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CRIMES CIBERNÉTICOS E OS DESAFIOS AO DIREITO BRASILEIRO1

CYBER CRIME AND CHALLENGES TO BRAZILIAN LAW.

Maria Alicia Costa Pereira2


Thuanny Ravelly Avelino de Oliveira3
Vicente Celeste de Oliveira Júnior4

Resumo: Neste trabalho será apresentado a evolução histórica do crime cibernético,


marcado por um grande desenvolvimento tecnológico, por se encontrar cada vez
mais integralizado na sociedade, assim também as suas características e demais
aspectos, dotando-se da principal finalidade de conscientizar os usuários dos males
em acessar redes desconhecidas e de compartilhar informações sem realizar
medidas de segurança. Frisa-se que na proporção que há o avanço tecnológico,
também há a expansão da criminalidade, devendo ser exigido atenção da
coletividade como um todo. No entanto, por meio de pesquisas e análises de casos
concretos, nota-se a fragilidade do ordenamento brasileiro na aplicação das penas
dos crimes virtuais por muitas vezes não ser capaz de identificar a autoria do delito.
Com isso, é ressaltada a importância dos internautas em se atentar nas dicas de
segurança e evitar expor informações pessoais, sendo uma forma de combater tais
violações.

Palavras-chave: Segurança; Crimes; Internautas.

Abstract: In this work, the historical evolution of cyber crime will be presented,
marked by a great technological development, as it is increasingly integrated into
society, as well as its characteristics and other aspects, with the main purpose of
making users aware of the evils in access unknown networks and share information
without taking security measures. It should be noted that in proportion to the
technological advance, there is also the expansion of crime, requiring attention from
the community as a whole. However, through research and analysis of specific
1
Artigo apresentado à Universidade Potiguar – UnP, como parte dos requisitos para obtenção do
título de Bacharel em Direito, em 2022.
2
Acadêmica do curso de Direito da Universidade Potiguar de Mossoró, do Estado do Rio Grande do
Norte (UNP). E-mail: aliciapereira2017@hotmail.com.
3
Acadêmica do curso de Direito da Universidade Potiguar de Mossoró, do Estado do Rio Grande do
Norte (UNP). E-mail: thuanny288@gmail.com.
4
Orientador: Prof. Vicente Celeste de Oliveira Júnior. Curso de Extensão Universitária
(UnB/UERN/UnP). Graduado em Direito (UnB/UnP). Especialista em Direito Civil e Processo Civil
(UFRN). Especialista em Educação (UERN). Mestrado em Ambiente Tecnologia e Sociedade (Meio
Ambiente - UFERSA - dissertação: Direito e Inclusão). Mestrado em Educação (dissertação: Sistema
Prisional Federal - UERN). Cursa o Doutorado em Arquitetura e Urbanismo (tese: Historia da
Arquitetura e o Poder - UFRN). Autor de livro (Brasilia/DF) e autor de capítulo de livro pelo Doutorado
em Educação (UERJ). É citado em 452 artigos científicos no Brasil e exterior, segundo o site:
ACADEMIA (trabalhos acadêmicos e pesquisas). Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/8755911560333981
cases, it is noted the fragility of the Brazilian legal system in the application of
penalties for virtual crimes for often not being able to identify the authorship of the
crime. With this, the importance of Internet users in paying attention to safety tips and
avoiding exposing personal information is highlighted, as a way to combat such
violations.

Keywords: Security; crimes; Internet users.

