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De acordo com o professor Thiago Souza (Toda Matéria), que com o intuito de
facilitar a troca de informações, pois temiam ataques dos soviéticos, o Departamento
de Defesa dos Estados Unidos (ARPA - Advanced Research Projects Agency) criou
um sistema de compartilhamento de informações entre pessoas distantes
geograficamente, a fim de facilitar as estratégias de guerra. Assim, no dia 29 de
outubro de 1969 foi estabelecida a primeira conexão entre a Universidade da
Califórnia e o Instituto de Pesquisa de Stanford.
Não tão distante do momento atual, o Brasil teve seu primeiro contato com
crimes virtuais, ao menos o que chamou atenção na época em que ocorrerá, o caso
da atriz Ana Carolina Dieckmann. Expondo assim a seguir:
“Em 2011, a atriz Carolina Dieckmann teve sua intimidade violada após um
grupo de hackers invadir seu computador pessoal e divulgar sem
autorização 36 imagens íntimas pelas redes sociais. Além das fotos
roubadas, a atriz chegou a receber ameaças e extorsões para evitar a
exposição. (Defensoria Pública do Estado do Ceará, 2022)”
Ao entrar em contato com todas as mudanças advindas das novas leis que
controlam os crimes virtuais, antes é preciso que se tenha a definição concisa do
que seja um crime cibernético. Pois, de todo modo o termo crime cibernético se
torna amplo a partir do momento em que vivenciamos experiências rotineiras e
duradouras no que tange ao âmbito virtual.
Quanto aos crimes mistos Schimidt (2014, apud Pinheiro, 2000) definem, “são
aqueles em que o uso da internet ou sistema informático é condição sine qua non
para a efetivação da conduta, embora o bem jurídico visado seja diverso ao
informático”. Porquanto, prejudicar um sistema informático não é o alvo do agente,
mas sim, é o meio pelo qual comete o comete o crime, se tornando objeto
indispensável para consumação de fato da ação criminosa.
[...] são aqueles que utilizam a Internet apenas como instrumento para a
realização de um delito já tipificado pela lei penal. A Rede Mundial de
Computadores, acaba por ser apenas mais um meio para a realização de
uma conduta delituosa. (Schimidt, 2014)
3 LEGISLÇÃO VIGENTE
O marco do direito digital teve sua gênese em 2012 com a criação da lei Nº
12.737, também conhecida como lei Ana Carolina Dieckmann, com propósito de
objetificar de forma criminosa a invasão a dispositivos eletrônicos. A lei surge como
uma forma de assegurar o direito digital, resguardando a todos os usuários da rede
de internet, o direito de utilização dos meios eletrônicos de forma online, sem que
fiquem desprotegidos dos criminosos que agem por toda rede de informática.
A medida surgiu como uma rápida resposta ao fato que ocorreu no ano de
2011, cuja vítima a atriz Ana Carolina Dieckmann teve fotos íntimas vazadas, crime
que causou grande repercussão na época, especialmente ao fato da vítima ficar
desamparada pela justiça que não possui dispositivo legal que retificasse a
conduta praticada na época como crime. Definindo crime de invasão a dispositivo
alheio, conectado ou não a rede de internet.
O mais recente dispositivo legal competente que fora inserido como forma
de proteção ao direito digital, foi a LGPD, a lei geral de proteção de dados, criada
em 2018 a lei de Nº13.709, tem como principal objetivo resguardar os direitos
fundamentais de privacidade, liberdade e a condição de desenvolvimento pessoal
do usuário. Almejando a padronização de regras práticas afim de assegurar a
proteção dos dados pessoais de todo cidadão brasileiro, enquanto usufrutuário dos
sistemas legais de informática e de toda rede de internet.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GADELHA, Álvaro; CANDAL, Ludmila. 80% dos crimes cibernéticos estão ligados à
engenharia social, diz especialista. CNN. Disponível em:
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/80-dos-crimes-ciberneticos-estao-ligados-a-
engenharia-social-diz-especialista/ Acesso em: 28 set. 2023