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A tecnologia no combate ao crime

Por: Victor Poubel em 27/09/15 07:00

A globalização fez realmente a Terra girar. Consolidou a interligação entre países pelo
livre comércio e numa velocidade antes não vista. Muitos muros foram derrubados, e o
mundo seguiu o seu processo de transformação. A área do conhecimento foi uma das
mais beneficiadas e se desenvolveu amparada nos avanços tecnológicos, do computador
à internet, passando pelos smartphones e livros digitais.

Se, de um lado, a globalização propiciou mudanças de paradigmas e o encurtamento de


distâncias, do outro trouxe consequências negativas. Um dos problemas foi oportunizar
uma maior estruturação do crime organizado pela transposição das fronteiras dos países.
Este não prescinde da utilização dos modernos sistemas de comunicação, dos difusos
meios de transporte e do amplo sistema financeiro internacional.

Antes restrito a uma determinada região e com arcabouço minguado, ganharam


musculatura e expandiram seus negócios ilícitos, tendo algumas organizações se tornado
multinacionais do crime. Assim, o tráfico de drogas, a pirataria, o tráfico de pessoas, os
crimes virtuais e a lavagem de dinheiro são modalidades que insistem em desafiar as
polícias pelo seu caráter transnacional.

Para lidar com essa nova realidade criminosa que dificulta bastante rastrear seus
movimentos, identificar seus integrantes e obter provas, a tecnologia se apresenta como
um dos instrumentos necessários e facilitadores à atuação investigativa policial. Quando
se fala em "inteligência", a ideia deve associar a tecnologia à expertise policial.

Ao longo dos anos, várias profissões foram favorecidas pelo progresso tecnológico,
citando a medicina e a engenharia. Assim, a polícia não pode ficar atrás. Muito cobrada
e com pouco efetivo, nunca a tecnologia foi tão importante para racionalizar o trabalho e
otimizar os resultados. De pronto, os proveitos poderão ser sentidos com a redução de
pessoal, celeridade de tarefas complexas, evitar desperdício de esforço, estabelecer
controles, e conseguir penetrar em locais desconhecidos, inóspitos e intransponíveis.

Existem muitas organizações criminosas atuando pelo mundo, e o Brasil não seria uma
exceção. Estão espalhadas pelos Estados brasileiros explorando atividades ilegais e
algumas guerreando entre si na busca de fortalecimento e mais dinheiro sujo. Como a
letargia pode impactar no aumento da criminalidade, as polícias deverão ter a seu dispor
as ferramentas e os equipamentos que auxiliem à produção do conhecimento.

A segurança pública não pode deixar de surfar na onda da tecnologia, devendo se


aproximar do que existe de melhor em software e hardware.

Com isso, possibilitará a formação de robustos bancos de dados, elaboração de perfis de


criminosos e suas organizações, cruzamento e análise de dados com mais profundidade,
obtenção de estatísticas, e permitir uma visão sistêmica que contextualize a segurança
pública, dentre outros aspectos.
E o custo? É muito menor que os ganhos da sociedade com uma polícia mais preparada
para enfrentar uma criminalidade crescente que tanto incomoda a todos.

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