1. INTRODUÇÃO

Devido a intensidade da globalização contemporânea, foi possibilitado o


avanço da internet e dos demais meios de comunicações, contribuindo para a
modernização da sociedade. Porém, ao mesmo tempo que há o ensejo para
promover a integração da ciência no campo social, há também a propagação de
condutas criminosas, afetando a segurança social e estatal.
Todavia, para a organização dos servidores, foi criado no século XX a rede
mundial de computadores, que constitui uma série de documentos, originando os
navegadores como Google Chrome ou Mozilla Firefox. Através disso, são
disponibilizadas ferramentas infinitas, seja para trabalho, estudos ou entretenimento.
Entretanto, ao decorrer do tempo, foram criados milhões de sites, que
simultaneamente, proporcionou o crescente número de vírus, sendo o principal
apetrecho para hackers realizar ataques virtuais.
É possível que o criminoso informático realize mais de uma conduta lesiva
simultaneamente, e estar em diversos lugares ao mesmo tempo, e ainda podendo
ser silencioso e discreto. Por costume, às vezes a sociedade se encontra omissiva e
deixa de denunciar condutas ofensivas (SYDOW, 2009).
Quanto mais a tecnologia integra o cotidiano humano, cada vez torna-se
fundamental que o sujeito passe a ter conhecimento de elementos virtuais para lidar
com a modernidade. Tal área passou a ser de grande importância para estudo
tecnológico e imprescindível para o cidadão, que em alguns casos, se submete a
realizar cursos para aprender e desenvolver técnicas para acessar as redes de
comunicação e demais ferramentas (SYDOW, 2014).
Por conseguinte, milhares de empresas começaram a investir na criptografia,
sendo uma forma de esconder informações por meio de uma linguagem codificada.
Por causa deste avanço, os órgãos governamentais também estão aderindo o
formato digital e substituindo a maneira convencional de trabalho. Um exemplo
2
significante é o judiciário brasileiro, que atualmente, é possibilitado a realização de
audiências, protocolar processos e efetuar consultas, por meio de uma plataforma
digital, sendo garantido a segurança de todos os procedimentos.
Vale mencionar que mesmo com toda a segurança existente, ainda há
ocorrências de exposição de dados, invasão de websites e contas nas redes sociais,
com inúmeras finalidades, sendo uma forma de sabotagem digital, que muitas vezes
é difícil seguir os rastros e descobrir o autor destes crimes.
Salienta-se que o ordenamento jurídico ainda possui várias lacunas para
serem preenchidas, leis que devem ser atualizadas e novas regras que precisam ser
imputadas acerca dos crimes cibernéticos, no entanto, até onde o direito brasileiro
protege o cidadão diante dos danos existentes?
Ademais, no presente artigo, será analisado os direitos que a vítima possui
para a reparação de ato lesivo, explicar os tipos de ataques cibernéticos atuais,
explanar quais são as penas para as pessoas que praticam o dano e esclarecer
quais são as formas de prevenção para estes crimes.
Destarte, através da pesquisa qualitativa bibliográfica, esta matéria foi
produzida por meio de leitura e análises em artigos científicos, livros e diversos
textos. Além do mais, também foi examinado vídeos acerca do conteúdo, para
contextuar o assunto de uma forma mais profunda e detalhada, sendo oferecido um
melhor entendimento no devido projeto.

2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS CRIMES CIBERNÉTICOS

O desenvolvimento de um país está ligado ao avanço tecnológico. Após as


décadas de 1980 e 1990, o Brasil vivenciou uma abertura positiva no âmbito
econômico devido a influência do processo de globalização, que mostrava a
necessidade de ser criado uma nova estrutura adequada para o desenvolvimento
tecnológico do país (FIORILLO; CONTE, 2016).
É notório que a integração da tecnologia promoveu uma transformação social,
passando a conhecer o ambiente virtual, além do espaço físico, que contribuiu para
a evolução da tecnologia já existente, como aparelho de telefone e o surgimento de
computadores mais potentes.

3
Com as expansão e reorganização do capitalismo após 1980, a sociedade se
encaminhava para uma grande transformação, que sob os aspectos da globalização,
intensificou a industrialização. Em meio a mudanças e evoluções, houve a
integralização da rede mundial de computadores e suas interconexões, que era uma
das formas mais importantes de comunicação e difusão de dados e ideias. Assim, a
sociedade passou a ser mais entendida ou representada, diante do impacto da
internet e das relações interpessoais (PANNAIN; PEZZELLA, 2015).
Como muitas empresas começaram a investir em tecnologia, houve o
aumento do fornecimento de dados dos usuários e a partir disso, tais informações
eram arquivados e facilmente rastreáveis por meio dos algoritmos.
Por conseguinte, ainda nos meados da década de 1980, com as novas
transformações no âmbito social e econômico, houve um aumento de ações
criminosas, que começaram a se refletir em manipulações de caixas bancários,
pirataria de programa e pornografia infantil, abusos de telecomunicação e demais
fatores que começaram preocupar os cidadãos (OLIVEIRA JÚNIOR, 2013).
Em razão disso, o judiciário brasileiro diante dessa evolução, teve que passar
por várias transformações, o que ocorreu após a Constituição Federal de 1988. No
entanto, com o surgimento constante de novos crimes em uma nova realidade,
engajou as empresas em investir na segurança dos internautas, assim também
como novas tipificações de crimes no Código Penal brasileiro, garantindo a proteção
dos usuários.
Contudo, é perceptível que a jurisdição brasileira para disseminar os crimes
cibernéticos não acompanhou tal evolução, pois a cada dia que se passa, vão
surgindo novos tipos penais, em comparação a inúmeras práticas ilegais no mundo
virtual, no qual às vezes não se pode punir os infratores por falta de leis especificas
ou da ineficácia do sistema judiciário em achar o criminoso.

