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da de “países em via de desenvolvimento - O argumen- animais e vegetais e dos recursos naturais, embora es-
to central da crítica era de que havia uma concentração
sas questões (biológicas) sejam extremamente impor-
de consumo dos recursos naturais e das pro-. tantes e devem receber muita atenção.
cava era: é necessário entender que o problema está no: "4 A educação ambiental como educação política
excessivo consumo desses recursos por uma pequena está comprometida com a ampliação da cidadania, da
parcela da humanidade e no desperdício e produção de. 4 liberdade, da autonomia e da intervenção direta dos
artigos inúteis e nefastos à qualidade de vida. o cidadãos e das cidadãs na busca de soluções e alterna-
Outro argumento muito presente na educação 4 tivas que permitam a convivência digna e voltada para
ná-la, prioritariamente, com a proteção e a conserva- : Pensar as nossas relações cotidianas com os
ção de espécies animais e vegetais. Nesse sentido, a é outros seres humanos e espécies animais e vegetais e
educação ambiental estava muito próxima da ecologiã : procurar alterá-las (nos casos negativos) ou ampliá-las
biológica, sem que ela tivesse de se preocupar com os :4 (nos casos positivos) numa perspectiva que garanta a
problemas sociais e políticos que provocavam esta situ- q possibilidade de se viver dignamente é um processo
ação de desaparecimento de espécies. 4 (pedagógico e político) fundamental e que caracteriza
No sentido contrário afirmamos que a educação 5 essa perspectiva de educação.
ambiental não deve estar relacionada apenas com os Dessa forma, o componente “reflexivo” da e
a»
mes
Marcos Reigota
O que é educação ambiental 15
4 “participativos” (estimular a participação
tamentos individuais e
mentais” (mudança de compor preocupadas em transmitir conteúdos científicos que
coletivos viciados e nocivos ao bem comum). terão utilidade apenas para os concursos e exames.
A educação ambiental deve procurar favorecer A educação ambiental como educação política
e estimular possibilidades de se estabelecer coletiva- é por princípio: questionadora das certezas absolutas
mente uma “nova aliança” (entre os seres humanos e e dogmáticas; é criativa, pois busca desenvolver me-
a natureza e entre nós mesmos) que possibilite a todas todologias e temáticas que possibilitem descobertas e
as espécies biológicas (inclusive a humana) a sua convi- vivências, é inovadora quando relaciona os conteúdos
vência e sobrevivência com dignidade. e as temáticas ambientais com a vida cotidiana e esti-
h Consideramos então que, com esses princípios mula o diálogo de conhecimentos científicos, étnicos e
básicos, a educação ambiental deve ser entendida como populares e diferentes manifestações artísticas; e críti-
educação política, no sentido de que ela reivindica e ca muito crítica, em relação aos discursos e às práticas
prepara os cidadãos e as cidadãs para exigir e construir que desconsideram a capacidade de discernimento e de
dima sociedade com justiça social, cidadanias (nacional intervenção das pessoas e dos grupos independentes
e planetária), autogestão e ética nas relações sociais e e distantes dos dogmas políticos, religiosos, culturais e
& de que a educação ambiental é uma A ética ocupa um papel de importância funda-
gducação política está profundamente relacionada com mental na educação ambiental e vários autores bra-
pensamento pedagógico de Paulo Freire, princípal- sileiros e estrangeiros têm se dedicado a estudá-la. E
bgia da autonomia (São Paulo: Paz e Terra, 1997) e Pe- mas podemos identificar a sua presença ou a sua ausên-
gogia da indignação (São Paulo: Unesp, 2000). cia. Não podemos também transformar a reivindicação
