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Dedicamos este projeto a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização
deste trabalho, aos nossos encarregados de educação que sempre acreditaram em nós
incondicionalmente, pelo investimento feito, incentivo, paciência por cada um de nós, a nós
mesmo por não desistirmos face as dificuldades, pela união, respeito e a nossa vontade de ser
melhor a cada dia.
I
AGRADECIMENTOS
Agradecemos à Deus pai todo-poderoso, por nos fornecer possibilidades na vida, e ajudar-nos
nos momentos mais difíceis em que achamos que não seria possível;
Aos nossos pais, por acreditarem em nós, tornando possível e dar-nos tudo quanto foi
necessário para termos uma boa educação;
Um grande agradecimento especial aos colegas familiares e amigos pelo companheirismo,
fidelidade e constante apoio;
Ao nosso orientador Eng.º Benvindo Nsiansoki e ao professor Domingos que foram
prestativos e auxiliaram-nos durante as realizações de pesquisas desse projeto.
II
EPÍGRAFE
III
RESUMO
O presente trabalho apresenta uma retificação literária sobre a prevenção de hidratos . Serão
referidas as características do hidrato, condições de formação, a compreensão da cinética de
formação, em que local, momento e de que maneira podem ser formados. E ainda os impasses
que podem ser originados pela presença do hidrato. Serão explanadas alguns parâmetros
preventivos para evitar a formação de hidratos, tais como adição de inibidores e desidratação
de gás. Para a realização do trabalho usou-se os seguintes métodos de pesquisa: revisão
sistemática de literatura, concentrando-nos na coleta de livros, artigos, dissertações, teses e
revistas especializadas em petróleo com maior realce as que tratam de matérias ligadas a
prevenção de hidratos. Para o presente trabalho utilizou-se a pesquisa qualitativa que lida
com livros e artigos científicos para transformar os conteúdos em informação para este
projecto . A estratégia adotada para o presente trabalho é o estudo de caso que se realizou com
grande profundidade na análise. Como decorrência foi produzida uma pesquisa de base
científica especificando de forma clara a formação de hidratos e suas perdas à produção, tendo
como caso de estudo plataforma Lombo East (bloco 2) .
IV
ABSTRACT
The present work presents a literary rectification on hydrate. The characteristics of the
hydrate, training conditions, the understanding of the training kinetics, where, time and how
they can be formed will be mentioned. And also, the impasses that can be caused by the
presence of hydrate. Some preventive parameters to prevent hydrate formation will be
explained, such as the addition of inhibitors and gas dehydration. For the preparation of the
work, the following research methods were used: systematic literature review, focusing on the
collection of books, articles, dissertations, theses and specialized magazines in oil, with
greater emphasis on those dealing with matters related to the prevention of hydrates, For the
present work, quantitative research was used that deals with numbers and statistical methods
to transform data into information this project. The strategy adopted for the present work is
the case study that was carried out with great depth in the analysis. As a result, a scientific
research was produced specifying clearly the formation of hydrates and its losses to
production, using platform Lombo East (block 2) as a case study.
