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AULA
2
1. Samanta, treze anos, foi flagrada praticando atos sexuais com seu namorado Mateus,
dezessete anos.
Assertiva: Mateus praticou, em tese, o crime de estupro de vulnerável.
Certo ( ) Errado ( )
2. (AUTOR – 2021) Não excluem a imputabilidade penal a emoção, a paixão e a embriaguez,
voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
Certo ( ) Errado ( )
3. (AUTOR – 2021) Emoção ou paixão não são causas de exclusão da imputabilidade penal.
Certo ( ) Errado ( )
4. (AUTOR – 2021) É isento de pena o agente que, por embriaguez, proveniente de caso for-
tuito ou força maior, não possui, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
C
Certo ( ) Errado ( )
5. (AUTOR – 2021) O deficiente mental inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito
do fato é inimputável.
Certo ( ) Errado ( )
6. Pedro, com vinte e dois anos de idade, e Paulo, com vinte anos de idade, foram denunciados
pela prática de furto contra Ana. A defesa de Pedro alegou inimputabilidade. Paulo confes-
sou o crime, tendo afirmado que escolhera a vítima porque, além de idosa, ela era sua tia.
Se, em virtude de perturbação de saúde mental, Pedro não for inteiramente capaz de entender
o caráter ilícito do seu ato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, a pena
imposta a ele poderá ser reduzida.
Certo ( ) Errado ( )
7. (AUTOR – 2021)Haverá redução de pena ao agente que, por embriaguez completa, prove-
niente de caso fortuito ou força maior, é, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Certo ( ) Errado ( )
8. (AUTOR – 2021) São penalmente inimputáveis os menores de 21 anos e, por isso, são
reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso é, ao tempo do crime,
menor de 21 (vinte e um) anos.
Certo ( ) Errado ( )
Questões sobre a aula 3
12. Conforme dispõe o Código Penal Brasileiro em seu artigo 27, são penalmente inimputáveis,
ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial, os menores de:
a) 18 anos;
b) 21 anos;
c) 17 anos;
d) 20 anos;
e) 19 anos.
4
13. Gabriel, 25 anos, desferiu, de maneira imotivada, diversos golpes de madeira na cabeça de
Fábio, seu irmão mais novo. Após ser denunciado pelo crime de lesão corporal gravíssima,
foi realizado exame de insanidade mental, constatando-se que, no momento da agressão,
Gabriel, em razão de desenvolvimento mental incompleto, não era inteiramente capaz de
entender o caráter ilícito do fato.
Diante da conclusão do laudo pericial, deverá ser reconhecida a:
a) inimputabilidade do agente, afastando-se a culpabilidade;
b) semi-imputabilidade do agente, afastando-se a culpabilidade;
c) inimputabilidade do agente, afastando-se a tipicidade;
d) semi-imputabilidade do agente, que poderá funcionar como causa de redução de
pena;
e) semi-imputabilidade do agente, afastando-se a tipicidade.
16. Tício, maior de 18 anos, é portador de doença mental, necessitando de medicação diária.
A doença, por si só, não prejudica a capacidade de compreensão. Todavia, a medicação,
ingerida em conjunto com bebida alcoólica em quantidade, provoca surtos psicóticos, com
exclusão da capacidade de entendimento. Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso,
em seu organismo, mas costuma beber, moderadamente, justamente para desfrutar dos
efeitos que, segundo ele, “dá barato”. Em uma festa, Tício, sem saber que se tratava de
uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcoólico), pensando ser gim, preparou um
coquetel de frutas e ingeriu. Ao recobrar a consciência, soube que esfaqueou dois de seus
melhores amigos, causando a morte de um e lesão de natureza grave em outro. A respeito
da situação, é correto afirmar que
a) Tício, por ser maior de 18 anos, é imputável, sendo irrelevante a circunstância de ter
praticado o crime em estado de completa embriaguez.
Questões sobre a aula 5
18. Iter criminis corresponde ao percurso do crime, compreendido entre o momento da co-
gitação pelo agente até os efeitos após sua consumação. Há relevância no estudo do iter
criminis porque, conforme o caso, podem incidir institutos como desistência voluntária,
princípio da consunção e tentativa. Considera-se punível o crime tentado no caso de
a) o agente ser flagrado elaborando os planos para a prática do crime.
b) o agente ser flagrado realizando atos de preparação para o crime.
c) o crime, iniciada a execução, não se consumar por ineficácia absoluta do meio em-
pregado para sua prática.
d) o crime, iniciada a execução, não se consumar por circunstâncias alheias à vontade
do agente.
e) o agente, iniciada a execução, desistir de prosseguir com a ação, impedindo seu
resultado.
