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Pedagogia

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIALCONECTADO


PEDAGOGIA

NAKITIA JESUS LIMA

ESTRATÉGIAS DE MOTIVAÇÃO PARA


ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

CAIAPÔNIA
2018
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NAKITIA JESUS LIMA

ESTRATÉGIAS DE MOTIVAÇÃO PARA


ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Projeto de Ensino apresentado à


Universidade Norte do Paraná - UNOPAR,
como requisito parcial para a obtenção do
título de Licenciado em Pedagogia

Orientadora: Prof. Natália Gomes


Tutora eletrônica: Helen Cristina P.D. Muniz
Tutora de sala: Sueli Aparecida da S. Castro

CAIAPÔNIA
2018
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LIMA, Nakitia Jesus . Estratégias de motivação para alunos do Ensino


Fundamental. 2018. 27f. Projeto de Ensino do Curso de Pedagogia. Centro de
Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Caiapônia, 2018.

RESUMO

A temática desse projeto de ensino são as estratégias de motivação para alunos do


Ensino Fundamental, inserindo-se na linha de pesquisa da Docência nos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental. A escolha desse tema se deu a partir da
observação de que o professor ainda encontra dificuldades em motivar os alunos,
pois eles mesmos passam por momentos de desmotivação. No que tange à
aprendizagem é preciso compreender que um aluno motivado tem mais
oportunidade de aprender não somente quando acerta, mas quando erra também.
Assim, a temática se justificou pela necessidade de pensar a motivação e propor
atividades significativas e motivadoras. O objetivo central da proposta foi conceituar
motivação compreendendo como esta pode influenciar a aprendizagem. Os
conteúdos propostos se voltaram para alunos do 3ºano do Ensino Fundamental,
sendo desenvolvidos pelo professor regente. Os teóricos que basearam os estudos
foram Bzuneck (2009); Campos (2003); Barros (2002); Pereira (2003) que dentre
outros, trouxeram um conceito para a motivação considerando o contexto escolar.

Palavras-chave: Motivação. Alunos. Aprendizagem. Estratégias. Professores.


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................5
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................7
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO..........17
3.2 Justificativa.................................................................................................17
3.3 Problematização.........................................................................................17
3.4 Objetivos.....................................................................................................19
3.5 Conteúdos..................................................................................................19
3.6 Processo de desenvolvimento....................................................................19
3.7 Tempo para a realização do projeto...........................................................23
3.8 Recursos humanos e materiais..................................................................24
3.9 Avaliação....................................................................................................25
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................26
REFERÊNCIAS...................................................................................................27
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1 INTRODUÇÃO

A motivação para aprendizagem se tornou um dos grandes desafios


a serem superados, pois é evidente que alunos motivados são mais preparados para
as dificuldades de aprendizagem. Por outro lado, quando os professores não
conseguem motivar seus alunos, seja pelo de metodologias que não são atraentes,
seja por eles mesmos não estarem motivados, a aprendizagem também é
prejudicada.
Partindo de tais pressupostos é que esse projeto de ensino trouxe
como temática as estratégias de motivação para aluno do Ensino Fundamental e
sua linha de pesquisa se insere na Docência dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental.
A motivação é um estado muito subjetivo que depende de uma série
de condições e que se perde por qualquer evento. Uma pessoa pode sair de casa
totalmente motivada para as atividades que precisa realizar e por algum
contratempo, chega ao local de trabalho desmotivada.
Há uma fragilidade na motivação que precisa ser constantemente
alimentada, pois esta depende de fatores internos, ou seja, os indivíduos se motivam
a realizar determinadas atividades visando os objetivos e as recompensas futuras.
Do mesmo modo, os fatores externos são responsáveis pela motivação tanto quanto
os internos. Aqueles que cumprem tarefas, executam seu trabalho, fazem provas e
avaliações estão em busca de recompensas, nem sempre dotadas de valores
monetários, mas capazes de alimentar a motivação durante muito tempo.
Foi considerando que o aluno do Ensino Fundamental precisa ser
motivado para a aprendizagem, e a partir de estudos realizados sobre a importância
do professor ser um agente motivador, é que surgiu a temática desse projeto de
ensino. Por outro lado, as reflexões, observações e mesmo as aulas ministradas
durante o estágio em Pedagogia da Unopar, mostraram que muitos alunos não são
motivados para a aprendizagem e isso acaba dificultando o trabalho do professor.
Assim, esse projeto se justifica pela necessidade de ofertar
estratégias de motivação que possam auxiliar o trabalho do professor, considerando
como campo uma sala de aula do 3º ano do Ensino Fundamental. A relevância da
temática está na busca por metodologias significativas, reforçando que a
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intencionalidade não é propor receitas milagrosas para a aprendizagem, mas


alcançar a motivação.
Considerando a importância da motivação para a aprendizagem, a
problematização deste projeto de ensino partiu das questões: Qual a relevância da
motivação para a aprendizagem? Quais os papéis do professor quando se trata da
motivação de seus alunos? Como a desmotivação pode influenciar a aprendizagem?
Quais estratégias podem ser adotadas por professores do Ensino Fundamental
quando se trata de motivação?
Os objetivos do projeto de ensino cuja temática é a motivação foram:
Conceituar motivação; Analisar os papéis dos professores na motivação de seus
alunos; Compreender as consequências da desmotivação para a aprendizagem e
sugerir estratégias de motivação para alunos do Ensino Fundamental.
O conteúdo do projeto sobre motivação foram desenvolvidos nas
aulas do professor do 3º ano do Ensino Fundamental. As aulas acontecerão durante
uma semana, no mês de novembro de 2018, totalizando cinco intervenções e o
conteúdo abordado voltou-se para as metodologias significativas e para a motivação
dos alunos.
Os teóricos utilizados na construção do projeto foram Bzuneck
(2009); Campos (2003); Barros (2002); Pereira (2003) que dentre outros, trouxeram
um conceito para a motivação considerando o contexto escolar.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Conceitos de motivação e sua importância na aprendizagem


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A motivação, sob o enfoque da Psicologia, é definida por sua alta


complexidade. Não apenas pela sua subjetividade, mas pelas formas como é
aplicada, não apenas nos contextos educacionais, mas em outros que o
relacionamento humano seja a base para o trabalho.