V
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1: desidratação...............................................................................................................34
Tabela 2- Por liquido dissecant e (Trietilenoglicol):vantagens................................................34
Tabela 3- Por liquido dissecante (Trietilenoglicol):desvantagens............................................34
Tabela 4 - Por liquido dissecante (Trietilenoglicol):vantagens................................................34
Tabela 5 - Por liquido dissecante (Trietilenoglicol):desvantagens...........................................35
Tabela 6 - Por membrana:vantagens.........................................................................................35
Tabela 7- Por membrana:desvantagens.....................................................................................35
Tabela 8 - Aquecimento das linhas:vantagens..........................................................................35
Tabela 9 - Aquecimento das linhas:desvantagens.....................................................................35
Tabela 10-Redução da pressão:vantagens.................................................................................36
Tabela 11-Redução da pressão : desvantagens.........................................................................36
Tabela 12-Injeção de inibidores,termodinâmicos:vantagens....................................................36
Tabela 13-Injeção de inibidores,termodinâmicos:vantagens....................................................36
Tabela 14-Injeção de inibidores:desvantagens.........................................................................36
Tabela 15-Injeção de inibidores,de baixa dosagem:vantagens.................................................37
Tabela 16-Injeção de inibidores,de baixa dosagem:desvantagens............................................37
VI
ÍNDICE DE ABREVIATURAS
VII
ÍNDICE
DEDICATÓRIA..........................................................................................................................I
AGRADECIMENTOS...............................................................................................................II
EPÍGRAFE...............................................................................................................................III
RESUMO..................................................................................................................................IV
ABSTRACT...............................................................................................................................V
ÍNDICE DE TABELAS...........................................................................................................VI
ÍNDICE DE ABREVIATURAS.............................................................................................VII
INTRODUÇÃO........................................................................................................................10
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................13
1.2-Breve história de Hidratos no mundo.................................................................................13
1.3-Breve história de Hidratos em Angola...............................................................................14
1.4- Visão de alguns autores sobre a prevenção de hidratos.....................................................14
1.5-Estrutura de Hidrato............................................................................................................15
1.6- Características do Hidrato.................................................................................................15
1.7-Formação de um Hidrato....................................................................................................16
1.8-Cinética de Formação dos Hidratos....................................................................................16
1.9-Fenómenos que Favorecem a Formação de Hidratos.........................................................17
1.10-Condições para a Formação (físico-químico)...................................................................17
1.11-Locais Propensos para Formação dos Hidratos................................................................17
1.12-Previsão de Formação de Hidratos...................................................................................18
1.13-Método gráfico Katz.........................................................................................................18
1.14- Consequência da formação de Hidratos..........................................................................20
1.15-Metódos de Prevenção de Hidratos..............................................................................20
1.15.1-Técnica A – Desidratação de Gás...............................................................................21
1.15.4-Desidratação por Membrana..........................................................................................22
1.16- Técnica B – Aumento de Temperatura por Aquecimento das linhas..............................23
1.17-Técnica C – Redução de Pressão......................................................................................23
1.18-Técnica D – Injeção de Químicos.....................................................................................24
1.18.1-Inibidores termodinâmicos De Hidrato – THI...............................................................24
1.18.2-Inibidor de Hidrato de baixa Dosagem- LDHI..............................................................25
1.18.2.1-Inibidores Cinéticos....................................................................................................25
1.18.2.2- Inibidores Anti- aglomerantes...................................................................................26
1.19- Plataforma Lombo East...................................................................................................26
CAPÍTULO II- METODOLOGIA DE ESTUDO....................................................................27
2.1– Caracterização do Estudo de Caso....................................................................................27
2.2-Métodos de Pesquisas.........................................................................................................27
2.3- Técnicas de Pesquisas........................................................................................................27
2.4- Tipos de Pesquisas.............................................................................................................28
2.5- Caracterização do Campo de Investigação........................................................................29
2.6-Técnicas e Métodos de Coletas de Dados...........................................................................29
2.7- Dificuldades Encontradas..................................................................................................29
CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS DA PESQUISA.........30
3.1-Geometria e Dados do sistema Estudado............................................................................30
3.1.1-Plataforma Lombo East...................................................................................................30
3.2-Apresentação e análise dos dados.......................................................................................31
3.3-Técnicas de Prevenção de Hidratos utilizadas na Plataforma Lombo East........................31
3.4-Sistema de Regeneração do Glicol.....................................................................................32
3.5-Estudo comparativo sobre Técnicas de prevenção.............................................................34
3.5.1-Desidratação:...................................................................................................................34
3.5.2- Por membrana.................................................................................................................35
3.5.3- Aquecimento das linhas..................................................................................................35
3.5.4-Redução de pressão.........................................................................................................36
3.5.5-Injeção de Inibidores.......................................................................................................36
CONCLUSÃO..........................................................................................................................39
SUGESTÕES............................................................................................................................40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................41
INTRODUÇÃO
Segundo [ CITATION Dua16 \l 1036 ] desde o início do século XXI, à exploração do gás
natural depara- se com grandes dificuldades ligadas à obstrução das tubulações por depósito
de cristais, os quais foram considerados inicialmente como gelo, no entanto trata-se de
compostos de inclusão formados de água e certos componentes do gás natural principalmente
o metano. A formação de hidratos na indústria de hidrocarbonetos causa grandes prejuízos
seja operacional como também financeiros. Com a prevenção de hidratos podemos evitar que
as consequências de hidratos tornem – se significantes durante o processo de produção ou
transporte do gás natural e a prevenção de hidratos pode ser alcançada por métodos físicos e
químicos.
