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Disciplina: Filosofia
Tópico: Ética, direitos humanos e cultura.
1ª série: Ética e cultura.
2ª série: Ética e direitos humanos.
Considerações iniciais
Kant: filósofo prussiano.
Filosofia Moderna - Século XVIII.
Ética
A ética de Kant é uma ética deontológica. Significa que trata-se de uma ética do
dever. Para Kant, a ideia que sintetiza a eticidade é a frase ''Deves porque deves''. Não há
na filosofia kantiana uma preocupação com o prazer da ação, mas com o cumprimento do agir
moral. Uma ação moralmente correta é aquela com intenção de realizar o DEVER.O sujeito
só é livre na medida em que cumpre o dever, sem esperar por nenhum tipo de compensação.
O dever está acima das consequências, beneficios, do prazer e da felicidade. O dever é o
motivo absoluto da ação moral.
Nesse sentido, Kant elabora um conceito fundamental para a realização do dever
moral, a saber, o imperativo categórico. O imperativo categórico é um principio inviolável,
válido em qualquer situação e lugar. Ele independe da pessoalidade. É universalmente válido
e incontestável. Exemplo: matar, roubar, discriminar racialmente, etc. Somos orientados pelo
imperativo categórico para avaliar as ações que são inaceitáveis, que não são justificáveis em
nenhuma situação. A célebre frase para ilustrarmos o imperativo categórico é: “Age de tal
modo que a máxima de tua ação possa valer universalmente''.
Existem também os imperativos hipotéticos. Esses são considerados princípios
subjetivos da ação. Exemplo: Se quero ir bem no Enem, preciso estudar. Se quero aposentar,
preciso contribuir para a previdência social. Os imperativos hipotéticos não se baseiam no
dever, mas no desejo. Há dois critérios de validação do imperativo categórico: universalidade
e dignidade. Se é aplicável a todos/todas; se não submete nenhuma pessoa como meio de
alcançar o objetivo da ação.
Dito de outro modo: toda pessoa tem um fim em si mesma, ninguém pode ser
''sacrificado'' em beneficio de outro individuo ou dos próprios interesses do sujeito que está
diante de um dilema moral. Ainda que se possa supor um ganho maior do bem coletivo em
detrimento de um individuo. A dignidade humana, ou a dignidade da pessoa humana, é um
PRINCIPIO BASILAR do ornamento jurídico. A defesa máxima da integridade do indíviduo.
Ou seja: Exemplo: Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1848 e Constituição
Federal de 1988. Podemos constatar no Art. 1º da nossa Constituição.
Para Kant: “o homem não pode tornar-se um verdadeiro homem senão pela educação.
Ele é aquilo que a educação dele faz” (1996,15). E mais: uma pessoa “torna-se moral apenas
quando eleva a sua razão até aos conceitos do dever e da lei” (Kant, 1996, 102).
Cultura
Referências Bibliográficas:
KANT, E., Crítica da Razão Pura, (Col. ''Os Pensadores'') , Nova Cultural, São Paulo, 1979.
KANT, Immanuel. Sobre a pedagogia. (Tradução de Francisco Cock Fontanella: Über
Pädagogik). UNIMEP: Piracicaba, 1996.