O estudo da motivação humana representa, para o educador, uma


necessidade amplamente reconhecida, principalmente em uma sociedade
democrática, onde o conteúdo e os métodos da educação devem, sempre
que possível, respeitar os motivos individuais e os da comunidade em que
vive o educando. O professor, como orientador das atividades dos alunos, é o
mediador entre os motivos individuais e os legítimos alvos a serem
alcançados. (CAMPOS, 2003, p.107)

De acordo com Bzuneck (2009) a motivação, no contexto


contemporâneo, pode ser definida por meio de sua abordagem, sendo coligada ao
comportamento, tanto o instintivo quanto instituído. Esse sentimento, de acordo com
o autor, faz com que as metas pessoais possam ser alcançadas, uma vez que é
resultado da união entre motivo e esforço, principalmente quando se trata das
formas como as ações serão organizadas.
De acordo com Bzuneck (2009),
Uma primeira ideia sugestiva sobre motivação, normalmente aplicável a
qualquer tipo de atividade humana, é fornecida pela própria origem
etimológica da palavra, que vem do verbo latino movere, cujo tempo supino
motum e o substantivo motivum, do latim tardio, deram origem ao nosso
termo semanticamente aproximado, que é motivo. Assim, genericamente, a
motivação, ou o motivo, é aquilo que move uma pessoa ou que a põe em
ação ou a faz mudar o curso. (BZUNECK, 2009, p.12)

De modo geral, é possível compreender que o ser humano, em


qualquer fase de sua vida, dependa de motivação para realizar uma série de
atividades, bem como alcançar seus objetivos. Quando se trata do espaço da sala
de aula, a motivação se delineia a partir de algumas características bem
particulares. Primeiramente, a motivação para a aprendizagem depende de alguns
aspectos cognitivos tais como atenção, concentração, elaboração, raciocínio e
capacidade de resolver problemas.

Esses processos cognitivos são individuais e por isso, os sujeitos


precisam estar preparados para a aprendizagem.
Esse contexto está relacionado ao currículo obrigatório das disciplinas; as
formas de execução das atividades; ao espaço da sala de aula com
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agrupamento de alunos; ao tempo disposto das aulas; à divisão por séries;


conteúdos variados às vezes extensos, árduos, com evidência ou não de
serem significativos e relevantes para o aluno e, ainda a avaliação que tem
implicações socioemocionais. (BZUNECK, 2009, p.16)

A motivação exerce alguns efeitos nos alunos, sendo possível


identificá-la em dois níveis: os imediatos e os finais. Os efeitos imediatos são
entendidos como aqueles relacionados às ações escolhidas pelo aluno, relacionados
essencialmente às atividades do processo de aprendizagem, bem com a
persistência necessária à sua realização. O aluno desmotivado pode ser
determinante para o insucesso de uma aula, por melhor que tenha sido planejada
pelo professor.

A motivação positiva na escola requer um envolvimento de qualidade nas


tarefas, assim com empreender esforço para aprender tarefas desafiadoras
em que o novo conhecimento seja construído pelo denominado
processamento de profundidade. (BZUNECK, 2009, p.12)

A aprendizagem é definida como o efeito esperado daquilo que é


ensinado, seja na escola, ou em outros espaços educativos. É definida a partir da
conexão entre a construção dos conhecimentos, a conexão entre as habilidades,
bem como o desempenho e as expectativas acerca das trocas valorizadas
socialmente. Importante salientar que o aluno, quando está motivado, consegue
realizar tarefas com maior disposição.
Ao ter objetivos a serem alcançados e uma motivação significativa,
os resultados tendem a se tornar positivos. Por outro lado, quando não há incentivo,
as tarefas tornam-se obrigações chatas e difíceis de serem superadas.
Destaca-se também que quando a motivação não é suficiente, tanto
a qualidade do que é aprendido quanto a vontade de aprender sofrem uma queda. O
resultado dessas associações se manifesta em um nível de aprendizagem
considerado baixo, que termina por impedir que as competências necessárias para o
desenvolvimento sejam comprometidas. ( CAMPOS, 2003)
Os referenciais teóricos apontam para o fato de que o termo
motivação/desmotivação é usado de forma banal, sem qualquer análise do que
realmente acontece em sala de aula. Do mesmo modo, não é somente o aluno que
precisa ser motivado, pois o professor também precisa ter desejo pela realização de
seu trabalho.
[...] devemos ter cautela, visto a dificuldade em identificar qual é o aluno que
está motivado e o desmotivado. Exemplificando: um aluno parece estar
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atento à aula, mas de repente pode estar pensando em outras coisas. Um


mau rendimento às vezes pode não estar associado à desmotivação ou à
falta de esforço. (BZUNECK, 2009, p.14)

Campos (2004) reforça que os problemas de aprendizagem são


considerados um dos maiores fatores que causam a desmotivação dos alunos. Isso
porque o baixo desempenho denota que algo precisa ser feito, não apenas no
tocante à aprendizagem, mas aos processos dela resultantes. Quando o aluno
consegue responder aos desafios da forma esperada, isso volta a ele em forma de
motivação para mais conquistas. Entretanto, não significa que o aluno não poderá
aprender a lidar com perdas. A motivação terá papel essencial nesse processo,
acreditando que as dificuldades podem ser superadas.

