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Exercícios Tipicidade

1. A respeito dos crimes omissivos impróprios, ou comissivos por omissão,


assinale a alternativa INCORRETA. (Promotor de Justiça do MP/RS, Preambular,
2017).

(A) São de estrutura típica aberta e de adequação típica de subordinação mediata.


Só podem ser praticados por determinadas pessoas, embora qualquer pessoa
possa, eventualmente, estar no papel de garante. Neles, descumpre-se tão somente
a norma preceptiva e não a norma proibitiva do tipo legal de crime ao qual
corresponda o resultado não evitado.
(B) Se o médico se obriga a realizar determinado procedimento em um paciente,
mas resolve viajar e deixa seu compromisso nas mãos de um colega, que assume
esse tratamento, ele responde penalmente pelas lesões que resultem de erro de
diagnóstico deste outro médico.
(C) Quem, sabendo nadar, por brincadeira de mau gosto, empurra o amigo para
dentro da piscina, por sua ingerência, estará obrigado a salvá-lo, se necessário, para
que o fato não se transforme em crime de homicídio, no caso de eventual morte por
afogamento.
(D) Na forma dolosa, os crimes omissivos impróprios não exigem que o garante
deseje o resultado típico.
(E) Se o garante, apesar de não haver conseguido impedir o resultado, seriamente
esforçou-se para evitá-lo, não haverá fato típico, doloso e culposo. Nos omissivos
impróprios, a relação de causalidade é normativa.

2. Nos crimes comissivos por omissão: (Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão:
DPE-AP. Prova: Defensor Público)

a) pelo critério nomológico, violam-se normas mandamentais.


b) a tipicidade é a do tipo comissivo, mas pode também, excepcionalmente, ser a do
tipo omissivo.
c) a falta do poder de agir gera atipicidade da conduta.
d) são delitos de mera atividade, que se consumam com a simples inatividade.
e) no caso de ingerência, a conduta anterior deve ser a produtora do dano ou lesão.

3. Maria, esposa de Carlos, que cumpre pena de reclusão, era obrigada por
ele, de forma reiterada, a levar drogas para dentro do sistema penitenciário,
para distribuição. Carlos a ameaçava dizendo que, se ela não realizasse a
missão, seu filho, enteado de Carlos, seria assassinado pelos comparsas
soltos. Durante a revista de rotina em uma das visitas a Carlos, Maria foi
flagrada carregando a encomenda. Por considerar que estava sob proteção
policial, ela revelou o que a motivava a praticar tal conduta, tendo provado as
ameaças sofridas a partir de gravações por ela realizadas. Em sua defesa,
Carlos alegou que o crime não fora consumado.
No que se refere a essa situação hipotética, julgue o próximo item. (Ano: 2018.
Banca: CESPE. Órgão: ABIN. Prova: Oficial Técnico de Inteligência - Área 2)

Carlos não será punido, pois, de fato, o crime não se consumou.


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a) Certo
b) Errado

4. Acerca dos institutos do erro de tipo, do erro de proibição e do concurso


de pessoas, julgue o item subsequente. (Ano: 2018Banca: CESPEÓrgão:
STMProva: Analista Judiciário - Área Judiciária)

Inexiste, no ordenamento jurídico, a possibilidade de as condições e


circunstâncias de caráter pessoal de um agente se comunicarem com as de
outro agente que seja coautor de um crime.

a) Certo
b) Errado

5. No Direito Penal brasileiro, o erro:


(Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: DPE-AM. Prova: Defensor Público)

a) sobre os elementos do tipo impede a punição do agente, pois exclui a tipicidade


subjetiva em todas as suas formas
b) determinado por terceiro faz com que este responda pelo crime.
c) sobre a pessoa leva em consideração as condições e qualidades da vítima para
fins de aplicação da pena.
d) de proibição exclui o dolo, tornando a conduta atípica.
e) sobre a ilicitude do fato isenta o agente de pena quando evitável.

6. O erro de tipo, no Direito Penal:


(Ano: 2018. Banca: FCC. Órgão: DPE-AM. Prova: Analista Jurídico de Defensoria -
Ciências Jurídicas)

a) exclui a culpabilidade subjetiva, impedindo a punição do agente.


b) quando escusável, permite a punição por crime culposo.
c) é incabível em crimes hediondos e equiparados.
d) é inescusável nos crimes da Lei de Drogas, no desconhecimento da lei penal.
e) incide sobre o elemento constitutivo do tipo e exclui o dolo.

7. Com relação à tentativa, à desistência voluntária e ao arrependimento,


assinale a opção correta. (Ano: 2018. Banca: CESPE. Órgão: DPE-PE. Prova:
Defensor Público)

a) No arrependimento eficaz, o agente interrompe a execução do crime; na


desistência voluntária, o resultado é impedido após o agente ter praticado todos os
atos.

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b) O arrependimento posterior pode ser aplicado aos crimes cometidos com
violência ou grave ameaça.
c) Em se tratando de tentativa branca ou incruenta, a vítima não é atingida e não
sofre ferimentos; se tratar-se de tentativa cruenta, a vítima é atingida e é lesionada.
d) A diferença entre a tentativa e a tentativa abandonada é que, no primeiro caso, o
agente diz “eu consigo, mas não quero” e, no segundo, o agente diz “eu quero, mas
não consigo”.
e) A desistência voluntária e a tentativa abandonada são espécies de
arrependimento eficaz.

8. Pune-se a tentativa no crime de:


(Ano: 2018. Banca: CESPE. Órgão: PC-MA.Prova: Escrivão de Polícia)

a) omissão de socorro.
b) injúria cometida verbalmente.
c) induzimento a suicídio sem resultado lesivo.
d) lesão corporal leve dolosa.
e) homicídio culposo.

9. Admite a modalidade tentada o crime de:


(Ano: 2018.Banca: CESPE. Órgão: PC-MA. Prova: Investigador de Polícia)

a) instigação ao suicídio sem resultado lesivo.


b) aborto.
c) lesão corporal culposa.
d) omissão de socorro.
e) difamação cometida verbalmente.

10. É correto afirmar sobre o erro de tipo.


