11-Locais Propensos para Formação dos Hidratos................................................................17
1.12-Previsão de Formação de Hidratos...................................................................................18
1.13-Método gráfico Katz.........................................................................................................18
1.14- Consequência da formação de Hidratos..........................................................................20
1.15-Metódos de Prevenção de Hidratos..............................................................................20
1.15.1-Técnica A – Desidratação de Gás...............................................................................21
1.15.4-Desidratação por Membrana..........................................................................................22
1.16- Técnica B – Aumento de Temperatura por Aquecimento das linhas..............................23
1.17-Técnica C – Redução de Pressão......................................................................................23
1.18-Técnica D – Injeção de Químicos.....................................................................................24
1.18.1-Inibidores termodinâmicos De Hidrato – THI...............................................................24
1.18.2-Inibidor de Hidrato de baixa Dosagem- LDHI..............................................................25
1.18.2.1-Inibidores Cinéticos....................................................................................................25
1.18.2.2- Inibidores Anti- aglomerantes...................................................................................26
1.19- Plataforma Lombo East...................................................................................................26
CAPÍTULO II- METODOLOGIA DE ESTUDO....................................................................27
2.1– Caracterização do Estudo de Caso....................................................................................27
2.2-Métodos de Pesquisas.........................................................................................................27
2.3- Técnicas de Pesquisas........................................................................................................27
2.4- Tipos de Pesquisas.............................................................................................................28
2.5- Caracterização do Campo de Investigação........................................................................29
2.6-Técnicas e Métodos de Coletas de Dados...........................................................................29
2.7- Dificuldades Encontradas..................................................................................................29
CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS DA PESQUISA.........30
3.1-Geometria e Dados do sistema Estudado............................................................................30
3.1.1-Plataforma Lombo East...................................................................................................30
3.2-Apresentação e análise dos dados.......................................................................................31
3.3-Técnicas de Prevenção de Hidratos utilizadas na Plataforma Lombo East........................31
3.4-Sistema de Regeneração do Glicol.....................................................................................32
3.5-Estudo comparativo sobre Técnicas de prevenção.............................................................34
3.5.1-Desidratação:...................................................................................................................34
3.5.2- Por membrana.................................................................................................................35
3.5.3- Aquecimento das linhas..................................................................................................35
3.5.4-Redução de pressão.........................................................................................................36
3.5.5-Injeção de Inibidores.......................................................................................................36
CONCLUSÃO..........................................................................................................................39
SUGESTÕES............................................................................................................................40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................41
INTRODUÇÃO

Segundo [ CITATION Dua16 \l 1036 ] desde o início do século XXI, à exploração do gás
natural depara- se com grandes dificuldades ligadas à obstrução das tubulações por depósito
de cristais, os quais foram considerados inicialmente como gelo, no entanto trata-se de
compostos de inclusão formados de água e certos componentes do gás natural principalmente
o metano. A formação de hidratos na indústria de hidrocarbonetos causa grandes prejuízos
seja operacional como também financeiros. Com a prevenção de hidratos podemos evitar que
as consequências de hidratos tornem – se significantes durante o processo de produção ou
transporte do gás natural e a prevenção de hidratos pode ser alcançada por métodos físicos e
químicos.
Sendo assim, este trabalho dedica-se a fazer um estudo aprofundado sobre a prevenção de
hidratos.

Problemática
A formação de hidratos durante a produção de petróleo, é tema de inúmeras pesquisas. Por
representar um sério problema, estratégias de prevenção aliadas a técnicas de eliminação são
utilizadas para combatê-lo.

Verifica-se, contudo, que a formação de hidratos ainda tem causado grandes problemas de
perdas operacionais atualmente. Assim, resolver o problema do hidrato, é evitar essas perdas,
garantindo o escoamento contínuo para o continente. A melhor forma de resolver os
problemas causados pelos hidratos é, portanto, evitar que o mesmo ocorra pois os custos
associados são mais reduzidos. Assim sendo, com base no conceito abordado acima formula-
se a seguinte questão da pesquisa:

Qual é a técnica mais eficaz para prevenção de hidratos em uma plataforma de produção,
afim de evitar a paralisação e a eventual queda da produtividade?

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Hipóteses

Segundo [ CITATION Car03 \l 1033 ] definiu hipótese; como sinónimo de suposição, ou


afirmação categórica que pode ser positivo, negativo ou condicional, ainda não testada.

Com base a problematização, levantou-se as seguintes hipóteses:

H1: A técnica mais eficaz para prevenção de hidratos baseia-se no uso de métodos que
buscam isolar uma das variantes que condiciona a formação de hidratos.

H2: Optar pela injeção de químicos que afetam diretamente a cinética de formação de
hidratos, pode servir como uma técnica mais eficaz para prevenir hidratos.

Objetivos

Objetivo Geral
• Compreender a importância da prevenção de hidratos para o processamento de
gás natural.

Objetivos Específicos

• Definir as palavras chaves relacionado com o trabalho;

• Descrever as condições gerais para formação de hidratos em uma unidade de


produção;

• Explicar como prever e evitar a formação de hidratos ao longo de linhas de


escoamento de Gás natural;

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Justificativa

A formação de hidratos é um tema de extrema importância dentro da indústria de


hidrocarbonetos em operações de produção, pois a existência de hidratos configuram
efetivamente a paragem da produção o que causa grandes problemas, tendo em vista a tudo
isso , uma pesquisa de base científica não apenas traz informações como igualmente capacita
aos engenheiros a compreenderem melhor sobre os hidratos, suas condições de formação e
como evitá-los , também adiciona ao acervo de pesquisas conteúdos que possam vir a
contribuir para a elaboração de futuros trabalhos .

Delimitação

O nosso trabalho delimitar-se -á na de Prevenção de Hidratos, tendo como estudo de caso a


plataforma Lombo East (bloco 2) nos períodos compreendidos entre 2019-2020.

Metodologia
O método de pesquisa utilizado por nós, neste trabalho é a revisão sistemática de literatura,
concentrando-nos na coleta de livros, artigos, dissertações, teses e revistas especializadas em
petróleo com maior realce as que tratam de matérias ligadas a prevenção de hidratos.

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CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo, abordaremos aspectos ligados directamente a fundamentação teórica, mais


concretamente a Prevenção de Hidratos.

1.1- Definição de conceito chaves


De acordo com [CITATION Dic \l 2070 ]: Prevenção é o conjunto de atividades e
medidas que, feitas com antecipação, busca evitar um dano ou mal.

Para [ CITATION Con \l 2070 ]: Métodos referem – se aos meios utilizados para chegar
a um fim de se obter respostas assertivas no que toca as questões pautadas e, com isso
comprovar que determinados assuntos possuem veracidade.

Hidratos são soluções solidas de estruturas cristalinas visivelmente similares ao gelo ,


apresentam composição mal definida entre moléculas de hidrocarbonetos de baixo peso
molecular e água livre à altas pressões e baixas temperaturas , segundo [ CITATION
Hum10 \l 1036 ].