19. Toda ação criminosa, advinda de conduta dolosa, é antecedida por uma ideação e resolução
criminosa. O sujeito percorre um caminho que vai da concepção da ideia até a consuma-
ção. A esse caminho dá-se o nome de iter criminis, o qual é composto por fase interna
(cogitação) e fases externas ao agente (atos preparatórios, executórios e consumação).
Diversas situações podem ocorrer durante o desenvolvimento das ações dirigidas ao fim
do crime. Assinale a alternativa que expressa de forma correta uma dessas situações, seja
na fase interna ou externa.
a) Na tentativa o sujeito dá início aos atos executórios da conduta, os quais deixa volun-
tariamente de praticar em virtude de circunstâncias alheias a sua vontade, recebendo,
como consequência, diminuição na pena final aplicada.
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b) O arrependimento posterior ocorre após o término dos atos executórios, porém an-
tes da consumação. Nesse caso o sujeito responderá pelo crime, mas sua pena será
reduzida se reparados os danos causados.
c) A desistência voluntária caracteriza verdadeira ponte de ouro ao infrator que impede
a consumação do crime após o término dos atos executórios, isentando-o de qualquer
responsabilidade pelos danos causados.
d) Os atos preparatórios do crime não são punidos, mesmo que caracterize em si con-
duta tipificada, em virtude da teoria finalista da ação que direciona a punição para a
finalidade do crime e não para os meios de sua prática.
e) O crime impossível demanda o início dos atos executórios do crime pelo agente,
eximindo-o de responsabilidade penal pelo crime almejado, respondendo, todavia,
pelos atos anteriores que forem considerados ilícitos.
20. No que se refere a crime consumado e a crime tentado, assinale a opção correta.
a) Situação hipotética: Maria entrou em uma loja de cosméticos e furtou um frasco de
creme hidratante, em um momento de descuido da vendedora. Assertiva: Nesse caso,
a consumação do crime ocorreu com a mera detenção do bem subtraído.
b) Situação hipotética: José deu seis tiros em seu desafeto, que foi socorrido e so-
breviveu, por circunstâncias alheias à vontade de José. Assertiva: Nesse caso, está
configurada a tentativa imperfeita.
c) Situação hipotética: Policiais surpreenderam João portando uma chave-mestra en-
quanto circulava próximo a uma loja no interior de um shopping center em atitude
suspeita. Assertiva: Nesse caso, João responderá por tentativa de furto, pois, devido
ao porte da chave-mestra, os policiais puderam inferir que ele pretendia furtar um
veículo no estacionamento.
d) Os atos preparatórios de um crime de homicídio, a ser executado com o emprego de
arma de fogo que possui a numeração raspada, não caracterizam a tentativa e não
podem constituir crime autônomo.
e) No iter criminis, a aquisição de uma corda a ser utilizada para amarrar a vítima que
se pretende sequestrar é ato executório do crime de sequestro.
GABARITO
1. ERRADO.
2. CERTO.
3. CERTO.
4. ERRADO.
5. CERTO.
6. CERTO.
7. ERRADO.
8. ERRADO.
Questões Comentadas 7
9. ERRADO.
10. ERRADO.
11. A.
12. A.
13. D.
14. C.
15. E.
16. D.
17. C.
18. D.
19. E.
20. A.
QUESTÕES COMENTADAS
Julgue os itens a seguir, de acordo com o Direito Penal – Parte Geral.
1. Samanta, treze anos, foi flagrada praticando atos sexuais com seu namorado Mateus,
dezessete anos.
Assertiva: Mateus praticou, em tese, o crime de estupro de vulnerável.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o art. 27, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o art. 27, do Código Penal Brasileiro.
O crime de estupro de vulnerável está previsto no art. 217-A do Código Penal:
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos.
Porém, apesar de Samanta ter 13 anos, Mateus não pode ser acusado de cometer o crime de estupro de
vulnerável, pois tem apenas 17 anos e é inimputável. Veja:
Menores de dezoito anos
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas
na legislação especial.