(Ano: 2017. Banca: FEPESE. Órgão: PC-SC. Prova: Agente de Polícia Civil)

a) O erro sobre o elemento constitutivo do tipo legal exclui o dolo.


b) O crime praticado com erro de tipo será desclassificado para a forma tentada.
c) A prática de crime com erro de tipo somente é possível nos crimes dolosos contra
a vida.
d) Não se admite o erro de tipo nos crimes contra a administração pública.
e) O ato delituoso deverá ser apenado como contravenção quando presente o erro
sobre o elemento constitutivo do tipo legal.

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QUESTÕES DE CONCURSO (ANOS ANTERIORES)

1. (FCC – 2015 – TCM-GO – Auditor Controle Externo – Jurídica) - Fernando deu


início à execução de um delito material, praticando atos capazes de produzir o
resultado lesivo. Todavia, aliou-se à sua ação uma concausa

I. preexistente, absolutamente independente em relação à conduta do agente que,


por si só, produziu o resultado.
II. concomitante, absolutamente independente em relação à conduta do agente que,
por si só, produziu o resultado.
III. superveniente, relativamente independente em relação à conduta do agente,
situada na mesma linha de desdobramento físico da conduta do agente,
concorrendo para a produção do resultado.
IV. superveniente, relativamente independente em relação à conduta do agente, sem
guardar posição de homogeneidade em relação à conduta do agente e que, por si
só, produziu o resultado.

O resultado lesivo NÃO será imputado a Fernando, que responderá apenas pelos
atos praticados, nas situações indicadas em

a) I, II e IV.
b) III e IV.
c) I e III.
d) I e II.
e) II, III e IV.

2. (VUNESP – 2015 – PC-CE – Delegado de Polícia Civil de 1ª Classe) - Se da lesão


corporal dolosa resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis
o resultado morte, nem assumiu o risco de produzi-lo, configura(m)-se

a) lesão culposa e homicídio culposo, cujas penas serão aplicadas cumulativamente.


b) lesão corporal seguida de morte.
c) homicídio culposo qualificado pela lesão.
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d) homicídio doloso (dolo eventual).
e) homicídio doloso (dolo indireto).

3. (FCC – 2014 – DPE-RS – Defensor Público) - A respeito da tipicidade penal, é


correto afirmar:

a) Para a teoria da tipicidade conglobante, a tipicidade penal pressupõe a existência


de normas proibitivas e a inexistência de preceitos permissivos da conduta em uma
mesma ordem jurídica.
b) As causas excludentes da ilicitude restringem-se àquelas previstas na Parte Geral
do Código Penal.
c) A figura do crime impossível prevista no art. 17 do Código Penal retrata hipótese
de fato típico, mas inculpável.
d) Pelo Código Penal, aquele que concretiza conduta prevista hipoteticamente como
crime, mas que age em obediência à ordem de superior hierárquico que não seja
notoriamente ilegal, pratica ação atípica penalmente.
e) Nas hipóteses de estado de necessidade, o Código Penal prevê que o excesso
doloso disposto no parágrafo único do art. 23 do Código Penal torna ilícita conduta
originalmente permitida, o que não ocorre com o excesso culposo, que mantém a
ação excessiva impunível.

4. (FCC – 2014 – DPE-RS – Defensor Público) - Marcos e Rodrigo instigaram


Juarez, que sofria de depressão, a cometer suicídio, pois, na condição de herdeiros
do último, pretendiam a morte do mesmo por interesses econômicos. Ainda que
Juarez tenha admitido firmemente a possibilidade de eliminar a própria vida, não
praticou qualquer ato executório. Diante desse contexto, Marcos e Rodrigo

a) poderiam ter a pena reduzida de 1/3 a 1/2, se a pretensão tivesse caráter


humanitário, de piedade, e a morte tivesse se consumado.
b) deverão responder por tentativa de homicídio, visto que a ideia de ambos era
eliminar a vida de Juarez para posterior enriquecimento.
c) serão responsabilizados pelo crime previsto no art. 122 do Código Penal, com
redução da pena pelo fato de a vítima não ter atentado contra a própria vida, já que
para a consumação do delito basta a mera conduta de instigar.
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d) não responderão pelo crime de instigação ao suicídio, pois não houve morte ou
lesão corporal de natureza grave na vítima.
e) responderiam por instigação ao suicídio, caso, no mínimo, Juarez atentasse
contra a própria vida e tivesse ocasionado lesões corporais leves em seu corpo.

5. (FCC – 2014 – MPE/PE – Promotor de Justiça) - O erro inevitável sobre a ilicitude


do fato e o erro sobre elementos do tipo excluem:

a) a punibilidade e a culpabilidade, respectivamente.


b) a culpabilidade, em ambos os casos.
c) a culpabilidade e o dolo e a culpa, respectivamente.
d) o dolo e a culpa em ambos os casos.
e) a culpabilidade e o dolo, respectivamente.

6. (MPE/MG – 2014 – MPE/MG – Promotor de Justiça) - A queria matar B. Quando


este passou próximo ao local em que se postara, disparou um tiro de revólver,
errando o alvo e atingindo C, ferindo-o levemente no braço. Deverá responder por:

a) Lesões corporais culposas contra C.


b) Homicídio tentado contra C.
c) Lesões corporais leves contra C.
d) Homicídio tentado contra B.

7. (TRF – 2ª Região – 2014 – TRF – 2ª Região – Juiz Federal) – Assinale a


alternativa correta:

a) Na desistência voluntária, o agente desiste de prosseguir nos atos de execução.


Neste caso, tem-se a chamada ponte de ouro, que estimula o agente a retroceder, e
ele será apenas punido pela tentativa.
b) A inequívoca e categórica inaptidão do meio empregado pelo agente para a
obtenção do resultado chama à aplicação a forma tentada do delito.
c) O arrependimento eficaz, com a reparação do dano ou restituição da coisa por ato
voluntário do agente, ocorrido até o recebimento da denúncia, enseja a redução da
pena à metade.
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d) O erro na execução é o erro ocorrido por inabilidade ou por acidente. O agente
quer atingir A, mas acerta B. Neste caso, o agente responde como se tivesse
acertado a pessoa visada. No caso de também ser atingida a pessoa que o agente
queria ofender, aplica-se a regra do concurso material.
e) O arrependimento posterior implica causa de diminuição da pena do agente, e
apenas é aplicável aos crimes praticados sem violência ou grave ameaça à pessoa.

