Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Uma das contribuições mais importantes de Kant foi sua filosofia transcendental,
apresentada em sua obra mais conhecida, a "Crítica da Razão Pura". Nesta obra, Kant
investiga os limites e possibilidades do conhecimento humano. Ele argumenta que o
conhecimento é construído por meio de uma interação entre a experiência sensorial e as
estruturas cognitivas a priori da mente.
Kant introduz a distinção entre fenômeno e nômeno. Os fenômenos são as coisas como
aparecem para nós, mediados pelas estruturas do nosso conhecimento, enquanto os
nômenos são as coisas em si, que existem independentemente de nossa percepção.
Segundo Kant, nunca podemos conhecer os nômenos diretamente, apenas os
fenômenos.
Na estética, Kant introduz a ideia do juízo estético e do senso comum estético. Ele
argumenta que o juízo estético é subjetivo, baseado na experiência individual de prazer
ou desprazer diante da beleza. No entanto, o senso comum estético é uma capacidade
humana universal de reconhecer e apreciar a beleza, permitindo uma comunicação
estética entre as pessoas.
1. "Crítica da Razão Pura" (1781): Esta é uma de suas obras mais influentes, na qual Kant
explora a natureza e os limites do conhecimento humano. Ele discute temas como intuição
pura, espaço e tempo, categorias do entendimento e os limites da razão.
2. "Fundamentação da Metafísica dos Costumes" (1785): Nesta obra, Kant apresenta sua teoria
ética, desenvolvendo o conceito de imperativo categórico. Ele explora a moralidade como
um sistema baseado na razão prática e discute a ideia de agir de acordo com a máxima que
poderia ser universalmente aceita.
3. "Crítica da Faculdade do Juízo" (1790): Nesta obra, Kant aborda a estética e a filosofia da
arte. Ele investiga a natureza do juízo estético, discutindo o belo, o sublime e a relação entre
o entendimento e a imaginação.
4. "Prolegômenos a Qualquer Metafísica Futura" (1783): Este livro é um resumo das principais
ideias discutidas na "Crítica da Razão Pura". Kant apresenta um guia introdutório para sua
filosofia, discutindo conceitos como intuição, conhecimento a priori e os limites do
conhecimento humano.
5. "A Metafísica dos Costumes" (1797): Nesta obra, Kant expande suas reflexões éticas e
aborda temas como a liberdade, o dever moral, a justiça e a teoria do direito. Ele discute a
importância da autonomia moral e a ideia de um reino dos fins.
Essas são apenas algumas das obras mais conhecidas de Immanuel Kant. Ele também
escreveu sobre temas como filosofia política, teologia, história da filosofia, entre outros.
"Aja apenas de acordo com uma máxima tal que você possa ao mesmo tempo querer que
ela se torne uma lei universal."
O imperativo categórico tem implicações para várias áreas da ética, incluindo a noção de
dignidade humana, a importância da autonomia moral e a ideia de tratar as pessoas como
fins em si mesmas, em vez de meios para alcançar outros fins.
Kant argumenta que a verdadeira moralidade não pode ser baseada em consequências
ou desejos pessoais, mas deve ser fundamentada em princípios racionais universais. A lei
moral é um princípio objetivo e universal que orienta a conduta moral de forma
consistente.
A lei moral é baseada na ideia de tratar as pessoas como fins em si mesmas e não como
meros meios para alcançar outros fins. Isso implica que devemos respeitar e valorizar a
dignidade e a autonomia de cada ser humano, agindo de forma consistente com a noção
de igualdade moral.
Para Kant, a obediência à lei moral é uma obrigação incondicional. A ação moralmente
correta é aquela realizada por dever, independentemente de desejos, inclinações ou
consequências. Ele enfatiza que a moralidade genuína é alcançada quando agimos por
respeito à lei moral, colocando-a acima de nossas inclinações pessoais.
A lei moral, juntamente com o imperativo categórico, fornece a base para a ética kantiana,
na qual a moralidade é determinada pela racionalidade e pela adesão a princípios
universais e objetivos. Através da lei moral, Kant busca estabelecer uma base sólida para
a moralidade, que transcenda considerações subjetivas e contingências individuais.
A "Crítica da Razão Pura" (em alemão, "Kritik der reinen Vernunft") é uma das obras mais
influentes e importantes de Immanuel Kant. Publicada pela primeira vez em 1781, a obra
busca investigar os limites e a natureza do conhecimento humano, examinando a
capacidade da razão de conhecer o mundo.
A "Crítica da Razão Pura" é uma obra complexa e densa, dividida em duas partes
principais: a "Estética Transcendental" e a "Lógica Transcendental". Vamos dar uma visão
geral de cada parte:
A "Crítica da Razão Pura", como dito, também aborda questões importantes como a
relação entre fenômenos (a realidade tal como aparece para nós) e nômenos (a realidade
em si), a natureza da razão e sua capacidade de lidar com questões metafísicas, e os
limites do conhecimento humano.
A "Crítica da Razão Pura" teve um impacto significativo em uma ampla gama de áreas,
incluindo filosofia, epistemologia, metafísica, lógica e teoria do conhecimento, e continua
sendo um trabalho central na história da filosofia ocidental.