A identificação de problemas motivacionais de alunos depende da avaliação


de desempenho, a consideração de comportamentos abertos, de um
conhecimento mais profundo do aluno, de seu nível de capacidade, seus
conhecimentos prévios, os métodos de estudo e até a disponibilidade de
recursos. Infelizmente no cotidiano da sala de aula não se possibilita essa
diagnose. (CAMPOS, 2004, p.74)

No contexto escolar a motivação aumenta ou diminui de acordo com


a série em que o aluno se encontra. Assim, quando entra na pré-escola a criança
está supermotivada, pois é um universo novo que se descortina. A ansiedade acerca
do que ainda está por vir pode fazer com que o nível de motivação sofra uma queda.
Entretanto, é normal isso não ocorrer. Quando a criança passa para as demais
séries, as exigências fazem com que a motivação sofra uma queda. São as
adaptações, as perdas, a complexidade curricular, tudo isso soma para que a
criança se sinta desmotivada. Do mesmo modo, o aumento das dúvidas em relação
aos conteúdos, os fracassos escolares, o medo de não aprender, tudo se junta às
angústias e interferem na motivação. (BZUNECK, 2009)
A motivação obedece a uma estrutura, e para tanto, apresenta dois
aspectos: o qualitativo e quantitativo.
Em termos quantitativos, ela pode ser maior ou menor, mais ou menos
intensa. Em relação às tarefas desafiadoras, não se espera que os alunos
tenham os níveis baixos de motivação ou que atinjam o valor zero. Se isso
acontecer, o aluno está desmotivado. Pode ocorrer oscilação em relação a
determinadas tarefas, mas o preocupante é a frequência ou a persistência
dessa condição negativa. (BARROS, 2002, p.35)

Por mais que a motivação influencie a aprendizagem, é importante


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destacar que nem sempre o desempenho depende da motivação. Isso significa que
a busca pelo bom desempenho é uma motivação, embora os resultados de
atividades cansativas, mesmo se dando de forma positiva, podem advir de situações
sem qualquer motivação. Relativamente às atividades escolares, a motivação
precisa se manter em um nível considerado mediano.
Ou seja, o aluno não precisa ser exageradamente motivado, uma
vez que pode não se preparar para os resultados negativos, mas também não pode
ser totalmente desmotivado, isso porque pela motivação é que poderá vislumbrar o
alcance de seus objetivos.
No contexto educativo há, em relação à motivação, uma dicotomia.
Em alguns momentos os alunos demonstram estarem altamente motivados e em
outras, a motivação pode cair a zero. Assim, observa-se que alto nível de motivação
para realizar algumas tarefas mais específicas, sem a intervenção do professor, e
baixa motivação para outras, com ou sem a intervenção do professor.
O maior espelho da desmotivação é a apatia. Para o professor, uma
sala de aula com alunos apáticos, sem qualquer interesse, pode ser altamente
desmotivadora. Como as salas de aula são heterogêneas, e nesse contexto,
composta por alunos interessados e desinteressados, o processo de motivação
requer do professor uma maior sensibilidade. Além disso, deverá observar se antes
de estar desmotivado, o aluno não apresenta nenhum problema cognitivo, se não se
encontra abatido por alguma doença ou se as questões familiares possam estar
preocupando-o.
Outras duas especificações em relação aos problemas de motivação dos
alunos são quanto a sua generalidade ou abrangência e da gradação. Em
relação a generalidade, pode variar quanto ao aluno ser desmotivado para
todas as disciplinas, professores ou só a determinados conteúdos das
disciplinas, alguns professores, ou até da fase evolutiva desses alunos. O
aspecto da gradação dos problemas, considera que eles se situam num
continuum. Numa das pontas os casos mais simples e menos importantes e,
no outro extremo os casos mais graves, daqueles alunos que evadiram da
escola e não querem mais estudar e nem discutir sobre o assunto para
buscar uma solução. (BZUNECK, 2009, p.48)

A motivação, conforme mencionado, é uma necessidade pessoal,


podendo ser interna, quando a própria pessoa é responsável por se motivar, por
exemplo, na busca pelo alcance de seus objetivos e externa, quando a motivação
vem de agentes exteriores. No contexto escolar, o professor é visto como o maior
agente motivador. Os alunos vão para a escola por motivos pessoais, por causa da
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aprendizagem, por exemplo, mas sua permanência e produtividade advém da forma


como o professor os motiva. O papel do professor, nesse sentido, torna-se
essencial.