1.2-Breve história de Hidratos no mundo


Descoberto por Faraday em 1823, o hidrato de gás foi estudado na década de 1890 por
cientistas franceses e redescoberto para a indústria do gás natural por Hammerschmidt em
1934. Descobrindo que os hidratos poderiam originar problemas de obstruções de linhas de
transporte, os estudos experimentais foram conduzidos para determinar as condições de
pressão e temperatura em que hidratos eram formados em misturas de hidrocarbonetos.
Cinco anos depois , em 1939 , Hammerschmidt também iniciou as pesquisas relacionadas aos
efeitos das técnicas utilizadas para a prevenção de hidratos como o caso de inibidores
propondo uma equação empírica para a formação de hidratos em tubulações de gás natural na
presença de inibidores.
A proposta é importante porque a otimização das operações de produção e transporte do gás
natural depende da capacidade de fazer previsões quantitativas das taxas de formação de
hidratos sólidos em função da temperatura, pressão e composição, incluindo os efeitos de
aditivos projetados para inibir a formação de hidratos.

13
1.3-Breve história de Hidratos em Angola

A partir do ano de 1966 começou a exploração de hidrocarbonetos no offshore angolano , na


Bacia do Congo em Cabinda pela empresa Cabinda Gulf Oil Company (CABGOC) , que
posteriormente foi incorporada pela Chevron . Combinadas a exploração vêm os desafios
destas atividades podemos considerar problemas operacionais, como o surgimento de
hidratos .O uso das técnicas de prevenção vêm sendo utilizadas desde o início das atividades
de produção de hidrocarbonetos , seja em companhias estrangeiras ou nacionais a prevenção
de hidratos é de extrema importância e de implementação indispensável afim de conferir
segurança e evitar a paralisação da produção.

1.4- Visão de alguns autores sobre a prevenção de hidratos

Visão de Hammerschmidt
Para [ CITATION Ham34 \l 2070 ] , apresentou um estudo sobre o entupimento de
tubulações de gás, onde foi o primeiro autor a relatar que o bloqueio das tubulações
era causado pela formação de hidratos, de seguida , conduziu estudos experimentais
afim de determinar as condições de pressão e temperatura em que hidratos são
formados em misturas de hidrocarbonetos .

Visão de Von Stackelberg e Muller


Para [ CITATION Von50 \l 2070 ], propuseram um estudo de hidratos , baseando a
termodinâmica estatística , analisando o efeito da adição de Inibidores comoprevenção
de Formação de hidratos.

14
1.5-Estrutura de Hidrato

A estrutura formada pelas moléculas de água e hidrocarbonetos na constituição de um bloco


de hidratos depende de características , tais como:
 Altas pressões e baixas temperaturas ;
 Conformação física desse ambiente (pontos mortos ou de baixa velocidade de
escoamento);
 Características químicas dos constituintes, como a composição de gás natural,
presença e quantidade de contaminantes (ácidos orgânicos, H2S, CO2, Sais, entre
outros); e
 Quantidade de água presente.

Em função dessas características, o hidrato formado assumirá uma das seguintes estruturas
básicas:
 Tetradecaedro;
 Dodecaedro; e
 Hexadecaedro.

1.6- Características do Hidrato

Como já mencionado anteriormente, o hidrato tem aspectos semelhantes ao gelo, tais como,
aspecto visual, aderência, força mecânica e densidade. Sua cor é esbranquiçada, possui uma
forte aderência com metais, apresenta uma maior resistência mecânica que o gelo.
A densidade de ambos é muito semelhante, estando entre a densidade da água e a da maioria
dos óleos mais leves [ CITATION Car10 \l 2070 ]. A diferença entre o gelo e o hidrato é
basicamente na solubilidade dos gases e na condutividade térmica. Os gases que compõem o
hidrato estão aprisionados na rede formada por moléculas de água, enquanto no gelo estes são
liberados por pequenos canais formados na estrutura. Como no hidrato os gases estão
aprisionados, sua condutividade térmica é bem menor que a do gelo.

15
1.7-Formação de um Hidrato

Para a formação de hidratos o mesmo necessita de ambientes de altas pressões, baixas


temperaturas e um suprimento adequado de gás e água. Porém as atividades das indústrias de
hidrocarbonetos favorecem um ótimo ambiente para a ocorrência de hidratos podendo assim
bloquear parcialmente ou totalmente, linhas, válvulas, e equipamentos durante as operações.

Para que os cristais se formem são necessárias 3 condições fundamentais que podem ser:
 A presença de moléculas de gás que fariam o papel de hóspedes na estrutura do
hidrato;
 Condições de altas pressões e baixas temperaturas ;
 Uma quantidade suficiente de água.

1.8-Cinética de Formação dos Hidratos

Os processos de formação dos cristais, dentro do estado da cinética, englobam as fases de:
nucleação, crescimento, inibição e dissociação [ CITATION Slo98 \l 2070 ], no que concerne
destacam-se as 3 fases principais que são:
Nucleação primaria homogénea – normalmente ocorrem em uma mistura de água e gás no
qual a água se apresenta em maiores quantidades, consiste no surgimento do primeiro cristal.
Nucleação primaria heterogénea – nesta fase ocorre um processo de união dos cristais
formados na de nucleação primária homogénea, um cristal começa a chocar-se um com o
outro. É resultante da presença de superfícies sólidas dos próprios cristais, da parede de
tubulação e das partículas em suspensão.
Nucleação secundária – ocorre a partir da presença das partículas novas fases, isto é,
nucleação primaria heterogénea (núcleos primários), logo após a etapa de nucleação, na fase
de crescimento é necessário que haja a ocorrência de difusão de moléculas de hidrocarbonetos
na fase aquosa, sendo assim mais rápidas nas proximidades da interface.
O estudo da cinética de formação de hidratos permite identificar em que estágio de formação
o hidrato está e que possibilita assim tomar as devidas medidas de prevenção ou eliminação
do mesmo.

16
1.9-Fenómenos que Favorecem a Formação de Hidratos

Apesar de não serem essências para que os hidratos se formem, estes favorecem a
possibilidade de existência dos cristais, dos quais podemos citar:
 Turbulência – os hidratos são mais favoravelmente formados em regiões de alta
velocidade;
 Locais de nucleação – presença de imperfeições em um duto com um ponto de solda,
um acessório para dutos como joelhos, presença de areia ou sujeiras em linhas;
 Presença de água livre – a interface água - gás é também um fator importante para a
formação dos cristais de gás.

Um outro aspecto relevante para a formação dos hidratos é a acumulação de sólido, o hidrato
não necessariamente se aglomera no mesmo ponto que é formado.

