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ETEC PROF.

IDIO ZUCCHI

ENSINO MÉDIO COM HABILITAÇÃO EM


SERVIÇOS JURÍDICOS.

CATIELY DA COSTA
HELENA GARCIA LOPES
LAURA BUENO IGLESSIAS
SOPHIA LOPES FAUSTINO

DOLO E CULPA.

BEBEDOURO
2023

O QUE É DOLO?
Segundo a definição do Dicionário de Oxford, dolo é “em direito
penal, a deliberação de violar a lei, por ação ou omissão, com
pleno conhecimento da criminalidade do que se está fazendo“.
Assim, configura-se dolo quando existe a intenção de cometer um
delito.

DOLO DIRETO:
O dolo direto é aquele que o agente deseja obter o resultado
ilícito. Ou seja, apesar de saber do resultado de sua ação, o agente
a faz, ainda assim. Este, no direito brasileiro, é considerado dolo
direto em primeiro grau.

Mas, existe ainda o dolo direto em segundo grau. Este ocorre


quando, sabendo o resultado de sua conduta, o agente se mantém
indiferente a ele.

DOLO INDIRETO:
O dolo indireto pode ser divido em dolo eventual e dolo
alternativo.
O dolo eventual trata-se do dolo que ocorre quando o agente
conhece os elementos de sua conduta, sabe o resultado dela, mas
não a deseja, necessariamente.

Este se dispõe no artigo supracitado, ou seja, no art. 18 do código


penal:

O dolo eventual trata-se do dolo que ocorre quando o agente


conhece os elementos de sua conduta, sabe o resultado dela, mas
não a deseja, necessariamente.
Este se dispõe no artigo supracitado, ou seja, no art. 18 do código
penal:

Art. 18 – Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de


11.7.1984)
Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco
de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II – culposo, quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único – Salvo os casos expressos em lei, ninguém
pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o
pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Agravação pelo resultado (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

Também se relaciona com os riscos de determinada ação. Diz-se


alternativo quando o ato pode ter mais de um resultado. Quando o
agente sabe desses resultados distintos, sendo que um tem grau
maior de periculosidade, e mesmo assim, assume o risco, aí
caracteriza-se como dolo alternativo.

EXEMPLO:
Ou seja, quando ocorre algo similar aos exemplos citados no
depoimento do pai de um dos jovens mortos na boate Kiss.
Nesses casos, não se tinham desejo pelos resultados
exemplificados, entretanto, sabiam-se dos riscos que foram
assumidos pelos agentes.

CULPA:
Um crime culposo não acontece simplesmente porque alguém não
tinha a intenção de que ele acontecesse. A culpa surge de três
tipos diferentes de conduta: a negligência, a imprudência e a
imperícia.
Para que um crime seja culposo, portanto, quem o cometeu deve
ter cometido uma conduta voluntária que gerou um dano
involuntário devido à negligência, imprudência ou imperícia. Por
isso, nos crimes culposos, a vontade está apenas na prática do ato,
e não no objetivo de resultado.

CULPA CONSCIENTE:
A culpa consciente ocorre quando o agente, embora prevendo o
resultado, acredita sinceramente na sua não ocorrência, dando
continuidade à sua conduta.

EXEMPLO:
Como exemplo clássico da Culpa Consciente podemos citar
daquele artista de circo que utiliza-se de facas para acertar um
alvo e, este último possui, geralmente, uma pessoa para tornar o
espetáculo mais divertido e emocionante. Caso o atirador de
facas acerte a pessoa, ele responderá pelo crime praticado a título
de culpa, sendo esta culpa consciente.

O agente (atirador de facas) embora prevendo o resultado


(acertar a pessoa matando-a ou lesionando-a) acredita
sinceramente na sua não ocorrência, em via de todos os anos de
árduo treinamento, dando continuidade na sua conduta.

CULPA INCONSCIENTE:

A culpa inconsciente, ou culpa ex ignorantia, ocorre nas


situações em que o agente não prevê o resultado de sua conduta,
embora este seja previsível.

A culpa inconsciente, regra no ordenamento jurídico, refere-se


ao clássico crime culposo, em que o agente não prevê o resultado
que poderia ocorrer devido ao fato de ele ter sido negligente,
imprudente ou imperito. O agente agrega um risco proibido à
situação que o fará responder na modalidade culposa clássica.
Nessas situações, a violação do dever de cuidado ocasiona a
lesão ao bem jurídico protegido.

EXEMPLO:

Por exemplo, se, ao atirar um objeto pela janela, um indivíduo


atingir, involuntariamente, uma pessoa que estiver passando pela
rua, ocorrerá culpa inconsciente, já que sua ação foi motivada
pela confiança de que, naquele momento, ninguém transitaria
pelo local.

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