A educação ambiental como educação política por ética numa lista de preceitos morais, uma lista de
nfatiza antes a questão “por que” fazer do que “como” “mandamentos” a serem seguidos. Mas acredito que
r. Considerando que a educação ambiental surge e
todos os educadores e todas as educadoras ambientais
consolida num momento histórico de grandes mu- estão colaborando com a ampliação da compreensão
Marcos Reigota
6 O que é educação ambiental
À da ética e da sua presença nã vida cotidiana quando Com base no pensamento político, filosófico, cul-
enfatizam a necessidade de respeito a todas as formas tural e pedagógico contemporâneo, que caracteriza a
« de vida, quando estimulam a igualdade e o respeito às educação ambiental como educação política, podemos
diferenças étnicas, culturais e sexuais e ao se posício- afirmar que não há nada de natural na competição (ou
narem contrários a todo tipo de corrupção, privilégios competitividade), oportunismo, má-fé, ganância e ou-
e violência, principalmente quando, para isso, se utiliza tros termos que na vida cotidiana possibilitam a perma-
des, instituições do governo etc.). Por mais apuradas que sejam as pesquisas sobre o
O ser humano contemporâneo vive profundas
código genético humano ainda não se conseguiu provar
dicotomias. Dificilmente se considera um elemento da
que esses comportamentos encontram-se aí “natural-
natureza, mas um ser à parte, como um observador mente” explicados. Desse modo, “querer levar vanta-
e/ou explorador dela. Esse distanciamento da huma- gem” é um comportamento social, cultural e político
nidade em relação à natureza fundamenta as ações
que precisa ser profundamente questionado e superado
humanas tidas como racionais, mas cujas graves con-
para que a convivência entre os diferentes possa se dar
sequências exigem, neste início de século, respostas de forma não violenta e menos agressiva.
pedagógicas e políticas concretas para acabar com o À educação ambiental crítica está, dessa forma,
que todos os outros seres vivos têm a única finalidade dade, sejam elas entre a humanidade e a natureza.
de servi-lo). Desconstruir essa noção antropocêntrica Voltemos um pouco aos aspectos políticos da
é um dos princípios éticos da educação ambiental. educação ambiental. Desde o seu início, temos insisti-
Nas relações sociais cotidianas e na política bra- |, do que é absolutamente vital que os cidadãose as cida-
sileira verificamos que a ética está muito pouco presen- | dãs do mundo participem para que se tomem medidas
te. À possibilidade de se levar vantagem em qualquer 4 de apoio a um tipo de crescimento econômico que não
situação é o clichê básico predominante, e em muitas q tenha repercussões nocivas sobre a população e que
ocasiões isso é entendido como natural, ou seja, que 6 A não deteriore suas condições de vida. Geralmente, o
mais forte e esperto deve mesmo prevalecer diante do 4 modelo econômico capitalista de produção intensiva e
de de vida” e “mais emprego” para todos. Mas será isso direitos e deveres. Tendo consciência e conhecimento
mesmo verdade? Afinal, o que é mesmo “qualidade de da problemática global e atuando na sua comunidade e
vida”? Para os interessados em encontrar algumas res- vice-versa haverá uma mudança na vida cotidiana que,
postas a essa última questão sugiro que procurem os se não é de resultados imediatos, visíveis, também não
da USP Maria Cecília Focesi Pelicioni. Os problemas ambientais foram criados por ho-
Observe que, no parágrafo acima, enfatizamos mens e mulheres e deles virão às soluções. Estas não
a expressão “cidadão e cidadã do mundo” e a impor- serão obras de gênios, de políticos ou tecnocratas, mas
bientais planetários.
