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Caso prático Furto; Valor

Para que se considere uma ação penalmente relevante tem de existir: imputação objetiva, onde consta o
agente e este tem de ter capacidade de culpa, ou seja tem que saber distinguir o que é o bem e o que é o
mal, e tem de ter consciência de vontade, quer isto dizer que tem de saber que o que está a fazer é crime; a
conduta tem de ser censurável, provocando um resultado idóneo de uma ação penalmente relevante; e, por
fim, tem de constar o nexo de causalidade entre a conduta e o resultado que advém da teoria da
causalidade adequada em que, de acordo com o juízo de prognose póstuma objetiva, consta-se se era ou
não previsível o que aconteceu; Por outro lado tem de existir também a imputação subjetiva, onde se
analisa se o crime foi elaborado por dolo (elemento cognitivo e elemento volitivo) ou por negligência. O
dolo, que consta no artigo 13º, manifesta-se quando o agente quer ou aceita a produção do resultado e este,
tal como refere o artigo 14º, pode ser dolo direto (nº1) quando o agente tem intenção de praticar o crime;
dolo necessário (nº2) que diz respeito ao facto de que para acontecer o que o agente quer,
consequentemente, tem de acontecer outro facto; e o dolo eventual (nº3) em que o agente para praticar o
seu crime sabe que, eventualmente, vai praticar outro facto mas não quer saber. Relativamente à
negligência que consta nos artigos 13º e 15º, o agente não teve cuidado e não tinha intenção de praticar o
facto. No caso a analisar, primeiramente, Carlos pratica um crime de furto do artigo 203º do CP, pois
apoderou-se de um Código Civil antigo pertencente a Daniel. Conduta punível com pena de prisão até 3
anos ou com pena de multa. Sendo que Carlos se apropriou de um bem móvel de valor elevado (valor
incalculável) incorre de um crime de furto qualificado do artigo 204º, punível com pena de prisão até
cinco anos ou com pena de multa até 600 dias. Assim, para ocorrer um crime, a ação tem de ser humana,
típica, ilícita, culposa e punível. Relativamente à imputação objetiva, o agente é Carlos; a conduta é a
apropriação do Código Civil; o resultado é Daniel ter ficado sem o seu Código Civil; e existe nexo de
causalidade visto que o facto de Daniel ter ficado sem o Código decorreu da apropriação do mesmo por
parte de Carlos, ou seja, existe uma relação entre a conduta e o resultado. No que diz respeito à imputação
subjetiva, de acordo com o elemento cognitivo e volitivo, Carlos sabia e queria apropriar-se do Código
Civil, por isso, entende-se que foi um crime praticado com dolo pois verificam-se os dois elementos. Em
contrapartida, se não existirem estes dois elementos, significa que não estamos perante um crime doloso.
Neste caso, estão cumpridos todos os requisitos para que haja uma ação típica. Todavia, no momento do
furto, Carlos desconhecia o valor incalculável do Código Civil e, por isso, incorre de um erro do artigo 16º
das circunstâncias de facto sobre o preço do Código. Este erro exclui o dolo, restando a negligência –
artigo 13º. Como não existe furto por negligência pois no furto está implícito a intenção de apropriação,
imputamos ao Carlos o crime de furto simples do artigo 203º, invés de imputarmos o crime de furto
qualificado.