Sendo assim, este trabalho dedica-se a fazer um estudo aprofundado sobre a prevenção de
hidratos.
Problemática
A formação de hidratos durante a produção de petróleo, é tema de inúmeras pesquisas. Por
representar um sério problema, estratégias de prevenção aliadas a técnicas de eliminação são
utilizadas para combatê-lo.
Verifica-se, contudo, que a formação de hidratos ainda tem causado grandes problemas de
perdas operacionais atualmente. Assim, resolver o problema do hidrato, é evitar essas perdas,
garantindo o escoamento contínuo para o continente. A melhor forma de resolver os
problemas causados pelos hidratos é, portanto, evitar que o mesmo ocorra pois os custos
associados são mais reduzidos. Assim sendo, com base no conceito abordado acima formula-
se a seguinte questão da pesquisa:
Qual é a técnica mais eficaz para prevenção de hidratos em uma plataforma de produção,
afim de evitar a paralisação e a eventual queda da produtividade?
10
Hipóteses
H1: A técnica mais eficaz para prevenção de hidratos baseia-se no uso de métodos que
buscam isolar uma das variantes que condiciona a formação de hidratos.
H2: Optar pela injeção de químicos que afetam diretamente a cinética de formação de
hidratos, pode servir como uma técnica mais eficaz para prevenir hidratos.
Objetivos
Objetivo Geral
• Compreender a importância da prevenção de hidratos para o processamento de
gás natural.
Objetivos Específicos
11
Justificativa
Delimitação
Metodologia
O método de pesquisa utilizado por nós, neste trabalho é a revisão sistemática de literatura,
concentrando-nos na coleta de livros, artigos, dissertações, teses e revistas especializadas em
petróleo com maior realce as que tratam de matérias ligadas a prevenção de hidratos.
12
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para [ CITATION Con \l 2070 ]: Métodos referem – se aos meios utilizados para chegar
a um fim de se obter respostas assertivas no que toca as questões pautadas e, com isso
comprovar que determinados assuntos possuem veracidade.
13
1.3-Breve história de Hidratos em Angola
Visão de Hammerschmidt
Para [ CITATION Ham34 \l 2070 ] , apresentou um estudo sobre o entupimento de
tubulações de gás, onde foi o primeiro autor a relatar que o bloqueio das tubulações
era causado pela formação de hidratos, de seguida , conduziu estudos experimentais
afim de determinar as condições de pressão e temperatura em que hidratos são
formados em misturas de hidrocarbonetos .
14
1.5-Estrutura de Hidrato
Em função dessas características, o hidrato formado assumirá uma das seguintes estruturas
básicas:
Tetradecaedro;
Dodecaedro; e
Hexadecaedro.
Como já mencionado anteriormente, o hidrato tem aspectos semelhantes ao gelo, tais como,
aspecto visual, aderência, força mecânica e densidade. Sua cor é esbranquiçada, possui uma
forte aderência com metais, apresenta uma maior resistência mecânica que o gelo.
A densidade de ambos é muito semelhante, estando entre a densidade da água e a da maioria
dos óleos mais leves [ CITATION Car10 \l 2070 ]. A diferença entre o gelo e o hidrato é
basicamente na solubilidade dos gases e na condutividade térmica. Os gases que compõem o
hidrato estão aprisionados na rede formada por moléculas de água, enquanto no gelo estes são
liberados por pequenos canais formados na estrutura. Como no hidrato os gases estão
aprisionados, sua condutividade térmica é bem menor que a do gelo.