Nesse caso, de acordo com a Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), Mateus cometeu um ato
infracional (art. 103, ECA) e se submeterá às medidas do Estatuto.
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3. (AUTOR – 2021) Emoção ou paixão não são causas de exclusão da imputabilidade penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o art. 28, I, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o art. 28º, I, do Código Penal Brasileiro.
A emoção e a paixão não excluem a imputabilidade penal. É o que afirma o art. 28, I, do CP:
Emoção e paixão
Art. 28. Não excluem a imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão;
2. Estado patológico: quando a emoção ou a paixão passam a caracterizar formas de doença mental.
Porém, a violenta emoção provocada por ato injusto da vítima é uma atenuante genérica da pena (art. 65,
III, “c” do CP).
Art. 65. São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
[...]
III - ter o agente:
[...]
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob
a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima.
4. (AUTOR – 2021) É isento de pena o agente que, por embriaguez, proveniente de caso for-
tuito ou força maior, não possui, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com art. 28, §2º, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o art. 28, §2º, do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o §2º, do art. 28, CP.
Art. 28. Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11/7/1984)
§ 1º É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
§ 2º A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso
fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11/7/1984)
Se o agente, à época do fato, era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato por conta de
doença mental, ele será inimputável. É exatamente o que prevê o art. 26, caput, do CP:
Inimputáveis
Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado,
era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
-se de acordo com esse entendimento.
A doença mental deve ser vista em sentido amplo, para abranger não só os problemas patológicos, mas tam-
bém os toxicológicos e todas as alterações mentais ou psíquicas, sejam elas transitórias ou permanentes.
O desenvolvimento mental incompleto ou retardado é aquele que não se mostra compatível com a fase
da vida que o indivíduo se encontra. Pode decorrer de doenças congênitas ou adquiridas, ou ainda alguma
deficiência.
Em ambos os casos, o que deve ser analisado é se era possível ou não entender o caráter ilícito do fato ou
de se determinar de acordo com esse entendimento no momento da prática da conduta. E, para que essa
análise seja possível, é indispensável a perícia médica.
Contudo, se o agente não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento, o agente será considerado imputável, mas de forma reduzida. Nesse caso, sua
pena poderá ser reduzida de um a dois terços. É o que se extrai do art. 26, parágrafo único do CP:
Art. 26
Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde
mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Nesse caso, não há a completa eliminação da capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de se deter-
minar de acordo com esse entendimento. Perceba que há uma diferença de grau em relação aos inimputáveis.
6. Pedro, com vinte e dois anos de idade, e Paulo, com vinte anos de idade, foram denun-
ciados pela prática de furto contra Ana. A defesa de Pedro alegou inimputabilidade. Paulo
confessou o crime, tendo afirmado que escolhera a vítima porque, além de idosa, ela era
sua tia.
Se, em virtude de perturbação de saúde mental, Pedro não for inteiramente capaz de entender
o caráter ilícito do seu ato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, a pena
imposta a ele poderá ser reduzida.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão correta de acordo com o art. 26 do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão correta de acordo com o art. 26, Código Penal Brasileiro.
Se o agente, à época do fato, era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato por conta de
doença mental, ele será inimputável. É exatamente o que prevê o art. 26, caput, do CP:
Inimputáveis
Questões Comentadas 11
Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado,
era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determi-
nar-se de acordo com esse entendimento.
Consoante Cleber Masson (Direito Penal Esquematizado. Vol. 1. 8 ed. São Paulo: Método, 2014. p. 479), “a doença
mental deve ser vista em sentido amplo, para abranger não só os problemas patológicos, mas também os
toxicológicos e todas as alterações mentais ou psíquicas, sejam elas transitórias ou permanentes”.
Ainda segundo o autor citado (op. cit. 480), “o desenvolvimento mental incompleto ou retardado é aquele que
não se mostra compatível com a fase da vida que o indivíduo se encontra. Pode decorrer de doenças congênitas
ou adquiridas, ou ainda alguma deficiência”.
Em ambos os casos, o que deve ser analisado é se era possível ou não entender o caráter ilícito do fato
ou de se determinar de acordo com esse entendimento no momento da prática da conduta. E, para que
essa análise seja possível, é indispensável a perícia médica. Sendo positiva a resposta, estará excluída a
culpabilidade.