Caso prático Omissão de auxílio; Tentativa


Para que se considere uma ação penalmente relevante tem de existir: imputação objetiva, onde consta o
agente, a conduta, o resultado e o nexo de causalidade; e a imputação subjetiva, onde se analisa se o crime
foi elaborado por dolo (elemento cognitivo e elemento volitivo) ou por negligência. Primeiramente,
Eduardo, ao acelerar para sair do local e não se meter em problemas incorre num crime de omissão de
auxílio, que consta no artigo 200º, punida com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120
dias. No que diz respeito à imputação objetiva, o agente é o Eduardo; a conduta é o facto de ele ter
abandonado o local, omitindo o auxílio; o resultado é a Fernanda continuar caída sem ajuda; e existe nexo
de causalidade pois o facto de Eduardo abandonar o local, impediu Fernanda de ter auxílio. Relativamente
à imputação subjetiva e de acordo com os elementos cognitivo e volitivo, Eduardo sabia e queria
abandonar o local, constituindo assim a sua conduta uma ação típica e dolosa. No entanto, Eduardo
arrependido, voltou para trás a fim de socorrer Fernanda, o que faz com que o crime anteriormente
mencionado não se tenha consumado, constituindo assim uma tentativa do artigo 22º, dado que ele
praticou atos de execução (acelerar o carro para sair do local). Regra geral, tal como consta no artigo 23º,
a tentativa é punível, todavia, visto que Eduardo desistiu, nos termos do artigo 24º, a desistência deixa de
ser punível. Eduardo, para socorrer Fernanda, imobilizou o carro num local de paragem proibida, o que
resultou de uma multa. Estamos perante uma contraordenação do Código da Estrada. Relativamente à
imputação objetiva, o agente é Eduardo; a conduta é a imobilização do seu carro em local proibido; o
resultado é o alto da multa; e há nexo de causalidade pois a paragem no local proibido fez com que lhe
fosse aplicada uma multa. Relativamente à imputação subjetiva, de acordo com os elementos cognitivo e
volitivo, Eduardo, sabia e quis para o carro onde o parou e, por isso, agiu com dolo (conduta típica e
dolosa). A conduta também é ilícita pois não existem causas que a excluam do artigo 31º, pois não
estamos perante uma agressão, o que exclui a legitima defesa, nem estamos perante a existência de um
interesse superior ao outro que devemos salvaguardar pois o Código da Estrada existe de modo a
salvaguardar a vida e a integridade física dos condutores. Neste caso não existe direito de necessidade do
artigo 34º pois estão em confronto dois direitos iguais a salvaguardar, que seria o direito à vida da
Fernanda e o direito à vida dos condutores. Assim, Eduardo teria de pagar a multa.

Caso prático Tentativa de homicídio; Homicídio negligente


Para que se considere uma ação penalmente relevante tem de existir: imputação objetiva, onde consta o
agente, a conduta, o resultado e o nexo de causalidade; e a imputação subjetiva, onde se analisa se o crime
foi elaborado por dolo (elemento cognitivo e elemento volitivo) ou por negligência. Primeiramente,
Daniel ao envenenar Eduardo para o tentar matar incorre num crime de tentativa de homicídio, nos termos
do artigo 22º. A tentativa é punível, tal como consta no artigo 23º, nº1, se ao crime de homicídio
corresponder uma pena superior a três anos, que é o caso. No que diz respeito à imputação objetiva, o
agente é Daniel; a conduta é o envenenamento da comida de Eduardo; o resultado é o Eduardo ter sido
envenenado; e existe nexo de causalidade pois a conduta do Daniel fez com que o Eduardo ficasse
envenenado. Na imputação subjetiva temos os elementos cognitivo e volitivo e, relativamente a isso,
Daniel sabia e queria envenenar Eduardo, constituindo assim na sua conduta uma ação típica e dolosa. De
acordo com o artigo 73º a tentativa de homicídio é punível com uma pena entre 1 a 10 anos, no entanto,
Daniel teve que enforcar Eduardo com o objetivo de cobrir o crime que ele achava ter sido a causa da
morte. Todavia, não foi o que aconteceu e a autópsia provou que Eduardo tivera morrida por asfixia e não
envenenado. Com isto, Daniel incorre num crime de homicídio, mas agiu em erro de circunstâncias de
facto do artigo 16º, onde excluímos o dolo e mantem-se a negligência. Daniel ocorreu num crime de
homicídio por negligencia do artigo 137º, sendo punível com pena de prisão até três anos ou com pena de
multa. Em suma, Daniel praticou dois tipos de crimes que foram eles o homicídio na forma tentada e
homicídio negligente.