FASES
Em seguida, no período crítico, Kant publicou sua obra mais influente, a "Crítica da Razão
Pura". Nessa fase, ele se concentrou em questões de epistemologia e teoria do
conhecimento, examinando os limites e a natureza do conhecimento humano. Ele
introduziu conceitos como a distinção entre fenômenos e nômenos, a importância das
categorias do entendimento e a estrutura da intuição.
Além da "Crítica da Razão Pura", Kant também escreveu a "Crítica da Faculdade do
Juízo", que aborda a estética e a teleologia, e a "Crítica da Razão Prática", que
desenvolve sua teoria ética baseada na ideia do imperativo categórico.
No período pós-crítico, Kant continuou a escrever sobre diversos temas, incluindo filosofia
da história, filosofia da religião, antropologia e filosofia política. Essas obras exploram
questões como a natureza do progresso humano, a relação entre razão e fé, a influência
da cultura na formação do indivíduo e a importância da liberdade e do direito na
sociedade.
A revolução copernicana
No entanto, Kant propôs uma visão radicalmente diferente. Ele argumentou que o
conhecimento não é uma mera cópia passiva da realidade externa, mas uma construção
ativa realizada pela mente humana. Ele comparou essa mudança de perspectiva à
revolução causada pela teoria heliocêntrica de Copérnico, na qual a Terra deixou de ser
considerada o centro do universo.
De acordo com Kant, a mente humana não apenas recebe passivamente informações do
mundo, mas também organiza e estrutura essas informações com base em suas próprias
formas a priori de intuição (espaço e tempo) e categorias do entendimento. Essas formas
e categorias são inerentes à mente humana e moldam a maneira como percebemos e
compreendemos a realidade.
Essa visão, conhecida como "Idealismo Transcendental", sugere que o conhecimento é
uma interação entre o sujeito cognoscente (mente) e o objeto conhecido (mundo). Assim,
o conhecimento é resultado de uma síntese entre as contribuições da experiência
sensorial e da estrutura a priori da mente.
A Revolução Copernicana de Kant implica que o conhecimento não pode fornecer acesso
direto à realidade em si mesma, mas apenas aos fenômenos, ou seja, às representações
que aparecem para nós. As coisas-em-si, que são a realidade em si mesma, permanecem
inacessíveis ao nosso entendimento.
Kant define a menoridade como a incapacidade de fazer uso de sua própria razão sem a
orientação de outra pessoa. Ele atribui essa condição a duas principais causas: a
preguiça intelectual e a falta de coragem para assumir a responsabilidade pela própria
vida e decisões.
Kant defende que a saída da menoridade requer coragem para questionar e desafiar a
autoridade estabelecida, tradições e normas sociais. Ele incentiva as pessoas a
desenvolverem seu próprio pensamento independente e a não aceitarem cegamente as
opiniões de outros.
Para Kant, o objetivo final é alcançar a "maioridade" como seres humanos, que consiste
em ser capaz de pensar e agir autonomamente, seguindo a própria razão e assumindo a
responsabilidade por suas ações.
Para Kant, a base da moralidade reside na razão prática, que ele acredita ser universal e
objetiva. Ele argumenta que a moralidade não deve depender de consequências ou
circunstâncias particulares, mas sim de princípios morais que são racionais e aplicáveis a
todos os seres racionais.
A moral de Kant também inclui o conceito de "imperativos hipotéticos", que são princípios
morais condicionais baseados em desejos e interesses particulares. No entanto, Kant
considera esses imperativos como inferiores ao imperativo categórico, uma vez que eles
dependem de circunstâncias ou desejos subjetivos e não fornecem uma base universal
para a moralidade.
É importante destacar que a teoria ética de Kant tem sido objeto de críticas e discussões
desde sua formulação. Alguns questionam a aplicabilidade prática do imperativo
categórico em todas as situações e a rigidez de sua abordagem deontológica. No entanto,
a influência de Kant na ética e na filosofia moral é significativa.
RESUMO
Immanuel Kant (1724-1804) foi um filósofo alemão conhecido por suas contribuições em
diversas áreas da filosofia, como epistemologia, ética, filosofia moral, filosofia política e
estética.
Sua obra mais influente é a "Crítica da Razão Pura" (1781), na qual ele propõe uma
"Revolução Copernicana" no conhecimento, afirmando que o conhecimento não é uma
cópia passiva da realidade, mas uma construção ativa realizada pela mente humana.
Kant também enfatiza a dignidade e o respeito pela pessoa humana, considerando cada
indivíduo como um fim em si mesmo, e não como um mero meio para alcançar nossos
próprios fins.
Além disso, Kant introduz a noção de menoridade humana, referindo-se ao estado de
dependência intelectual e moral em que muitas pessoas se encontram. Ele incentiva a
saída desse estado por meio do uso da razão autônoma e da coragem para questionar a
autoridade e as normas estabelecidas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livro da biblioteca virtual – 10 Lições sobre Kant, de Flamarion Tavares Leite, ED. Vozes
– Petrópolis, RJ, 2007;
Reflexões sobre a Filosofia de Kant, de Gustavo Ellwanger Calovi, Rafael da Silva Cortes-
BV.