Contudo, se o agente não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento, ele será considerado imputável, mas de forma reduzida. Nesse caso, sua
pena poderá ser reduzida de um a dois terços. É o que se extrai do art. 26, parágrafo único do CP:
Art. 26
Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de
saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Nesse caso, não há a completa eliminação da capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de se deter-
minar de acordo com esse entendimento. Perceba que há uma diferença de grau em relação aos inimputáveis.
Portanto, a assertiva está correta.
7. (AUTOR – 2021) Haverá redução de pena ao agente que, por embriaguez completa, prove-
niente de caso fortuito ou força maior, é, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o art. 28, §1º, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o art. 28, §1º, do Código Penal Brasileiro.
Consoante o §1º, do art. 28 do Código Penal. Senão vejamos:
Art. 28. Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11/7/1984)
§ 1º É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior,
era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de deter-
minar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
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§ 2º A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou
força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
8. (AUTOR – 2021) São penalmente inimputáveis os menores de 21 anos e, por isso, são
reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso é, ao tempo do crime,
menor de 21 (vinte e um) anos.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o art. 27, do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o art. 27, do Código Penal Brasileiro.
Nos termos do art. 27 c/c com art. 115, ambos do Código Penal.
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas
na legislação especial.
Art. 115. São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21
(vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
10. (AUTOR – 2021) A embriaguez culposa anterior à prática de crime é causa de diminuição
de pena, mas não torna o agente inimputável.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão incorreta de acordo com o art. 28, II, § 1º do Código Penal Brasileiro.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão incorreta de acordo com o art. 28, II, § 1º do Código Penal Brasileiro.
Questões Comentadas 13
Embriaguez é o estado em que o corpo humano, através do álcool ou de substância de efeitos análogos,
encontra-se intoxicado, de forma que “a pessoa perde a capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de se
determinar de acordo
com esse entendimento” (MASSON, Cleber. Código Penal Comentado. 8. ed. São Paulo: Método, 2020).
Apesar disso, a embriaguez não exclui a imputabilidade penal, seja ela voluntária ou ainda que tenha sido
culposa. Veja o que dispõe o art. 28, II, do Código Penal:
Art. 28. Não excluem a imputabilidade penal:
[...]
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
Se na embriaguez completa a pessoa perde a capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de se determi-
nar de acordo com esse entendimento, porque ela é punida? Quem responde essa pergunta é a teoria da actio
libera in causa (ou ação livre na causa).
De acordo com essa teoria, “a causa da causa também é a causa do que foi causado”..
Quer dizer que devemos analisar o estado anterior à embriaguez. Antes de o agente iniciar o consumo do álcool,
ou substância análoga, ele era imputável? Se sim, então, parte-se do pressuposto que ele tinha consciência do
que estava fazendo. Dessa forma, ao entrar no estado de embriaguez, ainda que não tivesse essa intenção,
se o agente comete um fato típico, com dolo ou com culpa, deverá responder por ele, pois era previsível que
poderia entrar nesse estado de embriaguez.
A embriaguez só é causa de exclusão de culpabilidade quando é proveniente de caso fortuito ou força maior.
Nesse caso não entra em ação a teoria da actio libera in causa, pois o indivíduo não tinha a opção de ingerir
ou não o álcool. Veja:
Art. 28.
§ 1º. É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
11. Durante uma festa, em 19 de fevereiro de 2018, Laura vem a saber que Lívia anunciou
para todos que tentaria manter relações sexuais com o referido namorado. Soube, ainda,
que Lívia disse que, na semana seguinte, iria desferir um tapa no rosto de Laura, na frente
de seus colegas, como forma de humilhá-la.
Diante disso, para evitar que as ameaças de Lívia se concretizassem, Laura, durante a festa,
desfere facadas no peito de Lívia, mas terceiros intervêm e encaminham Lívia diretamente para
o hospital. Dois dias depois, Lívia vem a falecer em virtude dos golpes sofridos. Descobertos
os fatos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Laura pela prática do crime de
homicídio qualificado.
Confirmados integralmente os fatos, a defesa técnica de Laura deverá pleitear o reconheci-
mento da
a) inimputabilidade da agente.
b) legitima defesa.
c) inexigibilidade de conduta diversa.
d) atenuante da menoridade relativa.
e) Coação moral irresistível.