Caso prático Atos de execução; Tentativa de homicídio; Homicídio negligente; Homicídio consumado
Para que se considere uma ação penalmente relevante tem de existir: imputação objetiva, onde consta o
agente e este tem de ter capacidade de culpa, ou seja tem que saber distinguir o que é o bem e o que é o
mal, e tem de ter consciência de vontade, quer isto dizer que tem de saber que o que está a fazer é crime; a
conduta tem de ser censurável, provocando um resultado idóneo de uma ação penalmente relevante; e, por
fim, tem de constar o nexo de causalidade entre a conduta e o resultado que advém da teoria da
causalidade adequada em que, de acordo com o juízo de prognose póstuma objetiva, consta-se se era ou
não previsível o que aconteceu; Por outro lado tem de existir também a imputação subjetiva, onde se
analisa se o crime foi elaborado por dolo (elemento cognitivo e elemento volitivo) ou por negligência. O
dolo, que consta no artigo 13º, manifesta-se quando o agente quer ou aceita a produção do resultado e este,
tal como refere o artigo 14º, pode ser dolo direto (nº1) quando o agente tem intenção de praticar o crime;
dolo necessário (nº2) que diz respeito ao facto de que para acontecer o que o agente quer,
consequentemente, tem de acontecer outro facto; e o dolo eventual (nº3) em que o agente para praticar o
seu crime sabe que, eventualmente, vai praticar outro facto mas não quer saber. Relativamente à
negligência que consta nos artigos 13º e 15º, o agente não teve cuidado e não tinha intenção de praticar o
facto. No presente caso a analisar, Daniel ao disparar uma arma sobre Eduardo a fim de o matar pratica
atos de execução idóneos a provocar um resultado típico, neste caso esse resultado típico pretendido seria
a morte, tal como consta o artigo 22º, nº2. Primeiramente, Daniel ao disparar uma arma de fogo para tentar
matar Eduardo incorre num crime de tentativa de homicídio, nos termos do artigo 22º. A tentativa ocorre
quando o crime não se consumou e é punível se, nos termos do artigo 23º nº1, ao crime de homicídio do
artigo 131º, corresponder uma pena superior a 3 anos, que é o caso. A tentativa de homicídio é punível
com uma pena entre 5 e 15 anos, nos termos do artigo 73º. No que diz respeito à imputação objetiva, o
agente é o Daniel; a conduta é o disparo; o resultado é que acertou em Francisco, matando-o e o nexo de
causalidade é resolvido com o juízo de prognose póstuma objetiva pois com o tiro era previsível que
alguém morresse. Em relação à imputação subjetiva, do elemento cognitivo e volitivo, Daniel sabia e
queria matar Eduardo constituindo assim a sua conduta, uma ação típica e dolosa. Por isso vamos imputar
ao Daniel, em relação ao Eduardo um crime de homicídio tentado. De acordo com o artigo 73º a tentativa
de homicídio é punível com uma pena entre 1 a 10 anos. Todavia, Daniel invés de acertar em Eduardo,
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acerta antes em Francisco que sofreu morte imediata, ou seja, incorre assim num crime de homicídio,
presente no artigo 131º, punível com pena de prisão de oito a dezasseis anos. Relativamente à imputação
objetiva, o agente é Daniel; a conduta é ter disparado; o resultado foi então a morte de Francisco; e existe
nexo de causalidade pois disparar é idóneo a provocar a morte e, neste caso, Francisco morreu. No que diz
respeito à imputação subjetiva, Daniel sabia e queria disparar, mas por falta de pontaria ao invés de acertar
no Eduardo, acertou no Francisco e, por isso, agiu em erro sobre as circunstâncias de facto, artigo 16º.
Assim o erro exclui o dolo, restando a negligência. O bem jurídico que Daniel ofendeu foi na mesma o
que ele queria ofender, o direito à vida e, por isso, em vez de lhe imputarmos homicídio negligente, que
consta no artigo 137º, em concurso com tentativa de homicídio, imputamos homicídio consumado.