1.10-Condições para a Formação (físico-químico)


Físicas :
 Pressão e temperatura do ambiente hidratado;
 Configuração geométrica do gasoduto- refere-se aos pontos mortos ou a baixa
velocidade de escoamento, como por ex.: as curvas ao longo de extensão dos
gasodutos;
Químicas :
 Composição do gás natural ;
 Quantidade de contaminantes (ácidos orgânicos, H2S, CO2, sais, entre outros);
 Quantidade de água .

1.11-Locais Propensos para Formação dos Hidratos


Embora existam situações em que condições necessárias para a formação dos hidratos estão
presentes porém, nem sempre verifica-se a formação de hidratos no mesmo local onde estás
mesmas condições existam. Isso deve-se ao facto de a formação de hidratos não ser um
fenómeno instantâneo, ele manifesta-se em função do tempo. A cristalização ocorre
particularmente, isto é, forma-se e acumula-se nos locais propensos a formação de hidratos de
gás natural e aumentam o seu tamanho.Locais mais vulneráveis a formação de hidratos de gás
natural, são os pontos de conduta em que há maior perda de energia como as curvas com

17
tubulações, conexões e, válvulas, tal como em gasodutos e linhas de gás lift.

Em situações em que locais acima mencionados submetem-se a temperaturas inferiores,


inicia-se um processo de cristalização e os cristais formados irão armazenar- se e a
continuidade deste fenómeno pode resultar em um tamponamento do gasoduto.

1.12-Previsão de Formação de Hidratos


A fim de fornecer a melhor estratégia possível para lidar com a formação de hidratos, é
importante ter uma compreensão abrangente das condições subjacentes que levam à formação
inicial de hidratos. Um problema inerente a produção ou transporte de gás natural é a
formação de hidratos de gás, tendo em conta que o ambiente onde as atividades de exploração
e produção do gás é o mesmo onde podemos encontrar condições propícias para incidência de
hidratos, resta apenas a indústria de hidrocarbonetos adotar mecanismos de forma a prevenir o
surgimento de hidratos, seja isolar uma das variantes que condiciona sua formação ou
desenvolver técnicas que possibilitam determinar os pontos iniciais do surgimento de
hidratos em uma linha permitindo assim preveni-los .
Dadas as evidências citadas acima que possibilitam, indicar a presença de hidratos ao longo
dos gasodutos ou em um ponto do gasoduto, existem atualmente métodos que permitem
prever a sua ocorrência podendo - se assim aplicar métodos para prevenção.
Embora programas de software comerciais estejam disponíveis para examinar os equilíbrios
de fase, é útil entender os fundamentos como um meio de avaliar os resultados do
computador. Segundo (Saeid Mokhatab & William Poe 2014) o principal método manual
que permite a estimativa rápida das condições de formação de hidratos é :

1.13-Método gráfico Katz


De acordo com (Saeid Mokhatab & William Poe 2014) este método foi desenvolvido em
1942 por Carson e Katz. Embora estes dados gráficos tenham sido reproduzidos desde então,
este método é ainda tido como principal ferramenta que correlaciona a pressão e a
temperatura do gás natural . Usando as seguintes variavéis para construção do gráfico .

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A)-Temperatura e Densidade Conhecida
Possibilita o conhecimento da pressão máxima a partir do qual o hidrato pode se formar. Para
tal, traça-se verticalmente no gráfico uma reta interligada a temperatura até a curva de
densidade. A partir do ponto encontrado traça-se horizontalmente outra reta até atingir o eixo
das abcissas. Portanto o valor encontrado representa a temperatura mínima a partir do qual o
hidrato pode se formar.

B) -Pressão e Densidade Conhecida


Possibilita o conhecimento da menor temperatura, abaixo do qual o hidrato pode se formar.
Para tal traça-se horizontalmente uma reta interligada a pressão e a curva de densidade. A
partir do ponto encontrado, traça-se verticalmente outra reta até atingir o eixo das abcissas.
Portanto o valor encontrado representa a pressão máxima a partir do qual o hidrocarboneto
pode se formar.

Apesar de poder utilizar este método manualmente para prever a formação de hidratos, as
previsões mais precisas das condições de formação de hidratos são feitas usando programas
de computador de equilíbrio de fase comercial. Esses programas são de dois tipos:
 Aqueles que permitem a previsão da pressão e temperatura nas quais os hidratos
começam a se formar (programas de formação de hidratos incipientes).
 Aqueles que preveem todas as fases e quantidades em pressões mais altas e
temperaturas mais baixas do que o ponto de formação de hidrato incipiente
(programas flash ou programas de minimização de energia de Gibbs).
Desses dois tipos de programa, o tipo flash / Gibbs está ganhando preeminência porque suas
previsões estão disponíveis no interior do diagrama de fase (onde muitos sistemas operam),
enquanto o tipo incipiente fornece os pontos de pressão / temperatura (P / T) de hidrato
iniciação. Programas de última geração estão em transição para o tipo de energia livre de flash
/ Gibbs.
A base para ambos os tipos de programa é uma equação de estado do hidrato (EOS). Um
método claro e prescritivo para construir o programa de hidrato flash foi publicado
recentemente.  O programa hydrate flash geralmente é tão complexo que requer dois ou mais
homens-ano de esforço obstinado para construir uma versão robusta do programa. Por essa
razão e por causa dos programas comerciais prontamente disponíveis, os engenheiros

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geralmente optam por usá-los em vez de construir outro programa. 

1.14- Consequência da formação de Hidratos

Geram-se muitos danos e prejuízos na produção de um poço de petróleo pela formação de


hidratos, pois as condições termodinâmicas que favorecem a formação de hidratos são muitas
vezes encontradas em gasodutos , isto é, altamente indesejável pois os cristais de hidrato
podem se aglomerar e obstruir o fluxo de gás causando assim falha de garantia dos
equipamentos, danificar válvulas ou outros instrumentos .

Principais consequências causadas pela formação de hidratos :


 Entupimento (plugueamento) de válvulas , tubulações ;
 Imobilização da coluna produção ;
 Perda da produtividade;
 Aumento de custos de produção e maior consumo energético;

1.15-Metódos de Prevenção de Hidratos

A prevenção dos hidratos pode ser alcançada por meio de métodos físicos, como o aumento
da temperatura, isolamento de tubulações, redução da pressão e por métodos químicos como
desidratação por glicol ou injeção de inibidores. Contudo, estes métodos geralmente não são
usados como estratégias de mitigação, pois podem ser proibitivamente caros e em alguns
casos inclusive não são possíveis .

