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Sumário

Introdução 3

HECOS, gatilhos de experiência e doenças resultantes 5

Definições de trauma 6

O cérebro durante um trauma 9

As respostas de sobrevivência ao trauma 10

Os níveis do trauma 12

Conclusão: armazenamento de traumas e amor-próprio 13

A autora 15

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Introdução

Antes de mais nada, quero dizer que sou apaixonada por esse tema.
Como psicoterapeuta, lido com trauma psicológico há vários anos, mas
confesso que levei certo tempo para reconhecer como as aulas que eu dou
podem ser realmente transformadoras na vida de quem está pronto para
este conhecimento. Por esse motivo, eu decidi realizar um apanhado geral
do tema que eu costumo abordar nas minhas aulas e escrever este livro.
Espero que você embarque nessa viagem comigo!

Antes de começar a explorar os fundamentos do trauma psicológico, é


necessário explicar primeiro um conceito chamado de “atalho espiritual”
(em inglês, spiritual bypass). Segundo o psicoterapeuta, professor e autor
norte-americano John Welwood, o atalho espiritual acontece quando uma
pessoa usa “ideias e práticas espirituais para se esquivar de questões
pessoais e emocionais não resolvidas”. De todas as barreiras que eu
encontrei na última década como psicoterapeuta, o atalho espiritual está no
topo da lista de coisas que as pessoas buscam superar em sua busca por
desenvolvimento pessoal e caminho espiritual.

Ele tem esse nome, atalho “espiritual”, pois a pessoa é levada a crer
que, para evoluir espiritualmente, basta negar o “eu” e buscar apenas o
divino e as experiências transcendentes. Assim, ela ignora o lado negativo
da humanidade e as questões psicológicas mais profundas.

Na prática, o atalho espiritual acontece quando uma pessoa se prende


demais aos princípios imateriais durante seu caminho espiritual, deixando
de lado os traumas emocionais e as bagagens pessoais que pode estar
carregando. Em vez de lidar com esses problemas, a pessoa explora
somente ideias internas e transpessoais. Em outras palavras, quando uma
pessoa se volta muito profundamente para a espiritualidade, pode às vezes

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acabar negligenciando outros aspectos pessoais.

O primeiro passo para dissipar os danos que esse atalho espiritual pode
causar é abraçar a si mesmo como um todo. Uma frase muito importante
neste caso é “conheça a si mesmo“. Então, a pessoa não deve apenas ir
fundo na espiritualidade, mas deve também entender como é possível
operar no mundo levando em consideração todos os aspectos do seu ser,
incluindo as questões emocionais.

Por sua vez, para lidar com essas questões emocionais, é preciso
entender o motivo e os mecanismos destes traumas. Entender um trauma
psicológico, na verdade, envolve focar em uma combinação de corpo,
emoções e alguns aspectos espirituais da mente. Cada pessoa é individual e
isso também inclui os seus traumas. Por isso, é importante analisar a si
mesmo, colocando o indivíduo em foco. Onde estão os seus sistemas de
crenças? O que ele está escondendo em seu corpo? Que eventos
aconteceram em sua vida e estão realmente lhe afetando?

Diferente de um computador, que pode emitir um relatório de erro,


apontando exatamente onde está o problema, o ser humano requer uma
abordagem mais gentil, participativa e muita paciência. Mesmo quando
trabalhando com um psicoterapeuta, a pessoa deve aprender a se enxergar
com gentileza e começar a perceber o que está impedindo a sua evolução.
Quanto mais a pessoa entende o próprio corpo, mais facilmente conseguirá
libertar-se das energias reprimidas, que não estão necessariamente
ajudando essa pessoa a viver mais plenamente.

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HECOS, gatilhos de experiência
e doenças resultantes

O trauma ocorre através de uma transferência de energia de uma força


externa para o corpo. O trauma psicológico, por outro lado, é uma resposta
emocional a evento ou eventos negativos. As emoções negativas
resultantes podem afetar a pessoa pontualmente e em longo prazo. Estudos
mostram, aliás, que pessoas traumatizadas tendem a se sentir
desamparadas, mesmo se não souberem a causa.

