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Segundo Yves (2006.) todo ser humano à nascença já constitui-se como indivíduo, com
qualidades de integridade próprias, particularidades que o distinguem dos outros. O mesmo não
se pode dizer em relação à Personalidade. O ser humano forma sua personalidade em resultado da
sua constituição biológica (características herdadas), das influências do meio social e cultural do
contexto em que se encontra (aquisições do meio), assim como das experiências de vida
(desenvolvimento), e sempre considerando seu desenvolvimento psicológico (estabilidade
emocional, de sentimentos).
O Homem como ser biológico apresenta factores que influenciam a sua existência e inclusão no
meio social.
Durante toda a sua vida, o ser humano tem que ajustar-se às mudanças causadas pelas
transformações do seu próprio corpo e pelos factores do meio em que vive, e isto depende de dois
aspectos básicos: maturação e aprendizagem (Wisner, 1987).
Maturação
É o processo através do qual ocorre a mudança e o crescimento progressivo, nas áreas física e
psicológica do organismo infantil. Subjacentes a tais mudanças, existem factores intrínsecos
transmitidos por hereditariedade, que constituem parte do equipamento congénito do recém-
nascido (Wisner, 1987).
Aprendizagem
Segundo Agra (1990, p. 422), a função do sistema psíquico consiste em dar um destino, uma
significação psicológica ao seu substrato biológico e ao seu super-estrato sociocultural. O autor
apresenta níveis-estratos constituem a matriz do sistema psíquico e da sua relação interna com os
sistemas biológico e social.
O estrato neuro-psicológico e psico-sensorial: constituem as bases psicofisiológicas e
das ligações neuro-cerebrais que possibilitam o desenvolvimento dos restantes níveis de
funcionamento psicológico. São as condições biológicas e genéticas que permitem a
abertura ao psicológico, social e ambiental.
O estrato expressivo: possibilita a emergência do sentido ao permitir a simbolização e
expressão dessa simbolização, a partir da percepção e da acção (Agra, 1990);
O estrato afectivo: possibilita a relação interpessoal e a ligação ao social através do
desenvolvimento das dimensões emocionais e afectiva, e da comunicação com o outro. A
inter-relação circular entre este estrato e o estrato cognitivo permitirá a integração entre as
dimensões perceptiva e o pensamento, criando as condições para a emergência do saber
sobre o mundo, sobre si, sobre as relações com o outro e com o mundo e sobre o saber de
si e do mundo (Agra, 1990);
O estrato experiencial: permite integrar diferentes formas de subjectivação ou de planos
de significação existencial a partir da integração das dimensões da experiência, do saber e
do poder através de uma construção individual e social do real. Abre portanto a
possibilidade à emergência do sujeito auto-poiético (Agra, 1990);
Estrato político: irá permitir organizar e integrar numa unidade com significado todos os
restantes estratos, permitindo a construção de um sentido para a existência, permitindo a
projecção para além de si do sujeito auto-poiético (Agra, 1990).
O sujeito psicológico: descobre-se como criador de si próprio e reconhece o poder do
pensamento sobre a sua experiência. Começa a construir-se e transformar-se a partir de si
próprio, complexificando o seu meio interno e o seu poder de auto-organização. O sujeito
descobre o psiquismo como vazio e a experiência de finitude e cria uma dimensão
temporal interior que corresponde ao tempo sentido, ao tempo percepcionado: o tempo
vivido (Idem, 1990).
Psicológico-Sociais
Vertente Descrição
Desenvolvimento fisiológico
Conhecimento
Vontade (garra)
Áreas de interesse
Referências Bibliográficas