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PARTE 2
Segundo Masson, crime culposo é aquele que se verifica quando o agente, deixando
de observar o dever objetivo de cuidado, por imprudência, negligência ou imperícia,
realiza uma conduta voluntária que produz um resultado naturalístico não previsto
nem querido, mas objetivamente previsível, e excepcionalmente previsto e querido, o
qual podia, com a devida atenção, ter evitado.
REQUISITOS DA CULPA
a) conduta voluntária
b) violação de dever de cuidado (modalidades)
c) resultado involuntário
d) nexo causal
e) previsibilidade objetiva
f) ausência de previsão
g) tipicidade culposa
TIPOS DE CULPA
o agente queria praticar um crime doloso, menos grave, mas por culpa
(imprudência, negligência e imperícia) acaba produzindo um resultado
mais grave.
ERRO NO DIREITO PENAL
ERRO DE TIPO
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime
exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto
em lei.
PODE SER ERRO DE TIPO ESSENCIAL OU ERRO DE TIPO ACIDENTAL
O ERRO PODE SER ESCUSÁVEL (invencível ou inevitável) OU
INESCUSÁVEL (vencível ou evitável)
ERRO DE TIPO ESPONTÂNEO E
ERRO DE TIPO PROVOCADO
Art. 20, § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não
isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades
da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
• Não exclui o dolo, não exclui a culpa;
• Não isenta o agente de pena;
• O agente responde pelo crime como se tivesse atingido a vítima virtual
erro na execução (aberratio ictus)
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução,
o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge
pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra
aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No
caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia
ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. (resultado
complexo)
Obs.: Só haverá erro na execução com unidade complexa quando o
segundo crime for culposo.
ERRO SOBRE O OBJETO
o agente queria produzir o resultado com determinada causa, mas acaba praticando o
crime por uma causa diversa.
doutrina que faz distinção entre dolo geral e aberratio causae.
Erro sobre o nexo causal em sentido estrito: o agente, mediante UM ato, provoca o
resultado visado, porém com outro nexo de causalidade. ex: atira do penhasco pra
matar afogado, mas bate a cabeça e morre
o Dolo geral (erro sucessivo): o agente, mediante conduta desenvolvida em DOIS OU
MAIS atos, provoca o resultado visado, porém, com nexo de causalidade diverso.
Exemplo1: atira na vítima, e imaginando estar morta, joga o corpo no mar, vindo então
a morrer afogada.
prevalece: responde pelo nexo REAL
Resultado diverso do pretendido ou aberratio delicti
ERRO DE TIPO --> O agente não sabe que pratica um fato descrito na lei
como crime, quando na verdade o faz.
CRIME PUTATIVO POR ERRO DE TIPO --> O agente acredita que está
praticando um crime, mas na verdade não o faz, pois falta um ou mais
elementos do tipo penal.
DESCRIMINANTES PUTATIVAS
São as excludentes da ilicitude erroneamente imaginadas pelo agente
CONSEQUÊNCIA
(Prevalece) – depende da Teoria da Culpabilidade adotada. O Finalismo
adota a Teoria Normativa Pura que se subdivide em extremada e
limitada
Extremada – descriminante putativa SEMPRE será erro de proibição
indireto.
• Limitada – descriminante putativa pode ser erro de proibição indireto
e pode ser erro de tipo permissivo.