8. (TRF – 2ª Região – 2014 – TRF – 2ª Região – Juiz Federal) – Caio, agente da


polícia, durante suas férias, resolve manter a forma e treinar tiros. Vai até um terreno
baldio e ali alveja uma caçamba de lixo. O agente imaginava-se sozinho e, sem
querer, acerta um mendigo que ali dormia, dentro da caçamba. Em tese, ocorreu:

a) Descriminante putativa.
b) Causa legal de exclusão da culpabilidade.
c) Caso fortuito, ou força maior criminógena.
d) Erro de tipo.
e) Erro na execução (aberratio ictus).

9. (TRF – 4ª Região – 2014 – TRF – 4ª Região – Juiz Substituto) – Dadas as


assertivas abaixo, assinale a alternativa correta.
Os membros de uma organização criminosa, indignados com um delator, que
aceitou acordo de colaboração premiada, identificou membros e descreveu as
atividades do grupo, decidiram eliminá-lo. Para tanto, encarregaram um dos seus
integrantes de mata-lo na saída do edifício do Ministério Púbico, local onde estaria
prestando depoimento.

I – Se o atirador, imaginando tratar-se do delator a ser eliminado, atirar e matar


pessoa diversa, responderá por homicídio culposo, pois o agente não tinha intenção
de matar pessoa diversa, respondendo, assim, por sua imperícia.
II – Se o atirador, imaginando tratar-se do delator a ser eliminado, atirar e matar
pessoa diversa, responderá por homicídio doloso. Nesse caso, não se consideram
as condições ou qualidades da própria vítima, senão as da pessoa contra quem o
agente queria praticar o crime.

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III – Se o atirador, imaginando tratar-se do delator a ser eliminado, atirar e matar
pessoa diversa, responderá por homicídio doloso, em concurso com homicídio
tentado.
IV – Se o atirador, iludido pelo reflexo de uma pessoa que passava do outro lado da
rua, atirar e atingir apenas a porta de vidro, responderá por dano culposo, porém
qualificado por se tratar de patrimônio da União.

a) Está correta apenas a assertiva I.


b) Está correta apenas a assertiva II.
c) Está correta apenas a assertiva III.
d) Está correta apenas a assertiva IV.
e) Nenhuma assertiva está correta.

10. (TRF – 4ª Região – 2014 – TRF – 4ª Região – Juiz Substituto) – Dadas as


assertivas abaixo, assinale a alternativa correta.
Segundo a doutrina, é correto afirmar:

I – No dolo eventual, une-se o assentimento à assunção do risco, a partir da posição


do agente que tem consciência de que pode ocorrer o resultado e assim mesmo
age. Na culpa consciente, assoma ao espírito do agente a possibilidade de
causação do resultado, mas confia ela que esse resultado não sucederá. A distinção
é relevante, por exemplo, nos casos de homicídio.
II – No crime material ou de ação e evento, o fato praticado tem relevância penal se,
à ação praticada, une-se por nexo de causalidade, um resultado exterior destacado
da ação e considerado consequência essencial à configuração típica.
III – Nos crimes em que o dano se destaca da ação, e esta se desenrola por uma
trilha conduzente à produção do resultado danoso, o legislador pune essa ação,
mesmo que não venha a efetivamente atingir o resultado, criando-se, todavia, uma
situação perigosa ao bem jurídico, que não foi lesado apenas por razões
independentes da vontade do agente, pois a ação era potencialmente lesiva. Eis a
definição do crime de perigo abstrato.
IV – Em síntese, o tipo penal reproduz, de forma paradigmática, a ação tal como é
na realidade, ou seja, caracterizada por um significado axiológico como menosprezo
a um valor digno de tutela. Havendo plena congruência entre ação, nos seus
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elementos objetivos, subjetivos e valorativos, e o que se descreve no modo abstrato
no tipo penal, dá-se a adequação típica.

a) Está incorreta apenas a assertiva I.


b) Está incorreta apenas a assertiva II.
d) Estão incorretas todas as assertivas.
e) Estão corretas todas as assertivas.

11. (OAB/MG 2004) Os elementos normativos do tipo são aqueles que

a) dispensam valoração para a apreensão do seu significado.


b) quando inseridos no tipo, reforçam a garantia do princípio da reserva legal.
c) exigem especial valoração para apreensão do seu significado.
d) não se encontram previstos da legislação penal brasileira.

12. (Defensor Público SP/2007) A diferença entre crime e contravenção penal está
estabelecida

a) Pelo Código Penal.


b) Pela Lei de Contravenções Penais.
c) Pela Lei nº 9.099/95 (Juizados Especiais).
d) Pela Lei de Introdução ao Código Penal.
e) Pela Constituição Federal.

13. (Procurador da República 2002) Adota o Código Penal brasileiro quanto à


relação de causalidade:

a) A teoria da relevância.
b) A teoria naturalista.
c) A teoria da causalidade adequada.
d) A teoria da equivalência das condições.

14. (Juiz de Direito ES/2003) O sujeito ativo de um crime poderá beneficiar-se com o
instituto do arrependimento posterior

a) Desde que, voluntariamente, repare o dano ou restitua a coisa até a data da


sentença e o crime tenha sido cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa.
b) Desde que, voluntariamente, repare o dano ou restitua a coisa até o
recebimento da denúncia ou queixa, ainda que o crime tenha sido cometido com
violência ou grave ameaça à pessoa.

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c) Desde que, voluntariamente, repare o dano ou restitua a coisa até o
oferecimento da denúncia ou queixa e o crime tenha sido cometido sem violência ou
grave ameaça à pessoa.
d) Desde que repare o dano ou restitua a coisa até o oferecimento da denúncia
ou queixa, por ato voluntário do agente, e a pena será reduzida de um a dois terços.
e) Desde que, voluntariamente, repare o dano ou restitua a coisa até o
recebimento da denúncia ou queixa e o crime tenha sido cometido sem violência ou
grave ameaça à pessoa.