De fato, quando uma pessoa sofre um trauma, é comum que ele vá


direto para a mente subconsciente. O subconsciente é regido não pela
lógica, mas por um forte instinto de sobrevivência. Por esse motivo, pode
acabar reprimindo eventos que determina serem impactantes demais para o
consciente lidar. Essa repressão, no entanto, não apaga o trauma. O
subconsciente armazena tudo e, mesmo sem a pessoa lembrar, esse
conhecimento armazenado influencia a pessoa. Os traumas, então, são
refletidos diretamente na maneira como ela pensa, age e até em sua própria
fisiologia. O trauma, portanto, não é só psicológico.

Mas como funciona o trauma? Qual é o mecanismo que ocorre na


psique quando uma pessoa enfrenta um evento negativo?

Quando um trauma acontece, ele na verdade rompe e congela uma


parte da consciência. Isso ocorre literalmente. Então, quando uma criança
sofre um trauma, ela cria, no campo energético, um fragmento da
consciência que não vai crescer ou evoluir com a pessoa. Esse fragmento,
pelo contrário, permanecerá no subconsciente para sempre como uma
criança traumatizada. Esses fragmentos de trauma são conhecidos como
“Hologramas Energéticos da Consciência”, ou HECOS. Na prática, eles

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funcionam assim: cada vez que a pessoa traumatizada encontra um gatilho
– algo que relembra o trauma ou está de alguma forma associado ao trauma
inicial –, os HECOS são ativados e “saem para brincar”.

O que isso significa é que, uma vez ativados, esses HECOS tomam
conta do corpo e da mente do indivíduo, despertando certos sentimentos e
aflorando determinados sistemas de crenças, ideias, dores e respostas que
apareceram quando o trauma aconteceu. Isso não se limita a traumas
psicológicos. Até traumas de impacto, que causam feridas físicas, também
podem ser acolhidos pelo subconsciente e pelo corpo. Muitas doenças
físicas resultam, na verdade, de um trauma específico.

Uma doença bem comum após um trauma é a fadiga crônica. Então,


quando o trauma aconteceu, o corpo determinou que o mundo não é um
lugar seguro, e esse corpo vai então trabalhar para manter a pessoa naquele
mesmo lugar. Isso deixa o corpo fadigado e pesado. O processo é conhecido
como somatização. Por exemplo, um câncer de mama pode aflorar em
decorrência de uma separação brutal.

Então é importante perceber que os traumas têm um papel relevante


não apenas na saúde mental, mas também na saúde física.

Definições de trauma

Há muitas definições para traumas psicológicos, porque existem


muitos tipos de trauma, com mecanismos diferentes.

A primeira definição que iremos explorar é bastante geral e foi retirada


da SAMHSA (Substance Abuse and Mental Health Services Administration,
ou Serviço de Gestão de Abuso de Substâncias e de Saúde Mental, em

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português), que é uma organização que trabalha com trauma. Então, de
acordo com a SAMHSA, o conceito de trauma se divide em três concepções,
os três Es do trauma: evento, experiência e efeito.

O primeiro “E”, evento, pode incluir uma ameaça real ou extrema de


dano físico ou psicológico – algo que esteja acontecendo com você na vida
real e seja uma ameaça de fato. Essa ameaça é acompanhada da percepção
de que determinado evento é nocivo para sua integridade física. A mera
percepção, mesmo que não acompanhada de violência física real, também
pode ser caracterizada como trauma. Tais eventos podem ser ocorrências
pontuais ou repetidas ao longo do tempo.

O segundo “E”, experiência, já foi chamado de desordem


pós-traumática. Entre os anos 1980 e 1990, e até antes, costumava-se
postular que qualquer pessoa que passa por um evento traumático é
efetivamente afetada por ele. Com o passar do tempo, no entanto,
descobriu-se que isso não é inteiramente verdade. As consequências têm
muito mais a ver com a experiência individual do evento traumático do que
o evento em si. As pessoas realmente experienciam eventos traumáticos de
maneiras diferentes, e isso vai depender de vários fatores: sistemas de
crenças, experiências de infância, personalidade natural de cada um,
origem dos traumas (se são de outras vidas ou intergeracionais de família).
Portanto, nem todos que passam por um evento traumático o experienciam
como um trauma.