Existem várias técnicas para os métodos de prevenção hidratos, aplicabilidade destes


metódos podem variar de acordo com a zona de produção, podemos citar técnicas tais como:
 Reduzir a concentração de água no sistema por meio da desidratação do gás;
 Manter a temperatura 20º acima da qual ocorre a formação de hidrato por
aquecimento;
 Manter a pressão 10 Bars abaixo da qual os hidratos são formados, por redução de
pressão;
 Injecção de químicos ;

20
1.15.1-Técnica A – Desidratação de Gás

A solução permanente para prevenir a formação de hidratos é a remoção de água antes do


transporte no gasoduto, usando uma grande plataforma offshore de desidratação na planta de
processamento primário [ CITATION Sae14 \l 2070 ], no que concerne ao custo benéfico,
pois ela beneficia apenas etapas que se encontram após a passagem do gás natural pela planta
de processamento primário.
Em princípio, todo gás produzido, associado ou não associado, está saturado com vapor de
água, isto é, contém a máxima quantidade possível de água no estado de vapor. A água
representa um componente crítico tanto para o condicionamento de gás natural como para o
processamento. Sua remoção do fluxo de gás reduz o potencial de corrosão, formação de
hidrato e congelamento do oleoduto ou gasoduto.
Também deve ser removida para satisfazer uma condição do ponto de orvalho exigida dentro
das especificações técnicas.

A desidratação do gás é obrigatória, o gás natural deve estar tecnicamente isento, ou seja, não
deve haver traços visíveis de partículas sólidas e partículas líquidas.
Há diferentes técnicas empregadas para desidratar o gás natural, entre elas, três processos de
desidratação estão em uso atualmente:
 Desidratação por absorção com líquidos dissecantes;
 Desidratação por absorção em sólidos dissecantes;
 Desidratação por membranas.

1.15.1.2-Desidratação com Líquido Dissecante

O vapor de água pode ser removido do gás natural por borbulhamento concorrente ou contra
corrente do gás por determinados líquidos que têm afinidade pela água. Esta operação é
chamada de Absorção, há vários líquidos que podem ser usados para absorver água do gás
natural, como solução de cloreto de cálcio, cloreto de lítio e glicol. A desidratação do gás com
o uso de glicol é economicamente favorecida com relação aos demais processos específicos
de desidratação [ CITATION SFr91 \l 2070 ]
O glicol é um dissecante líquido bastante utilizado, pois ele tem: Higroscopicidade alta, baixa

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pressão de vapor, ponto de ebulição alto e baixa solubilidade no gás natural.
Três tipos de glicóis são usados para desidratar o gás natural, sendo eles:
 Etileno glicol (EG);
 Dietileno glicol (DEG) e
 Trietileno glicol (TEG);

1.15.1.3-Desidratação com Sólido Dissecante


Desidratação por sólido dissecante é um processo de absorção que corresponde a processos
em que moléculas de água no gás são capturados e retidos na superfície do sólido por forças
superficiais. O grau de adsorção é uma função de temperatura e pressão de operação; a
adsorção aumenta com o aumento da pressão e diminui com o aumento da temperatura.
Os tipos geralmente usados para estes propósitos são:

 Alumina ativada
 Peneira molecular
 Sílica gel

1.15.4-Desidratação por Membrana

O processo de desidratação por membrana surgiu com a necessidade de se ter um processo


ambientalmente correto, consiste na captura com a absorção media de água e contaminantes
em uma unidade permeável , prontamente regenerável com um mínimo de manutenção, de
maneira a atender a uma grande quantidade de gás e unidades em locais remotos. Está técnica,
assim como as anteriores são bastante conhecidas e em termos de estrutura do processo ela
apresenta duas configurações, que são: 1º Fibras ocas e 2º Tubos permeáveis. Que permitem a
regeneração do leito [ CITATION Hal21 \l 2070 ] .
Geralmente, a membrana é projetada ou selecionada para remover os componentes de
interesse, no caso da remoção da água do gás natural, soluções de potássio ou de um outro
metal alcalino são utilizados nas membranas para a desidratação e pode ser realizado a
elevada pressão (400 – 1200 PSI), condição onde o gás está tipicamente disponível e a taxa de
permeação de gás através das membranas aumenta com o aumento da pressão. O CO2, H2S e o
vapor de H2O penetram na membrana mais rapidamente que o grupo de hidrocarnonetos
gasosos.

22
1.16- Técnica B – Aumento de Temperatura por Aquecimento das linhas

A técnica de aquecimento consiste em aumentar a temperatura ou mantê-la durante o processo


de produção do gás, hoje em dia tem-se utilizado o método de aquecimento de linha para a
prevenir a perda de calor em um duto, uma das soluções para a não ocorrência de hidratos
durante a produção.
O aquecimento das linhas é promovido pelo processo:
• Uso de técnicas de Insulação: O isolamento térmico tem como função reduzir a
entrada ou saída de calor de um ambiente para outro.
Segundo [ CITATION Spe06 \l 2070 ] os métodos térmicos utilizam a conservação ou a
introdução de calor, a fim de manter a mistura fluida fora do intervalo de formação de hidrato.
A conservação do calor no interior do tubo é uma prática comum e é realizada através do
isolamento do duto. O projeto destes sistemas busca um equilíbrio entre o alto custo do
isolamento ,a operacionalidade pretendida do sistema e o nível de risco aceitável. Diversas
opções estão disponíveis para aquecer uma tubulação, sendo o mais simples um revestimento
externo de água quente. Outros métodos utilizam o rastreamento térmico condutor ou indutivo
existindo assim preocupação com a confiabilidade.

1.17-Técnica C – Redução de Pressão


O controle da pressão em gasodutos é indispensável durante as operações de transporte de
gás natural, a leitura da pressão do gás por meio dos manómetros , não apenas dá
informações do processo a tempo real como também possibilita aos engenheiros controlarem
o processo , podendo assim prever problemas operacionais que possam surgir , neste caso em
específico os hidratos.
Embora não seja comumente utilizada , optar pela redução de pressão em uma linha pode
servir como uma técnica de prevenção a curto prazo , não de forma permanente, pois quanto
maior for a vazão de escoamento de um fluído em uma determinada área, maior poderá ser a
pressão do fluído, ou seja , a pressão durante o escoamento poderá aumentar novamente.
A técnica consiste em reduzir a pressão no meio onde poderá ser alvo da formação de
hidratos, para que a redução da pressão seja feita são usadas : Válvulas reguladoras de
Pressão nas linhas e têm a função de reduzir a alta pressão do gás e adequa-la à pressão de

23
trabalho do equipamento.
Essa prática é bastante utilizada em gasodutos, de forma que, ao contrário do
aquecimento, esta técnica não precisa de exatidão da área afetada, atuando ao longo
da tubulação por inteira.

1.18-Técnica D – Injeção de Químicos

Segundo [ CITATION Cam92 \l 2070 ] a maneira certa de se prevenir hidratos é a


conservação das linhas e equipamentos de produção e transporte sem a presença de água
líquida, entretanto existem ocasiões em que é necessário operar a linha de produção contendo
água líquida e, caso a temperatura mínima do gás na linha seja menor do que o ponto de
formação do hidrato, se faz necessário adicionar inibidores.