2.2 O papel do professor enquanto motivador da aprendizagem

Os referenciais teóricos pesquisados apontam para o fato de que a


motivação tem despertado algumas críticas, uma vez que muitos teóricos defendem
que esta e seus problemas são de única responsabilidade do aluno. É preciso que
se considere que os resultados da aprendizagem, quando negativos, atingem de
forma mais específica o aluno, mas todo o contexto escolar acaba sendo
prejudicado.
Ao se considerar que na escola o professor seja o maior motivador,
é preciso também refletir sobre o que está causando a desmotivação do aluno. Isso
significa se envolver, tecer diálogos, buscar mais a fundo os meios para que as
dificuldades possam ser superadas.
No meio educativo existem dois tipos de professores, aqueles que
sempre motivam os alunos, mesmo em meio a resultados negativos, ensinando-os a
lidarem com o fracasso, fazendo desses momentos o impulso necessário para
alcançar os objetivos. De outro lado, encontra-se o professor que exige muito de
seus alunos, e talvez até alcance melhores resultados com isso, mas que não
consegue motivar seus alunos, fazer com que os objetivos sejam significativos. Os
alunos fazem o que lhes é delegado na intenção de não serem prejudicados em
suas notas e avaliações.
Em relação à função do professor enquanto motivador, denota-se a
existência de duas funções distintas.

A primeira é de caráter remediador em que o professor recupera o aluno


desmotivado ou reorienta aquele que apresenta uma motivação distorcida
se tiver sido diagnosticada. A segunda função é preventiva e de caráter
permanente, para todos os alunos da classe, a cada série e ao longo do ano
letivo e, consiste em implementar e manter otimizada a motivação para
aprender. As duas funções referem-se a alunos em condições diferentes,
mas que na prática tem muitos elementos em comum. (BARROS, 2002,
p.38)

De acordo com a literatura, quando o professor percebe que seus


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alunos se encontram desmotivados, que não reagem com entusiasmo ao proposto,


é necessário uma mudança de estratégias. Desse modo, recomenda-se que o
professor seja antes de tudo, observador. Que observe e registre cada reação aos
conteúdos trabalhados, que possa também pontuar a aprendizagem dos conceitos.
Ao mudar sua estratégia de abordagem de alguns conteúdos ou proposições, o
professor terá a oportunidade de recuperar a motivação de seus alunos.
É evidente que o professor não consegue atender a todos os casos
de desmotivação, principalmente devido à subjetividade desta. É comum o aluno
chegar à sala de aula motivado, estar motivado durante a abordagem do professor,
mas perder a motivação no decorrer das aulas. A desmotivação não pode se tornar
uma caça aos culpados.
A escola não pode insistir no erro de tentar culpar a família, o aluno
ou seu contexto social pela desmotivação. Nesse aspecto, há uma grande parcela
que deve ser delegada ao espaços educativos. Barros (2002), reforça que o
professor precisa deixar o ego de lado quando se tratar de motivação,
desmotivação, aprendizagem e fracasso escolar. O educador já entra em sala de
aula despreparado para rever metodologias, para olhar seu aluno de forma
diferenciada, compreender as que as expectativas não são somente da
responsabilidade do aluno.
Existem salas de aula nas quais os alunos sofrem de um tédio
crônico. Nessas, o professor se esmera em cumprir os cronogramas e
planejamentos, traz as abordagens previstas, mas não consegue administrar a
ansiedade dos alunos, tampouco motivá-los. A motivação não deve ser confundida
com o jogo do contente, mas precisa ter uma fundamentação positiva. O aluno
motivado acredita que em determinado tempo e espaço, seus objetivos serão
alcançados.

A motivação positiva é que vai direcionar os esforços educacionais


empreendidos pelos alunos. Eles devem valorizar o aprender como um
objetivo pessoal, buscando tirar o maior proveito possível do processo,
como um fim em si mesmo, independente de motivadores extrínsecos.
Devem seguir na busca de domínio de conteúdos e o crescimento
intelectual e não só para passar de ano. (BARROS, 2002, p.52)

Salienta-se que atualmente não mais se considera que o aluno


chegue à escola vazio de conhecimentos. Do mesmo modo, junto com os indivíduos
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vem seus objetivos, assim como expectativas. Essas, por sua vez, não são apenas
individuais, mas representam o que a família ou seus grupos sociais também
esperam. Além disso, a criança é movida pela curiosidade, pelo desejo de
experimentar novas formas de interagir. A motivação, então, é um dos pontos
fundamentais para a aprendizagem.

Partindo da curiosidade, levar a criança a explorar, estar motivada a


aprender conteúdos disciplinares requer do professor a escolha criteriosa de
um conjunto de medidas educacionais e que ele tem amplo poder para isso.
Seja em relação às formas de se dar tarefas, de avaliar e dar o retorno, de
como lidar com a autoridade em classe, entre outros. (CAMPOS, 2004,
p.39)

Existe muito a ser feito para que a motivação dos alunos se


materialize. Uma das primeiras é aceitar que muito pode ser feito para manter o
aluno motivado e isso não significa abrir mão das concepções próprias e ideologias.
O discurso dos professores, na maioria dos casos, é de que o aluno se aproveita do
desinteresse ou da desmotivação para causar situações de indisciplina e que por
isso, não veem fundamento na motivação.
Do mesmo modo, são recorrentes os discursos de que eles ( os
professores), não recebem motivação suficiente e por isso, não se sentem
responsáveis pela motivação dos alunos. Na fala dos professores, o espaço não é
motivador, o contexto escolar e o excesso de exigências não são motivadoras, a
liberdade excessiva dos alunos que por isso não respeitam seus professores,
também não é motivadora e por último, o salário não é motivador.
Mediante essas afirmações compreende-se porque muitos
profissionais não conseguem motivar seus alunos. No meio do caminho destes se
encontram uma série de dificuldades que vão minando o trabalho pedagógico.
Assim, como esperar que alguém desmotivado seja capaz de motivar alguém? A
ação educativa nesse aspecto, torna-se extremamente desgastante, pois cada dia é
visto como um suplício para o profissional que não consegue mais se encontrar na
execução de suas atividades.
Observando esse contexto desmotivador do professor e seus
alunos, cabe uma nova reflexão, sobretudo quando se analisa que muito é exigido
do educador e pouco lhe é dado em troca. A realidade da desvalorização
profissional se encontra presente em uma perspectiva que dificilmente será
revertida. Seriam necessários muitos anos para superar as dicotomias entre
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exigências de formação e valorização profissional.