3 NOÇÕES GERAIS SOBRE CIBERCRIMINALIDADE

Conforme os autores Jesus e Milagre (2016, p. 9), os crimes cibernéticos


também podem ser conhecidos como crimes virtuais, que refere-se a ‘’fatos típicos e
antijurídicos cometidos por meio dá, ou contra a tecnologia da informação, ou seja,
um ato típico e antijurídico, cometido através da informática em geral’’. O autor
Rocha (2017, p. 13), explica que os crimes cibernéticos trata-se de ‘’condutas ilícitas
4
realizadas por algum tipo de dispositivo tecnológico (...), por entender-se que as
realizações das condutas são dadas em um ambiente virtual’’. Ainda assim, o
mesmo jurista destaca que os crimes cibernéticos são divididos como crimes
próprios e crimes impróprios. O primeiro é definido por condutas antijurídicas e
culpáveis, tendo como principal objetivo de prejudicar um sistema ou violar dados, e
nos crimes impróprios são as comuns, que também são antijurídicas e culpáveis,
podendo ser realizado fora do ambiente virtual, que transgrede os direitos da
privacidade, a honra, intimidade e até mesmo contra a imagem.
No entanto, o Brasil está entre os cincos países do mundo que mais usam
internet, conforme Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE). Por conseguinte, na proporção que os números progridem, a probabilidade
de ocorrer incidências de cibercrimes é maior, sendo, portanto, essencial que os
internautas estejam atentos para que não sejam vítimas de tais atos.

3.1 ESPÉCIES DE CRIMES CIBERNÉTICOS

Para o Filipe Garrett, no website Techtudo, informa quais são as espécies de


crimes virtuais, sendo:
 Fraudes por e-mail e usando a Internet
 Interceptação de informações pessoais de terceiros ou dados sigilosos de
organizações e empresas;
 Roubo de dados financeiros ou credenciais bancárias de terceiros — sejam
indivíduos ou organizações;
 Invasão de computadores pessoais, de empresas ou redes de computadores
 Extorsão cibernética e ransomware;
 Crimes com estrutura tipo phishing, muito comum em golpes que se espalham
pelas redes sociais e por apps de mensagens, como WhatsApp;
 Cryptojacking, quando hackers usam computadores das vítimas para minerar
criptomoedas
 Violação de direitos autorais;
 Jogos de azar ou ilegais em território nacional;
 Venda de itens ilegais por meio da Internet;
 Incitação, produção ou posse de pornografia infantil;
5
 Discurso de ódio — publicações de teor homofóbico, xenófobo e racista — e
apologia ao nazismo.5
Perante isso, é notório que mesmo com toda a legislação vigente que coíbe
os crimes virtuais, o número de denúncias está cada vez maior, e cada vez com
novas práticas aperfeiçoadas. Para o autor Assunção (2018), os crimes cibernéticos
abrangem:

Crimes de ódio em geral (contra a honra, sentimento religioso, bullyng),


crimes de invasão de privacidade e intimidade (que pode ou não incorrer em
uma nova conduta lesiva contra a honra), crimes de estelionato, crimes de
pedofilia, entre outros. (ASSUNÇÃO, 2018, p. 11)

Diante do que foi exposto, o usuário após identificar quaisquer atos abusivos,
deverá ir até a delegacia de polícia para registrar um boletim de ocorrência e
dependendo da gravidade da situação, começar uma investigação e identificar o
autor do crime para que seja combatido os cibercrimes. Ademais, é essencial que o
internauta fique atento no mundo virtual para que seja evitado tal tragédia.