De acordo com [CITATION Nag14 \l 2070 ] o uso de inibidores químicos de hidrato tem se
tornado a solução preferida para lidar com este problema. Estes inibidores são classificados
em duas categorias: inibidores termodinâmicos e inibidores de baixa dosagem. Inibidores
termodinâmicos de hidrato são normalmente solventes como o metanol ou o etileno glicol,
que são adicionados em quantidades proporcionais à água produzida, de maneira a evitar a
formação de hidratos. Inibidores de baixa dosagem são adicionados em pequenas quantidades
e existem dois tipos de : inibidores cinéticos e inibidores anti-aglomerantes. Inibidores
cinéticos atrasam o processo de nucleação do hidrato para certa extensão de tempo,
proporcionando assim tempo suficiente para o transporte de fluidos antes que os hidratos se
formem. Inibidores anti-aglomerantes, por outro lado, permitem que os hidratos se formem
como uma pasta transportável e previnem que eles se aglomerem para formar estruturas de
hidrato fisicamente maiores que possam bloquear as tubulações. [CITATION Nag14 \l 2070 ].

1.18.1-Inibidores termodinâmicos De Hidrato – THI

São geralmente sais inorgânicos (NaCl, CaCl2, KCl), álcoois (metanol) e Glicóis (glicerol)
que têm como objetivo principal reduzir a atividade da água, quantidade de água livre na
mistura e com isso deslocar curva de equilíbrio de fases, desfavorecendo a formação de
hidratos. Sais não exercem apenas a função de inibidor de hidratos, podem atuar como
adensante também. Já os álcoois são ótimos inibidores, pois promovem a remoção dos

24
envelopes de hidratos de forma permanente além de manter uma boa faixa de sub-
resfriamento.
A Injeção de metanol é frequentemente usada como último recurso em caso de formação de
hidrato, depois de algum outro inibidor não conseguir fazer o trabalho. O metanol pode ser
utilizado, por exemplo, em caso de hidrato nas partes menores do equipamento de gás. Pode-
se comparar o MEG e o metanol, enquanto o MEG pode ser regenerado e reutilizado na linha
de produção, o metanol é extremamente volátil e solúvel podendo ser mais facilmente
descarregado no oceano com a água produzida.

1.18.2-Inibidor de Hidrato de baixa Dosagem- LDHI


Os inibidores de baixa dosagem permitem que as tubulações submarinas de transporte de gás
manipulem grandes volumes de gás sem injeção adicional de glicol ou unidades de
recuperação de glicol extra. Estes novos inibidores de hidrato podem levar a economia
substancial de gastos. Os LDHIs têm como base uma técnica que não altera as condições
termodinâmicas do sistema. De fato, os LDHI atuam nos estágios iniciais da formação de
hidrato modificando as propriedades reológicas do sistema [ CITATION MOK06 \l 2070 ].
De acordo com [ CITATION Ers09 \l 2070 ], os LDHIs têm um enorme potencial de
aplicação para substituir os inibidores termodinâmicos (metanol e glicóis). Atualmente, a
forma de como os LDHIs trabalham a nível molecular ainda não está totalmente
compreendida ou documentada, embora tenham sido aplicadas no campo.

1.18.2.1-Inibidores Cinéticos

São polímeros em água e reagem sinergicamente com glicóis e álcoois de alto peso molecular.
Esses aditivos são capazes de retardar o início da nucleação e diminuem a taxa de crescimento
de cristais de hidratos. Pode-se dizer que quanto maior o sub-resfriamento, menor a
eficiência do inibidor de hidratos, o inibidor cinético quando utilizado em pequenas
quantidades já surge efeito. A cinética de inibição de hidratos de gás geralmente se refere aos
processos pelos quais as etapas de nucleação e de crescimentos de cristais de hidratos são
alteradas, usando uma baixa concentração de aditivos na maioria deles polímeros e
surfactantes. Com os inibidores se obtém o retardamento do aparecimento de núcleos
(cinético inibidor), redução da taxa de formação de cristais e inibição do processo de

25
aglomeração de cristais formados.

1.18.2.2- Inibidores Anti- aglomerantes

São basicamente polímeros e surfactantes, aos quais similares aos inibidores cinéticos,
quando utilizados em pequenas quantidades já surtem efeitos desejados. Sua principal função
é retardar a aglomeração de cristais e facilitar o transporte dos núcleos. É importante ressaltar
que eles não têm capacidade de impedir a formação de cristais de hidratos, no entanto, ajudam
bastante no transporte dos cristais formados.

1.19- Plataforma Lombo East

A plataforma Lombo East está localizada na porção offshore da Bacia do Congo, pertencendo
assim ao Bloco 2 que está próximo da costa marinha da região do Soyo , província do Zaire ,
Angola . A produção no Lombo East é em águas rasas, o campo foi descoberto em 1984 e sua
produção foi iniciada em 1987 , este campo já produziu mais de 80 milhões de barris de
petróleo bruto de 40º API , com uma área de 250 m e com uma distância de profundidade da
plataforma à cabeça de poço 130 m .
O óleo produzido nos campos Bagre e Essungo é enviado para o Bagre F que por sua vez
envia para o Lombo East afim de transferir para o Bloco 03/05 no terminal Palanca.
As instalações de produção do Campo Lombo East estão completas , no Lombo East, utiliza-
se a injecção de gás lift .O gás proveniente do reservatório, entra no separador afim de
dividirmos óleo , gás e água , a partir dái analisaremos as características do proprío gás e
faremos o devido condicionamento. Por este facto o condicionamento do gás é um setor de
extrema importância , seja o gás destinado para venda ou para injeção , como consequência
dessas atividades é comum o surgimento de hidratos durante as fases de operações de
transporte ou injeção do gás e como resposta a este problema são utilizadas técnicas de
prevenção de hidratos no Lombo East, utilizando os seguintes sistemas :

 Desidratação do gás
 Injeção de Inibidores

26
CAPÍTULO II- METODOLOGIA DE ESTUDO

Neste capítulo, abordaremos aspectos ligados directamente a método de pesquisa, técnicas de


pesquisas, tipos de pesquisas, estratégia de investigação, caracterização do campo de
investigação e dificuldades encontradas.

2.1– Caracterização do Estudo de Caso


A plataforma Lombo East está localizada na porção offshore da Bacia do Congo, pertencendo
assim ao Bloco 2 que está próximo da costa marinha da região do Soyo , província do Zaire ,
Angola . A produção do bloco 2 é em águas rasas.

2.2-Métodos de Pesquisas

No presente trabalho de investigação científica, definir ou evidenciar os métodos de pesquisas


é importante, pois o grau de cientificidade dos resultados produzidos neste estudo é
determinado pela forma da sua obtenção. O rigor na apresentação dos detalhes e
procedimentos metodológicos adotados é importante, porque permite auferir um grau de
confiança ao leitor, e demonstra que a pesquisa foi realizada com um sentido de
profissionalismo e exatidão necessária para que se acredite nos resultados obtidos , tendo em
conta este fato , procura-se representar o presente trabalho nas classificações exigidas dentro
de uma metodologia de pesquisa .