Hoje, exige-se que o professor seja multifuncional, que além dos
problemas de aprendizagem, resolva também os culturais, oriundos da
heterogeneidade das salas de aula. Entretanto é possível observar também que
mesmo sem condições de exercerem suas funções da forma como se deve, existem
professores que se tornam extraordinários motivadores, alçando resultados onde só
havia fracasso escolar.

Em qualquer situação a motivação dos alunos se esbarra na motivação dos


professores que devem ter entusiasmo, paixão pelo trabalho, o
compromisso com a educação. Isso é que leva o professor a acreditar que
pode motivar todos os alunos (BZUNECK, 2009,p.28).

A automotivação encontra-se ligada ao que os autores pesquisado


denominam auto eficácia para superar desafios. A auto eficácia é compreendida
como as percepções constituídas por meio das relações sociais, quando estas se
formam de maneira positiva. Quando há um bom relacionamento entre os
professores e seus pares, a automotivação acontece de uma forma mais ampla. No
trabalho coletivo, o planejamento de ações conjuntas, no dia a dia que é verdadeira
e respeitosamente compartilhado, a automotivação faz parte. No momento em que o
ambiente se torna propício à automotivação, a motivação dos alunos também fica
resguardada.
Por mais que a motivação seja considerada uma parte essencial
para aprendizagem, não há porque acreditar que somente ela seja necessária. O
segredo da motivação é, na realidade, o domínio de várias técnicas de ensino, mas
além disso, mostrar criatividade e flexibilidade em sua utilização é essencial.

2.3 Motivando uma aprendizagem significativa

O que os referenciais teóricos preconizam e dentre esses, o de


Pereira (2003), é que o professor tenha a oportunidade de utilizar metodologias que
sejam inovadoras, que tragam uma nova perspectiva para a aprendizagem, capazes
de lidar com a falta de interesse de uma forma madura, sem recair em ações
infantilizadas. “[...] o professor criativo, de espírito transformador que está sempre
buscando inovar suas práticas pedagógicas, consegue obter um grande êxito,
tornando assim, a aprendizagem constante e significativa por parte dos alunos.”
15

(PEREIRA, 2003, p.45)


Em relação à motivação, quando o professor assume a
responsabilidade pela aprendizagem ele traz para a sala de aula um novo ar.
Crianças gostam de inovações, do mesmo modo, jovens e adultos. Basta que o
professor adote uma metodologia que seja adequada às expectativas e
necessidades dos alunos. Os autores pesquisados reforçam também que a
realidade do aluno, o fato de que a sala de aula é heterogênea e diversa.
Para melhor compreender como o professor pode pensar em todo o
processo educativo de forma que seja motivador, Guimarães (2009, p.81-82) recorre
ao Diagrama de Target. Esse modelo de construção da motivação trabalha com o
reforço positivo, com o trabalho voltado para a autoridade e autonomia, pelo
reconhecimento, avaliação e o tempo necessário para que os alunos sejam
motivados no dia-a-dia, desde o planejamento até a execução das atividades.

ÁREATARGET FOCO DE ATENÇÃO OBJETIVOS


O planejamento e a estrutura das Aumentar a atração intrínseca
tarefas ou atividades que os das tarefas de aprendizagem,
Tarefa estudantes são solicitados a torná-las significativas,
fazer. despertar a curiosidade,
desafio, fantasia e
proporcionar controle.

A participação dos estudantes Promover liberdade adequada


Autoridade/ Autonomia nas decisões sobre a escola e a para os estudantes fazerem
aprendizagem. escolhas e assumirem
responsabilidades.

A natureza e o uso do Promover oportunidades para


Reconhecimento reconhecimento e atribuição de que todos os estudantes
(Valorização) recompensas na situação sejam reconhecidos pela
escolar. aprendizagem, enfatizar o
esforço e o progresso na
obtenção de uma meta, a
busca de desafios e
inovações.

A organização da Construir um ambiente de


Agrupamento aprendizagem e das experiências aceitação e apreciação para
(grouping) escolares. todos os estudantes.
Promover uma ampla
interação social,
particularmente com os
estudantes com risco de
fracasso. Propiciar
o
desenvolvimento de
habilidades sociais.
16

A natureza e o uso da avaliação e Tratar a avaliação como parte o


dos processo de
Avaliação procedimentos avaliativos. ensino-
aprendizagem, fornecer amplas
informações sobre
o
desempenho e estratégias de
aprendizagem, utilizar padrões
autorreferencidos.
A agenda do dia escolar. Utilizar as tarefas de
Tempo aprendizagem e
as
necessidades dos estudantes
para organizar a agenda.