15
1.7-Formação de um Hidrato
Para que os cristais se formem são necessárias 3 condições fundamentais que podem ser:
A presença de moléculas de gás que fariam o papel de hóspedes na estrutura do
hidrato;
Condições de altas pressões e baixas temperaturas ;
Uma quantidade suficiente de água.
Os processos de formação dos cristais, dentro do estado da cinética, englobam as fases de:
nucleação, crescimento, inibição e dissociação [ CITATION Slo98 \l 2070 ], no que concerne
destacam-se as 3 fases principais que são:
Nucleação primaria homogénea – normalmente ocorrem em uma mistura de água e gás no
qual a água se apresenta em maiores quantidades, consiste no surgimento do primeiro cristal.
Nucleação primaria heterogénea – nesta fase ocorre um processo de união dos cristais
formados na de nucleação primária homogénea, um cristal começa a chocar-se um com o
outro. É resultante da presença de superfícies sólidas dos próprios cristais, da parede de
tubulação e das partículas em suspensão.
Nucleação secundária – ocorre a partir da presença das partículas novas fases, isto é,
nucleação primaria heterogénea (núcleos primários), logo após a etapa de nucleação, na fase
de crescimento é necessário que haja a ocorrência de difusão de moléculas de hidrocarbonetos
na fase aquosa, sendo assim mais rápidas nas proximidades da interface.
O estudo da cinética de formação de hidratos permite identificar em que estágio de formação
o hidrato está e que possibilita assim tomar as devidas medidas de prevenção ou eliminação
do mesmo.
16
1.9-Fenómenos que Favorecem a Formação de Hidratos
Apesar de não serem essências para que os hidratos se formem, estes favorecem a
possibilidade de existência dos cristais, dos quais podemos citar:
Turbulência – os hidratos são mais favoravelmente formados em regiões de alta
velocidade;
Locais de nucleação – presença de imperfeições em um duto com um ponto de solda,
um acessório para dutos como joelhos, presença de areia ou sujeiras em linhas;
Presença de água livre – a interface água - gás é também um fator importante para a
formação dos cristais de gás.
Um outro aspecto relevante para a formação dos hidratos é a acumulação de sólido, o hidrato
não necessariamente se aglomera no mesmo ponto que é formado.
17
tubulações, conexões e, válvulas, tal como em gasodutos e linhas de gás lift.
18
A)-Temperatura e Densidade Conhecida
Possibilita o conhecimento da pressão máxima a partir do qual o hidrato pode se formar. Para
tal, traça-se verticalmente no gráfico uma reta interligada a temperatura até a curva de
densidade. A partir do ponto encontrado traça-se horizontalmente outra reta até atingir o eixo
das abcissas. Portanto o valor encontrado representa a temperatura mínima a partir do qual o
hidrato pode se formar.
Apesar de poder utilizar este método manualmente para prever a formação de hidratos, as
previsões mais precisas das condições de formação de hidratos são feitas usando programas
de computador de equilíbrio de fase comercial. Esses programas são de dois tipos:
Aqueles que permitem a previsão da pressão e temperatura nas quais os hidratos
começam a se formar (programas de formação de hidratos incipientes).
Aqueles que preveem todas as fases e quantidades em pressões mais altas e
temperaturas mais baixas do que o ponto de formação de hidrato incipiente
(programas flash ou programas de minimização de energia de Gibbs).
Desses dois tipos de programa, o tipo flash / Gibbs está ganhando preeminência porque suas
previsões estão disponíveis no interior do diagrama de fase (onde muitos sistemas operam),
enquanto o tipo incipiente fornece os pontos de pressão / temperatura (P / T) de hidrato
iniciação. Programas de última geração estão em transição para o tipo de energia livre de flash
/ Gibbs.
A base para ambos os tipos de programa é uma equação de estado do hidrato (EOS). Um
método claro e prescritivo para construir o programa de hidrato flash foi publicado
recentemente. O programa hydrate flash geralmente é tão complexo que requer dois ou mais
homens-ano de esforço obstinado para construir uma versão robusta do programa. Por essa
razão e por causa dos programas comerciais prontamente disponíveis, os engenheiros
19
geralmente optam por usá-los em vez de construir outro programa.