O terceiro “E”, concepção, é o efeito. Os efeitos do trauma podem


ocorrer imediatamente ou ter um início tardio, ou seja, a pessoa só os
perceberá depois de algum tempo, podendo ser, portanto, de curto ou de
longo prazo. Novamente, isso depende da pessoa e do tipo de trauma que
foi experienciado.

Os efeitos variam de um estado constante de excitação até um estado


de completa e pura desconexão com qualquer coisa ao redor. É uma

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questão que tem a ver com as condições física e emocional da pessoa. Um
trauma realmente pode pesar. Essa situação pode ser descrita como uma
conta bancária: é como se existisse uma conta corrente de energia e, na
rotina diária, os gastos, que simbolizam os traumas, vão consumindo essa
energia constantemente, podendo chegar o dia em que isso acaba com
toda a energia e a conta fica zerada.

Agora que já vimos essa definição mais geral, podemos explorar alguns
tipos específicos de traumas. É importante conhecer pelo menos algumas
dessas definições, pois quanto mais compreendemos sobre os diferentes
mecanismos do trauma, mais e melhor podemos entender aquilo que
estamos experienciando.

O primeiro exemplo que eu selecionei foi o trauma vicário, ou


secundário, que pode acontecer não pelo trauma em si, mas quando a
pessoa escuta um relato de trauma experienciado por outro. Essa exposição
a relatos traumáticos pode então criar um mecanismo de resposta
semelhante ao traumático no cérebro. Terapeutas, que passam bastante
tempo ouvindo pessoas falarem sobre as próprias experiências
desconfortáveis, podem sofrer deste tipo de trauma indireto.

Há também um tipo bem comum de trauma conhecido como ACEs


(adverse childhood experiences, em inglês, ou “experiências adversas na
infância”, em português). Traumas dessa natureza são um pouco mais
complexos de serem trabalhados, especialmente com crianças bem
pequenas, pois o sistema nervoso e a memória delas passam por muitos
questionamentos. Essa complexidade geralmente exige terapeutas
especializados nesses traumas em particular.

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O cérebro durante um trauma

Para realmente entender o impacto de um evento traumático no ser


humano, é necessário entender também o que acontece no cérebro quando
se experiencia o trauma. O cérebro, genericamente falando, é formado por
três partes: a parte reptiliana, que é a mais antiga e se localiza na parte de
baixo; o sistema límbico, localizado no centro; e o neocórtex, na parte
externa, que é a parte mais nova do cérebro, em termos de evolução.

O cérebro reptiliano basicamente é responsável pelas funções motoras


do corpo, como a respiração, por exemplo. São funções que não exigem
pensamento ou intervenção consciente da pessoa. Não pensamos no
assunto, mas nunca paramos de respirar, mesmo quando estamos
dormindo.

O sistema límbico, por outro lado, é responsável pelos comportamentos


instintivos, pelas emoções profundas e pelos impulsos básicos, como sexo,
medo e prazer. Também é o primeiro mecanismo de sobrevivência. Quando
um evento traumático ocorre, o cérebro não pausa para pensar: “o trauma
está acontecendo!”. Quem lida com ele é o sistema límbico, que oferece uma
resposta instantânea para gerenciar o trauma. Por isso, dizemos que é uma
resposta do subconsciente.

A amígdala cerebral é a chave do sistema límbico, e seu trabalho é se


manter alerta e pressentir o perigo. É literalmente como um porteiro;
mantém-se alerta para qualquer perigo possível que possa chegar. Se a
ameaça aparecer, a amídala cerebral dispara uma cadeia de eventos que
possibilita que a pessoa lide com o perigo e siga adiante.

Essas duas partes primitivas do cérebro (o cérebro reptiliano e o


sistema límbico) lidam com a sobrevivência e, por isso, sobrepõem-se à

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parte consciente do cérebro. Isso é importante, porque é aí que o indivíduo
percebe que não tem controle sobre tudo o que acontece. Não somente no
momento do trauma, mas também depois, caso gatilhos sejam acionados.

Eis o problema quando tentamos usar terapias ou sistemas que


trabalham apenas a mente consciente para lidar com traumas. Para curar
um trauma, é necessário trabalhar o corpo e a mente subconsciente. Só
assim será possível mover a energia pelo corpo e começar a resolver o
impacto negativo que o trauma está causando.

