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Sumário
Introdução 3
Definições de trauma 6
Os níveis do trauma 12
A autora 15
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Introdução
Antes de mais nada, quero dizer que sou apaixonada por esse tema.
Como psicoterapeuta, lido com trauma psicológico há vários anos, mas
confesso que levei certo tempo para reconhecer como as aulas que eu dou
podem ser realmente transformadoras na vida de quem está pronto para
este conhecimento. Por esse motivo, eu decidi realizar um apanhado geral
do tema que eu costumo abordar nas minhas aulas e escrever este livro.
Espero que você embarque nessa viagem comigo!
Ele tem esse nome, atalho “espiritual”, pois a pessoa é levada a crer
que, para evoluir espiritualmente, basta negar o “eu” e buscar apenas o
divino e as experiências transcendentes. Assim, ela ignora o lado negativo
da humanidade e as questões psicológicas mais profundas.
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acabar negligenciando outros aspectos pessoais.
O primeiro passo para dissipar os danos que esse atalho espiritual pode
causar é abraçar a si mesmo como um todo. Uma frase muito importante
neste caso é “conheça a si mesmo“. Então, a pessoa não deve apenas ir
fundo na espiritualidade, mas deve também entender como é possível
operar no mundo levando em consideração todos os aspectos do seu ser,
incluindo as questões emocionais.
Por sua vez, para lidar com essas questões emocionais, é preciso
entender o motivo e os mecanismos destes traumas. Entender um trauma
psicológico, na verdade, envolve focar em uma combinação de corpo,
emoções e alguns aspectos espirituais da mente. Cada pessoa é individual e
isso também inclui os seus traumas. Por isso, é importante analisar a si
mesmo, colocando o indivíduo em foco. Onde estão os seus sistemas de
crenças? O que ele está escondendo em seu corpo? Que eventos
aconteceram em sua vida e estão realmente lhe afetando?
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HECOS, gatilhos de experiência
e doenças resultantes
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funcionam assim: cada vez que a pessoa traumatizada encontra um gatilho
– algo que relembra o trauma ou está de alguma forma associado ao trauma
inicial –, os HECOS são ativados e “saem para brincar”.
O que isso significa é que, uma vez ativados, esses HECOS tomam
conta do corpo e da mente do indivíduo, despertando certos sentimentos e
aflorando determinados sistemas de crenças, ideias, dores e respostas que
apareceram quando o trauma aconteceu. Isso não se limita a traumas
psicológicos. Até traumas de impacto, que causam feridas físicas, também
podem ser acolhidos pelo subconsciente e pelo corpo. Muitas doenças
físicas resultam, na verdade, de um trauma específico.
Definições de trauma
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português), que é uma organização que trabalha com trauma. Então, de
acordo com a SAMHSA, o conceito de trauma se divide em três concepções,
os três Es do trauma: evento, experiência e efeito.
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questão que tem a ver com as condições física e emocional da pessoa. Um
trauma realmente pode pesar. Essa situação pode ser descrita como uma
conta bancária: é como se existisse uma conta corrente de energia e, na
rotina diária, os gastos, que simbolizam os traumas, vão consumindo essa
energia constantemente, podendo chegar o dia em que isso acaba com
toda a energia e a conta fica zerada.
Agora que já vimos essa definição mais geral, podemos explorar alguns
tipos específicos de traumas. É importante conhecer pelo menos algumas
dessas definições, pois quanto mais compreendemos sobre os diferentes
mecanismos do trauma, mais e melhor podemos entender aquilo que
estamos experienciando.
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O cérebro durante um trauma
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parte consciente do cérebro. Isso é importante, porque é aí que o indivíduo
percebe que não tem controle sobre tudo o que acontece. Não somente no
momento do trauma, mas também depois, caso gatilhos sejam acionados.
As respostas de sobrevivência
ao trauma
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e acaba ficando sem resposta. É interessante notar que animais também
demonstram respostas de paralisia na natureza após sofrerem um trauma.
É por isso que, em casos de paralisia, acaba sendo muito comum uma
fase de tremedeira, pois o corpo literalmente se preparou para agir e,
quando nada acontece, ele precisa se livrar dessa energia em excesso. Os
seres humanos também tremem quando passam por um trauma que resulta
em paralisar. Em vez de relaxar ou tentar se acalmar, a melhor opção é
realmente deixar que a tremedeira aconteça, permitindo assim que o corpo
faça o que precisa para remover aquele trauma do sistema.
A última resposta possível é agradar. É muito comum em casos de
abuso na infância. Como alguém mais fraco e dependente, a criança
percebe que tentar lutar ou correr é impossível e pode resultar apenas em
mais abuso. Em resposta a isso, aprende a agradar o abusador, tentando
evitar ao máximo o abuso. Como consequência, quando cresce, tende a ter
problemas para estabelecer limites.
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Os níveis do trauma
Além de trabalhar esses vários níveis, um dos fatores que ajuda muito
na liberação de um trauma é garantir que o indivíduo traumatizado sinta
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que possui um “espaço seguro” para retornar, uma “tribo” segura à qual
pertencer. Isso realmente ajuda na maneira como o trauma é processado.
Mas não pense que essa lista não está completa! Existem muitas
outras coisas possíveis a serem feitas.
Conclusão: armazenamento de
traumas e amor-próprio
Uma questão comum, que talvez você tenha visto por aí, é tratar
traumas com amor próprio. No entanto, na minha experiência, isso não é tão
eficaz. A forma mais efetiva de tratamento é realmente entender o que é um
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trauma, como ele impacta o campo energético de cada um e buscar as
ferramentas específicas que melhor sejam capazes de mover esse campo
energético e mudar as imagens traumáticas, buscando inverter esses
sistemas de crenças.
Então, se você sente que está empacado ou não consegue lidar com os
seus traumas, eu recomendo se informar sobre todas as informações e
técnicas que existem atualmente. O autoconhecimento é um passo muito
importante no seu caminho espiritual. A ajuda de um terapeuta
especializado também pode ser uma ferramenta poderosa para acessar e
curar seus traumas.
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A autora
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