A prevenção dos hidratos pode ser alcançada por meio de métodos físicos, como o aumento
da temperatura, isolamento de tubulações, redução da pressão e por métodos químicos como
desidratação por glicol ou injeção de inibidores. Contudo, estes métodos geralmente não são
usados como estratégias de mitigação, pois podem ser proibitivamente caros e em alguns
casos inclusive não são possíveis .
20
1.15.1-Técnica A – Desidratação de Gás
A desidratação do gás é obrigatória, o gás natural deve estar tecnicamente isento, ou seja, não
deve haver traços visíveis de partículas sólidas e partículas líquidas.
Há diferentes técnicas empregadas para desidratar o gás natural, entre elas, três processos de
desidratação estão em uso atualmente:
Desidratação por absorção com líquidos dissecantes;
Desidratação por absorção em sólidos dissecantes;
Desidratação por membranas.
O vapor de água pode ser removido do gás natural por borbulhamento concorrente ou contra
corrente do gás por determinados líquidos que têm afinidade pela água. Esta operação é
chamada de Absorção, há vários líquidos que podem ser usados para absorver água do gás
natural, como solução de cloreto de cálcio, cloreto de lítio e glicol. A desidratação do gás com
o uso de glicol é economicamente favorecida com relação aos demais processos específicos
de desidratação [ CITATION SFr91 \l 2070 ]
O glicol é um dissecante líquido bastante utilizado, pois ele tem: Higroscopicidade alta, baixa
21
pressão de vapor, ponto de ebulição alto e baixa solubilidade no gás natural.
Três tipos de glicóis são usados para desidratar o gás natural, sendo eles:
Etileno glicol (EG);
Dietileno glicol (DEG) e
Trietileno glicol (TEG);
Alumina ativada
Peneira molecular
Sílica gel
22
1.16- Técnica B – Aumento de Temperatura por Aquecimento das linhas
23
trabalho do equipamento.
Essa prática é bastante utilizada em gasodutos, de forma que, ao contrário do
aquecimento, esta técnica não precisa de exatidão da área afetada, atuando ao longo
da tubulação por inteira.
De acordo com [CITATION Nag14 \l 2070 ] o uso de inibidores químicos de hidrato tem se
tornado a solução preferida para lidar com este problema. Estes inibidores são classificados
em duas categorias: inibidores termodinâmicos e inibidores de baixa dosagem. Inibidores
termodinâmicos de hidrato são normalmente solventes como o metanol ou o etileno glicol,
que são adicionados em quantidades proporcionais à água produzida, de maneira a evitar a
formação de hidratos. Inibidores de baixa dosagem são adicionados em pequenas quantidades
e existem dois tipos de : inibidores cinéticos e inibidores anti-aglomerantes. Inibidores
cinéticos atrasam o processo de nucleação do hidrato para certa extensão de tempo,
proporcionando assim tempo suficiente para o transporte de fluidos antes que os hidratos se
formem. Inibidores anti-aglomerantes, por outro lado, permitem que os hidratos se formem
como uma pasta transportável e previnem que eles se aglomerem para formar estruturas de
hidrato fisicamente maiores que possam bloquear as tubulações. [CITATION Nag14 \l 2070 ].
São geralmente sais inorgânicos (NaCl, CaCl2, KCl), álcoois (metanol) e Glicóis (glicerol)
que têm como objetivo principal reduzir a atividade da água, quantidade de água livre na
mistura e com isso deslocar curva de equilíbrio de fases, desfavorecendo a formação de
hidratos. Sais não exercem apenas a função de inibidor de hidratos, podem atuar como
adensante também. Já os álcoois são ótimos inibidores, pois promovem a remoção dos
24
envelopes de hidratos de forma permanente além de manter uma boa faixa de sub-
resfriamento.