As respostas de sobrevivência
ao trauma

Já sabemos que, no momento do perigo, o sistema límbico aciona uma


cadeia de mecanismos físicos e mentais para assegurar a sobrevivência do
indivíduo. Mas você sabia que existem quatro respostas de sobrevivência
possíveis? Nem todos reagem da mesma forma à mesma situação.
Essas quatro respostas incluem: lutar, fugir, paralisar ou agradar. No
primeiro caso, o subconsciente prepara o indivíduo para combater, ou seja,
enfrentar o perigo de frente, lutar. No segundo, o corpo se prepara para
correr, ou seja, fugir da situação perigosa. Essas duas reações são resultado
da evolução. Nos tempos dos homens das cavernas, por exemplo, quando
aparecia um urso, o primeiro pensamento do subconsciente do ser humano
deveria ser: “Posso lutar com esse urso? Se não posso, vou correr”. Isso tudo
acontece muito rápido e não há de fato um pensamento; o cérebro faz essa
avaliação de forma instantânea.

Além dessas duas possibilidades, ainda há outras duas. A paralisia


ocorre quando o subconsciente decide que não é possível lutar nem correr,

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e acaba ficando sem resposta. É interessante notar que animais também
demonstram respostas de paralisia na natureza após sofrerem um trauma.

Algo importante a se notar é que, quando a amídala cerebral dispara o


alarme no corpo, o sangue e oxigênio são redirecionados para os músculos.
Uma dose alta de adrenalina é, então, lançada no corpo, e todos os sistemas
não cruciais para a sobrevivência se desligam temporariamente. Como parte
desse sistema em cadeia, a parte do corpo conhecida como hipocampo,
responsável pelas memórias, apaga temporariamente o evento de um
trauma. Logo, em vez de registrar uma sequência correta de memórias do
que aconteceu, o hipocampo acaba guardando elementos aleatórios. É
possível lembrar de cores, cheiros, sensações e sons, mas nem sempre é
exatamente o que aconteceu.

É por isso que, em casos de paralisia, acaba sendo muito comum uma
fase de tremedeira, pois o corpo literalmente se preparou para agir e,
quando nada acontece, ele precisa se livrar dessa energia em excesso. Os
seres humanos também tremem quando passam por um trauma que resulta
em paralisar. Em vez de relaxar ou tentar se acalmar, a melhor opção é
realmente deixar que a tremedeira aconteça, permitindo assim que o corpo
faça o que precisa para remover aquele trauma do sistema.
A última resposta possível é agradar. É muito comum em casos de
abuso na infância. Como alguém mais fraco e dependente, a criança
percebe que tentar lutar ou correr é impossível e pode resultar apenas em
mais abuso. Em resposta a isso, aprende a agradar o abusador, tentando
evitar ao máximo o abuso. Como consequência, quando cresce, tende a ter
problemas para estabelecer limites.

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Os níveis do trauma

Como exploramos até agora, quando se experiencia muitos eventos


traumáticos, as memórias ficam presas no campo energético dentro do
sistema límbico, e certos gatilhos podem disparar esses alarmes
novamente. Se uma pessoa está fazendo compras no shopping e alguém
vestindo uma camisa vermelha a aborda com uma faca pedindo todo o seu
dinheiro, a mente subconsciente pode gravar detalhes que a pessoa talvez
não tenha percebido conscientemente: sons, cores, tudo fica registrado. No
futuro, ela poderá ter vários gatilhos daquele momento, mesmo que não
sejam diretamente relacionados ao que aconteceu. Como alguém usando
uma camisa vermelha. A mente subconsciente vai resgatar aquela cor, ou
um som parecido, ou até um cheiro, ou uma sensação relacionada, e usará
esse detalhe como gatilho para despertar aquele pânico novamente.

Por isso, o tratamento do trauma deve sempre incluir o tratamento


completo, de todos os corpos, ou seja, do ser humano como um todo. Isso
pode ser feito em diferentes níveis. No nível dos pensamentos, por exemplo,
são necessárias técnicas cognitivas e terapias de conversa. Nos níveis
emocionais e de sensações, por outro lado, são necessárias técnicas de
psicologia energética e de liberação de trauma, como EFT (Emotional
Freedom Technique, em inglês, e Técnicas de Liberação Emocional, em
português), Matrix Reimprinting e EMDR (Eye Movement Dessensitization
and Reprocessing, em inglês, e Dessensibilização e Reprocessamento
através do Movimento dos Olhos, em português). No nível corporal também
é importante e requer nutrição adequada e exercícios (como a yoga). Por
fim, o nível espiritual pede uma conexão espiritual, via meditação, por
exemplo.