4 A LEGISLAÇÃO DOS CRIMES VIRTUAIS E SUAS PRINCIPAIS DISPOSIÇÕES

Para a tipificação do crime cibernético, foi criado a Lei n° 12.737/2012, dando


a introdução ao direito digital. Como complementação, também há o Marco Civil da
internet, que institui a Lei n° 12.965/2014, estabelecendo direitos, princípios,
garantias e deveres para o uso da Internet no Brasil.
Diante do avanço legislativo, Jesus e Milagre comenta acerca do Marco Civil:

Recentemente, quando deixávamos um serviço na internet, não sabíamos


se efetivamente os provedores apagavam nossos dados. Em muitos casos
era cediço, embora excluíssemos nossas contas, nossos dados
permaneciam disponíveis ou armazenados. Com o Marco Civil, o usuário
poderá requerer a exclusão definitiva de seus dados pessoais fornecidos a
uma aplicação de internet, e o provedor deverá atender, ressalvados,
logicamente, os dados que deva guardar por disposição legal.(JESUS,
MILAGRE, 2014, p. 36).

A lei mencionada representa a delimitação e responsabilidade que o usuário e


o provedor possuem, sendo uma forma de proteção da privacidade e a consolidação
5
Disponível em: https://www.techtudo.com.br/noticias/2021/08/crimes-ciberneticos-entenda-o-que-
sao-e-como-denunciar.ghtml
6
da liberdade de expressão. Se não houvesse limites ou regras no mundo virtual, não
seria possível o seu desenvolvimento, pois não poderia ser assegurada a
seguridade social, no entanto, a cada momento a sociedade está mais dependente
da internet, e se não houver um controle, podemos retroceder em vários aspectos.
Deste modo, é fundamental que o usuário busque pela veracidade e
segurança do programa ou site, antes de realizar uma compra ou qualquer outro
procedimento, pois mesmo com a presença de certificados de segurança, ainda são
frequentes tais casos, assim como mostra o julgado:

PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. CRIME


CIBERNÉTICO. FURTO QUALIFICADO POR FRAUDE. EMPREGO DE
MECANISMOS PARA CAPTURAR DADOS BANCÁRIOS PELA INTERNET.
CONTINUIDADE DELITIVA. REQUISITOS DO ART. 71 DO CP. AÇÃO
CONSTITUCIONAL. EXIGÊNCIA DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA.
MANUTENÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO DESPROVIDO. 1. O
habeas corpus, ação constitucional de natureza mandamental destinada a
afastar eventual ameaça ao direito de ir e vir exige, em razão de seu caráter
urgente, prova pré-constituída das alegações, não comportando dilação
probatória. 2. Estando a decisão agravada em conformidade com a
jurisprudência do STJ, não há razão para sua modificação. 3. Agravo
regimental desprovido.
(STJ - AgRg no HC: 611724 DF 2020/0232683-4, Relator: Ministro JOÃO
OTÁVIO DE NORONHA, Data de Julgamento: 17/11/2020, T5 - QUINTA
TURMA, Data de Publicação: DJe 20/11/2020)

Além disso, vale mencionar que há uma grande relação das leis acerca dos
crimes virtuais com o Código penal, por exemplo, os artigos 154-A e 154-B do
respectivo código, foi inserido na lei 12.737/12, que estabelecem:

Art. 154-A: Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede


de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança
e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem
autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar
vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: Pena - detenção, de 3 (três)
meses a 1 (um) ano, e multa.

Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede


mediante representação, salvo se o crime é cometido contra a
administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União,
Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias
de serviços públicos.

Em face dessa integração, é notório que esses mecanismos jurídicos são


para coibir e sanar tais crimes, que infelizmente, se tornam corriqueiros de diferentes
maneiras, assim como explica a jurista ROSA (2006):
7
Não se deve confundir um crime comum praticado pelo uso ou contra o
computador de um ‘crime de informática’ propriamente dito. Daí a
necessidade de uma legislação específica para esses delitos “ao formular
uma nova categorização, o legislador atrai a atenção da indústria, do mundo
acadêmico e do governo para o fato em si que, então, se torna objeto de
aprofundada reflexão jurídica e técnica. (ROSA, 2006, p.30).