A Injeção de metanol é frequentemente usada como último recurso em caso de formação de
hidrato, depois de algum outro inibidor não conseguir fazer o trabalho. O metanol pode ser
utilizado, por exemplo, em caso de hidrato nas partes menores do equipamento de gás. Pode-
se comparar o MEG e o metanol, enquanto o MEG pode ser regenerado e reutilizado na linha
de produção, o metanol é extremamente volátil e solúvel podendo ser mais facilmente
descarregado no oceano com a água produzida.
1.18.2.1-Inibidores Cinéticos
São polímeros em água e reagem sinergicamente com glicóis e álcoois de alto peso molecular.
Esses aditivos são capazes de retardar o início da nucleação e diminuem a taxa de crescimento
de cristais de hidratos. Pode-se dizer que quanto maior o sub-resfriamento, menor a
eficiência do inibidor de hidratos, o inibidor cinético quando utilizado em pequenas
quantidades já surge efeito. A cinética de inibição de hidratos de gás geralmente se refere aos
processos pelos quais as etapas de nucleação e de crescimentos de cristais de hidratos são
alteradas, usando uma baixa concentração de aditivos na maioria deles polímeros e
surfactantes. Com os inibidores se obtém o retardamento do aparecimento de núcleos
(cinético inibidor), redução da taxa de formação de cristais e inibição do processo de
25
aglomeração de cristais formados.
São basicamente polímeros e surfactantes, aos quais similares aos inibidores cinéticos,
quando utilizados em pequenas quantidades já surtem efeitos desejados. Sua principal função
é retardar a aglomeração de cristais e facilitar o transporte dos núcleos. É importante ressaltar
que eles não têm capacidade de impedir a formação de cristais de hidratos, no entanto, ajudam
bastante no transporte dos cristais formados.
A plataforma Lombo East está localizada na porção offshore da Bacia do Congo, pertencendo
assim ao Bloco 2 que está próximo da costa marinha da região do Soyo , província do Zaire ,
Angola . A produção no Lombo East é em águas rasas, o campo foi descoberto em 1984 e sua
produção foi iniciada em 1987 , este campo já produziu mais de 80 milhões de barris de
petróleo bruto de 40º API , com uma área de 250 m e com uma distância de profundidade da
plataforma à cabeça de poço 130 m .
O óleo produzido nos campos Bagre e Essungo é enviado para o Bagre F que por sua vez
envia para o Lombo East afim de transferir para o Bloco 03/05 no terminal Palanca.
As instalações de produção do Campo Lombo East estão completas , no Lombo East, utiliza-
se a injecção de gás lift .O gás proveniente do reservatório, entra no separador afim de
dividirmos óleo , gás e água , a partir dái analisaremos as características do proprío gás e
faremos o devido condicionamento. Por este facto o condicionamento do gás é um setor de
extrema importância , seja o gás destinado para venda ou para injeção , como consequência
dessas atividades é comum o surgimento de hidratos durante as fases de operações de
transporte ou injeção do gás e como resposta a este problema são utilizadas técnicas de
prevenção de hidratos no Lombo East, utilizando os seguintes sistemas :
Desidratação do gás
Injeção de Inibidores
26
CAPÍTULO II- METODOLOGIA DE ESTUDO
2.2-Métodos de Pesquisas
Método dedutivo;
Método histórico;
Método hipotético -dedutivo ;
27
2.3- Técnicas de Pesquisas
Para o presente trabalho utilizou-se a pesquisa qualitativa que lida com livros e artigos
científicos para transformar os conteúdos em informação para esta dissertação . A estratégia
adotada para o presente trabalho é o estudo de caso bloco2, no período de 2019 à 2020
Quanto aos objectivos, a pesquisa classifica como do tipo descritiva , pois, sendo um tema
pouco explorado, este trabalho visa proporcionar maiores informações sobre o assunto que se
vai abordar.
O nosso estudo foi realizado fazendo recurso aos seguintes tipos de pesquisas:
28
realidade. É indispensável nos estudos históricos, visto que em alguns casos a
bibliografia é a única maneira para conhecer os fatos [CITATION Gil08 \l 2070 ].