14
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito A de acordo com art. 27, do Código Penal Brasileiro.
a) inimputabilidade da agente.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito A de acordo com art. 27, do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o enunciado da questão, Laura tinha 17 anos na data da ação, ou seja, é considerada inimputável.
É válido ressaltar que o Código Penal adota a teoria da atividade em relação ao tempo do crime, sendo assim, de
acordo como o art. 4º, considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado.
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabeleci-
das na legislação especial.
Art. 4º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado.
12. Conforme dispõe o Código Penal Brasileiro em seu artigo 27, são penalmente inimputáveis,
ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial, os menores de:
a) 18 anos;
b) 21 anos;
c) 17 anos;
d) 20 anos;
e) 19 anos.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito A de acordo com o art. 27, do Código Penal Brasileiro.
a) 18 anos;
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito A de acordo com o artigo 27, do Código Penal Brasileiro.
Vejamos o art. 27 do Código Penal:
Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na
legislação especial.
Logo, segundo o Código Penal, os menores de 18 anos são inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabeleci-
das na legislação especial.
13. Gabriel, 25 anos, desferiu, de maneira imotivada, diversos golpes de madeira na cabeça de
Fábio, seu irmão mais novo. Após ser denunciado pelo crime de lesão corporal gravíssima,
foi realizado exame de insanidade mental, constatando-se que, no momento da agressão,
Gabriel, em razão de desenvolvimento mental incompleto, não era inteiramente capaz de
entender o caráter ilícito do fato.
Questões Comentadas 15
Portanto, Gabarito D --> Diante da conclusão do laudo pericial (não era inteiramente capaz de entender o caráter
ilícito do fato), deverá ser reconhecida a semi-imputabilidade do agente, que poderá funcionar como causa de
redução de pena.
agente estar no momento da conduta, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determi-
nar-se de acordo com esse entendimento.
Art. 28. Não excluem a imputabilidade penal:
(...)
Embriaguez
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11/7/1984)
§ 1º É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
§ 2º A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou
força maior, não possuía, ao tempo da
ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
esse entendimento
Cléber Masson nos conceitua embriaguez acidental: “Acidental, ou fortuita, é a embriaguez que resulta de
caso fortuito ou força maior.
No caso fortuito, o indivíduo não percebe ser atingido pelo álcool ou substância de efeitos análogos, ou
desconhece uma condição fisiológica que o torna submisso às consequências da ingestão do álcool.
Exemplos:
(1) o sujeito mora ao lado de uma destilaria de aguardente, e aos poucos acaba embriagado pelos vapores da
bebida que inala sem perceber; e
(2) o agente faz tratamento com algum tipo de remédio, o qual potencializa os efeitos do álcool.
Na força maior, o sujeito é obrigado a beber, ou então, por questões profissionais, necessita permanecer
em recinto cercado pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
Exemplos:
(1) o agente é amarrado e injetam em seu sangue elevada quantidade de álcool; e
(2) o indivíduo trabalha na manutenção de uma destilaria de aguardente e, em determinado dia, cai em um tonel
cheio da bebida.”
(Masson, Cléber, Direito Penal Vol.1, 2019, p. 678 e 679).
16. Tício, maior de 18 anos, é portador de doença mental, necessitando de medicação diária.
A doença, por si só, não prejudica a capacidade de compreensão. Todavia, a medicação,
ingerida em conjunto com bebida alcoólica em quantidade, provoca surtos psicóticos, com
exclusão da capacidade de entendimento. Tício sabe dos efeitos do álcool, em excesso,
em seu organismo, mas costuma beber, moderadamente, justamente para desfrutar dos
efeitos que, segundo ele, “dá barato”. Em uma festa, Tício, sem saber que se tratava de
uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcoólico), pensando ser gim, preparou um
coquetel de frutas e ingeriu. Ao recobrar a consciência, soube que esfaqueou dois de seus
melhores amigos, causando a morte de um e lesão de natureza grave em outro. A respeito
da situação, é correto afirmar que
a) Tício, por ser maior de 18 anos, é imputável, sendo irrelevante a circunstância de ter
praticado o crime em estado de completa embriaguez.
18
17. 17. Um dos elementos da culpabilidade, a imputabilidade será excluída no caso de o agente
atuar sob o estado de embriaguez completa.
a) preordenada.