HISTÓRIA DA AMBIENTAL
Esse levantamento sobre a história local ou re- aos projetos a longo termoe foi alvo de muitas críticas,
gional da educação ambiental pode ser feita lembran- principalmente dos latino-americanos, que liam nas en-
do, como enfatizou Paulo Freire, que somos “sujeitos trelinhas desse livro a indicação de que, para se conser-
da história”, mesmo que esses sujeitos sejam anônimos var o padrão de consumo dos países industrializados,
e desconhecidos do grande público, e que a história não era necessário controlar o crescimento da população
Dito isso, podemos então passar aos eventos que são Um dos méritos dos debates das conclusões do
os mais conhecidos e que possibilitaram a difusão e a Clube de Roma foi colocar o problema ambiental em
legitimação internacional da educação ambiental. nível planetário, e como consequência disso, a Orga-
Em 1968 foi realizada em Roma uma reunião de nização das Nações Unidas realizou em 1972, em Es-
cientistas dos países industrializados para se discutir o tocolmo, Suécia, a Primeira Conferência Mundial de
váveis e o crescimento da população mundial até o sé- O grande tema em discussão nessa conferência
As conclusões do Clube de Roma deixaram clara trias. O Brasil e a Índia, que viviam na época “milagres
anecessidade urgente de se buscar meios para a conser- econômicos”, defenderama ideia de que “a poluição é
vação dos recursos naturais e controlar o crescimento o preço que se paga pelo progresso”. )
da população, além de se investir numa mudança radi- Com essa posição oficial, o Brasil e a India abriram
Seus participantes observaram que: “O homem poluidoras, impedidas ou com dificuldades de continu-
deve examinar a si próprio, seus objetivos e valores. O arem operando nas mesmas condições que operavam
vência da espécie humana, porém, ainda mais, a sua Essa atitude não será sem consequências e os re-
possibilidade de sobreviver sem cair em um estado inú- sultados se farão sentir nos anos que virão. No Brasil,
til de existência”.
que na época vivia sob uma ditadura militar, o “exem-
Essa reunião originou o livro Limites do cresci- plo” clássico é Cubatão, onde, devido à grande concen-
mento (São Paulo: Perspectiva, 1978), que foi durante tração de poluição química, crianças nasceram acéfalas,
muitos anos uma referência internacional às políticas e
na Índia, o acidente de Bophal, ocorrido numa indústria
O que é educação ambiental 25
24 Marcos Reigota
química multinacional que operava sem as medidas de mos então considerar que aí surge o que se convencio-
segurança exigidas em seu país de origem, provocou a nou chamar de educação ambiental.
Esse acidente junto ao da usina nuclear de Tcher- realizada a Conferência das Nações Unidas para o Meio
nobyl são considerados os acidentes ecológicos con- Ambiente e Desenvolvimento (observe a mudança do
temporâneos mais drásticos, mas é evidente que não nome em relação à conferência de Estocolmo) no Rio
são os únicos. Na década de 1990 e nos primeiros anos de Janeiro, que ficou conhecida como Rio-92.
do século XXI foi possível presenciar uma quantidade A documentação disponível sobre essa confe-
enorme de acidentes e de diretrizes políticas comple- rência é vasta e de fácil localização quando se usa a
tamente antiecológicas como a posição dos Estados internet, mas o que é necessário observar aqui é que
Unidos em relação ao Protocolo de Kyoto, que visa a foi a primeira conferência das Nações Unidas na qual
rização do plantio de soja transgênica no Brasil. ram participar. A intensa participação cidadã marcou
O desmatamento da Amazônia atingiu índices as reuniões posteriores realizadas pelas Nações Unidas
alarmantes, colocando o tema na pauta dos encontros e incluiu, com destaque, o meio ambiente na agenda
As guerras e os massacres ocorridos em Burun- dãos e das cidadãs deixou de ser apenas um discurso
tocolmo em 1972 foi a que sed ve o cido ce Eu ros documentos como a Agenda XXI, com uma série
cidadã para a solucão d eve educar o cidadão de indicações aos governos (inclusive a de promover a
são dos problemas ambientais. Pode-
as
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educação ambiental) e os tratados elaborados pela so- outros, O fracasso da está relacionado com o
ciedade civil, como o Tratado sobre a Educação Am- próprio fracasso das Nações Unidas, “prisioneira” dos
biental para as Sociedades Sustentáveis. interesses das grandes potências, principalmente dos
Em 2002, foi realizada em Johannesburgo na Estados Unidos. De qualquer forma, com essas con-
África do Sul, a Conferência das Nações Unidas para o ferências a educação ambiental esteve presente nos
Desenvolvimento Sustentável (compare as mudanças discursos e nos documentos, mas principalmente se
dos nomes com as conferências de Estocolmo e do Rio fez presente por meio das ações concretas de muitas
de Janeiro).
pessoas, cidadãos e cidadãs do mundo, em diferentes
Essa Conferência que ficou conhecida como
regiões do planeta.