Em princípio, o trabalho de investigação pretende ser uma pesquisa básica estratégica ,

Para o cumprimento dos objetivos específicos, utilizou-se um conjunto de métodos científicos


entre os quais destacamos abaixo:

 Método dedutivo;
 Método histórico;
 Método hipotético -dedutivo ;

27
2.3- Técnicas de Pesquisas

Para o presente trabalho utilizou-se a pesquisa qualitativa que lida com livros e artigos
científicos para transformar os conteúdos em informação para esta dissertação . A estratégia
adotada para o presente trabalho é o estudo de caso bloco2, no período de 2019 à 2020

Quanto aos objectivos, a pesquisa classifica como do tipo descritiva , pois, sendo um tema
pouco explorado, este trabalho visa proporcionar maiores informações sobre o assunto que se
vai abordar.

Quanto a abordagem do problema utilizou-se a pesquisa quali-quantitativa , pois através dos


dados colectados pode-se analisar e interpretar os documentos referente a pesquisa.

2.4- Tipos de Pesquisas

O nosso estudo foi realizado fazendo recurso aos seguintes tipos de pesquisas:

 Pesquisa Exploratória: o uso da pesquisa exploratória neste trabalho foi necessário,


pois a natureza do nosso estudo obrigou-nos a ter uma familiaridade com o problema
de modo a buscar uma compreensão profunda e permitir deste modo a construção de
hipóteses, de acordo o conceito. A familiaridade com o problema só é possível caso
haver exploração das informações disponíveis, e por esta razão a exploração das
informações foi feita através do levantamento bibliográfico e análise de exemplos
relacionados a pesquisas.
 Pesquisa Explicativa: a pesquisa explicativa é considerada como a mais complexa e
delicada. Apesar da sua complexidade e delicadeza, a obrigação do seu uso foi
inevitável visto que ela busca explicar as causas, e nós buscamos também o mesmo
objectivo. Nessa modalidade o pesquisador manipula e controla as variáveis,
objectivando identificar efeito e causa sobre o fenómeno em estudo.
 Pesquisa bibliográfica: o nosso estudo fez recurso aos materiais bibliográficos como
livros, artigos, teses e dissertações para a sua materialização. De certa forma, pode se
considerar que toda pesquisa é bibliográfica, pois faz recurso às publicações já
existentes para fundamentar o trabalho de pesquisa e o nosso não foi alheio a esta

28
realidade. É indispensável nos estudos históricos, visto que em alguns casos a
bibliografia é a única maneira para conhecer os fatos [CITATION Gil08 \l 2070 ].

2.5- Caracterização do Campo de Investigação

Segundo[CITATION Fre \p 174 \l 2070 ] definiu variável como qualquer característica da


realidade que pode tomar dois ou mais valores mutuamente exclusivos.

O presente trabalho apresenta consigo as seguintes variáveis:

 Independente: Hidrato
 Dependente: Prevenção

2.6-Técnicas e Métodos de Coletas de Dados


A colecta de informações foi realizada através da pesquisa bibliográfica foi realizada com
base as bibliografias e Internet. Almejando alcançar os objectivos da pesquisa, foi realizado
ainda um levantamento nas fontes primárias e secundárias de dados, selecionando livros,
jornais, monografias sobre o tema, artigos, consulta em website na internet ligados prevenção
de hidratos para a colecta e tratamento dos dados quantitativos e qualitativos.

2.7- Dificuldades Encontradas

Foram inúmeras dificuldades encontradas na elaboração deste trabalho:

Quanto a bibliografia, encontramos dificuldades em ter acesso a determinados livros, revistas


e jornais, de forma que por vezes tivemos de recorrer a bibliotecas eletrónicas (internet),
acarretando avultosos custos;

 Ao iniciar o trabalho de pesquisa em várias instituições públicas e privadas , tivemos


enormes dificuldades devido ao excesso de formalidades por parte dos superiores
hierárquicos das mesmas instituições;

 Desconfiança por parte dos superiores hierárquicos das instituições que a pesquisa
resultasse na violação do sigilo profissional, e assim fosse divulgar nos órgãos de
divulgação massiva a situação das referidas instituições.

29
 A questão do deslocamento também deve ser pontuada, pois o caso de estudo localiza-
se a quase 520 km de distância de onde o estudo foi realizado, portanto uma visita de
estudos seria muito dispendiosa. A limitação financeira definiu muito o rumo do
trabalho e principalmente a situação pandêmica global.

CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS DA


PESQUISA

Neste capítulo fizemos uma análise sobre as técnicas de prevenção de hidratos utilizadas na
plataforma Lombo East ,apresentação e interpretação dos dados .

3.1-Geometria e Dados do sistema Estudado

3.1.1-Plataforma Lombo East

No cenário estudado, a Unidade de Produção de Petróleo e Gás Natural plataforma Lombo


East, está localizada em alto mar próximo da costa do Soyo, permite a produção de óleo e gás
proveniente de um campo marítimo de exploração. Utiliza a injeção de gás lift . O transporte
do óleo e gás produzidos é destinado ao Bloco 3/05 exportada a partir do terminal Flutuante
de Armazenamento e Descarga (FSO) Palanca, onde o gás por sua vez é destinado a Angola
LNG .
O projeto Angola LNG é um projeto integrado de utilização de gás associado, que inclui uma
unidade de processamento onshore de LNG, um terminal marítimo e instalações de
carregamento, objetivando o desenvolvimento de gás não associado. As instalações estão
localizadas próximo do Soyo, no norte de Angola, e as instalações onshore ocupam 134
hectares de terra na área norte da ilha do Kwanda. A unidade de processamento está
desenhada para produzir 5.2 milhões de toneladas de LNG por ano. O Transporte do Gás
desde a plataforma Lombo East , até FSO Palanca com o destino a Angola LNG é realizado
por meio de um gasoduto submarino, com 12 polegadas de diâmetro interno e comprimento
total de 13 km.
O diâmetro do gasoduto é constante ao longo de toda sua extensão. O comprimento é formado
por cinco segmentos que acompanham, de forma simplificada, as irregularidades do leito
marinho desde a localização da plataforma até o litoral onde se encontra as instalações de
LNG .

30
3.2-Apresentação e análise dos dados

Neste ponto serão apresentados e interpretados os resultados obtidos na nossa pesquisa de


estudo de caso, de maneira que possamos compreender as técnicas de prevenção utilizadas na
Plataforma Lombo East no bloco 2 (Soyo) em Angola, tendo como base de sustento a
documentação obtida pelo funcionário afeto a Somoil e distintas referências bibliográficas.

