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8 dicas

PARA LIDAR COM O

ciúme
& TRABALHAR A COMPERSÃO

para pessoas não mono


COMPILADO POR ADÊ MONTEIRO

@adecorpoafeto @rcnaomono
“O ciúme pode ser um lembrete poderoso, um “chacoalhão cósmico”, informando
que estamos caminhando na direção errada. Ele funciona como um choque elé-
trico, dizendo alto e claro que seu ego ainda está no comando. O ciúme iluminará
sua sombra, trazendo seu lado sombrio para a frente, para que você possa se fami-
liarizar com os fragmentos de personalidade renegados e não amados que devem
ser trazidos à consciência antes que eles possam assumir seu lugar apropriado.

Toda essa verdade serve a você, causando dor suficiente para que você saiba que
é hora de crescer ou sofrer as consequências. Agora, a Consciência Superior ge-
nuína se torna uma necessidade. Qualquer falsa ilusão de transcendência foi des-
truída pela espada cristalina do ciúme. O ego espiritual foi preso. Agora você não
pode fingir para si mesmo ou para os outros que encontrou o caminho de volta ao
Jardim. O ciúme deve primeiro ser possuído e transformado.

A única solução real para o ciúme é elevar sua consciência. E é por isso que o ciú-
me pode ser um presente tão incrível! Todos nós queremos crescer, evoluir e nos
desenvolver psicologicamente e espiritualmente. De uma perspectiva espiritual,
estamos aqui apenas com um propósito: aprender a amar incondicionalmente.
Esteja aberto à mensagem que o ciúme está lhe trazendo.

deixe o ciúme
SER SE U PROFE SS O R

* Por Deborah Taj Anapol (1998) “Compersão: Meditações para usar o


Ciúmes como um caminho para o amor incondicional”
1foco
Foque em você: é um momento de profundo
autoconhecimento. Tire o foco du outre.

O quê você sente?

Quais são seus medos?

Por que você sente


necessidade de controlar?

O quê você busca?

Que conexões você


quer fazer?

Quais são seus sonhos,


fantasias, necessidades?

O que você gostaria


de explorar nas suas
relações afetivas?

1
auto
2
cuidado
Faz parte da primeira dica porém aqui
você foca em coisas mais práticas como:

cuidados com seu corpo e


a busca pelo seu auto-prazer

{faça chazinhos, rituais, relaxamento, meditação,


afirmações positivas, dança, yoga, esportes, etc.}

Atividades que lhe tragam satisfação e efeitos


hormonais positivos que lhe ajudarão a
fortalecer sua autoestima.
respiração
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choro
Respire e chore tudo que você tiver vontade.
Não reprima suas emoções. Deixe que elas
venham e não “discuta” com elas. Abrace sua
própria vulnerabilidade.

- “Agora você tem a oportunidade de escapar da


prisão dos condicionamentos sociais aprendidos.
É muito simples. Respire! Deixe o ar entrar e sair pela
sua boca sem pausa. Respire um pouco mais rápido,
um pouco mais fundo do que o habitual. Apenas
continue respirando e em uma hora o ciúme se
dissolverá temporariamente”
Deborah Anapol

- “Chore a dor/desconforto pra fora de seu sistema”


Livro “Em busca de sentido - Viktor Frankl

- “Quando o ciúme chega, eu gosto de seguí-lo até o ralo”


Tristan Taormino
rede
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de apoio
Se você sentir que está muito difícil,
doloroso e/ou desafiador, é o momento
de acionar sua rede de apoio.

Entre em contato e procure se abrir


com as pessoas que confia: parentes,
amigues, afetos, terapeutas, pessoas que
você admira, etc. Escute o que elus tem
pra te dizer, sem julgamento.

Não acredite em todos os “conselhos”.


O mais importante é o acolhimento
que seus afetos te oferecem.
cuidar da
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relação
Se a sua parceria está com um novo afeto
(talvez vivendo uma ENR) é importante
comunicar sua vulnerabilidade e “pedir um
cuidado especial”.

As relações requerem um investimento


constante e nesses momentos é importante
que parceires assegurem seu amor/carinho
para que ninguém se sinta preteride ou
abandonade. Ter momentos de qualidade e
comunicação honesta.

*(importante aqui ter um olhar atento


para não “exigir” um cuidado em excesso,
não se vitimizar, ou tentar controlar
o tempo du outre etc).
conheça u
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metamor
Se há outra pessoa na vida de su amade talvez seja
uma boa ideia conhecê-la. Pra quebrar o gelo e
‘desmistificar’. Us metamores provavelmente são
pessoas como a gente que passam pelas mesmas
dúvidas e inseguranças. Mas é importante respeitar
o tempo do metamor pra se sentir confortável pra te
conhecer também.

Esteja atente à COMPARAÇÃO. Seu afeto preencherá


o tempo delu com outra pessoa de forma diferente,
é importante aceitar isso. E você provavelmente irá
sentir que as atividades delus são mais “criativas,
excitantes, divertidas, prazeirosas”, etc.
Proponho trocar a comparação por admiração.

Talvez esse momento esteja te desafiando a quebrar


um pouco a rotina e criar novas atividades
e a trazer uma nova energia à relação…
limites
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e acordos
Nesses momentos de desconforto podem
haver muitos ruídos na comunicação. Pois
você pode estar sofrendo e com dificuldade
para lidar e processar essa situação.

É importante olhar pra dentro e perceber


seus limites pessoais (por ex, saber detalhes
do que acontece na outra relação pode te
machucar demais).

Esses limites podem gerar acordos (por


ex de tempo dividido entre os afetos, da
frequência da comunicação entre afetos,
ou da necessidade do seu tempo não ter
interferências de outres etc).
ética de
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liberdade
Observar seu contexto e situações vivenciadas
a partir de sua ética de liberdade: que deve
ser a mesma para todes. Compreender que
todos nós somos seres autônomos (ou temos
essa capacidade), o corpo e o tempo du outre
não devem ser propriedade de ninguém senão
delu mesme. Como é possível usar essa ética
pra si mesme? Não só compreender que elu
pode ser livre e amar e se relacionar com quem
desejar, mas você também! Como é pra você ter
essa liberdade? O que você pode explorar em
termos de sua sexualidade, afetividade, relações
e vivências que talvez ainda não tenha sido
possível? Quais as pessoas à sua volta que talvez
você sinta que deseja/se interessa em aprofundar
na relação que vocês têm?

“Como posso tomar a liberdade afetivo-sexual alheia


como critério de ética comigo? Por que não me
pergunto: meu amor demonstra afeto, acolhimento
e cuidado por mim? Se sim, por que estou me
centralizando em relações que não são sobre mim?”
Geni Nunez
Sobre a Autora

Adelita Monteiro é...


Psicóloga, Mestre em Estudos de Gênero e Igualdade pela University Col-
lege Dublin. É especialista em Sexualidade Humana e Gestão de Projetos
Sociais. Como Psicóloga Social, Educadora Perinatal e Doula, trabalha há
16 anos com grupos de mulheres provenientes de áreas rurais, minorias
étnicas e comunidades periféricas abordando temas como sexualidade,
maternidade, igualdade de gênero e empoderamento feminino.

Corpo, Afeto & Liberdade @adecorpoafeto

ademonteiropsico@gmail.com linktr.ee/adecorpoafeto

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