Rio+l0, tinha como objetivo avaliar as aplicações e A Unesco foi o organismo da ONU responsável
progressos das diretrizes estipuladas no Rio de Janeiro. pela divulgação dessa nova perspectiva educativa, e
Realizada num momento de grande tensão internacio-
desde os anos 1970 realizou vários seminários regionais
nal, logo após o atentado de 11 de setembro e, poucos em todos continentes, procurando estabelecer os seus
permeavam as discussões dos presentes. relação do ser humano com a natureza; na segunda,
Muitos especialistas presentes nesse encontro o enfoque é pautado pela ideia de desenvolvimento
de Moscou consideravam inútil falar em educação am- econômico, dito sustentável, ideia que se consolida na
biental e em formação de cidadãos enquanto vários Conferência de Johannesburgo.
países (incluindo o anfitrião) continuavam a produzir Essa mudança se fará sentir nos discursos, nos
rueguesa, Gro Harlem Brundtland, patrocinou reuni- te dos que atuam na América Latina.
des em várias cidades do mundo, incluindo São Paulo, Se por um lado temos uma grande variedade de
para se discutir os problemas ambientais e as soluções práticas que se autodefinem como educação ambien-
encontradas após a conferência das Nações Unidas re-
tal”, mostrando a sua criatividade e importância, por
alizada em Estocolmo em 1972.
outro temos práticas muito simples querefletem inge-
As conclusões dessas reuniões foram publicadas
nuidade, oportunidade, confusão teórica e política.
em várias línguas, no livro Nosso futuro comum, tam-
Nos últimos anos temos observado um forte mo-
bém conhecido como Relatório Brundtland.
vimento patrocinado pela Unesco e por grandes ONGs
O que é educação ambiental
30 Marcos Reigota 31
internacionais, que pretendem modificar o nome de perspectiva pedagógica e política tem aglutinado mili-
tantes, educadores e educadoras, professores e profes-
educação ambiental para “educação para o desenvol-
soras conquistado espaço nos órgãos públicos, univer-
vimento sustentável”. Esse movimento inicial de mu-
sidades e movimentos sociais. Ao mantermo-nos fiéis
dança de nome foi um dos temas mais polêmicos da
à denominação educação ambiental não abdicamos de
Conferência Internacional da Unesco sobre Meio Am-
nossa história para abraçar outra, da qual seríamos ape-
biente e Sociedade: Educação e Consciência Pública
nas receptores e não sujeitos.
para à Sustentabilidade, ocorrida em 1997 em Thessa-
I. Conscientização
Comentário:
jetivo é o próprio termo “conscientização” que é mui- permita ao cidadão e à cidadã uma melhor atuação e
to utilizado entre nós e que geralmente é remetido ao intervenção cotidiana na busca de soluções e alternati-
pensamento pedagógico de Paulo Freire. O problema vas socioambientais.
cação. Para maior aprofundamento desse tema, sugiro biente e a vontade de contribuir para sua proteção e
que o leitor e a leitora procurem ler o livro de Paulo
qualidade.
Freire Cartas a Cristina: reflexões sobre minha vida e mi-
qual ele se (re)posiciona sobre o que é conscientizar. Não adianta só falar do meio ambiente, mas tam-
II. Conhecimento Os exemplos aqui podem ser vários, dos mais simples
Levar os indivíduos e os grupos a adquirir uma aos mais complexos, tais como não fumar nos lugares
compreensão essencial do meio ambiente global, dos coletivos, não destruir árvores, economizar energia e
problemas que estão a ele interligados e o papel e o lu- água, além de outros recursos naturais básicos, utili-
zar mais os transportes públicos, respeitar as regras de
gar da responsabilidade crítica do ser humano.
trânsito etc. Porém, mudar comportamentos, objetivo
Comentário: muito recorrente e dos mais buscados na educação
O conhecimento proporcionado pela ciência e
ambiental, não é simples.