Caso Prático Aplicação no espaço


Arthur Smith, tendo cometido diversos assassinatos no seu país de origem (Inglaterra), quando pretendia
entrar em Portugal (mas encontrando-se, ainda, em território Espanhol) disparou um tiro de revolver sobre
um guarda espanhol, que se encontrava acidentalmente em Portugal, causando-lhe morte imediata. Arthur
dirigiu-se de seguida a Lisboa. Estará Arthur Smith sujeito à aplicação da lei penal portuguesa? Em
relação a que crimes? Visto que o guarda espanhol se encontrava em território português, de acordo com o
artigo 7º, a lei portuguesa é aplicada pois Artur atuou em Espanha, mas o resultado (morte do guarda
espanhol) ocorreu em Portugal, por isso seria julgado em Portugal pelo crime de homicídio do guarda
espanhol. Caso o Artur não tivesse ainda sido julgado pelos crimes praticados em Inglaterra poderia ser
julgado em Portugal, nos termos do artigo 6º, nº1 e nº2, se em caso de confronto entre duas leis
(portuguesa e inglesa) a lei portuguesa for mais favorável para o agente. Por isso, poderia também ser
julgado pelos homicídios ocorridos em Inglaterra se ainda não tivesse sido julgado por tais crimes.

Caso Prático Dano; Dano qualificado; “Dano negligente”


Para que se considere uma ação penalmente relevante tem de existir: imputação objetiva, onde consta o
agente e este tem de ter capacidade de culpa, ou seja tem que saber distinguir o que é o bem e o que é o
mal, e tem de ter consciência de vontade, quer isto dizer que tem de saber que o que está a fazer é crime; a
conduta tem de ser censurável, provocando um resultado idóneo de uma ação penalmente relevante; e, por
fim, tem de constar o nexo de causalidade entre a conduta e o resultado que advém da teoria da
causalidade adequada em que, de acordo com o juízo de prognose póstuma objetiva, consta-se se era ou
não previsível o que aconteceu; Por outro lado tem de existir também a imputação subjetiva, onde se
analisa se o crime foi elaborado por dolo (elemento cognitivo e elemento volitivo) ou por negligência. O
dolo, que consta no artigo 13º, manifesta-se quando o agente quer ou aceita a produção do resultado e este,
tal como refere o artigo 14º, pode ser dolo direto (nº1) quando o agente tem intenção de praticar o crime;
dolo necessário (nº2) que diz respeito ao facto de que para acontecer o que o agente quer,
consequentemente, tem de acontecer outro facto; e o dolo eventual (nº3) em que o agente para praticar o
seu crime sabe que, eventualmente, vai praticar outro facto mas não quer saber. Relativamente à
negligência que consta nos artigos 13º e 15º, o agente não teve cuidado e não tinha intenção de praticar o
facto. Belmiro, ao partir a caneta de Carlos incorre num crime de dano que consta no artigo 212º. Este
crime é punível com pena de prisão até três anos ou com pena de multa. Todavia, sem o conhecimento de
Belmiro, a caneta era uma peça de coleção e, devido a isso, tinha um valor elevado, segundo o artigo 202º,
a), de 10.000 euros e, consequência disso, Belmiro acaba por praticar um crime de dano qualificado
presente no artigo 213º, nº1, a), punível com pena de prisão de dois a oito anos. Assim, relativamente à
imputação objetiva, o agente é Belmiro; a conduta é mandar a caneta de Carlos ao chão; o resultado foi
partir a caneta; e existe nexo de causalidade pois ao atirar a caneta para o chão, é previsível que ela se
parta. No que diz respeito à imputação subjetiva, estão presentes os dois elementos, cognitivo e volitivo
pois Carlos sabia e queria, respetivamente, atirar a caneta. Assim, estando presentes os dois elementos
estamos perante uma ação típica dolosa. No entanto, Belmiro não sabia o valor da caneta e, por isso,
incorre num erro sobre as circunstâncias de facto do artigo 16º. Devido ao facto de existir erro, o dolo é
excluído e fica a negligência, mas como não existe dano negligente, será então imputado a Belmiro o
crime de dano do artigo 212º com obrigação de indemnização dos danos causados, invés do crime de dano
qualificado do artigo 213º.