É evidente que a cada etapa da evolução social, nascem novas possibilidades


para tais delitos, devendo o judiciário sempre se atentar para os fatos. No que
concerne a lei n° 12.965/2014, garante em um dos seus dispositivos:

Art. 3º A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:


I - garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de
pensamento, nos termos da Constituição Federal;
II - proteção da privacidade;
III - proteção dos dados pessoais, na forma da lei;
IV - preservação e garantia da neutralidade de rede;
V - preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por
meio de medidas técnicas compatíveis com os padrões internacionais e
pelo estímulo ao uso de boas práticas;
VI - responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos
termos da lei;
VII - preservação da natureza participativa da rede;
VIII - liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, desde que
não conflitem com os demais princípios estabelecidos nesta Lei.
Parágrafo único. Os princípios expressos nesta Lei não excluem outros
previstos no ordenamento jurídico pátrio relacionados à matéria ou nos
tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

Art. 4º A disciplina do uso da internet no Brasil tem por objetivo a promoção:


I - do direito de acesso à internet a todos;
II - do acesso à informação, ao conhecimento e à participação na vida
cultural e na condução dos assuntos públicos;
III - da inovação e do fomento à ampla difusão de novas tecnologias e
modelos de uso e acesso; e
IV - da adesão a padrões tecnológicos abertos que permitam a
comunicação, a acessibilidade e a interoperabilidade entre aplicações e
bases de dados.

Mesmo ainda com toda a legislação presente, ainda acontece


constantemente a transgressão destes direitos, no qual é perceptível que a mídia
vem relatando vários casos nos quais as pessoas têm sua intimidade e vida privada
violadas por sujeitos que se escondem por meio de códigos, programas e outros
meios, sendo as vezes impossível de identifica-los. Com isso, mesmo com a
garantia dos princípios constitucionais e preservação desses direitos no âmbito

8
virtual, o judiciário ainda deverá passar por várias transformações, para que seja
capacitado em achar e punir estes criminosos.

5 A LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO ÂMBITO VIRTUAL

Na contemporaneidade, um dos elementos mais fundamentais para a


sociedade e o Governo é a liberdade de expressão, constituindo um Estado
democrático, que engloba manifestações políticas, ideológicas, religiosa e artística.
E no âmbito digital, para que tal direito não seja violado, foram estabelecidos
princípios orientadores, como o artigo 13 da Convenção Americana de Direitos
Humanos, que diz:

Artigo 13 - Liberdade de pensamento e de expressão


1. Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento e de expressão.
Esse direito inclui a liberdade de procurar, receber e difundir informações e
idéias de qualquer natureza, sem considerações de fronteiras, verbalmente
ou por escrito, ou em forma impressa ou artística, ou por qualquer meio de
sua escolha.
2. O exercício do direito previsto no inciso precedente não pode estar sujeito
à censura prévia, mas a responsabilidades ulteriores, que devem ser
expressamente previstas em lei e que se façam necessárias para
assegurar:
a) o respeito dos direitos e da reputação das demais pessoas;
b) a proteção da segurança nacional, da ordem pública, ou da saúde ou da
moral públicas.
3. Não se pode restringir o direito de expressão por vias e meios indiretos,
tais como o abuso de controles oficiais ou particulares de papel de
imprensa, de frequências radioelétricas ou de equipamentos e aparelhos
usados na difusão de informação, nem por quaisquer outros meios
destinados a obstar a comunicação e a circulação de idéias e opiniões.
4. A lei pode submeter os espetáculos públicos a censura prévia, com o
objetivo exclusivo de regular o acesso a eles, para proteção moral da
infância e da adolescência, sem prejuízo do disposto no inciso 2.
5. A lei deve proibir toda propaganda a favor da guerra, bem como toda
apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitamento à
discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência.

Estes direitos também são compostos por princípios da não discriminação e


privacidade, no qual o acesso universal garante a conectividade, de forma equitativa,
cabendo ao Estado escolher os meios adequados para que seja assegurado a
implementação destes princípios e a garantia de que empresas privadas não

9
imponham barreiras desproporcionais para o acesso à internet6. O pluralismo é
tratado com diversificação e multiplicidade das vozes, que promove a deliberação
pública com o objetivo de preservar o processo democrático, permitindo a difusão de
ideologias de toda a natureza, sob os respaldos do art. 137.
É importante destacar que a liberdade de expressão no ciberespaço também
é protegida pela Constituição Federal, como o art. 220 estabelece:

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a


informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer
restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena
liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação
social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.
§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e
artística.