elas culturas não necessariamente escolarizadas so-
O que leva uma pessoa ou um grupo à mudar
bre o meio ambiente precisa ser democratizado. As
um comportamento considerado de alto impacto
xidade psicológica, social, econômica, cultural e ecoló- problemas cotidianos, provocando e promovendo esses
gica de cada comportamento, individual e/ou coletivo, diálogos e buscando elaborar meios técnicos de inter-
petência necessária à solução dos problemas. Nem to- Levar os indivíduos e os grupos a avaliar medidas
dos têm capacidade técnica para resolver os problemas e programas relacionados ao meio ambiente em função
ambientais. Reconhecer essa deficiência é um primeiro de fatores de ordem ecológica, política, econômica, so-
Comentário: Comentário:
A noção de competência impregnou o discurso É fundamental para a participação do cidadão e da
pedagógico principalmente após a década de 1990. Mas cidadã poder decifrar a linguagem dos projetos, de riscos
O objetivo definido em Tbilissi é bem claro nes- Esses documentos, muitas vezes, são elaborados
se item. A competência se adquire coletivamente. e escritos para não serem compreendidos para quem
Ninguém sozinho poderá enfrentar os desafios que se não detém conhecimento técnico específico. A lingua-
apresentam. Não se trata apenas de uma competência gem técnica, cifrada e compreensível por um grupo se-
puramente técnica, adquirida com estudos e formação leto é uma estratégia de poder que a educação ambien-
liação e de intervenção, de diálogo e de intercâmbio Quando cientistas dizem, por exemplo, que os
que cada um de nós tem com pessoas e profissionais
transgênicos não fazem nenhum mal à saúde das pes-
que possuem conhecimentos diferenciados e comple- soas e à dinâmica dos ecossistemas, usando para isso
Aed ã : a
estatísticos, conceitos e conclusões que mascaram in-
la cunasUcação ambiental pode auxiliar
A. a específicas
superação a
Ou a ausência de competencias teresses econômicos e ideológicos, impedem que um
avaliação sobre temas complexos e polêmicos. ONGs como o WWF, IUCN ou movimentos como o
A capacidade de avaliação que cada um adquire Greenpeace e Amigos da Terra estão presentes em vá-
Os objetivos definidos na Carta de Belgrado em ciais da educação ambiental. Tudo isso é resultado de
1975 são históricos e precisam ser contextualizados. intensa participação de cidadãos e de cidadãs em todo
Mudanças políticas, sociais, culturais e educacionais ra- o mundo, que, além de darem visibilidade à educação
dicais ocorreram nesses últimas décadas. As questões ambiental, ampliaram os seus objetivos iniciais. Na De-
ecológicas passaram a ser um componente fundamen- claração do Rio, elaborada na Conferência das Nações
todos eles. Noções de meio ambiente possibiti- Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento em
am a instituição da temática em vários níveis: inter-
1992, foram definidos 27 princípios de ação, entreeles,
nacional, nacional, estadual e local. encontram-se os seguintes:
60 Marcos Reigota O que é educação ambiental 61
ção mundial tendo em vista conservar, proteger e resta- 4) Princípio de participação e exigência de bom governo.
belecer a saúde e a integridade do ecossistema terres- A melhor forma de abordar as questões de meio
tre. Considerando os diferentes papéis representados ambiente é garantir a participação de todos os cidadãos
na degradação do meio ambiente mundial, os Estados e cidadãs interessados em nível adequado. No nível na-
têm responsabilidades comuns mas diferenciadas. Os cional, cada indivíduo deve ter assegurado acesso às in-
países desenvolvidos admitem a responsabilidade que formações relativas ao meio ambiente que possuem as
lhes cabe no esforço internacional em favor do desen- autoridades públicas, inclusive às informações relativas
volvimento sustentado, considerando a pressão que as substâncias tóxicas e às atividades perigosas em sua
suas sociedades exercem sobre o meio ambiente mun- comunidade, e ter a possibilidade de participar aos pro-
de forma que satisfaça equitativamente as necessida- ções e de recursos, deve ser assegurada.