Independente: Hidrato
Dependente: Prevenção
Desconfiança por parte dos superiores hierárquicos das instituições que a pesquisa
resultasse na violação do sigilo profissional, e assim fosse divulgar nos órgãos de
divulgação massiva a situação das referidas instituições.
29
A questão do deslocamento também deve ser pontuada, pois o caso de estudo localiza-
se a quase 520 km de distância de onde o estudo foi realizado, portanto uma visita de
estudos seria muito dispendiosa. A limitação financeira definiu muito o rumo do
trabalho e principalmente a situação pandêmica global.
Neste capítulo fizemos uma análise sobre as técnicas de prevenção de hidratos utilizadas na
plataforma Lombo East ,apresentação e interpretação dos dados .
30
3.2-Apresentação e análise dos dados
31
O processo de desidratação com glicol consiste em promover o contacto íntimo do gás com o
glicol em uma torre de absorção, o gás húmido entra pela base de torre e o TEG pobre entra
pelo topo da torre, gás seco sairá pelo topo da torre e o TEG rico sairá pela base da torre, o
TEG pobre se acumula no fundo para o sistema de regeneração.
O gás entra na torre por meio de distribuidores para promover uma subida homogénea do gás
na torre e recebe em contra corrente o glicol proveniente do sistema de regeneração. O
contacto entre gás e o glicol ocorre intimamente por meio de bandejas ou pratos e a medida
que a solução desce a torre, absorve a humidade do gás, no topo da torre absorvedora acima,
existe um eliminador de névoa, para remoção dos particulares de glicol arrastados pelo gás. O
gás sai pelo topo da torre, agora seco e possui em teor de humidade em torno de 40 cm³/ m³ a
150 cm³/ m³ e a temperatura de orvalho de água entre 15º a 0ºC.
32
Figura1 : Sistema de desidratação
33
Em manifolds
Linhas de escoamento
34
3.5-Estudo comparativo sobre Técnicas de prevenção
Neste tópico, será realizado um estudo comparativo das técnicas de prevenção de hidratos,
onde descreve-se e analise-se as vantagens e desvantagens que as mesmas apresentam ,
permite obter resultados de modo geral na análise das técnicas já explicadas no trabalho, afim
de poder determinar dentre eles qual é o mais viável à nível de operação e custo econômico :
3.5.1-Desidratação:
Vantagens gerais : - Óptima opção para a - Investimento com alto
prevenção de hidratos em custo benefício
plataformas offshore
Desvantagens gerais : -Ocorrência de falha no - Maior configuração
processo geométrica das instalações;
Tabela 1: desidratação
Desvantagens
35
- Risco de contaminação ambiental por emissões voláteis na atmosfera e contaminação do
solo
- Dificuldade de bombeio
Tabela 3- Por liquido dissecante (Trietilenoglicol):desvantagens
2. Por Sólido Dissecante
Vantagens
- Desidratação a baixo custo de porções reduzidas de gás natural
-Apresentam preços acessíveis, não são corrosivos/toxicos e são quimicamente inerentes
- Alta afinidade pela água (quando usado a sílica gel )
Tabela 4 - Por liquido dissecante (Trietilenoglicol):vantagens
Desvantagens
- Custo de manutenção/troca do dissecante sólidos
-Coadsorção de hidrocarbonetos ( quando usada Alumina Ativa)
-Fragilidade dos equipamentos em contacto com água líquida (quando usado a silica gel)
Tabela 5 - Por liquido dissecante (Trietilenoglicol):desvantagens
36
3.5.4-Redução de pressão
Vantagens
-Fornece o controlo de pressão do fluído
-recomendável em utilização em gasodutos
-Atua ao longo da tubulação inteira
Tabela 10-Redução da pressão:vantagens
Desvantagens
-Técnica de prevenção a curto prazo
Tabela 11-Redução da pressão : desvantagens
3.5.5-Injeção de Inibidores
3.5.5.1 Termodinâmicos
Vantagens do MEG
- Ambientalmente segura
- Baixo custo e pode ser regenerado
- Não possui risco de corrosão
Vantagens do Metanol
-Causa menos queda de pressão, reduzindo a potência de Bombeamento
- Alta eficiência
- Não é corrosivo
- Baixo custo econômico