Modelo TARGET de motivação. GUIMARÃES, 2009, p.82-83

Mais uma vez, uma aprendizagem significativa parte de uma


observação cuidadosa de como o aluno se comporta em sala de aula, não em
relação às questões disciplinares, mas ao relacionamento mantido com colegas e
professores. Também é motivadora a proposição de desafios e atividades
prazerosas, que denotem o protagonismo dos alunos. Sendo o professor o mediador
das metodologias adotadas em sala de aula, precisa pensar nas múltiplas formas de
ativar a motivação dos alunos.
Uma das grandes preocupações quando se trata da motivação para
a aprendizagem está no crescimento da desmotivação entre alunos do Ensino
Fundamental, principalmente nas séries iniciais, embora essa seja uma triste
realidade verificada em todas as modalidades de ensino.
Nos anos iniciais do E.F os alunos vão perdendo a motivação aos
poucos, primeiramente pelas dificuldades de aprendizagem que tendem a serem
ampliadas e depois, pelo estranhamento causado pelas metodologias adotadas pelo
professor. Além disso, existem os problemas originados do meio social dos alunos,
tais como a falta de uma estrutura familiar capaz de garantir o mínimo à
sobrevivência e que passa a depender da escola, pelo menos em uma das refeições
ofertadas. Como motivar um aluno que passa fome? A falta de recursos financeiros,
o uso das crianças para o trabalho infantil, os maus-tratos, são apenas uma parte do
que pode afetar a motivação e não se encontra dentro da escola.
A criança do E.F já tem uma consciência de sua própria realidade,
sabe definir que contexto vivencia e entende o que tira seu ânimo para a
aprendizagem. É por isso que se torna essencial que o professor tenha
sensibilidade para diagnosticar a falta de motivação de seus alunos. Nem sempre
17

essas questões são culpa da escola, mas é papel desta buscar os meios de
superação das dificuldades quando isso for possível. Assim, segue nesse projeto de
ensino, algumas estratégias de motivação que podem ser adotadas pelo professor,
em busca da motivação e da aprendizagem.
18

3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE


ENSINO

3.1Tema e linha de pesquisa

A motivação para aprendizagem se tornou um dos grandes desafios


a serem superados, pois é evidente que alunos motivados são mais preparados para
as dificuldades de aprendizagem. Por outro lado, quando os professores não
conseguem motivar seus alunos, seja pelo de metodologias que não são atraentes,
seja por eles mesmos não estarem motivados, a aprendizagem também é
prejudicada.
Partindo de tais pressupostos é que esse projeto de ensino traz
como temática as estratégias de motivação para aluno do Ensino Fundamental e
sua linha de pesquisa se insere na Docência dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental.

3.2 Justificativa

A motivação é um estado muito subjetivo que depende de uma série


de condições e que se perde por qualquer evento. Uma pessoa pode sair de casa
totalmente motivada para as atividades que precisa realizar e por algum
contratempo, chega ao local de trabalho desmotivada.
Há uma fragilidade na motivação que precisa ser constantemente
alimentada, pois esta depende de fatores internos, ou seja, os indivíduos se motivam
a realizar determinadas atividades visando os objetivos e as recompensas futuras.
Do mesmo modo, os fatores externos são responsáveis pela motivação tanto quanto
os internos. Aqueles que cumprem tarefas, executam seu trabalho, fazem provas e
avaliações estão em busca de recompensas, nem sempre dotadas de valores
monetários, mas capazes de alimentar a motivação durante muito tempo.
Foi considerando que o aluno do Ensino Fundamental precisa ser
motivado para a aprendizagem, e a partir de estudos realizados sobre a importância
do professor ser um agente motivador, é que surgiu a temática desse projeto de
ensino. Por outro lado, as reflexões, observações e mesmo as aulas ministradas
durante o estágio em Pedagogia da Unopar, mostraram que muitos alunos não são
19

motivados para a aprendizagem e isso acaba dificultando o trabalho do professor.


Assim, esse projeto se justifica pela necessidade de ofertar
estratégias de motivação que possam auxiliar o trabalho do professor, considerando
como campo uma sala de aula do 3º ano do Ensino Fundamental. A relevância da
temática está na busca por metodologias significativas, reforçando que a
intencionalidade não é propor receitas milagrosas para a aprendizagem, mas
alcançar a motivação.

3.3Problematização

Considerando a importância da motivação para a aprendizagem, a


problematização deste projeto de ensino partiu das questões:
 Qual a relevância da motivação para a aprendizagem?
 Quais os papéis do professor quando se trata da motivação de seus alunos?
 Como a desmotivação pode influenciar a aprendizagem?
 Quais estratégias podem ser adotadas por professores do Ensino Fundamental
quando se trata de motivação?

3.4 Objetivos

Os objetivos do projeto de ensino cuja temática é a motivação foram:


 Conceituar motivação;
 Analisar os papéis dos professores na motivação de seus alunos;
 Compreender as consequências da desmotivação para a aprendizagem e
sugerir estratégias de motivação para alunos do Ensino Fundamental.

3.5Conteúdos

Os conteúdos do projeto sobre motivação serão desenvolvidos nas


aulas do professor do 3º ano do Ensino Fundamental. As aulas acontecerão durante
uma semana, no mês de novembro de 2018, totalizando cinco intervenções e o
conteúdos abordados serão voltados para as metodologias significativas e para a
motivação dos alunos.

