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Licenciatura em Geografia
Universidade Save
Massinga
2021
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Universidade Save
Massinga
2021
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Índice
1. Introdução.....................................................................................................................................4
1.1. Objectivos..................................................................................................................................4
1.2. Metodologias.............................................................................................................................4
3. Conclusão...................................................................................................................................10
Referências bibliográficas..............................................................................................................11
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1. Introdução
Aprender a partir de condições problemáticas foi e continua sendo uma necessidade da existência
e sobrevivência humana.
1.1. Objectivos
Geral
Específicos
1.2. Metodologias
Para a materialização do presente trabalho recorreu-se ao uso de algumas obras literárias e que
suas citações constam ao longo do mesmo e a sua bibliografia final no fim deste.
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Muitos modelos filosóficos podem ser usados como um quadro ou estrutura nos quais possam ser
construídas experiências e perspectivas de aprendizagem. Em Educacional Imagination: On
Design and Evaluation of School Programs, Elliot Eisner (1985) descreve cinco orientações
curriculares ou filosofias. A abordagem baseada em problema pode combiná-las muito bem.
Segundo BOROCHOVICIUS e TORTELLA, (2014), o intuito do Comité era permitir que seus
estudantes de medicina tivessem habilidades para resolver problemas e juntar, avaliar, interpretar
e aplicar uma grande quantidade de informações que trouxessem melhores respostas aos
pacientes. Saíram em busca de inspiração, visitando algumas escolas e um dos modelos que mais
os agradou foi o método de estudo de casos da Harvard Business School, nos Estados Unidos,
que envolvia pequenos grupos discutindo casos práticos. (ATRIE et al., 2009). As propostas
educacionais, no entanto, eram diferentes. Em Harvard, as discussões dos casos ocorriam nos
últimos períodos dos cursos, quando os alunos já tinham conhecimento de grande parte do
conteúdo e a concepção curricular da McMaster era desenvolver os conceitos depois de os
estudantes receberem uma situação problema (MAMEDE, 2001).
Outro modelo que inspirou a McMaster foi aplicado em 1952 pela Faculdade de Medicina da
Case Western Reserve University de Ohio, Estados Unidos. Nele havia quatro particularidades: 1.
Interdisciplinaridade; 2. Menor número de docentes; 3. Maior número de disciplinas optativas; 4.
Controle curricular feito por comissões temáticas. O grupo que consolidou o método da ABP na
McMaster buscava mudanças no processo ensino-aprendizagem, mas sem clareza de quais seriam
elas (BRANDA, 2009 citado por BOROCHOVICIUS e TORTELLA, 2014).
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Segundo ANDRADE e CUNHA (2011), John Dewey não rejeitava a existência de mecanismos
biológicos na formação do indivíduo, mas enfatizava o poder da relação social e os vínculos
socialmente estabelecidos na vida prática.
Originalmente, ensinar significa esclarecer alguém sobre aquilo que não conhece, modificando ou
enriquecendo o seu comportamento por intermédio da aprendizagem. A aprendizagem pode ser
entendida como uma mudança de comportamento provocada pela experiência de terceiros,
reelaborada pelo próprio sujeito e não pela repetição ou pela associação automática de estímulos
e respostas. Na construção de conhecimentos, a aprendizagem humana não se explica pela
integridade biológica ou pela exposição directa a objectos, acontecimentos, atitudes e situações,
mas emerge por uma relação indivíduo meio que é mediada por outro indivíduo mais experiente,
promovendo o desenvolvimento cognitivo crítico e criativo (FONSECA, 1998 citado por
BOROCHOVICIUS e TORTELLA, 2014).
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MEIRIEU (1999) diz que aprender não significa apenas prestar atenção no conhecimento que
está sendo recebido, ler e escutar. Da mesma forma não se aprende pela pura repetição ou por
imitação, pois desta forma há apenas uma descrição de comportamentos. É preciso, no entanto,
efectuar operações mentais sobre um novo conceito e integrá-lo em uma estrutura antiga,
modificando-a.
De acordo com MAMEDE (2001), a perspectiva da ABP é delineada nos princípios derivados da
psicologia cognitiva, caracterizada como uma forma de aprendizagem e instrução colaborativa,
construtivista e contextual. LEVIN (2001) citado por BOROCHOVICIUS e TORTELLA (2014),
afirma que a ABP está relacionada com a teoria construtivista da aprendizagem.
POZO (2002) diz que o mais complexo não é fazer com que os discentes aprendam um
determinado conceito ou procedimento dentro de um problema, mas fazer com que utilizem o
problema de forma autónoma, transferindo espontaneamente para um contexto mais quotidiano.
Para CARLINI (2006) citado por LOPES et al. (2019), o problema deve ser claro e inequívoco,
permitindo a identificação dos objectivos de aprendizagem e dos aspectos a serem pesquisados.
Deve trazer situações semelhantes do quotidiano, gerando estímulo à pesquisa individual e debate
em grupo, focando em uma situação que seja compatível com a realidade dos discentes. A
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estrutura do problema deve estar em consonância com o currículo, responsável por nortear a
concepção dos problemas que serão apresentados.
A mente é vista como uma colecção de instalações independentes ou aptidões. Ela compreende
desde a habilidade de inferir e especular até a solução de problemas e a memorização. Portanto,
focar em qualquer uma delas é contraproducente. Fortalecer os processos cognitivos dos
estudantes permite que estes aprendam a lidar tanto com problemas futuros e atuais. Dessa
maneira, simplesmente adquirir informação, fatos ou teorias deixa os estudantes em posição
frágil para lidar com problemas futuros. Em vez disso, o processo, não o conteúdo, é transferido e
enfatizado. O currículo é estruturado no modelo taxionómico de Bloom (1956) para o
desenvolvimento cognitivo, desde funções cognitivas de baixo nível (conhecimento, aplicação
etc.) até funções de alto nível (análise, síntese e avaliação) (LOPES et al., 2019). A proficiência
em cada um desses níveis passa a ser o objectivo curricular. Os professores constroem situações
problemáticas e estruturam tais situações em níveis cognitivos que desafiam os estudantes e
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direccionam suas atenções para iniciar a abordagem do problema e, assim, a prática dos
processos cognitivos.
Sem essa troca, os docentes não estariam na posição de entender a individualidade da experiência
dos alunos.
3. Conclusão
Terminada a pesquisa pode se concluir que a aprendizagem baseada em problemas é idealmente
apropriada para aprendizagens centradas no estudante, autodirigidas e individualizadas. Em um
modelo centrado no estudante, os discentes podem escolher um problema específico ou tema
maior.
A aprendizagem baseada em problemas pode também ser usada em uma abordagem centrada no
professor, na qual este especifica o problema a ser tratado, a área a ser estudada e os recursos
apropriados.
Referências bibliográficas
ATRIE, D. et al. Approaching PBL Practically: a guide for students by students. 2009.
LOPES, Renato Matos; FILHO, Moacelio V. Silva; ALVES, Neila Guimarães. Aprendizagem
baseada em problemas: fundamentos para a aplicação no ensino médio e na formação de
professores. Rio de Janeiro, 2019.
MEIRIEU, P. Aprender... Sim, mas como? 7ª ed. Editora ArtMed Porto Alegre, 1999.