3.3-Técnicas de Prevenção de Hidratos utilizadas na Plataforma Lombo East

Por razões de segurança como de risco de surgimento de hidratos e por especificações


comerciais, é necessário haver disponível um gás com baixo teor de humidade seja com
destino para injeção ou para venda, por isso a remoção da água presente no gás é obrigatória.
O transporte de gás em tubulações em altas profundidades submete o gás transportado a
condições de temperatura e pressão crítica. Alem disso, a presença de água no gás natural é
um inconveniente , pois em condições extremas favorece a formação de hidratos .
Normalmente, a avaliação da formação de hidratos é feita pela análise do ponto de orvalho do
gás e da água. Através dessa análise é possível conhecer as características termodinâmicas da
formação do hidrato e assim, definir o sistema para prevenir ou controlar o problema.
Na Unidade de Produção normalmente o gás é submetido a um processo de desidratação para
inibir a formação de hidratos. Os inibidores termodinâmicos de hidratos (THI) normalmente
são utilizados em caso de falhas ou ineficiência no processo de desidratação.

 Sistema Desidratação do Gás


Uma das fases de processamento e tratamento do gás natural é a desidratação do gás , na
plataforma Lombo East usa-se a desidratação por líquido dissecante utilizando assim como
composto glicol .

31
O processo de desidratação com glicol consiste em promover o contacto íntimo do gás com o
glicol em uma torre de absorção, o gás húmido entra pela base de torre e o TEG pobre entra
pelo topo da torre, gás seco sairá pelo topo da torre e o TEG rico sairá pela base da torre, o
TEG pobre se acumula no fundo para o sistema de regeneração.

O gás entra na torre por meio de distribuidores para promover uma subida homogénea do gás
na torre e recebe em contra corrente o glicol proveniente do sistema de regeneração. O
contacto entre gás e o glicol ocorre intimamente por meio de bandejas ou pratos e a medida
que a solução desce a torre, absorve a humidade do gás, no topo da torre absorvedora acima,
existe um eliminador de névoa, para remoção dos particulares de glicol arrastados pelo gás. O
gás sai pelo topo da torre, agora seco e possui em teor de humidade em torno de 40 cm³/ m³ a
150 cm³/ m³ e a temperatura de orvalho de água entre 15º a 0ºC.

3.4-Sistema de Regeneração do Glicol

A capacidade de absorção da água do TEG é maior com o aumento da pressão e diminuição


da temperatura. O sistema de regeneração procura transformar o TEG rico em TEG pobre pela
redução da pressão e aumento da temperatura.
O TEG acumulado é posteriormente escoado do fundo da base da torre absorvedora para o
sistema de regeneração ao sair da torre a solução TEG rico sofre uma redução de pressão na
válvula controladora de nível desta, atingindo a pressão de trabalho do vaso de expansão, o
mesmo vaso trabalha entre 300kpa a 500kpa, tendo como finalidade a separação das 3 fases
gerados no processo de absorção por meio de chicanos e compartimentos internos do vaso de
separação.
A corrente de gás liberada da solução passa por um extrator de névoa antes de sair do vaso
para evitar arrastos de líquidos. As temperaturas variam de 191º a 294ºC.
Como podemos analisar no diagrama abaixo :

32
Figura1 : Sistema de desidratação

Fonte :Manual de Petróleo e Gás

 Injeção de Inibidor Termodinâmico


Como prevenção caso o sistema de desidratação do gás falhe, a injeção de inibidores é
efetuada e o inibidor a ser utilizado no campo é o metanol. A escolha deste inibidor se deu
pelo fato do metanol apresentar alta eficiência e baixo custo , a injeção deste químico é feita
ao longo das linhas afim de evitar e reduzir quaisquer potencial de formação de hidratos . A
injeção é feita por bombas presentes no sistema de injeção química da plataforma Lombo
East a injeção é feita de forma contínua, sendo o metanol bombeado 24/24 durante o processo
.

Além das linhas de transporte , o metanol é deve ser geralmente injetado:


 na árvore de Natal

33
 Em manifolds
 Linhas de escoamento

Inibidores de hidrato como o metanol são comumente adicionados em conjunto com


inibidores de corrosão , a fim de prevenir a corrosão do equipamento de transporte e extração.

O princípio de funcionamento deste sistema de metanol funciona da seguinte forma :


No sistena de injecção de químicos , o metanol é armazenado em um tanque e a sua injecção é
auxiliada por uma bomba , instalada perto do tanque. Neste sistema nas configurações das
linhas de injecção, são instalados geralmente as valvúlas PCV ,SDV e PSL. No tanque de
metanol , é necessário injectar nitrogénio, criando assim a gravitação, afim de manter a
pressão do metanol e aumentando o poder de sucção na bomba de injecção, a presão estará
sob condição de pressão atmosférica facilitando o arranque da bomba. O metanol é inserido
no tanque a uma pressão de 10,6 PSI e é injectado no processo com uma pressão de 21PSI
.Como exemplo temoso diagrama de injecção de metanol destinado a cabeça do poço .

Figura2: Methanol System

Fonte:Plataforma Lombo East

34
3.5-Estudo comparativo sobre Técnicas de prevenção

Neste tópico, será realizado um estudo comparativo das técnicas de prevenção de hidratos,
onde descreve-se e analise-se as vantagens e desvantagens que as mesmas apresentam ,
permite obter resultados de modo geral na análise das técnicas já explicadas no trabalho, afim
de poder determinar dentre eles qual é o mais viável à nível de operação e custo econômico :

3.5.1-Desidratação:
Vantagens gerais : - Óptima opção para a - Investimento com alto
prevenção de hidratos em custo benefício
plataformas offshore
Desvantagens gerais : -Ocorrência de falha no - Maior configuração
processo geométrica das instalações;
Tabela 1: desidratação

1. Por liquido dissecante (Trietilenoglicol)


Vantagens
- Economicamente favorável com relação aos demais processo de desidratação
- Empregabilidade quase que universal devido ao custo benefício e de segurança na
operação
- Pode ser regenerado
Tabela 2- Por liquido dissecant e (Trietilenoglicol):vantagens

Desvantagens

35
- Risco de contaminação ambiental por emissões voláteis na atmosfera e contaminação do
solo
- Dificuldade de bombeio
Tabela 3- Por liquido dissecante (Trietilenoglicol):desvantagens
2. Por Sólido Dissecante
Vantagens
- Desidratação a baixo custo de porções reduzidas de gás natural
-Apresentam preços acessíveis, não são corrosivos/toxicos e são quimicamente inerentes
- Alta afinidade pela água (quando usado a sílica gel )
Tabela 4 - Por liquido dissecante (Trietilenoglicol):vantagens

Desvantagens
- Custo de manutenção/troca do dissecante sólidos
-Coadsorção de hidrocarbonetos ( quando usada Alumina Ativa)
-Fragilidade dos equipamentos em contacto com água líquida (quando usado a silica gel)
Tabela 5 - Por liquido dissecante (Trietilenoglicol):desvantagens

