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INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DO CEARÁ

LICENCIATURA EM FÍSICA

Maria Thais de Araujo Vieira

TEORIAS DA APRENDIZAGEM

TIANGUÁ -CE
2023

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Maria Thais de Araujo Vieira

TEORIAS DA APRENDIZAGEM

Atividade apresentada ao curso de Licenciatura em Física do


Instituto Federal de Ciências e Tecnologia do Ceará , como
requisito avaliativo para a disciplina de Psicologia da
Aprendizagem ministrada pela Prof. Ma. Josy Lúcia
Gonçalves.

TIANGUÁ -CE
2023

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 04
2 DESENVOLVIMENTO …................................................................................ 04
2.1 A teoria do ensino de Bruner…………………………………………....… 04
2.2 Aprendizagem significativa de Ausubel …………………………………... 05
2.3 Contribuições da psicanálise para a educação( Freud).……………………. 06
2.4 O humanismo de Rogers………..…………………………………………. 06
2.5 Aprendizagem social (Bandura)...………...……………………………….. 07
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS……...…………………………………….…… 08
4 REFERÊNCIAS……….…………………………………………………….... 09

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1. INTRODUÇÃO

O propósito deste trabalho é abordar as teorias da aprendizagem discutidas durante as


aulas. Estas teorias constituem um campo crucial dentro da psicologia e da educação,
direcionado à compreensão dos processos pelos quais as pessoas adquirem conhecimento,
habilidades e comportamentos ao longo de suas vidas. Elas representam um conjunto de
princípios e conceitos destinados a explicar os mecanismos subjacentes à aprendizagem
humana. Ao longo da história, vários teóricos têm desenvolvido abordagens distintas para
compreender esse processo, cada uma enfocando aspectos específicos.

Além disso, este trabalho prosseguirá com a análise das teorias previamente
exploradas em outros estudos. Neste contexto, serão discutidas a teoria do ensino de Bruner, a
aprendizagem significativa de Ausubel, as contribuições da psicanálise de Freud para a
educação, o humanismo de Rogers e a aprendizagem social de Bandura. Cada uma dessas
teorias oferece perspectivas valiosas sobre os processos de aprendizagem, ampliando o
entendimento sobre como os indivíduos adquirem conhecimento e habilidades.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 A teoria do ensino de Jerome Bruner

Bruner (1973b) propõe uma teoria da aprendizagem fundamentada em regras que


orientam a obtenção do conhecimento. Sua apresentação permite uma análise crítica desse
"padrão". Essa teoria é normativa, estabelecendo critérios a serem seguidos, os quais devem
abranger aspectos trabalhados em diferentes currículos de ensino.
A teoria da aprendizagem de Jerome Bruner coloca grande ênfase na interação ativa
do aprendiz com o material de estudo. Sua proposta é um modelo de aprendizagem por
descoberta, no qual os alunos são encorajados a aprender através da resolução de problemas e
da exploração ativa. Bruner sublinha a importância das estruturas mentais, como esquemas e
representações simbólicas, no processo de compreensão e retenção do conhecimento. Sua
teoria destaca a progressão do ensino, começando com a aprendizagem baseada em
experiências concretas, avançando para a compreensão de representações simbólicas e
culminando na compreensão abstrata dos conceitos. Essa abordagem visa tornar a
aprendizagem mais significativa e flexível, permitindo que os alunos construam ativamente o
conhecimento ao invés de apenas absorvê-lo passivamente.
A teoria de Bruner é multifacetada, abordando a aprendizagem como um processo que
se beneficia da reintrodução e aprofundamento gradual de conceitos ao longo do tempo,

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conhecido como "espiral curricular". Esse método permite uma construção contínua do
conhecimento, adaptando-se à evolução da compreensão e das habilidades dos alunos.
Um aspecto crucial é a ênfase na relevância contextual da aprendizagem, destacando
que ela se torna mais significativa quando conectada à realidade e experiência do aluno.
Bruner advoga a adaptação do ensino para atender às necessidades individuais e ao contexto
cultural, fomentando um aprendizado envolvente e contextualizado.
Sua teoria da aprendizagem, portanto, não apenas enfatiza a descoberta e a interação
ativa, mas também destaca a importância do contexto, da revisitação de conceitos e do papel
fundamental das narrativas na construção do conhecimento dos alunos.