15. (Promotor de Justiça BA/2004) Assinale a afirmação incorreta:

a) De acordo com a regra da equivalência dos antecedentes causais, adotada


pelo nosso ordenamento penal, inexiste a distinção entre causa e concausa, ou
causa e condição, sendo aquela considerada como tudo aquilo que contribuir para o
resultado.
b) A opinião dominante no direito nacional e estrangeiro é no sentido de admitir-
se a possibilidade da tentativa no crime culposo.
c) No Direito Penal brasileiro o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
d) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se um crime.
e) Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência
da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa
consciência.

16. (Promotor de Justiça PR/2002) O Código Penal brasileiro, em relação ao dolo


direto, adota qual teoria:

a) Teoria da representação.
b) Teoria do consentimento.
c) Teoria da vontade.
d) Teoria da cognição.
e) Teoria da tendência.

17. (Promotor de Justiça AP/2005) Qual a natureza jurídica do arrependimento


eficaz?

a) Não deve ser considerada para fins de aplicação da pena.


b) É elemento primordial no conceito da teoria causalista da ação, posto que
inclui o agente nas qualificadoras contidas no tipo penal.
c) Segundo corrente hodierna, trata-se de causa geradora de atipicidade. Faz
com que o autor responda pelos atos até então praticados.
d) Trata-se de elemento subjetivo e determinante no reconhecimento do dolo
específico.

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18. (Juiz Federal 4ª Região/2004) Assinalar a alternativa correta. O art.13 do Código
Penal adotou, relativamente ao nexo causal, a doutrina da conditio sine qua non ou
teoria da equivalência dos antecedentes causais.

a) Segundo tal doutrina ou teoria, considera-se causa toda a ação ou omissão


sem a qual o resultado não teria ocorrido da forma como ocorreu.
b) É, em razão de tal doutrina, que o fabricante da arma de fogo causadora da
morte, apesar de se encontrar na cadeia causal do homicídio com ela consumado,
não responde por este delito.
c) É, em razão de tal teoria, que a superveniência de causa relativamente
independente exclui a imputação, quando, por si só, produziu o resultado.
d) Segundo tal teoria ou doutrina, todos os co-autores ou partícipes de um delito
devem sofrer as penas a este cominado, na medida de sua culpabilidade.

19. (Juiz de Direito PR/2007) O indivíduo A foi agredido pelo indivíduo B em um bar,
próximo à residência de A. Em dado momento da luta, A consegue se desvencilhar
de B e corre até a sua casa, sem ser perseguido por B. Ao chegar em casa, A
apanha um revólver e, julgando estar agindo amparado pelo direito, retorna ao bar
onde dispara contra B. A hipótese é de:

a) Erro acidental.
b) Erro de permissão.
c) Erro de tipo permissivo
d) Legítima defesa.

20. (Juiz de Direito PR/2007) Sobre o erro no Direito Penal, assinale a alternativa
INCORRETA:

a) O erro sobre o elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas
permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
b) É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Contudo, não há
isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime
culposo.
c) Não responde pelo crime terceiro que determina o erro.
d) O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena.
Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da
pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.

21. (Juiz de Direito SP/2006) Renato, dirigindo-se para sua casa, foi preso na rua
portando uma espingarda “pica-pau”, de fabricação caseira e municiada, apta a
disparos, que afirmou ter encontrado em um ferro velho. A arma, instantes antes,
havia sido utilizada em uma representação teatral realizada em uma escola,
circunstância apurada como verídica. Renato alegou, em seu favor,
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desconhecimento sobre a ilicitude do fato. Afirmou ainda, ter conhecimento da
campanha de esclarecimento acerca da matéria (vedação de porte de arma sem
registro e autorização prévia). Sua conduta caracteriza:

a) Erro inevitável sobre a ilicitude do fato.


b) Erro evitável sobre a ilicitude do fato.
c) Erro de tipo.
d) Exercício regular do direito.

22. (Promotor de Justiça PI/2002) A dispara, com animus necandi, a sua arma
contra B, supondo tratar-se de C e atinge, por descuido, tão somente D que se
encontrava, nas proximidades. Em termos da teoria do erro, qual o enquadramento
da situação?

a) Error in persona simultâneo com aberratio delicti.


b) Aberratio criminis simultâneo com aberratio ictus.
c) Dolus generalis com error in persona.
d) Aberratio ictus simultâneo com error in persona.
e) Error in persona simultâneo com actio libera in causa.

23. (Advogado Geral da União/1998) A imputável, inicia atos de execução de um


crime; antes de ocorrer o resultado, deixa de praticar os demais atos para atingir a
consumação. A consumação não acontece. A hipótese configura:

a) Tentativa.
b) Arrependimento posterior.
c) Desistência voluntária.
d) Arrependimento eficaz.
e) Crime impossível.

24. (OAB-SP/2007) Assinale a alternativa correta sobre aberratio ictus, que ocorre
quando o agente, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, em vez de
atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa:

a) O agente responde como se tivesse praticado o crime contra a pessoa que


pretendia ofender.
b) Não é possível ocorrer a aberratio ictus numa causa justificativa.
c) No caso de ser também ofendida a pessoa que o agente pretendia ofender,
aplica-se a regra do concurso material.
d) As expressões aberratio ictus e aberratio criminis são sinônimas.

25. (Promotor de Justiça DF/2003) Configura-se a desistência voluntária quando o


agente:

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a) Impede que o resultado se produza.
b) Se utiliza, para a prática do crime, de objeto absolutamente impróprio para
alcançar o fim almejado.
c) É impedido de consumar o crime.
d) Voluntariamente desiste de prosseguir na execução.
e) Repara o dano ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia ou da
queixa.

26. (Procurador TCE MA/2005) Tendo em vista a teoria da equivalência dos


antecedentes causais, ou da conditio sine qua non, considerando como causa toda
ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido, observe o que segue:

I. Carlos, ferido gravemente por Pedro, foi socorrido em hospital, mas veio a
falecer em incêndio ocorrido, logo depois, nas dependências desse local.
II. Ana, ferida levemente por José, foi socorrida em hospital, onde veio a falecer
por complicações de imprescindível cirurgia.