3.6Processo de desenvolvimento
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1ª Aula - Animais de estimação: motivando para a aprendizagem 1 – 1 aula de


50’

Ao final da aula, os alunos serão capazes de desenvolver atitudes


de interação, de colaboração e de troca de experiências em grupos. Em roda de
conversa, o professor irá discorrer sobre o tema da aula.
Explicar para os alunos que muitos animais convivem com as
pessoas no ambiente doméstico, como cães, gatos, coelhos, galinhas, cavalos,
dentre outros. Cada um deles tem um jeito próprio de ser. Partindo dessa ideia, o
professor irá fazer algumas perguntas para os alunos: Você tem bichos de
estimação? Qual? Os bichos de estimação podem transmitir alguma doença? Que
animais não são adequados para serem bichos de estimação? Por quê?

Após a participação dos alunos, o professor irá propor a leitura de


um texto que conta a história de uma criança que queria muito ter um bicho de
estimação. Distribuir cópias dos textos para que os alunos possam seguir a leitura.
Ressaltando que o texto também será utilizado para o trabalho com interpretação
textual.

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Disponível em http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=55160
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Após a leitura do texto, o professor irá explorar o contexto. Dar


espaço para que os alunos possam participar oralmente da interpretação do texto.
Passar as perguntas no quadro e explorar oralmente: O texto é narrado por um
menino ou uma menina? Em sua opinião, por que a mãe escolheu peixinhos para
dar ao filho? Para o menino qual é a desvantagem de ter um peixinho como animal
de estimação? E você gostaria de ter um peixinho de estimação? Que bichinho de
estimação você gostaria de ter?
O processo motivacional se dará a partir da participação dos alunos
e a compreensão do que é preciso fazer para cuidar bem de um animalzinho de
estimação. Como se trata de um assunto vivenciado por quase todas as crianças, a
identificação com o contexto da leitura os deixará motivados a participarem das
atividades propostas para a aula.

2ª Aula - Uma dinâmica de motivação: chupando balas – 1 aula de 50’

Essa dinâmica é proposta para ser realizada logo no início da aula,


como forma de motivar os alunos para o trabalho em grupo. Do mesmo modo,
objetiva que os alunos possam compreender a importância do bom relacionamento
entre os colegas. A motivação está em despertar nos alunos a alegria do trabalho
em grupo, principalmente quando se trata da solução de problemas.
Antecipadamente o professor deverá providenciar uma bandeja com
balas macias e fáceis de serem mastigadas para que não haja nenhum risco de
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engasgues. Inicialmente o professor deverá formar círculo e dizer: vocês terão que
chupar uma bala, só que não poderão usar suas mãos para desembrulhar a bala e
colocar em sua própria boca.” É natural que os participantes fiquem agitados e
demorem um pouco para entenderem a solução do problema, dependendo da idade
das crianças o professor ou coordenador deverá dar dicas, do tipo, vocês não
podem usar as suas mãos, enfatizar para que entendam que se outra pessoa utilizar
as mãos para desembrulhar e colocar a bala na boca estará tudo certo.
Essa é uma dinâmica muito divertida e o professor deve dar tempo
para que as crianças entendam por si só a solução para o problema, uma dica é
colocar a bandeja com as balas no chão, muitos participantes tentarão pegar as
balas com a boca e descascar com os dentes, é muito engraçado como as crianças
vão encontrando soluções.
Depois que as crianças encontram a solução para o problema o
coordenador deverá deixar que chupem as balas e se relacionem entre si, no final
da brincadeira deverá falar sobre a importância de analisar o problema e pedir ajuda
para um amigo ou alguém que esteja próximo.

3ª Aula – A dinâmica da metade certa – aula de 50’

Essa dinâmica de motivação é considerada uma das atividades de


motivação mais atrativas para os alunos do Ensino Fundamental e tem como
objetivo, além de motivar os alunos , estimular a concentração e integração dos
alunos.
Material necessário: Imagens cortadas ao meio (revistas, fotos,
desenhos, etc). Fita adesiva para as crianças unirem as imagens. O professor
deverá dividir o grupo de crianças em duplas e dar a cada participante a metade de
uma imagem, as demais devem ser espalhadas pelo chão ou colocadas em uma ou
mais caixas grandes para que os alunos possam procurar os respectivos pares.
Para tornar a atividade mais interessante é importante que o número de imagens
sejam maiores do que o número de participantes.
Conforme as duplas forem encontrando as partes que faltam das
imagens o coordenador dá uma nova imagem para que as crianças encontrem a
parte que falta, no final a dupla que conseguir unir o maior número de partes de
imagens é a vencedora. No final o professor pode falar sobre a importância do
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trabalho em grupo para conseguirem atingir seus objetivos. Dependendo do tipo de


imagem utilizada pode abrir um diálogo pedindo que as duplas falem sobre as
personalidades ou personagens contidos nas fotos. No caso de utilizar imagens
bíblicas pode pedir que os participantes falem sobre as personagens ou procurem
na bíblia o versículo correspondente ao desenho

4ª Aula – Dia do convidado especial – 1 aula de 50’

Para essa aula, o objetivo é que os alunos observem as histórias de


vida de outras pessoas e possam ser motivadas a pensar a longo prazo,
compreendendo o que sejam metas e objetivos. Assim, o professor irá convidar
diversos profissionais de áreas diferentes para estarem em sala de aula.
Os convidados poderão ser policiais, enfermeiros ou médicos,
professores, motoristas e outras profissões. O professor irá apresentar os visitantes
para que esses possam se apresentar. Cada profissional irá falar aos alunos sobre o
que fazem, o que acham mais difícil de ser realizado, os pontos positivos e os
negativos. Ao final, cada aluno terá a oportunidade de fazer uma pergunta para os
convidados. O professor, então, deverá aproveitar o momento para reforçar a ideia
de que os profissionais existem porque acreditaram nos objetivos e nas metas que
traçaram desde a escola. Finalizando, propor aos alunos que façam um desenho
que represente os profissionais que visitaram a escola.