2.2 A aprendizagem significativa de David Ausubel

A teoria da aprendizagem de Ausubel enfatiza a valorização dos conhecimentos


prévios dos alunos, fundamentais para a construção de estruturas mentais. Por meio do uso de
mapas conceituais, essa abordagem facilita a descoberta e redescoberta de conhecimentos
adicionais, promovendo uma aprendizagem prazerosa e eficaz. Ele propõe a aprendizagem
significativa, onde a assimilação de novos conhecimentos se baseia na incorporação e
conexão com conceitos relevantes já existentes na estrutura cognitiva do indivíduo. Ausubel
destaca a necessidade de material educacional ser potencialmente significativo e relevante
para os alunos, e não apenas memorizar mecanicamente. Ele também ressalta a importância
dos processos mentais internos na assimilação do conhecimento, colocando ênfase na
organização hierárquica dos conceitos na mente do aprendiz.
Para que ocorra uma aprendizagem significativa, é crucial compreender um processo
de modificação do conhecimento, priorizando-o em vez do comportamento externo e
observável. Ausubel destaca a importância dos processos mentais nesse desenvolvimento.
Suas ideias se destacam por sua reflexão específica sobre a aprendizagem escolar e o ensino,
em vez de simplesmente generalizar conceitos ou princípios explicativos de outros contextos
de aprendizagem.
Essa abordagem identifica duas condições essenciais para a aprendizagem
significativa. Primeiramente, o aluno deve estar disposto a aprender: se optar por memorizar o
conteúdo de forma arbitrária e literal, a aprendizagem será mecânica. Em segundo lugar, o
conteúdo escolar a ser aprendido deve ser potencialmente significativo, ou seja, lógica e
psicologicamente significativo. O significado lógico reside na natureza intrínseca do
conteúdo, enquanto o significado psicológico é uma experiência individual. Cada aprendiz
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realiza uma filtragem dos conteúdos, determinando o que tem significado para si próprio e o
que não.

2.3 As contribuições da psicanálise de Freud para a educação

As contribuições de Freud para a educação foram significativas, embora tenham


gerado algum debate. Sua psicanálise trouxe à tona a compreensão dos processos
inconscientes que influenciam o comportamento humano, o que teve impacto na educação de
várias maneiras. Sua ênfase nas experiências infantis iniciais para o desenvolvimento
emocional e psicológico influenciou os métodos educacionais, sublinhando a necessidade de
ambientes seguros e estimulantes para o crescimento saudável das crianças.
Além disso, as percepções de Freud sobre o papel do professor redirecionaram o foco
educacional para a empatia, compreensão e a criação de um ambiente de aprendizagem que
considerasse não apenas o aspecto intelectual, mas também as necessidades emocionais dos
alunos. As teorias de Freud sobre os impulsos inconscientes e a motivação humana também
tiveram impacto, fornecendo uma compreensão mais profunda da motivação dos alunos. Isso
permitiu que os educadores abordassem a aprendizagem de forma mais holística,
considerando os impulsos subjacentes ao comportamento. Sua abordagem também destacou a
importância do autoconhecimento e da compreensão emocional no desenvolvimento pessoal,
ampliando o foco educacional além do intelecto para abraçar o crescimento emocional dos
alunos.
Apesar desses avanços, as ideias de Freud geraram controvérsias. Muitos educadores
questionaram a aplicabilidade direta de suas teorias psicanalíticas no contexto educacional,
principalmente devido à natureza altamente individualizada e clínica de suas ideias. No
entanto, suas contribuições foram vitais para iniciar discussões sobre a influência dos aspectos
psicológicos na educação e no desenvolvimento dos alunos.

2.4 O humanismo de Carl Rogers

O humanismo de Carl Rogers na educação é profundamente centrado no aluno,


enfatizando a importância de um ambiente educacional que promova o crescimento pessoal e
a autenticidade. Sua abordagem, conhecida como "abordagem centrada no aluno", destaca três
componentes principais:Aceitação incondicional, a empatia e a congruência.

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Ademais, a contribuição de Rogers para a educação é marcada pela aplicação dos
princípios da Abordagem Centrada na Pessoa ao contexto educacional. Ele enfatiza a
importância de criar um ambiente educacional que promova a aprendizagem significativa e o
desenvolvimento do aluno. Rogers destaca que um clima de sala de aula baseado na empatia,
aceitação incondicional e autenticidade é essencial para facilitar o processo de ensino e
aprendizagem.

Na perspectiva de Rogers, os educadores devem reconhecer e respeitar a


individualidade de cada aluno, incentivando a expressão autêntica de pensamentos e
sentimentos. Ele defende uma abordagem centrada no aluno, na qual o educador atua como
facilitador do aprendizado, adaptando-se às necessidades e interesses individuais dos
estudantes. Essa abordagem visa não apenas à transmissão de conhecimento, mas também ao
desenvolvimento integral do aluno, promovendo a autoestima, a autenticidade e a autodireção
na aprendizagem.