Questões Comentadas 19
b) voluntária.
c) fortuita.
d) culposa.
e) intencional.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito C de acordo com o art. 28, § 1º, do Código Penal Brasileiro.
c) fortuita.
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito C de acordo com o art. 28, § 1º, do Código Penal Brasileiro.
O crime culposo é aquele perpetrado mediante a inobservância de um dever objetivo de cuidado. Diversamente
do crime doloso, é praticado sem que haja intenção do agente, mas, sim, um mero descuido de sua parte.
Suas modalidades, segundo o art. 18, II, do Código Penal, são precisamente aquelas estampadas pela alternativa:
imprudência, negligência e imperícia.
Imprudência consiste em uma ação, ou seja, um proceder descuidado do agente, como no caso do indivíduo que,
sem intenção de cometer delito, avança com seu veículo no sinal vermelho de trânsito, provocando uma colisão
com outro veículo.
Por sua vez, negligência refere-se a uma omissão descuidada, a exemplo de certa pessoa que se esquece de
fazer a revisão em seu veículo e, durante viagem, vem a provocar um acidente, por falha mecânica.
Por fim, imperícia resume-se à falta de aptidão para o exercício de um ofício, uma arte ou função específica.
Como exemplo, cita-se o motorista de ônibus que, desatento no exercício de sua função, atropela transeuntes.
18. Iter criminis corresponde ao percurso do crime, compreendido entre o momento da co-
gitação pelo agente até os efeitos após sua consumação. Há relevância no estudo do iter
criminis porque, conforme o caso, podem incidir institutos como desistência voluntária,
princípio da consunção e tentativa. Considera-se punível o crime tentado no caso de
a) o agente ser flagrado elaborando os planos para a prática do crime.
b) o agente ser flagrado realizando atos de preparação para o crime.
c) o crime, iniciada a execução, não se consumar por ineficácia absoluta do meio em-
pregado para sua prática.
d) o crime, iniciada a execução, não se consumar por circunstâncias alheias à vontade
do agente.
e) o agente, iniciada a execução, desistir de prosseguir com a ação, impedindo seu
resultado.
GABARITO: D.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito D de acordo com o Direito Penal Brasileiro.
d) o crime, iniciada a execução, não se consumar por circunstâncias alheias à vontade
do agente.
20
SOLUÇÃO COMPLETA
Gabarito D de acordo o Direito Penal Brasileiro.
O iter criminis (ou “caminho do crime”) “corresponde às etapas percorridas pelo agente para a prática de um fato
previsto em lei como infração penal” (MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado. 8. ed. São Paulo: Método,
2014). O seu conhecimento é fundamental para a punição do crime. Em regra, quanto menos etapas percorridas,
menor será a pena.
Ele é dividido em duas fases:
> Fase interna: representada pela cogitação.
> Fase externa: dividida em preparação, execução e consumação. O exaurimento do delito não integra o
iter criminis, mas pode influenciar na dosimetria da pena.
A cogitação (fase interna) não é punível pelo Direito Penal.
Em relação à fase externa, temos que analisar cada uma das subfases:
20. 3) Consumação: ocorre quando se reúnem todos os elementos da definição legal do cri-
me. Por exemplo: o crime de homicídio estará consumado quando a vítima falecer, pois
o núcleo do tipo do art. 121 é “matar”.
A tentativa (conatus ou crime imperfeito) se caracteriza pela não consumação do delito por circunstâncias
alheias à vontade do agente (na fórmula de Frank, “quero prosseguir, mas não posso”).
Está prevista no art. 14, II do CP:
Art. 14. Diz-se o crime:
[...]
Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Perceba que, para que a tentativa esteja caracterizada, é necessário iniciar a execução do crime, que não
chega a ser consumado (mas há o dolo de consumação).
Se você analisar o art. 14, do CP perceberá que ele não é aplicável isoladamente. É preciso ser analisado com
algum crime. Por isso, essa norma é conhecida como “norma de extensão” ou “de ampliação da conduta”.
Por exemplo, o art. 121, do CP prevê o crime de homicídio (“matar alguém”). Para que seja punível na modalidade
tentada, devemos combinar o art. 121 com o art. 14: inicia-se a execução do crime de homicídio, que não se
consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Para sabermos qual a pena aplicável ao crime tentado, o Código Penal adotou a teoria objetiva (realística ou
dualista), em que ela não terá a mesma pena do crime consumado. Podemos perceber isso no art. 14, parágrafo
único do CP:
Pena de tentativa
Questões Comentadas 21
Art. 14.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consu-
mado, diminuída de um a dois terços.
