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Por exemplo: eu não sabia a palavra "narcisista" mas eu sempre senti que algo estava
desencaixado na minha relação com minha mãe.
Eu não sabia quem eu era ou o que queria da vida, mas eu sabia que eu queria
descobrir, testar coisas, me arriscar e ver do que eu era capaz.
Eu não sabia como lidar com a culpa enorme...mas eu sabia que eu tinha direito de
viver, que minha vida deveria ser minha.
No meio do tumulto, essas poucas verdades já eram o suficiente pois já me deram uma
direção, que eu podia resumir numa frase:
"Eu tenho direito de viver, e vou fazer isso por mim com ou sem apoio."
Da mesma forma: apesar do caos, você pode resumir o que você SABE sobre a sua
situação em uma frase?
2. Quando a gente percebe que tem mãe/pai narcisista e que vai ter que se distanciar ou
estabelecer limites: isso pode gerar uma baita culpa e insegurança.
Achamos que não vamos dar conta, que a força não vai durar.
É essencial que você saiba que isto é uma mentira, que você saiba que você não tem
noção ainda de quem você é ou do que é capaz. Você precisa proteger a vida nova que
está brotando dentro de você, assegurando-se de que você dá conta.
Por isso, eu quero que você pense agora mesmo em 3 coisas que você achava
impossível no passado, mas que hoje são super fáceis para você.
Por inúmeras razões que explico depois, é necessário ativamente saber achar essa tal
da luz na escuridão, senão parece que o universo inteiro é escuridão! Isso pode ser
uma tarefa difícil se você se sente sem eixo há muitos anos, mas continua sendo uma
tarefa que tem que ser feita.
Achar resposta não é sorte: é treino. Você tem que treinar seu cérebro a se recusar a
acreditar que não há luz...na pior dor, ele tem que achar um fio de sentido.
Por isso: por mais doloroso ou difícil que seja, pense agora em 3 coisas que foram
absolutamente sagradas na sua história. Mesmo perante tanto caos, olhando para trás
agora: quais 3 partes da sua vida que foram tão lindas, oportunas ou importantes que
você pensa "Nossa...e não é que tinha um fio de luz nas trevas?"
Em outras palavras: se você ainda tiver dificuldades com certas coisas depois de 1 ano
de trabalho interno, vai desistir?
E se daqui a 30 anos você se pega lidando com uma sequela velha, vai jogar a toalha?
Até onde você vai pela sua cura? Reflita seriamente: quais são suas opções?
O que acontece se você não se esforçar para se reprogramar, como será sua vida no
futuro?
E o que acontece se você se esforçar e sempre voltar ao treino, por mais que fique
maravilhada(o) em como é repetitivo: como será sua vida no futuro?
É preciso que você tenha clareza absoluta a respeito de onde vai terminar se você
desistir do seu processo. Pausar, ok! Desistir, não!
Então reflita sobre tudo isso e me fale honestamente, de 1 a 10: o quanto está
dedicada(o) à sua cura?
Para que você quer se curar? Porque você vai fazer todo este esforço e lidar com tanta
repetição? O que é tão valioso que vai inspirar um movimento maior do que sua
estagnação emocional?
Qual é o X da questão para você? O que vai ser diferente depois, o que você vai
conseguir pensar, sentir ou fazer que não consegue hoje?