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LIVRO 12

- TEORIA ÉTICA KANTIANA/deontológica

- Nos círculos filosóficos modernos, as teses éticas de Immanuel


Kant (1724-1804) são muito debatidas
- Detalhadas em seu livro Fundamentação da metafísica dos
costumes
- Esse filósofo se compromete em estabelecer
- Regras de moralidade extraídas unicamente da razão
- Em outras palavras, para Kant, os princípios morais não surgem
do exame dos hábitos, tradições ou mesmo da religião
- Os princípios morais surgem na inspeção da natureza
RACIONAL humana
- O REINO DOS FINS E A BOA VONTADE
- Assim como a natureza é regida por leis
- A moral também é regida por leis
- Mas essas leis não vêm da natureza
- E sim da capacidade intelectual humana
- Pela razão
- Portanto, é na utilização adequada de sua capacidade intelectual
- Que os seres humanos se tornam verdadeiramente morais

- O ponto de partida de kant é a união entre determinismo e


liberdade
- O ser humano é, simultaneamente, sensível e racional
- Pertence à natureza
- Mas vai além dela

- HETERONOMIA
- Consiste na subordinação dos seres vivos às leis naturais
- Isto é, suas vidas não seguem regras próprias
- Mas sim determinadas pela natureza
- É o determinismo da natureza sobre a diversidade de seres
- Os animais

- AUTONOMIA
- É a natureza mista da humanidade
- Sensível e racional
- Evidentemente, os seres humanos estão PARCIALMENTE
subordinados às determinações naturais
- Entretanto, a própria racionalidade é um diferencial humano
- A capacidade racional dos seres humanos proporciona certa
liberdade
- Em relação ao mundo natural
- As escolhas humanas não são previamente delimitadas pela
natureza
- São escolhidas, refletidas e ponderadas
- Liberdade, para kant, é quando os seres humanos, utilizando a
razão
- Ultrapassam seus impulsos sensíveis
- E constroem o reino dos fins
- Os seres humanos são livres por sua racionalidade
- Essa racionalidade é um fim em si mesmo
- Essa é a essência humana
- Sem recorrer ao além ou algo do tipo
- Em seu reino dos fins, os humanos devem obedecer às leis morais
- Racionalmente criadas
“Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa
como na de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e
nunca simplesmente como meio”.

- Kant, nas primeiras páginas da Fundamentação da metafísica dos


costumes
- Anuncia sua divergência em face da tradição filosófica
- Que conceitua a felicidade como bem supremo da
humanidade
- Aristóteles (384-322 a.C.)
- Define a felicidade como finalidade natural da vida
- Realizada com a razão
- Para Kant, essa ética aristotélica revela insciência
- Insciência sobre um ponto fundamental
- Se a meta natural do ser humano é ser feliz
- Seria só a natureza nos proporcionar (nos programar) para
ser feliz
- Instintos da felicidade
- Assim, a razão seria supérflua

- Portanto, na filosofia moral de Kant


- A felicidade não é um bem excelente
- O bem excelente, a essência humana
- Seria a boa vontade
- E o que seria a boa vontade?
- A disposição/vontade de agir por dever
- Aplicar no mundo as regras morais racionalmente justificadas

- AÇÕES POR DEVER E AÇÕES CONFORME O DEVER


- A boa vontade é a disposição racional de agir por dever
- Mas qual é a noção de dever?
- É aquilo que se tem a obrigação de fazer
- Logo, a boa vontade é a vontade de agir por dever
- Mas temos que diferenciar ações por dever e ações conforme o
dever

- AÇÕES CONFORME O DEVER


- Não são motivadas pela boa vontade
- Mas por interesses particulares
- Ex: Uma pessoa que se dedica a obras sociais com o objetivo de
conquistar prestígio na sociedade
- A finalidade atingida é boa
- Mas a origem das ações não é a boa vontade

- AÇÕES POR DEVER


- São aquelas praticadas e motivadas pela boa vontade
- Isto é, sem interesses particulares
- Para Kant, somente as ações por dever são ações genuinamente
morais

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