5ª Aula – Motivando para um futuro possível – 1 aula de 50’

Essa aula tem como finalidade fechar as atividades motivadoras,


mas é preciso ressaltar que a motivação não pode ser e acontecer em um tempo
determinado, pois precisa ser constantemente renovada.
No começo da aula o professor irá passar para os alunos o vídeo “O
vendedor de fumaça”, disponível em https://www.youtube.com/watch?
v=hkNhuGfbceI
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Após os alunos assistirem o vídeo, o professor irá explorar seu


contexto, reforçando para que alguém iria comprar fumaça? Dar espaço para que os
alunos possam participar, revelando suas opiniões sobre a temática.
Reforçar que não importa o que se faça, que tudo precisa ser feito
com amor, mesmo que seja uma venda de fumaça. Reforçar também que todos tem
sonhos e que tendo objetivos são possíveis de ser realizados. Como atividade, o
professor irá propor aos alunos que escrevam sobre seus sonhos e façam um
desenho sobre eles.

3.7 Tempo para a realização do projeto

As aulas serão desenvolvidas no mês de novembro de 2018,


direcionadas aos alunos do 3ºano do Ensino Fundamental. As atividades serão
desenvolvidas pelo professor regente e ocorrerão de acordo com o cronograma:

Data Tema da aula Responsável pelas


atividades
19/11\2018 1ª aula – animais de Professor do 3º ano
estimação: motivando
para a aprendizagem
20\11\2018 2ª aula – uma dinâmica Professor do 3º ano
de motivação:
chupando balas
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21\11\2018 3ª aula – a dinâmica da Professor do 3º ano


metade certa
22\11\2018 4ª aula – dia do Professor do 3º ano
convidado especial
23/11/2018 5ª aula – motivando Professor do 3º ano
para um futuro possível

3.8 Recursos humanos e materiais

 Professora e alunos
 Datashow e notebook;
 Balas;
 Maçãs;
 Textos impressos;
 Papel para confecção de cartazes;
 Figuras variadas;
 Cadernos e material de escrita;
 Papel sulfite;
 Cola.

3.8 Avaliação

As atividades motivadoras pressupõe mudanças em longo prazo.


Assim o projeto será avaliado mediante a observação do nível de motivação para a
realização das atividades propostas, não apenas na semana de sua realização, mas
durante todo o ano letivo. Os critérios de avaliação individual, ou seja, dos alunos
em sala de aula deverão atender os pressupostos motivacionais, sendo registradas
as participações bem como o envolvimento dos alunos.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A motivação para a aprendizagem é algo tão importante que precisa


fazer parte do cotidiano escolar, afinal, quando os alunos são estimulados de forma
positiva sentem-se apoiados, mesmo quando não houver os resultados esperados.
É a motivação que faz com que as pessoas sigam seus objetivos, sonhem e
desejem alcançar metas, aprendam, tanto com os erros quanto com as vitórias.
Quando o professor se dedica a oferecer atividades significativas e
motiva os alunos para a aprendizagem, os resultados tendem a ser positivos.
Entretanto, motivar também é criar condições para que os alunos reflitam sobre suas
ações e acreditem na possibilidade de fazer de novo, de uma forma diferente.
O projeto proposto teve como pressuposto realizar uma análise
conceitual da motivação e sugerir metodologias significativas para que os alunos
fossem motivados. É importante lembrar que não se pretendeu com este emitir
receitas para os professores, mas mostrar de que forma o aluno pode ser motivado
a construir sua própria aprendizagem. Compreendeu-se que a motivação é muito
subjetiva e por isso, um tanto frágil. Para mantê-la é preciso que o professor faça um
alto investimento em tempo e cuidado.
Finalizando a proposta, é possível verificar que os objetivos foram
alcançado e espera-se que a motivação possa ocasionar uma relação positiva entre
o professor e seus alunos.
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REFERÊNCIAS

BARROS, Célia Silva Guimarães. Pontos de psicologia do desenvolvimento.


12.ed. São Paulo: Ática, 2002.

BZUNECK, J. A. A motivação do aluno: aspectos introdutórios. In:


BORUCHOVITCH, E.; BZUNECK, J. A. (Org.). A motivação do aluno:
contribuições da psicologia contemporânea. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.

CAMPOS, Dinah Martins. Psicologia da aprendizagem. 33 ed. Petrópolis: Vozes,


2003.

FALCÃO, Gerson Marinho. Psicologia da aprendizagem. 10 ed. São Paulo: Cortez,


2001.

GUIMARÃES, S. É. R. A organização da escola e da sala de aula como


determinante da motivação intrínseca e da meta aprender. In: BORUCHOVITCH, E.;
BZUNECK, J. A. (Org.). A motivação do aluno: contribuições da psicologia
contemporânea.4.ed. Petrópolis: Vozes, 2009.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

PEREIRA, Ana Beatriz Carvalho; OSWALDO, Maria Luiza Magalhães Bastos;


ASSIS, Regina de. Com a pré escola nas mãos: uma alternativa curricular para
Educação Infantil. 14.ed. São Paulo: Ática, 2003
PILLETI, Nelson. Psicologia educacional. 17 ed. São Paulo: ática 2004.

LA ROSA, Jorge (org.). Psicologia e educação: o significado do aprender. 9 ed.


Porto Alegre: EDPURCRS, 2006.

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