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O ERRO DE TIPO está vinculado à falsa percepção da realidade do agente ao

praticar determinado fato considerado típico, ou seja, o autor desconhece ou se


engana a respeito da descrição legal do crime. Por não haver o elemento dolo ao
praticar o crime, a finalidade típica desaparece, o que o torna culposo. Sempre vai
excluir o dolo.

NO ERRO DE TIPO - O AGENTE NÃO SABE QUE ELE VAI PRATICAR O FATO
DESCRITO NO CÓDIGO PENAL.
ERRO PUTATIVO, POR ERRO DE TIPO - O AGENTE ACHA QUE ESTÁ
COMETENDO UM CRIME, MAS NÃO ESTÁ.

Erro propriamente dito ou ignorância.


Art. 20 CP
Erro sobre os elementos do tipo/crime
Diferente de erro de proibição

Inevitável/escusável/invencível(O critério de distinção realizado pela


doutrina é: será que outro erraria em seu lugar?)
Exclusão do dolo e da culpa.
Inescusável/Vencível/Evitável(O critério de distinção realizado pela
doutrina é: será que outro erraria em seu lugar?)
Exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo

NÃO TEM EXCLUSÃO DO DOLO NEM DA CULPABILIDADE


ERRO DE TIPO, ACIDENTAL SOBRE A PESSOA - É a partir daqui que temos
As Vítimas Virtual E Real. Vítima virtual sendo quem eu quero dirigir minha
conduta, vítima real é Quem eu acertei com minha conduta
Art § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta
de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da
vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
ERRO DE TIPO, ACIDENTAL SOBRE O OBJETO - Materialidade do crime.
Mirei em objeto de menor valor e acertei outro objeto no ato de furto
ERRO DE TIPO, ACIDENTAL SOBRE A QUALIFICADORA - Acredito estar
cometendo um crime qualificado, mas cometendo um crime mais simplificado. Erro
de qualificação do crime, não será aplicada a maior pena.

ERRO DE TIPO, ACIDENTAL SOBRE O NEXO CAUSAL - CRIME


ABERRANTES, O erro sai sobre o aberratio causae, O agente pratica uma conduta,
acredita ter alcançado o resultado, e em seguida pratica uma próxima conduta com
finalidade diferente, e posteriormente descobre que a primeira tentativa de crime foi
consumado através da segunda tentativa, porém isso é irrelevante. Exemplo:
Houve uma tentativa de homicídio porém foi só na ocultação de cadáver que a
vítima veio a falecer, o crime continua sendo homicídio.

ERRO DE TIPO, ACIDENTAL SOBRE O ERRO NA EXECUÇÃO -


ABERRATIO ICTUS - ART. 73 CP - Não houve confusão em relação às vítimas
(Virtual e Real), foi um erro na execução do crime, "Quando, por acidente ou erro
no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que
pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado
o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art.”

ERRO DE TIPO, ACIDENTAL SOBRE O RESULTADO DIVERSO DO


PRETENDIDO - ART. 74 CP - O agente desejava cometer um crime, mas por
erro na execução acaba por cometer crime diverso. No resultado diverso do
pretendido a relação é crime x crime. Exemplo clássico, formulado por Giuseppe
Maggiore, é o do sujeito que atira uma pedra para quebrar uma vidraça e o
acabasse matando alguém.

ESPÉCIES DE EFEITOS NOS ERROS DA EXECUÇÃO - 1° POSSIBILIDADE -


RESULTADO ÚNICO, SIMPLES - atinge apenas a pessoa errada. responde pelo
crime que desejava executar.
2° POSSIBILIDADE - RESULTADO DUPLO, COMPLEXO - atinge a pessoa errada
e a pessoa desejada, responde em concurso formal pelos 2 crimes, só vai existir
resultado duplo quando o primeiro crime tem dolo de matar 2 pessoas.
“Art. 20. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo,
mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
• Vide arts. 386, III, 397, III, 415, III, e 626 do CPP.
Descriminantes putativas
§ 1.º É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção
de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
• Vide arts. 23 a 25 do CP.
• Vide art. 386, VI, do CPP.
• Vide arts. 386, III, 397, III, 415, III, e 626 do CPP.
Erro determinado por terceiro
§ 2.º Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.
Erro sobre a pessoa
§ 3.º O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena.
Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da
pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
• Vide arts. 73 e 74 do CP.”

Art. 70. Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se
iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até
metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é
dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o
disposto no artigo anterior.

Art. 74. Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na
execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde
por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado
pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.

OBs.: as majorantes(vão incidir na terceira fase da pena, vão estar presentes


sempre em frações) ou minorantes vão estar previstas em todas as partes
previstas no Código Penal

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