Nesses casos:

a) Exclui-se a imputação a ambos Carlos e Ana.


b) Não se exclui a imputação a Carlos, mas se exclui a imputação a Ana.
c) Exclui-se a imputação a Carlos, mas não se exclui a imputação a Ana.
d) Não se exclui a imputação a ambos Carlos e Ana.
e) A responsabilidade é exclusiva do hospital, por omissão ou imperícia, em
relação ao paciente.

27. (Procurador do TCE MA/2005) Ada, por questões passionais, arma-se com um
punhal e mata Maria, pensando tratar-se de Rosa, sua rival em relação a Pedro.
Nesse caso, ocorreu

a) Resultado diverso do pretendido (aberratio delicti).


b) Erro sobre o objeto (error in objeto).
c) Erro na execução (aberratio ctus).
d) Erro sobre a pessoa (error in persona).
e) Resultado aparente do tipo (error in substantia).

28. (Procurador TCE-MG/2007) No dolo eventual:

a) O agente, conscientemente, admite e aceita o risco de produzir o resultado.


b) A vontade do agente visa a um ou outro resultado.
c) O agente não prevê o resultado, embora seja previsível.
d) O agente quer determinado resultado e tem a intenção de provocá-lo.
e) O agente prevê o resultado, mas espera que não aconteça.

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29. (Procurador TCE MA/2005) Tendo em vista a teoria da equivalência dos
antecedentes causais, ou da conditio sine qua non, considerando como causa toda
ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido, observe o que segue:

III. Carlos, ferido gravemente por Pedro, foi socorrido em hospital, mas veio a
falecer em incêndio ocorrido, logo depois, nas dependências desse local.
IV. Ana, ferida levemente por José, foi socorrida em hospital, onde veio a falecer
por complicações de imprescindível cirurgia.
Nesses casos:

f) Exclui-se a imputação a ambos Carlos e Ana.


g) Não se exclui a imputação a Carlos, mas se exclui a imputação a Ana.
h) Exclui-se a imputação a Carlos, mas não se exclui a imputação a Ana.
i) Não se exclui a imputação a ambos Carlos e Ana.
j) A responsabilidade é exclusiva do hospital, por omissão ou imperícia, em
relação ao paciente.

30. (Promotor de Justiça SP/2005) É unicamente correto afirmar que:

a) O delito de quadrilha só se consuma com a prática de qualquer delito pelo


bando ou por alguns de seus integrantes.
b) Ao dispor sobre crimes tentados, o Código Penal prevê possibilidade de
casos com resposta penal equivalente à dos consumados.
c) Em se tratando de contravenção penal, a punibilidade da tentativa segue as
regras do Código Penal.
d) Crime falho é outra designação dada à tentativa imperfeita.
e) O Código Penal condiciona o reconhecimento da modalidade tentada de
determinado crime à existência, na Parte Especial, de previsão específica quanto à
sua admissibilidade.

31. (Promotor de Justiça RS/2003) Marque a opção correta:

a) Ao agente condenado pelo crime de tortura, a Lei nº 9.455/97 estabelece o


cumprimento da pena em regime integralmente fechado.
b) Nos crimes omissivos impróprios a relação de causalidade é essencialmente
normativa.
c) A punibilidade da tentativa, prevista no art.14, II e parágrafo único, do Código
Penal, se estende as contravenções, uma vez que elas, quando tentadas são
puníveis.
d) Constitui crime a simples conduta de instigar para que alguém se suicide,
mesmo não vindo a ocorrer o resultado morte ou lesão corporal de natureza grave.
e) Chefe de repartição pública que, por indulgência, deixa de responsabilizar
subordinado que tiver cometido infração no exercício do cargo pratica crime de
prevaricação.
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32. (Promotor de Justiça SP/2002) Crime falho é:

a) Aquele no qual alguém, insidiosamente, provoca uma situação que leva o


agente à prática do crime, mas, antes, toma as devidas providências para que o
mesmo não se consume.
b) Aquele no qual o agente acredita que está praticando um crime, que não
existe, pois o fato não é típico.
c) O mesmo que tentativa perfeita, na qual o crime não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente, embora este pratique todos os atos
necessários para a consumação do crime.
d) O mesmo que tentativa inadequada ou inidônea, na qual o crime não pode ser
consumado por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto.
e) Aquele no qual a polícia efetua a detenção do agente no momento da prática
delitiva, pois avisada pela vítima que sabia previamente que o crime iria acontecer.

33. (Promotor de Justiça SP/2001) Assinale a alternativa falsa:

a) O crime impossível é também conhecido como quase-crime.


b) Crime falho é o nome que se dá a tentativa perfeita ou acabada.
c) Crime exaurido é aquele que, apesar de todos os esforços do agente, não se
consuma por sua própria vontade.
d) Crime vago é o que tem por sujeito passivo a entidade sem personalidade
jurídica.
e) Crime pluriofensivo é o que lesa ou expõe a perigo de dano mais de um bem
jurídico.

34. (Procurador da Fazenda/2006) Geraldo pratica a conduta X. Sem desejar,


porém, assumindo o risco, tendo mentalmente, antevisto o resultado, danifica o
patrimônio de Ciro. A conduta de Geraldo, no aspecto subjetivo, identifica:

a) Dolo direto.
b) Dolo eventual.
c) Culpa inconsciente.
d) Culpa consciente.
e) Preterdolo.

35. (Procurador da Fazenda/2006) A, capaz e imputável, deseja produzir o efeito X.


Dadas as circunstâncias, entretanto, causa o efeito Y, contido no âmbito da
previsibilidade. Caracteriza a conduta de A:

a) Crime preterdoloso.
b) Crime culposo.
c) Crime doloso.
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d) Responsabilidade objetiva.
e) Fato atípico.

