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No Estado Constitucional do pós-guerra, diante dos abusos do nazismo amparados pelo Direito de
cunho nacional-socialista, a comunidade jurídica internacional adotou o pós-positivismo e recuperou a
dimensão ética do direito. A esse movimento somou-se a crise da hermenêutica jurídica tradicional,
estruturada a partir da ideologia liberal da separação dos poderes, que influenciou Savigny na criação
dos métodos tradicionais de interpretação, quais sejam, gramatical, histórico, lógico, sistemático e
teleológico. As novas concepções entendem que o intérprete está inserido num contexto histórico,
político, social e tem sua própria pré-compreensão, que não pode ser ignorada na busca da interpretação
da lei, com destaque para o pensamento de Hans-Georg Gadamer, que desenvolve o método
hermenêutico-organizador, pelo qual a compreensão não reflete um processo subjetivo do intérprete
frente a um objeto, mas sim trata-se do próprio modo de ser do homem, sendo a compreensão o
resultado de um diálogo entre o intérprete e o texto, sendo condicionada por preconceitos e pré-juízos.
Como resultado dessa concepção, interpretar é muito mais dar sentido do que extrair sentido das
normas, já que o intérprete não interpreta apenas os textos, mas os fatos em conjunto com os textos.
Normas não são textos nem o conjunto deles, mas os sentidos construídos a partir da interpretação
sistemática de textos normativos, de modo que normas são o resultado da interpretação.
BIBLIOGRAFIA:
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ÁVILA, Humberto. Teoria dos Princípios. 10ª edição. São Paulo: Malheiros, 2009.
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GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. 13ª ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2011.
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ACÓRDÃOS
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STJ, HC 250.574 (princípio da insignificância).
STJ, HC 207.444 (princípio da insignificância).
STJ, HC 109.639 (princípio da insignificância).
STJ, HC 135.056 (princípio da insignificância).