Em outras palavras, a liberdade de expressão é válida quando não contrariar


a Constituição Federal. No entanto, vale mencionar que é vedado o anonimato, até
mesmo pseudônimo, é importante que o autor seja identificado para evitar que seja
prejudicado o direito a honra, imagem, privacidade e etc. O Supremo Tribunal
Federal se posiciona na seguinte maneira:

Silenciando a Constituição quanto ao regime da internet (rede mundial de


computadores), não há como se lhe recusar a qualificação de território
virtual livremente veiculador de ideias e opiniões, debates, notícias e tudo o
mais que signifique plenitude de comunicação. 4. Mecanismo constitucional
de calibração de princípios. O art. 220 é de instantânea observância quanto
ao desfrute das liberdades de pensamento, criação, expressão e informação
que, de alguma forma, se veiculem pelos órgãos de comunicação social.
Isto sem prejuízo da aplicabilidade dos seguintes incisos do art. 5º da
mesma Constituição Federal: vedação do anonimato (parte final do inciso
IV); do direito de resposta (inciso V); direito a indenização por dano material
ou moral à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas
(inciso X); livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas
as qualificações profissionais que a lei estabelecer (inciso XIII); direito ao
resguardo do sigilo da fonte de informação, quando necessário ao exercício
profissional (inciso XIV). Lógica diretamente constitucional de calibração
temporal ou cronológica na empírica incidência desses dois blocos de
dispositivos constitucionais (o art. 220 e os mencionados incisos do art. 5º).
Noutros termos, primeiramente, assegura-se o gozo dos sobredireitos de
personalidade em que se traduz a "livre" e "plena" manifestação do

6
LIBERDAD DE EXPRESSIÓN E INTERNET. Comisión Interamericana de Derechos Humanos,
Relatoría Especial para La Liberdad de Expresión, Organización de los Estados Americanos. 2013, p
13.
7
LIBERDAD DE EXPRESSIÓN E INTERNET. Comisión Interamericana de Derechos Humanos,
Relatoría Especial para La Liberdad de Expresión, Organización de los Estados Americanos. 2013, p
14.
10
pensamento, da criação e da informação. Somente depois é que se passa a
cobrar do titular de tais situações jurídicas ativas um eventual desrespeito a
direitos constitucionais alheios, ainda que também densificadores da
personalidade humana. Determinação constitucional de momentânea
paralisia à inviolabilidade de certas categorias de direitos subjetivos
fundamentais, porquanto a cabeça do art. 220 da Constituição veda
qualquer cerceio ou restrição à concreta manifestação do pensamento
(vedado o anonimato), bem assim todo cerceio ou restrição que tenha por
objeto a criação, a expressão e a informação, seja qual for a forma, o
processo, ou o veículo de comunicação social. Com o que a Lei
Fundamental do Brasil veicula o mais democrático e civilizado regime da
livre e plena circulação das ideias e opiniões, assim como das notícias e
informações, mas sem deixar de prescrever o direito de resposta e todo um
regime de responsabilidades civis, penais e administrativas. Direito de
resposta e responsabilidades que, mesmo atuando a posteriori, infletem
sobre as causas para inibir abusos no desfrute da plenitude de liberdade de
imprensa [...]8.

Em outros casos, podem ocorrer conflitos entre a liberdade de expressão e o


direito de personalidade, pois de um lado temos o direito da manifestação do
pensamento, informações, a proibição da censura e no outro, é consagrado no art.
5°, inciso X da Constituição Federal, a inviolabilidade da vida privada, intimidade,
honra e a imagem das pessoas. Nesse sentido, a exposição de fatos de um
determinado assunto ou acontecimento pode prejudicar terceiros, e a necessidade
do bloqueio de tal conteúdo deve ser analisado singularmente. Devido a isso,
salienta-se o entendimento jurisprudencial em tal circunstância:

BLOQUEIO DE CONTEÚDO NA INTERNET – CENSURA PRÉVIA À


LIBERDADE DE EXPRESSÃO E CERCEIO AO DIREITO À INFORMAÇÃO.
Sem prévia verificação quanto à ilicitude, não é possível exigir do provedor
a remoção da internet de conteúdos de áudio e de vídeo relativos a fatos
graves supostamente ocorridos em estabelecimento educacional. Centro
Educacional ajuizou ação de obrigação de fazer em desfavor de Google
Brasil Internet Ltda. objetivando o bloqueio do acesso de conteúdos de
mídia relacionados a maus-tratos a crianças, supostamente ocorridos em
seu estabelecimento. Em primeira instância, o pedido foi julgado
procedente. Para os Desembargadores, trata-se de colisão de direitos
constitucionalmente tutelados: de um lado, o direito à manifestação do
pensamento, à liberdade de expressão e, do outro, direitos da
personalidade, o que deve ser balizado diante de cada caso concreto. Na
hipótese, os Julgadores salientaram não ser lícito e nem juridicamente
razoável impedir o fluxo e a disponibilidade de todo e qualquer conteúdo
que diga respeito a determinado fato ou assunto, quando é patente a sua
relevância social. Destacaram que o art. 19 da Lei 12.965/2014 só permite a
obstrução de determinado conteúdo quando é possível se fazer juízo de
valor quanto à sua ilicitude, se não, tal fato acarretaria censura prévia e
restrição à liberdade de expressão e ao direito de informação. Os
Desembargadores concluíram que, como não há provas de que os vídeos

8
Supremo Tribunal Federal – Tribunal Pleno/ ADPF 130/ Relator: Ministro Carlos Britto/ Julgado em
30.04.2009/ Publicado no DJe em 05.11.2009, p. 2.381.
11
foram editados e postados com o escopo de prejudicar a imagem da escola
no meio social, não há suporte probatório consistente para que seja
efetuado o bloqueio genérico de acesso aos conteúdos. Dessa forma,
deram provimento ao recurso e a sentença foi reformada.
(Acórdão n. 911432, 20150020218878AGI, Relator: JAMES EDUARDO
OLIVEIRA, 4ª Turma Cível, Data de Julgamento: 25/11/2015, Publicado no
DJE: 15/12/2015. Pág.: 193).

Em suma, é importante analisar cada caso concreto diante de um conflito


entre direitos fundamentais. Nota-se que ainda há uma grande necessidade da
evolução do direito, diante do mundo virtual com infinitas ferramentas, que pode
acarretar em uma revolução social, mas ao mesmo, tempo a insegurança na
sociedade. Por isso, é fundamental que os usuários saibam os limites e as regras de
uso, evitando a incidências de crimes e garantir a harmonia no convívio no
ciberespaço.

6 AS DIFICULDADES NA INVESTIGAÇÃO PARA OBTER OS INDÍCIOS DA


AUTORIA

Não obstante, mesmo com o estabelecimento de inúmeras normas para


limitar ações maliciosas no mundo virtual, nota-se várias lacunas que ainda devem
ser preenchidas pelo legislativo, pois em um mundo que se pode conseguir recursos
imensuráveis e ferramentas infinitas, é imprescindível que tal ordenamento esteja
apto para lidar com situações em que, por exemplo, o sujeito possa desaparecer no
ciberespaço, pois assim, seria muito fácil um usuário criar uma conta falsa e logo em
seguida, denegrir a imagem de uma pessoa, e posteriormente, após toda a
repercussão, excluir a conta. Assim destaca Jesus e Milagre (2016):

Entretanto, a progressiva mutação tecnológica dificulta o combate a esses


crimes, que estão em constante alinhamento com as novas tecnologias.
Assim, com o uso incontido e indiscriminado da internet, alguns indivíduos
com conhecimento em informática passaram a se aprimorar e utilizar esses
conhecimentos roubar informações criptografadas, como já havia sendo
feito há muito tempo, para obter proveito econômico ou ainda, por mera
diversão. (JESUS e MILAGRE, 2016)

Em alguns casos ainda é possível identificar o responsável, mas ainda teria


que submeter todo um processo para provar tal ação. Conforme o entendimento de
Fernando Tourinho Filho (2009), acerca de provar a veracidade do fato:

12
Antes de mais nada, estabelecer a existência da verdade; e as provas são
os meios pelos quais se procura estabelecê-la. É demonstrar a veracidade
do que se afirma, do que se alega. Entendem-se, também, por prova, de
ordinário, os elementos produzidos pelas partes ou pelo próprio Juiz
visando a estabelecer, dentro do processo, a existência de certos fatos. É o
instrumento de verificação do thema probandum. (TOURINHO, 2009, P.
522).