36. (Promotor de Justiça SP/2000) Em relação aos fatos que podem, em tese,
configurar os chamados crimes agravados pelo resultado,

a) Por ele só responde o agente que o tiver causado como dolo, direto ou
eventual.
b) Por ele responde quem objetivamente lhe tenha dado causa, ainda que sem
dolo ou culpa.
c) O agente que dolosamente o produziu responde, na verdade, por crime
autônomo, se existente e que corresponda a tal resultado.
d) O agente é apenado segundo as regras do crime continuado, considerado o
fato consequente como continuação do antecedente.
e) Responde o partícipe, mesmo que tal resultado não lhe fosse nem sequer
previsível, porque o crime é uma unidade lógica e a responsabilidade de todos deve
ser igual.

37. (Defensor Público CE/2002) O delito de sequestro e cárcere privado


contemplado no art.148, do Código Penal:

a) É crime material e, como tal, admite a tentativa.


b) É crime instantâneo, de efeito permanente.
c) Deve conter o seu elemento volitivo composto pelo injusto do subjetivo.
d) Contempla o caso de agravamento da pena se a privação da liberdade da
vítima se estender por período superior a 10 dias.

38. (Juiz de Direito SP/2007) Assinale a alternativa incorreta:

a) O Código Penal brasileiro adotou a teoria monística da equivalência dos


antecedentes no nexo de causalidade, abrandada pela culpabilidade de cada
agente.
b) Na co-autoria, os agentes realizam a conduta tipificada como ilícito penal.
c) Crimes plurissubjetivos são aqueles que exigem concurso de mais de uma
pessoa, sendo que nem sempre todas são punidas.
d) Crimes monossubjetivos são aqueles que têm sempre uma vítima.

39. (Juiz de Direito DF/2006) Assinale a alternativa correta nas questões a seguir.
Crime vago é o que:

a) Tem como sujeito passivo pessoa jurídica não identificada.


b) Tem como sujeito passivo entidade sem personalidade jurídica.
c) Não tem sujeito passivo.
d) Atinge mais de um bem jurídico.
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40. (Promotor de Justiça GO/2004) Aponte a alternativa incorreta:

a) Existe crime progressivo quando o agente, para alcançar um resultado, passa


por uma conduta inicial que produz um evento mais grave que aquele.
b) Há crime complexo quando a lei desconsidera como elemento ou
circunstância do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes.
c) Sob o aspecto subjetivo do agente, existe no crime progressivo, desde o
início, a vontade de cometer a infração de maior gravidade; na progressão criminosa
a intenção inicial é praticar delito menor, e só depois é que, no mesmo iter criminis,
resolve ele cometer a infração mais grave.
d) Se após a subtração da coisa, Mévio e caio decidem destruí-la, estes
somente responderão pelo crime de furto qualificado, por se tratar de post factum
impunível.

41. (Procurador do Estado SE/2005) Crimes materiais são aqueles:

a) Que se consumam antecipadamente, sem dependência de ocorrer ou não o


resultado desejado pelo agente.
b) Em que a lei descreve a conduta do agente, não aludindo a qualquer
resultado.
c) Em que a lei descreve a conduta do agente e o seu resultado.
d) Em que o agente, por deixar de fazer o que estava obrigado, produz o
resultado.
e) Em que a lei não descreve a conduta do agente.

42. (Promotor de Justiça ES/2004) Há inexistência de delito omissivo se:

a) Não se comprovou prejuízo efetivo de terceiros.


b) O agente não tiver poder de agir.
c) Não se comprovou prejuízo potencial de terceiros.
d) Se o agente não for garantidor.
e) Não houver tipo que descreva um não fazer.

43. (Juiz de Direito SP/2005) Ao tipificar o crime de lesão corporal seguida de morte,
o art.129, CP (Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não
quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo) contempla:

a) Uma hipótese exclusiva de crime culposo.


b) Uma forma exclusiva de dolo direto.
c) Uma forma exclusiva de dolo eventual.
d) Uma forma autenticamente preterdolosa.

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44. (Juiz de Direito MG/2007) O filho intervém, energicamente, a favor da mãe,
diante das ameaças que o pai, embriagado, fazia à esposa. O pai, bêbado, não se
conforma. Vai até o guarda-roupa, retira de lá uma pistola e, pelas costas, aciona
várias vezes o gatilho, sem que nada acontecesse, pois a mãe, pressentindo aquele
desfecho, havia retirado todas as balas da arma. Que delito o pai cometeu?

a) Tentativa imperfeita.
b) Crime hipotético.
c) Crime impossível.
d) Crime falho.

45. (OAB-SP/2006) Se alguém causa a morte de outrem porque, tendo o dever


jurídico de agir para impedir o resultado, omitiu-se, comete crime:

a) Omissivo próprio.
b) Omissivo puro.
c) Comissivo próprio.
d) Comissivo por omissão.

46. (OAB-MG/2006) Com relação à classificação doutrinária do crime de assédio


sexual, o art.216-A do Código Penal brasileiro assim define o crime de assédio
sexual: “Constranger alguém com intuito de obter vantagem ou favorecimento
sexual, prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou
ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função:”, pode-se afirmar
que ele é:

a) Próprio, formal e instantâneo.


b) Próprio, material e instantâneo.
c) Comum, formal e instantâneo.
d) Comum, material e permanente.

47. (OAB-MG/2004) O princípio básico de Direito Penal que justifica a atipicidade do


chamado crime impossível é o da:

a) Legalidade.
b) Lesividade.
c) Culpabilidade.
d) Intervenção mínima.

48. (OAB-MT/2005) São considerados crimes formais:

a) Aqueles que, apesar da alusão ao resultado naturalístico, não exigem para


fins de consumação que ele ocorra.

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b) Aqueles que se consumam com a ocorrência do resultado naturalístico da
ação.
c) Aqueles em que o tipo penal não faz alusão ao resultado naturalístico da
ação, bastando, para a consumação, a ação ou omissão prevista e punida na norma
penal incriminadora.
d) Aquele em que a fase consumativa se prolonga no tempo.