Tabela 13-Injeção de inibidores,termodinâmicos:vantagens
Desvantagens Metanol
-Quando adicionado em pequenas quantidades pode ter custo proibitivo e também afetar a
qualidade d o fluído
- Extremamente volátil e solúvel
Tabela 14-Injeção de inibidores:desvantagens
37
3.5.5.2-De baixa dosagem
Vantagens
- Alta eficácia no uso de pequenas quantidades
-Menor custo econômico e melhoria da geometria das instalações de injeção,
bombeamento e armazenamento
Tabela 15-Injeção de inibidores,de baixa dosagem:vantagens
Desvantagens
- Seu uso é feito com restrições devido à sua toxidade
-Baixa taxa de biodegrabilidade
- Prejudicial ao meio ambiente
38
pela sua alta taxa de sensibilidade, o que a torna altamente contaminável gerando assim custos
de reparo. Quanto ao aquecimento das linhas apresenta excelentes resultados, porém a sua
aplicabilidade impacta diretamente zonas de produção com o clima mais frio ou polar ,
acabando por não ser tão aplicável assim em zonas com climas mais tropicais, além do alto
custo investimento , em contrapartida a técnica de redução de pressão apresenta eficácia em
varias zonas de produção, porém o seu uso é restrito maioritariamente em gasodutos e a sua
acção preventiva é a curto prazo . Falando sobre a injeção de inibidores, eles são amplamente
aplicáveis em vários equipamentos de produção , apresentam uma variedade de opções para
cada finalidade, têm baixo custo de investimento e alguns deles podem ser regenerados e
permitem uma boa configuração nas instalações de seu sistema, apesar que devem ser
avaliada o seu potencial de risco ambiental que a maioria apresenta , são aplicáveis também
em várias zonas de produção.
CONCLUSÃO
Diante da problemática inicial, percebe-se que não existe um método único de prevenção de
hidratos ,pois , a escolha de um método é regida por factores quanto internos e externos , dos
quais os métodos a serem utilizados variam de acordo com : Local de possível Formação ,
configuração da plataforma , processo e zona de produção como também o custo econômico,
podemos assim dizer que a escolha do método mais eficaz é feita tendo em conta estes fatores
acima citados, apesar deste fato , partindo do princípio de que todas são eficazes perante o
problema verifica-se diante das hipóteses que a segunda hipótese constata-se como a mais
eficaz diante da primeira, devido a vantagem de pros e contras que o uso da mesma apresenta
em relação em apenas isolar uma das variantes, o uso de Inibidores atinge os requisitos da
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indústria de ser altamente eficaz e de gerar em simultâneo um custo baixo de investimento
podendo aqui destacar o MEG como o que mais apresenta vantagens, vale lembrar que vários
destes método podem ser usados em simultâneo , como exemplo do nosso caso de estudo,
pois o uso dos mesmos configuram ou fazem parte do protocolo padrão de várias empresas
produtoras, quando o quesito é estratégias de prevenção de hidratos. Ao final do trabalho
concluí-se que os objetivos foram atingidos onde, o objetivo geral foi de: compreender a
importância da prevenção de hidratos para o processamento do gás natural e os objetivos
específicos de: 1- Definir as palavras chaves relacionado com o trabalho , 2- Descrever as
condições gerais para formação de hidratos em uma unidade de produção e 3 -Explicar como
prever e evitar a formação de hidratos ao longo de linhas de escoamento do Gás natural , uma
das hipóteses verificou-se como mais acertada e o problema de pesquisa respondido .
SUGESTÕES
• Para os estudantes que utilizarão este projeto como guia para futuros trabalhos, para
melhor compreensão do funcionamento das técnicas de prevenção de hidratos,
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recomenda-se que adoptem por meios que permitem a interação directa com os
sistemas usados na prevenção de hidratos.
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