No Brasil, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes


Cibernéticos, em 2015, evidenciou a grande dificuldade em rastrear, identificar e
punir os crimes de internet9. A Agência Câmara de Notícias (2015) relata acerca da
CPI e as complicações na investigação de achar o responsável:

A dificuldade se deve ao fato de que a velocidade de obter as informações


com as empresas não ocorre na velocidade da internet. O chefe do Serviço
de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF, Elmer Vicente, explicou que a
investigação começa com a identificação do endereço IP do computador de
onde partiu o crime, que é dado pelo provedor de serviço.
O próximo passo é conseguir, com o provedor de internet, o nome do
usuário do IP. Segundo Elmer, no entanto, há duas grandes dificuldades. A
primeira é que, curiosamente, algumas empresas não aceitam a requisição
de informações da polícia pela internet.
Outra dificuldade é que, se antes algumas empresas concediam
informações por meio de requisição policial, com o marco civil da internet,
as empresas geralmente cedem os dados apenas por meio judicial.
(AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS, 2015)

Vale lembrar que nem todo criminoso informático é especializado ou


conhecedor na área da informática. Alguns desses delitos, como a pedofilia ou crime
contra a honra, podem ser cometidos por usuários comuns, que possuem apenas
um celular ou qualquer dispositivo tecnológico com internet. No entanto, essas
situações podem ser mais fáceis de serem identificados.
Assim como as pessoas possuem números para serem identificadas, como o
CPF (Cadastro de Pessoa Física), os computadores e periféricos conectados à
Internet também possuem, sendo distinguidos pelo endereço IP, sendo um número
de protocolo único que permite que as máquinas tenham acesso à rede (SALGADO
BRAGA, 2018).

9
Para mais informações, acesse: https://www.camara.leg.br/noticias/467819-cpi-constata-dificuldade-
em-rastrear-e-punir-crimes-de-internet/
13
Ademais, é necessário que a sociedade em geral, realize um estudo
aprofundado sobre a rede mundial de computadores, para que o usuário seja
conscientizado das possibilidades de delitos e práticas abusivas, sendo uma forma
de evita-los e ao mesmo tempo estando apto em combater tais transgressões. Ao
mesmo tempo, o Estado também deverá tentar estar à frente destes criminosos,
capacitando os seus agentes para que seja possibilitado achar o responsável e
restituir a ordem social.

7 CONCLUSÕES

É evidente que o avanço tecnológico influencia diretamente no


comportamento social, como a internet, que possui recursos infinitos. Porém, ao
mesmo tempo, abre incontáveis brechas para ataques virtuais, ameaçando a
segurança digital. Estes atos podem incluir difamação, exposição de dados
pessoais, crimes contra a honra, injúria, bullyng e demais delitos. Infelizmente, estas
violações estão se tornando mais comuns e muitas vezes, pode ser falta de
descuido e conhecimento por parte do usuário.
Em face disso, é essencial a conscientização do sujeito nas navegações no
ciberespaço, para que seja capaz de identificar e evitar danos futuros. Para Cassanti
(2014, p.22), ‘’Não haverá o mínimo de possibilidade em obter êxito na luta contra os
crimes virtuais se quem pretender vencê-lo primeiramente não puder entende-lo’’.
Por isso, é fundamental que o usuário esteja consciente de que seu dispositivo,
assim como os de milhares de pessoas, poderão ser alvos de invasores.
Em virtude do que foi mencionado, é notório o crescente número de casos de
violações nas redes sociais, sendo imprescindível que o Poder Legislativo seja mais
severo em consonância com o ordenamento jurídico vigente acerca dos crimes
virtuais, assim também cabe o Estado e Ministério da Educação estabelecerem
novos princípios acerca do direito digital e seus limites nas escolas, formando uma
sociedade mais consciente e capaz de promover a paz social.

REFERÊNCIAS

14
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