49. (OAB-SP/2005) Em relação à classificação dos crimes, assinale a alternativa


correta.

a) Há crime habitual quando a pessoa comete sempre o mesmo tipo de crime ou


crime de mesma natureza.
b) O crime profissional é aquele praticado por quem faz do crime verdadeira
profissão.
c) O crime exaurido é aquele em que o agente, após ter realizado, o leva a
consequências mais lesivas.
d) Há crime vago quando a sua definição jurídica é incerta, ou, em outras
palavras, quando o tipo é aberto.

50. (Defensor Público MA/2003) A tentativa:

a) É impunível nos casos de ineficácia absoluta do meio e de relativa


impropriedade do objeto
b) Dispensa o exaurimento da infração, necessário apenas para que se
reconheça a consumação.
c) Não prescinde, para seu reconhecimento, da realização de atos de execução,
ainda que de trate de contravenção penal.
d) Exige comportamento doloso do agente.
e) Constitui causa geral de diminuição da pena, devendo o respectivo redutor
corresponder à culpabilidade do agente.

51. (Promotor de Justiça PR/2002) No que diz respeito aos crimes tentados não é
correto afirmar:

a) Não se admite a tentativa nos crimes culposos.


b) Não se admite a tentativa nos crimes omissivos impróprios.
c) Não se admite a tentativa nos crimes unissubsistentes.
d) Não se admite a tentativa nas contravenções penais.
e) Não se admite a tentativa nos crimes preterdolosos.

52. (OAB-MG/2006) Com relação ao crime tentado é correto afirmar que:

a) A diminuição da pena privativa de liberdade abaixo do máximo previsto


dispensa a fundamentação judicial.
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b) Não é possível configurar-se a tentativa culposa, pois o agente, naquela fica
aquém do que queria e, nesta, vai além do que desejava.
c) Não há de ser levado em conta, para efeito da fração a ser considerada na
redução da pena, os atos executados e o resultado obtido.
d) Para configurar-se a tentativa de homicídio, há necessidade de se saber o
tipo de lesão sofrida pela vítima, se foi leve, grave ou gravíssima.

53. (Juiz de Direito/MG 2006) Antônio Carlos, matador de aluguel, pretendendo, sem
motivo, por fim à vida de Maria de Lourdes, apontou-lhe, pelas costas, arma de fogo
de grosso calibre, acionando o gatilho repetidas vezes. Não conseguiu seu intento,
vez que a arma estava descarregada. É correto afirmar que Antônio Carlos:

a) Praticou crime de tentativa de homicídio simples.


b) Não praticou nenhum crime.
c) Praticou crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil.
d) Praticou crime de tentativa de homicídio mediante recurso que dificultou ou
impossibilitou a defesa da vítima.

54. (OAB-DF/2004) Utiliza-se a terminologia tentativa inidônea ou tentativa


inadequada para tratar de:

a) Crime impossível.
b) Desistência voluntária.
c) Arrependimento eficaz.
d) Arrependimento anterior.

55. (Procurador TCE-PI/2005) O critério utilizado pela jurisprudência para fixar o


quantum de redução pela tentativa leva em conta, essencialmente, a maior ou
menor

a) Proximidade da consumação.
b) Intensidade do dolo do agente.
c) Punibilidade do agente.
d) Relevância do bem jurídico protegido.
e) Incidência de circunstâncias agravantes ou atenuantes.

56. (Promotor de Justiça ES/2004) Ao verificar que um veículo estava aberto e com
a chave na ignição, João resolve furtá-lo, adentrando em seu interior e acionando a
partida do motor. Antes da consumação, por vontade própria, deixa de prosseguir
com o ato delituoso. A hipótese caracteriza:

a) Furto tentado.
b) Desistência voluntária.
c) Arrependimento posterior
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d) Furto simples.
e) Crime impossível.

57. (Juiz de Direito ES/2003) Assinale a opção correta:

a) A tentativa é sempre punida com a pena correspondente ao crime


consumado, diminuída de um a dois terços.
b) A superveniência de causa só exclui a imputação quando for absolutamente
independente.
c) O agente amparado por qualquer das causas de exclusão de ilicitude só
responderá por excesso doloso ou culposo quando agir em estado de necessidade
ou em legítima defesa.
d) Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado,
diminuída de um a dois terços, salvo disposição em contrário.
e) Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência à ordem
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da
ordem.

58. (Promotor de Justiça PB/2003) Admitem tentativa:

a) Os crimes habituais.
b) As contravenções penais.
c) Os crimes plurissubsistentes.
d) Os crimes preterdolosos.
e) Os crimes omissivos próprios.

59. (Juiz de Direito DF/2006) Assinale a alternativa correta nas questões a seguir.
Tem-se a tentativa branca quando:

a) O sujeito ativo pratica todos os atos de execução do crime, mas este não se
consuma por circunstâncias alheias à sua vontade.
b) O sujeito ativo, para a execução do crime, utiliza arma branca.
c) A vítima não sofre lesões.
d) Menos se aproxima o sujeito ativo da consumação do crime, maior devendo
ser a atenuação da pena (dois terços).

60. (Juiz de Direito SP/2003) Não admitem tentativa punível os crimes:

a) Próprios.
b) Progressivos
c) Unissubsistentes
d) Unissubjetivos

61. (Procurador TCE-MG/2007) Não admitem tentativa:


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a) As contravenções penais e os crimes materiais.
b) Os crimes culposos e as contravenções penais.
c) Os crimes materiais e os crimes comissivos.
d) Os crimes materiais e os crimes culposos.
e) As contravenções penais e os crimes comissivos.

62. (OAB-GO/2005) É correto afirmar:

a) O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, não obstante disposição


expressa em contrário, não são puníveis, se o crime, não chega, pelo menos a ser
tentado.
b) O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa
em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
c) O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, nunca são puníveis, se o
crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
d) O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, sempre são puníveis,
mesmo que o crime não chegue, pelo menos a ser tentado.