Além de trabalhar esses vários níveis, um dos fatores que ajuda muito
na liberação de um trauma é garantir que o indivíduo traumatizado sinta

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que possui um “espaço seguro” para retornar, uma “tribo” segura à qual
pertencer. Isso realmente ajuda na maneira como o trauma é processado.

Mas não pense que essa lista não está completa! Existem muitas
outras coisas possíveis a serem feitas.

Conclusão: armazenamento de
traumas e amor-próprio

Depois de toda a discussão sobre o armazenamento de traumas, creio


que vale a pena ir um pouco mais profundo. Eu disse no começo que o
trauma é armazenado em um campo energético. Mas o que isso significa? O
cérebro guarda o trauma, ou o recebe e o sintoniza?

Na verdade, o trauma é armazenado em um campo energético


separado do corpo e do cérebro. O indivíduo sintoniza-se e se “dessintoniza”
dele quando acessa seus traumas. É por isso que traumas geracionais
podem ocorrer, pois esses traumas não estão restritos a uma pessoa, mas
existem em um campo energético que pode ser herdado.

Como psicoterapeuta, tenho muita experiência com tratamento de


trauma e realmente é possível ver essa sintonização acontecendo com
traumas geracionais, sistemas de crenças e conexões com outras energias.
Isso é algo que eu também exploro bastante com meus alunos em
treinamentos online e presenciais.

Uma questão comum, que talvez você tenha visto por aí, é tratar
traumas com amor próprio. No entanto, na minha experiência, isso não é tão
eficaz. A forma mais efetiva de tratamento é realmente entender o que é um

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trauma, como ele impacta o campo energético de cada um e buscar as
ferramentas específicas que melhor sejam capazes de mover esse campo
energético e mudar as imagens traumáticas, buscando inverter esses
sistemas de crenças.

Este trabalho, então, é muito específico. Assim como cada pessoa


enxerga e lida com o trauma de uma forma muito individual, o tratamento
também precisa ser específico e individualizado. Aliás, quanto mais
específico o trabalho com o trauma, melhor será o resultado.

Focar demasiadamente em amor próprio ou autocompaixão, ou ainda


em coisas que não são muito específicas ao trauma, nada mais é do que
dificultar o processo. Trabalhar com trauma é muito mais eficaz quando se
vai direito ao ponto. A complexidade e individualidade do tratamento, claro,
torna essa uma arte que ainda precisa ser desenvolvida. Mas já fizemos
muitos avanços nos últimos anos.

Então, se você sente que está empacado ou não consegue lidar com os
seus traumas, eu recomendo se informar sobre todas as informações e
técnicas que existem atualmente. O autoconhecimento é um passo muito
importante no seu caminho espiritual. A ajuda de um terapeuta
especializado também pode ser uma ferramenta poderosa para acessar e
curar seus traumas.

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A autora

Sunita Pattani é psicoterapeuta e especialista em diversas técnicas de


cura energética e psicológica. Nascida em Londres, diplomou-se em
hipnoterapia e aconselhamento psicoterapêutico, e em 2019 obteve seu
mestrado em Estudos da Consciência, Espiritualidade e Psicologia
Transpessoal pelo Alef Trust. Atualmente está cursando o doutorado em
Psicologia do Trauma pela universidade de Chester, na Inglaterra.

Seu principal campo de interesse é a visão de mundo quântica aplicada


a práticas psicoterapêuticas, tendo se formado em EFT (Técnica de
Libertação Emocional) e Matrix Reimprinting diretamente com Karl Dawson,
um dos únicos vinte e oito Master EFT Trainers do mundo, e é a única
terapeuta autorizada pelo criador da técnica a ministrar o curso de Matrix
no Brasil.

É autora dos livros Psicologia quântica e a ciência da felicidade, em


parceria com o físico indiano Amit Goswami, e O poder da mente. Sunita é
conferencista internacional, realizando palestras na Índia, nos Estados
Unidos e no Brasil, onde também é professora pela Quantum Academy.

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quantumacademy.com.br

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