Primeiramente, veja que a aplicação desse dispositivo é a regra para a tentativa, mas que admite exceção. Em
alguns casos, a tentativa terá a mesma pena da consumação. São os crimes de atentado, como a evasão
mediante violência contra a pessoa (art. 352, CP).
Seguindo a regra, a tentativa terá a mesma pena do crime consumado, mas diminuída de um terço a dpois
terços . E qual o critério utilizado para saber se a diminuição será de um terço ou de dois terços? Para o STF,
o critério decisivo é a maior ou menor proximidade da consumação, ou seja, a distância percorrida no iter
criminis (STF, 1ª Turma. HC 95.960/PR. Rel. Min. Carlos Britto. Julg. 14/04/2009. Info 542).
Destarte, a alternativa está correta.
21. Toda ação criminosa, advinda de conduta dolosa, é antecedida por uma ideação e resolução
criminosa. O sujeito percorre um caminho que vai da concepção da ideia até a consuma-
ção. A esse caminho dá-se o nome de iter criminis, o qual é composto por fase interna
(cogitação) e fases externas ao agente (atos preparatórios, executórios e consumação).
Diversas situações podem ocorrer durante o desenvolvimento das ações dirigidas ao fim
do crime. Assinale a alternativa que expressa de forma correta uma dessas situações, seja
na fase interna ou externa.
a) Na tentativa o sujeito dá início aos atos executórios da conduta, os quais deixa volun-
tariamente de praticar em virtude de circunstâncias alheias a sua vontade, recebendo,
como consequência, diminuição na pena final aplicada.
b) O arrependimento posterior ocorre após o término dos atos executórios, porém an-
tes da consumação. Nesse caso o sujeito responderá pelo crime, mas sua pena será
reduzida se reparados os danos causados.
c) A desistência voluntária caracteriza verdadeira ponte de ouro ao infrator que impede
a consumação do crime após o término dos atos executórios, isentando-o de qualquer
responsabilidade pelos danos causados.
d) Os atos preparatórios do crime não são punidos, mesmo que caracterize em si con-
duta tipificada, em virtude da teoria finalista da ação que direciona a punição para a
finalidade do crime e não para os meios de sua prática.
e) O crime impossível demanda o início dos atos executórios do crime pelo agente,
eximindo-o de responsabilidade penal pelo crime almejado, respondendo, todavia,
pelos atos anteriores que forem considerados ilícitos.
GABARITO: E.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Gabarito E de acordo com art. 17, do Código Penal Brasileiro.
e) O crime impossível demanda o início dos atos executórios do crime pelo agente,
eximindo-o de responsabilidade penal pelo crime almejado, respondendo, todavia,
pelos atos anteriores que forem considerados ilícitos.
SOLUÇÃO COMPLETA
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22. No que se refere a crime consumado e a crime tentado, assinale a opção correta.
a) Situação hipotética: Maria entrou em uma loja de cosméticos e furtou um frasco de
creme hidratante, em um momento de descuido da vendedora. Assertiva: Nesse caso,
a consumação do crime ocorreu com a mera detenção do bem subtraído.
b) Situação hipotética: José deu seis tiros em seu desafeto, que foi socorrido e so-
breviveu, por circunstâncias alheias à vontade de José. Assertiva: Nesse caso, está
configurada a tentativa imperfeita.
c) Situação hipotética: Policiais surpreenderam João portando uma chave-mestra en-
quanto circulava próximo a uma loja no interior de um shopping center em atitude
suspeita. Assertiva: Nesse caso, João responderá por tentativa de furto, pois, devido
ao porte da chave-mestra, os policiais puderam inferir que ele pretendia furtar um
veículo no estacionamento.
d) Os atos preparatórios de um crime de homicídio, a ser executado com o emprego de
arma de fogo que possui a numeração raspada, não caracterizam a tentativa e não
podem constituir crime autônomo.
e) No iter criminis, a aquisição de uma corda a ser utilizada para amarrar a vítima que
se pretende sequestrar é ato executório do crime de sequestro.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
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