3.5.2- Por membrana


Vantagens
- Ambientalmente segura e requer menor custo de energia
- Permite regeneração com o mínimo de manutenção
-Pouco espaço com elevada eficiência
- Permite produzir gás natural de qualidade em grandes quantidades
Tabela 6 - Por membrana:vantagens
Desvantagens
-Alta taxa de contaminação por hidrocarbonetos de cadeia longa presente no gás natural
-Configuração única do processo
-Requer um alto investimento
Tabela 7- Por membrana:desvantagens

3.5.3- Aquecimento das linhas


Vantagens
- Contribui para a otimização de produção
- Recomendável a tubulações com um longo comprimento
- Reduz a necessidade de injeção de Químicos
-Fornece controle a temperatura de fluído.
Tabela 8 - Aquecimento das linhas:vantagens
Desvantagens
- Alto custo de investimento
- Seletividade de aplicação
-Dificuldade em incorporar elementos dentro do isolamento térmico
-Custo de manutenção
Tabela 9 - Aquecimento das linhas:desvantagens

36
3.5.4-Redução de pressão
Vantagens
-Fornece o controlo de pressão do fluído
-recomendável em utilização em gasodutos
-Atua ao longo da tubulação inteira
Tabela 10-Redução da pressão:vantagens

Desvantagens
-Técnica de prevenção a curto prazo
Tabela 11-Redução da pressão : desvantagens

3.5.5-Injeção de Inibidores
3.5.5.1 Termodinâmicos
Vantagens do MEG
- Ambientalmente segura
- Baixo custo e pode ser regenerado
- Não possui risco de corrosão

Tabela 12-Injeção de inibidores,termodinâmicos:vantagens

Vantagens do Metanol
-Causa menos queda de pressão, reduzindo a potência de Bombeamento
- Alta eficiência
- Não é corrosivo
- Baixo custo econômico
Tabela 13-Injeção de inibidores,termodinâmicos:vantagens

Desvantagens Metanol
-Quando adicionado em pequenas quantidades pode ter custo proibitivo e também afetar a
qualidade d o fluído
- Extremamente volátil e solúvel
Tabela 14-Injeção de inibidores:desvantagens

37
3.5.5.2-De baixa dosagem

Vantagens
- Alta eficácia no uso de pequenas quantidades
-Menor custo econômico e melhoria da geometria das instalações de injeção,
bombeamento e armazenamento
Tabela 15-Injeção de inibidores,de baixa dosagem:vantagens

Desvantagens
- Seu uso é feito com restrições devido à sua toxidade
-Baixa taxa de biodegrabilidade
- Prejudicial ao meio ambiente

Tabela 16-Injeção de inibidores,de baixa dosagem:desvantagens

Sendo o surgimento de hidratos em tubulações um problema que pode vir a comprometer


diretamente a produção, são criadas técnicas que buscam prevenir e controlar este problema
durante os processos. Portanto, a escolha da técnica utilizada deve preencher os seguintes
requisitos : A) Ser eficaz na sua função e b) Gerar menos custos a indústria, porém deve-se
ter em conta : 1 Geografia da zona de produção, 2 Complexibilidade do espaço da Sonda da
instalação de processo e a configuração de espaço da própria sonda , 3 Possíveis locais de
formação de hidratos, tendo em conta o processo de produção utilizado e 4 Também quais
danos ambientais podem ser gerados pelo uso de uma das técnicas.
A Desidratação é uma técnica bastante usada , apresenta um alto custo benefício , quando
feita por sólido/liquido dissecante podem ocorrer falhas no processo permitindo assim, o
surgimento de hidratos em contrapartida quando a desidratação é feita nas membranas
apresenta resultados altamente eficazes, porém o controle desta técnica requer muita atenção

38
pela sua alta taxa de sensibilidade, o que a torna altamente contaminável gerando assim custos
de reparo. Quanto ao aquecimento das linhas apresenta excelentes resultados, porém a sua
aplicabilidade impacta diretamente zonas de produção com o clima mais frio ou polar ,
acabando por não ser tão aplicável assim em zonas com climas mais tropicais, além do alto
custo investimento , em contrapartida a técnica de redução de pressão apresenta eficácia em
varias zonas de produção, porém o seu uso é restrito maioritariamente em gasodutos e a sua
acção preventiva é a curto prazo . Falando sobre a injeção de inibidores, eles são amplamente
aplicáveis em vários equipamentos de produção , apresentam uma variedade de opções para
cada finalidade, têm baixo custo de investimento e alguns deles podem ser regenerados e
permitem uma boa configuração nas instalações de seu sistema, apesar que devem ser
avaliada o seu potencial de risco ambiental que a maioria apresenta , são aplicáveis também
em várias zonas de produção.

CONCLUSÃO

Diante da problemática inicial, percebe-se que não existe um método único de prevenção de
hidratos ,pois , a escolha de um método é regida por factores quanto internos e externos , dos
quais os métodos a serem utilizados variam de acordo com : Local de possível Formação ,
configuração da plataforma , processo e zona de produção como também o custo econômico,
podemos assim dizer que a escolha do método mais eficaz é feita tendo em conta estes fatores
acima citados, apesar deste fato , partindo do princípio de que todas são eficazes perante o
problema verifica-se diante das hipóteses que a segunda hipótese constata-se como a mais
eficaz diante da primeira, devido a vantagem de pros e contras que o uso da mesma apresenta
em relação em apenas isolar uma das variantes, o uso de Inibidores atinge os requisitos da

39
indústria de ser altamente eficaz e de gerar em simultâneo um custo baixo de investimento
podendo aqui destacar o MEG como o que mais apresenta vantagens, vale lembrar que vários
destes método podem ser usados em simultâneo , como exemplo do nosso caso de estudo,
pois o uso dos mesmos configuram ou fazem parte do protocolo padrão de várias empresas
produtoras, quando o quesito é estratégias de prevenção de hidratos. Ao final do trabalho
concluí-se que os objetivos foram atingidos onde, o objetivo geral foi de: compreender a
importância da prevenção de hidratos para o processamento do gás natural e os objetivos
específicos de: 1- Definir as palavras chaves relacionado com o trabalho , 2- Descrever as
condições gerais para formação de hidratos em uma unidade de produção e 3 -Explicar como
prever e evitar a formação de hidratos ao longo de linhas de escoamento do Gás natural , uma
das hipóteses verificou-se como mais acertada e o problema de pesquisa respondido .

SUGESTÕES

Nos sugerimos o seguinte :


• Que haja um grande investimento no âmbito científico de trabalhos que procurem
serem usados em aplicações na indústria de hidrocarbonetos , afim de fornecer
futuramente bases sólidas acerca de Prevenção de hidratos no território angolano e
consequentemente no continente africano.

• Para os estudantes que utilizarão este projeto como guia para futuros trabalhos, para
melhor compreensão do funcionamento das técnicas de prevenção de hidratos,

40
recomenda-se que adoptem por meios que permitem a interação directa com os
sistemas usados na prevenção de hidratos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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