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Pensamentos Automáticos

Pensamentos Automáticos

 Fluxo de pensamento que coexiste com um fluxo de pensamento mais


manifesto;

 Surgem espontaneamente, sem controle consciente;

 Sem deliberação
Pensamentos Automáticos

 É uma experiência comum a todos;

 São bastante previsíveis, uma vez que a crença tenha sido


identificada

 Estão comumente em forma “abreviada”.


Pensamentos Automáticos

 Podem aparecer de forma verbal, visual (imagens) ou em ambas as


formas.

 Geralmente são muito breves: o paciente torna-se mais consciente da


emoção
Pensamentos Automáticos

• Pensamentos automáticos disfuncionais são quase sempre negativos

• PAs positivos .
Pensamentos Automáticos

Podem ser avaliados de acordo:

 Validade

 Utilidade
Explicando os Pas para o Paciente

• Psicoeducação
• Exemplos do paciente
• Revisão
• RPD
Exercício
Evocando os pensamentos automáticos

Na sessão:

 Expressões verbais e não verbais

 Enrijecimento de músculos

 Mudanças de postura
Obtendo os pensamentos automáticos:

 Concentrar na emoção e/ou na reação fisiológica.

 Descrição verbal: O que está passando pela sua cabeça agora?

 pensamentos automáticos, sobre a reação a uma situação.


Obtendo os pensamentos automáticos:

• O terapeuta:

 determina em que ponto o paciente estava mais aflito e quais eram seus
pensamentos automáticos naquele momento.

 Ajudar o paciente a localizar a situação e P.A. propondo alguns problemas


perturbadores.
Ex: “no trabalho me senti irritado, tinha a impressão de que todos estavam
me avaliando o tempo todo só porque sou novato. Passei a considerar que
foi um erro ter trocado de empresa, antes eu sabia exatamente do que eu
era capaz, agora…"

"Acredito também, que de certo modo, eu provoco insegurança em meus


colegas e por isso eles esperam que eu erre."
Problemas para Identificar o PA

• Descrição detalhada da situação

• Visualizando a situação

• Recriando uma Situação Interpessoal por meio de dramatização

• Evocando uma Imagem


Problemas para Identificar o PA

• Sugerindo um Pensamento Oposto

• Revelando o Significado da Situação

• Fazendo a Pergunta de Forma Diferente


Identificando Pensamentos Automáticos Adicionais

• Antes de uma situação (“E se ela gritar comigo?”),

• Durante uma situação (“Ela acha que eu sou burra”)

• Depois de uma situação, refletindo sobre o que aconteceu (“Eu não


consigo fazer nada direito; eu nunca deveria ter tentado”).
_ P: Quando soube que Georgette estava se mudando para Chicago, fiquei
arrasada. Ela é minha única amiga de verdade.

_ T: Você teve mais algum pensamento sobre sua mudança?

_ P: Na verdade, não – só sei que vou sentir saudades dela.


T: Tenho um palpite de que você pode ter pensado outras coisas.
Quando você soube que ela estava indo embora, que pensamentos vieram
à sua cabeça sobre você mesma? Como você se viu logo depois de receber
essa má notícia?

P: (depois de uma pausa): Que não sou boa em fazer amigos…


Nunca mais vou ter uma amiga como ela… Minha vida está uma porcaria.
Terapeuta: Se esses tipos de pensamento são verdadeiros, o que irá
acontecer com você?

Paciente: Vou acabar sozinha… Acho que não tem jeito; nada
nunca vai mudar.
Pas adicionais e emoções adicionais

_ T: [resumindo] Então você se sentiu triste quando pensou: “Já gastei a


maior parte das minhas economias”. Você sentiu alguma outra emoção?
_ ABE: Acho que me senti ansioso.
_ T: O que estava passando pela sua mente que o fez se sentir ansioso?
_ ABE: Eu estava pensando: “O que vai acontecer comigo? E se eu não
conseguir pagar o aluguel? Vou acabar na rua?”.
Um Modelo Cognitivo Estendido

Pensamentos automáticos e reações sobre um determinado


problema que geram comportamentos impulsivos.

Mapeamento das situações e Pas como objetivo de ação do


paciente.
Identificando a Situação Problemática

Qual dessas situações lhe incomoda mais?

Resolução hipotética do problema.