Caso Prático Ameaça; Ilicitude


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A está na praia e apercebesse que está uma pessoa a afogar-se e o nadador-salvador não faz nada. Ao
dirigir-se ao nadador e este diz que não quer saber e A pega numa pistola e diz que ou ele ia salvar ou lhe
dava um tiro. Resposta: Para que se considere uma ação penalmente relevante tem de existir: imputação
objetiva, onde consta o agente e este tem de ter capacidade de culpa, ou seja tem que saber distinguir o
que é o bem e o que é o mal, e tem de ter consciência de vontade, quer isto dizer que tem de saber que o
que está a fazer é crime; a conduta tem de ser censurável, provocando um resultado idóneo de uma ação
penalmente relevante; e, por fim, tem de constar o nexo de causalidade entre a conduta e o resultado que
advém da teoria da causalidade adequada em que, de acordo com o juízo de prognose póstuma objetiva,
consta-se se era ou não previsível o que aconteceu; Por outro lado tem de existir também a imputação
subjetiva, onde se analisa se o crime foi elaborado por dolo (elemento cognitivo e elemento volitivo) ou
por negligência. O dolo, que consta no artigo 13º, manifesta-se quando o agente quer ou aceita a produção
do resultado e este, tal como refere o artigo 14º, pode ser dolo direto (nº1) quando o agente tem intenção
de praticar o crime; dolo necessário (nº2) que diz respeito ao facto de que para acontecer o que o agente
quer, consequentemente, tem de acontecer outro facto; e o dolo eventual (nº3) em que o agente para
praticar o seu crime sabe que, eventualmente, vai praticar outro facto mas não quer saber. Relativamente à
negligência que consta nos artigos 13º e 15º, o agente não teve cuidado e não tinha intenção de praticar o
facto. Neste caso, A incorre num crime de ameaça ao dizer que ou o nadador salvava a vítima ou A lhe
dava um tiro. Visto que o nadador sentiu medo e inquietação acabou por ir socorrer a vítima. Segundo o
artigo 153º, o crime de ameaça é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120
dias. Segundo a imputação objetiva, o agente é A, a conduta é A ameaçar o nadador, o resultado é o facto
que o nadador ter sentido medo e inquietação; e, por fim, existe nexo de causalidade pois A ao ameaçar
provocou medo e inquietação ao nadador. Relativamente à imputação subjetiva, existem os dois
elementos, tanto o cognitivo como o volitivo pois A sabia e queria ameaçar o nadador e, por isso, A
praticou um crime típico doloso. De acordo com a ilicitude temos que tentar ter a certeza de que, de facto,
a ação é ilícita e temos também de ver se existem circunstâncias que rodeiam a conduta do agente em que
a ordem jurídica na sua globalidade e o código penal em particular têm alguma previsão de circunstâncias
em que nós aceitamos que o agente tenha atuado daquela forma. Á partida, a ação produzida pelo agente é
ilícita, no entanto o nadador-salvador tem o dever de socorrer em caso de perigo e ao recusar fazer o seu
trabalho, o nadador-salvador está a pôr em causa a vida das pessoas que frequentam a praia. Segundo o
artigo 10º, deve ser punido tanto quem mata ou quem deixa morrer. Ao recusar salvar a vida da pessoa em
risco, o nadador-salvador estava a praticar uma agressão sobre quem se encontrava em risco de vida. De
acordo com o artigo 31º existe exclusão de ilicitude, nomeadamente a legitima defesa, que consta no
artigo 32º, em que se defende que constitui legitima defesa o facto praticado como meio necessário para
repelir uma agressão atual e ilícita de terceiros que é o caso, pois A ameaçou o nadador-salvador a fim
salvaguardar a vida da pessoa que se encontrava no mar. Em suma, a ação de A acaba por não ser uma
ação ilícita pois agiu em legitima defesa de terceiros.

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