2.5 A aprendizagem social de Albert Bandura

Albert Bandura (1986) cunhou o termo "teoria cognitiva social" para descrever o
desenvolvimento da teoria que elaborou a partir da preexistente teoria de aprendizagem social
defendida por neobehavioristas.

A aprendizagem social de Bandura, fundamentada na teoria cognitiva social, enfatiza a


influência do ambiente social e das interações no processo de aprendizagem. Bandura defende
que os indivíduos não apenas aprendem por meio de suas próprias experiências, mas também
ao observar e imitar comportamentos alheios. Ele introduziu o conceito de aprendizagem
observacional, ressaltando que a mera observação de modelos pode resultar na assimilação de
novos comportamentos, atitudes e habilidades.

O papel dos modelos é central em sua teoria. Bandura propôs que esses modelos As
teorias da aprendizagem, como discutido em sala de aula, são muito importantes para o
processo de ensino-aprendizagem que os indivíduos passam. A contribuição dessas teorias
para os professores são importantes no que tange repassar o conhecimento de forma mais
dinâmica em que a aprendizagem do aluno seja mais ativo e significativo podem ser pessoas
reais, personagens midiáticos ou figuras simbólicas. A eficácia desse tipo de aprendizagem
depende da atenção, retenção, reprodução e motivação do aprendiz. A teoria da aprendizagem
social de Bandura enfatiza a importância da autorregulação, autoeficácia e reforço vicário na

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formação e manutenção de comportamentos aprendidos. Essa abordagem amplia a
compreensão dos processos de aprendizagem, destacando a interação entre fatores cognitivos,
ambientais e comportamentais.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As teorias da aprendizagem, como discutido em sala de aula, são muito importantes


para o processo de ensino-aprendizagem. Elas oferecem maneiras diferentes de como os
professores podem repassar de forma mais dinâmica e engajadora, a transmissão de
conhecimento. Ao compreender essas teorias, os educadores podem criar ambientes de
aprendizagem onde os alunos sejam participantes ativos, promovendo uma aprendizagem
mais significativa.

A aplicação dessas teorias permite que os professores adotem estratégias educacionais


mais alinhadas com as necessidades individuais dos alunos, considerando os diferentes estilos
de aprendizagem e as capacidades cognitivas. Ao integrar os princípios dessas teorias em suas
práticas pedagógicas, os educadores podem estimular a curiosidade, a reflexão e o
envolvimento ativo dos alunos no processo de aprendizagem.

Conclui-se, portanto, que as teorias da aprendizagem oferecem um vasto panorama


para compreender como as pessoas adquirem conhecimento, habilidades e comportamentos ao
longo de suas vidas. Elas são a espinha dorsal do processo educacional, orientando
professores, educadores e até mesmo ambientes de aprendizagem mais amplos. Desde as
contribuições do behaviorismo até os insights cognitivos e sociais, essas teorias iluminam não
apenas como os indivíduos aprendem, mas também como os educadores podem otimizar o
ensino para promover uma aprendizagem mais eficaz, significativa e envolvente. Ao integrar
esses diversos enfoques teóricos, os educadores podem personalizar suas abordagens,
considerando a diversidade de estilos de aprendizagem e maximizando o potencial de cada
aluno. Essas teorias constituem uma bússola valiosa para orientar práticas educacionais
inovadoras e sustentáveis, buscando constantemente melhorar o processo de ensino e
aprendizagem.

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4. REFERÊNCIAS

AMIL, A.B. Jerome Bruner. Disponível em:


<http://psicologia.historiapsi.com/wpcontent/uploads/2012/06/Bruner-biograf%C3%ADa.pdf
>. Acesso em: 27/11/2023.

AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo:


Moraes, 1982.

BANDURA, A. (1986). Social Foundations of Thought and Action: A Social Cognitive


Theory. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall.

BRUNER, J. S. Uma Nova Teoria de Aprendizagem. 2ª ed. Rio de Janeiro. Bloch. 1973b.
162 p.

JOB, Sérgina Carla Pontes Diógenes. Teorias da Aprendizagem: Uma revisão da literatura. Id
on Line Revista de Psicologia, Novembro de 2011, vol. 1, n.15, p.22-30. ISSN 1981-1189.

MOREIRA, Marcos Antônio. Teorias da Aprendizagem. EPU, São Paulo, 1995.

NUNES, A.I.B.L; SILVEIRA, R.N. Psicologia da Aprendizagem. 3. ed. rev. -Fortaleza:


EdUECE, 2015. p. 122. ISSN 978-85-7826-284-6.

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