Pensamentos úteis e menos úteis

• Pensamentos descritivos ou irrelevantes.

• Pensamentos automáticos relevantes.


Pensamentos automáticos relevantes

Decisão de não trabalhar o PA

 Você julgar que fazer isso prejudicaria a relação terapêutica

 Nível de angústia do paciente é excessivamente alto para avaliar seu


pensamento.

 Não há tempo suficiente


Pensamentos automáticos implícitos no discurso
Expressões implícitas Pensamentos automáticos
reais
“Acho que eu estava “Ela vai me criticar.”
preocupada
com o que ela ia me dizer.”

“Não sei se ir falar com o chefe “Provavelmente vai ser uma


não perda
seria uma perda de tempo.” de tempo se eu for.”

“Não consegui começar a ler.” “Não consigo fazer isso.”


Pensamentos Automáticos Telegráficos

_ JUDITH: O que passou pela sua mente quando você ouviu falar da reunião
de família?
_ ABE: “Oh-oh”. Eu só pensei: “Oh-oh”.
_ JUDITH: Você consegue especificar mais o pensamento? “Oh-oh” significa...
_ ABE: E se a minha ex-mulher estiver lá? Ela pode ser muito desagradável.
Pensamentos Automáticos em Formato de Pergunta

_ JUDITH: Então você pensou: “E se eu não conseguir o emprego?”.

_ ABE: Sim.

_ JUDITH: O que poderia acontecer se você não conseguir o emprego?

_ ABE: Provavelmente ninguém vai me contratar.

_ JUDITH: Podemos dar uma olhada nesse pensamento? De que se você


não conseguir esse emprego, provavelmente ninguém irá contratá-lo?
• Durante a sessão:

Inúmeros Pas podem ser identificados em uma sessão:

1. Focalizar o pensamento automático.

2. Descubrir mais sobre a situação associada ao pensamento automático.

3. Explorar quão típico o pensamento automático é.


4. Identificar outros pensamentos e imagens automáticos nessa mesma
situação.

5. Fazer a resolução de problemas sobre a situação associados com o


pensamento automático.

6. Explorar a crença subjacente ao pensamento automático.


7. Passar para outro tópico.
Avaliando os Pas

 “Em que situação você teve esse pensamento?

 Quanto você acreditou nele naquele momento?

 O quanto acredita nele agora?”

 “Como ele fez você se sentir emocionalmente?


 Qual foi a intensidade da emoção naquele momento?

 O quanto ela é intensa agora?”

 “O que você fez?”


Questionando Pensamentos Automáticos

Depois de identificar um pensamento automático, determinar que ele é


importante e angustiante e identificar as reações que o acompanham,
você pode – colaborativamente com o cliente – decidir avaliá-lo.

Entretanto, você não desafiará diretamente o pensamento automático.


Ao questionar diretamente um PA vc pode:

 Levar o cliente a se sentir invalidado

 Violar um princípio fundamental da terapia cognitivo-comportamental,


do empirismo colaborativo
Questionando os Pas

• Examinar a validade do pensamento automático.


• Explorar a possibilidade de outras interpretações ou pontos de vista.
• Descatastrofizar a situação problemática.
Questionando os PAs

• Reconhecer o impacto de acreditar no pensamento automático.


• Obter distanciamento do pensamento.
• Dar os passos necessários para resolver o problema.
Questionando os pensamentos automáticos

1. Evidências
Quais são as evidências que apóiam essa idéia?
Quais são as evidências contra essa idéia?

2. Existe uma explicação alternativa?


Questionando os pensamentos automáticos

3. O que de pior poderia acontecer? Você poderia superar isso?


O que é o melhor que poderia acontecer?
Qual é o resultado mais realista?
Questionando os pensamentos automáticos

4. Qual é o efeito da minha crença no pensamento automático?

Qual poderia ser o efeito de mudar o meu pensamento?

5. O que eu deveria fazer em relação a isso?

6. O que eu diria (a um amigo) se ele ou ela estivesse na mesma


situação?
QUANDO OS PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS SÃO VERDADEIROS

• Focar na solução do problema.

• Investigar se o paciente chegou a uma conclusão inválida ou disfuncional.

• Trabalhar a aceitação.
Referências Bibliográficas

Beck, Judith S. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. 3. ed.


Porto Alegre Artmed, 2022.

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