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Sousa-PB
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 03
2. VIDA DE IMMANUEL KANT........................................................................................... 03
3. A MAIORIDADE HUMANA............................................................................................. 06
4. A ÉTICA KANTIANA.........................................................................................................06
5. KANT - FILOSOFIA MORAL........................................................................................... 06
• O QUE TORNA UMA AÇÃO MORALMENTE BOA......................................... 07
É importante afirmar que o contexto histórico em que Kant viveu teve um papel influente
em suas ideias. Ele cresceu em uma Europa que passava por grandes transformações sociais,
culturais e políticas. Os séculos XVIII e XIX foram marcados pela Ilustração, um movimento
intelectual que definiu a razão como a base para a compreensão da realidade. A Filosofia da
Ilustração enfatizou a importância da liberdade, da justiça e da igualdade, e Kant ajudou a
estabelecer os princípios da Filosofia moral e política da época. Além disso, Kant também
viveu em um momento em que a ciência estava se desenvolvendo rapidamente, especialmente
a física e a matemática. Ele estava apaixonado pelas descobertas científicas e acreditava que a
razão poderia ser usada para resolver muitos dos problemas filosóficos que precisavam de
solução.
3. A MAIORIDADE HUMANA
4. A ÉTICA KANTIANA
A ética kantiana é fundamentada na ideia de que os indivíduos agem de acordo com
princípios universais que eles próprios estão dispostos a seguir. Por isso, é importante que
cada pessoa tome decisões de acordo com seus próprios princípios e não seguindo o que a
sociedade impõe. Desse modo, Kant acreditava que os indivíduos deveriam ser tratados como
um fim em si mesmo, e não como um meio para atingir outro objetivo. Isso significa que cada
ser humano deve ser valorizado pelo que ele é em si mesmo, e não apenas pela função que
exerce na sociedade. A ética de Kant é apresentada em sua obra "Crítica da Razão Prática".
Nesta obra, Kant argumenta que a moralidade é baseada em princípios universais e
racionalmente fundamentados. Ele propõe que existem quatro imperativos categóricos, que
são comandos morais que não podem ser ignorados sem negar a própria razão. O filósofo
buscou estabelecer uma fórmula moral para a resolução das questões relativas à ação. No
entanto, o Imperativo Categórico, ao longo das obras de Kant, aparece formulado de três
maneiras diferentes. Cada uma das três formulações se complementam e formam o eixo
central da moral kantiana. Nela, as ações devem ser orientadas pela razão, sempre saindo do
particular, da ação individual, para o universal, da lei moral:
1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da
Natureza. Na primeira formulação, a ação individual deve ter como princípio a ideia de poder
se tornar uma lei da Natureza. As leis da Natureza são universais e necessárias, todos os seres
a cumprem, não há alternativa. Como a lei da gravidade, os ciclos de vida e outras leis que
submetem todos os seres e é inquestionável. A razão humana é capaz de julgar,
independentemente de determinações externas (religião ou leis civis), se uma ação é correta
para todos.
2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem,
sempre como um fim e nunca como um meio. Nessa segunda formulação, Kant reforça a ideia
de que a humanidade deve ser sempre o objetivo da ética. Todas as ações devem estar
subordinadas ao respeito à humanidade. Essa humanidade é representada tanto na pessoa do
agente, aquele que pratica a ação, como nas pessoas que sofrem a ação direta ou
indiretamente. Respeitar a si e respeitar o outro é uma forma de respeito à humanidade. Deste
modo, um ser humano jamais pode ser entendido como um instrumento para se alcançar
qualquer tipo de objetivos. A humanidade é o fim das ações e nunca um meio. Nesse
momento, o filósofo contraria, por exemplo, a ideia de que "os fins justificam os meios" ou
qualquer visão utilitária da ética.
3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres
racionais. A terceira e última formulação dá conta da racionalidade humana, da capacidade de
julgar e de agir determinado por um fim. Nela, Kant separa os seres humanos dos outros seres
da Natureza. A Natureza age determinada pelas causas, isso causa aquilo. Enquanto os seres
racionais determinam sua vontade de acordo com os fins. O agente deve tomar como princípio
a ideia de que sua ação possa servir como lei para todas as pessoas. Ou seja, com base na
razão, a boa ação é a que está em conformidade com o dever.
Dessa forma, a ética kantiana caracteriza-se por ser uma ética do dever, o dever
entendido como expressão da racionalidade humana, única fonte legítima da moralidade.
Virtuoso para Kant, é todo ato praticado de forma autônoma, consciente, conforme o dever e
por dever, se estendendo a ela como uma lei universal. Assim, Kant acreditava que a
moralidade não depende de circunstâncias particulares, mas sim de princípios universais que
são aplicáveis a todas as situações. Ele argumentou que o valor de uma ação não depende de
suas consequências, mas sim da razão por trás dela.
Em suma, podemos esquematizar todas estas condições que resultam numa ação moralmente
válida com a seguinte figura:
Esque
matização das condições que resultam numa ação moralmente boa por Kant
Sendo Kant um indivíduo que se governa pelo dever, pela intenção pura e pela razão,
Kant não dá a mínima importância às consequências da ação pois se a intenção foi boa então
toda a ação foi boa, segundo Kant. Por esta ordem de ideias, aspetos como as consequências
da ação, o prazer ou a felicidade não fazem sentido na teoria kantiana.
Immanuel Kant não encontra sentido nas teorias teleológicas nos seguintes pontos:
A teleologia só faz sentido quando se trata num todo pois visto que ela só dá
importância ao resultado final, as partes individuais são insignificantes, do ponto de
vista teleológico. Algo que Kant contesta pois a intenção, o dever e a boa vontade
ocupam uma parte fundamental na ação.
A teleologia reúne os conceitos de liberdade e determinação quando se foca na
determinação para atingir um certo fim e se tem a liberdade para o fazer. Kant
discorda afirmando que a única finalidade que importa é a do conhecimento como
propósito final da natureza.
A teleologia apresenta uma contradição nas suas declarações quando afirma que todas
as coisas naturais foram produzidas por leis meramente mecânicas e posteriormente,
diz que não é possível serem produzidas coisas materiais por leis mecânicas. Kant, por
outro lado, defende o comportamento humano e a compreensão da realidade, conceitos
que reúnem o mecanismo universal da natureza com o princípio teleológico da
natureza sempre tomando o carácter transcendente como princípio purificador.
A teleologia, quando se debruça sobre o tema de Deus defende “a existência de Deus
com base na ordem deste mundo, na harmonia do cosmos” e “a existência de Deus
fundamentada na passagem do movimento à causa do movimento e do contingente ao
necessário”. Já Kant defende que Deus resulta “por meio da finalidade da natureza” e
tem a “ideia de que o mundo é um signo ou código do mundo invisível e, em último
termo, (Deus é) o criador do mundo visível”.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
https://knoow.net/ciencsociaishuman/filosofia/immanuel-kant-filosofo/
http://afilosofia.no.sapo.pt/10EticasMillKant.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant#Filosofia_Moral
COTRIM, Gilberto. FERNANDES, Mirna. Fundamentos de FILOSOFIA. 4 ed. – São
Paulo, 2016
https://notapositiva.com/immanuel-kant/#