63. (OAB-MG/2006) Leia com atenção o texto abaixo e, a seguir, assinale a


alternativa correta. “Na matéria, de que se ocupa este trabalho, os bons costumes
manifestam-se pelo pudor, e os escritos, objetos, representações teatrais e
exibições cinematográficas podem ser obscenidades que ofendem o pudor. (...) Que
é o pudor, que é ofendido pelo obsceno? O pudor é um sentimento do homem
individualmente considerado. Variando, porém, de homem a homem, surge, ao
projetar-se na vida social, como o sentimento comum aos que socialmente vivem.
Não é o sentimento vulgar do incivil, nem a pruderie do afetado, nem a visão da
vanguarda. É o sentimento do bônus patermilias. A vergonha, verecundia, diante das
coisas do sexo, pudenta. Bem da civilização, varia no tempo e no espaço, o
sentimento de pudor. Sempre existe, porém, onde quer que exista civilização, entre
hindus e árabes, ou entre aqueles helenos como no mito de Acteon castigado por
contemplar Diana a banhar-se.” (CUNHA LUNA, Everardo da. A arte e o obsceno.
Justitia, n.52, out/dez 1990).

O texto citado refere-se essencialmente ao crime de escrito ou objeto obsceno.


Quando o legislador, na descrição de um tipo penal, deseja que o intérprete proceda
a uma especial valoração cultural para determinar o conteúdo de uma expressão
contida na norma incriminadora, ele se vale dos chamados:

a) Elementos subjetivos do tipo.


b) Elementos descritivos do tipo.
c) Elementos normativos do tipo.
d) Elementos psicológicos do tipo.

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64. (Promotor de Justiça MA/2004) Quanto à teoria do tipo, é correto dizer:

a) A teoria da conditio sine qua non divide as concausas em causas próximas e


remotas, atribuindo a estas menor importância que às outras.
b) A doutrina, em regra, exige nos crimes omissivos impróprios a presença de
nexo de evitabilidade, estabelecido a partir de uma projeção de probabilidade, que
deve ser próxima à certeza, quanto á superveniência do resultado naturalístico.
c) Tem-se como pacífico, modernamente, que a teoria da imputação objetiva
substitui a teoria da equivalência dos antecedentes como forma de estabelecer o
nexo causal.
d) Os critérios de imputação objetiva de CLAUS ROXIN baseiam-se na quebra
do papel social do sujeito ativo, ao contrário do que propõe GUNTHER JAKOBS.
e) A partir da moderna teoria da imputação objetiva, desaparece a concepção de
tipo subjetivo, pois o resultado é atribuído ao agente de modo puramente físico-
objetivo.

65. (Promotor de Justiça PE/2002) Na culpa consciente, o agente:

a) Prevê o resultado, assumindo o risco de que venha a ocorrer.


b) Não prevê o resultado, que era previsível.
c) Prevê o resultado, mas espera sinceramente que não venha a ocorrer.
d) Não prevê o resultado, que é imprevisível.
e) Prevê e deseja que o resultado ocorra.

66. (Procurador TCE/2007) A relação de causalidade,

a) Não fica excluída pela superveniência de causa relativamente independente


que, por si só, produz o resultado.
b) É imprescindível nos crimes formais.
c) É normativa nos crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão.
d) Não está regulada, em nosso sistema, pela teoria da equivalência dos
antecedentes causais.
e) É dispensável nos crimes materiais.

67. (Juiz de Direito SP/2004) Considere as condutas abaixo:

I. O anestesista que durante o pós-operatório e antes de estabilizar a situação


do paciente deixa-o aos cuidados da enfermeira ou auxiliar de enfermagem.
II. O médico que aplica determinado medicamento a paciente cardiopata, sem
prévio teste de sensibilidade.
III. O médico que atesta o óbito em caso de morte aparente, com erro de
diagnóstico.
IV. O médico que, para fins científicos, experimenta no paciente substância
química, sabendo que pode ser letal, vindo a ocorrer o óbito.
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Trata-se, respectivamente, de:

a) Imprudência, negligência, negligência e imprudência.


b) Imperícia, imprudência, dolo eventual e negligência.
c) Negligência, negligência, imperícia e imprudência.
d) Negligência, imprudência, imperícia e dolo eventual.

68. (Promotor de Justiça – SP, 2013) A Suprema Corte tratou do tema antecipação
do parto ou interrupção da gravidez na ADPF 54 em que foi postulada a
interpretação dos arts. 124 e 126 do Código Penal – autoaborto e aborto com o
consentimento da gestante – em conformidade com a Constituição Federal, quando
fosse caso de feto anencéfalo. Após julgar procedente a ação, o Colendo Tribunal
declarou que a ocorrência de anencefalia nos dispositivos invocados provoca a

(A) exclusão da antijuridicidade.


(B) exclusão da tipicidade.
(C) exclusão do concurso de crimes.
(D) aplicação de perdão judicial.
(E) inexigibilidade de conduta diversa.

69. (Promotor de Justiça, PR – 2013) Assinale a alternativa correta:

a) No crime comissivo por omissão ou omissivo impróprio inexiste o dever jurídico de


agir, não respondendo o omitente pelo resultado, mas pela própria prática da
conduta omissiva, podendo ser citado, como exemplo, o crime de omissão de
socorro. Já no crime omissivo próprio o omitente devia e podia agir para evitar o
resultado;
b) No crime omissivo próprio o agente responde pelo resultado que deu causa. Já no
caso do crime omissivo impróprio este se aperfeiçoa com a simples omissão;
c) Os denominados delitos omissivos próprios, como os omissivos impróprios ou
comissivos por omissão, são considerados crimes de mera conduta, posto que a
omissão não pode dar causa a qualquer resultado;
d) Os denominados crimes omissivos próprios admitem tentativa;
e) No crime omissivo próprio o omitente não responde pelo resultado, perfazendo-se
o crime com a simples omissão do agente, podendo ser citado, como exemplo, o
crime de omissão de socorro. Já no crime comissivo por omissão ou omissivo
impróprio o omitente devia e podia agir para evitar o resultado.

70. (Promotor de Justiça, PR – 2013) Segundo a sistemática do Código Penal,


assinale a alternativa incorreta:

a) É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,


supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima;
b) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena;
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c) O erro sobre a ilicitude do fato se evitável, diminui a pena em um sexto;
d) Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem,
não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação
ou da ordem;
e) O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas
permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.

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