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PROF.

DAVID MEDINA DA SILVA


david@mprs.mp.br
TEORIA DA NORMA PENAL – EXERCÍCIOS
AULA 2
1. Segundo a Súmula 241 do STJ: “A reincidência penal não pode ser
considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como
circunstância judicial.”
Qual o princípio penal sustenta esse enunciado?

2. Observe o enunciado da SUMULA 96 do STJ:


O CRIME DE EXTORSÃO CONSUMA-SE INDEPENDENTEMENTE DA
OBTENÇÃO DA VANTAGEM INDEVIDA.
Caso ocorra a obtenção da vantagem, qual o fundamento para exclusão
da tipicidade da mesma?

3. (Concurso para Procurador do Estado/PR- 2007) Assinale a alternativa


incorreta:
a) Os princípios de Direito Penal garantem que a interpretação dos casos
penais, em quaisquer circunstâncias, deva ser realizada sob a égide de um
sistema penal legalista, ou seja, vinculado ao formalismo legal, a um juízo de
subsunção do fato à letra da lei.
b) O princípio da legalidade tem como um de seus corolários a reserva legal
(artigo 1º do Código Penal), de modo que as condutas criminosas somente
podem ser definidas através de norma legal federal.
c) A corrente neo-retribucionista em Direito Penal tem influenciado a política
criminal, segundo a qual a efetiva aplicação e execução das penas garantem a
função preventiva geral positiva, bem como tem inspirado o movimento
chamado de law in order.
d) O princípio da intervenção mínima em Direito Penal tem dois importantes
corolários: a fragmentariedade e a subsidiariedade. O primeiro preconiza que

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somente os bens jurídicos mais relevantes merecem tutela penal, bem como
apenas os ataques mais intoleráveis a estes merecem disciplina penal,
enquanto o segundo prescreve que a intervenção penal só tem legitimidade
quando outros ramos do Direito não oferecem solução satisfatória aos conflitos.
e) O princípio jurídico-penal da tipicidade garante a proibição da aplicação da
analogia in mallam partem em Direito Penal.

4. Segundo o STF:
“Princípio da insignificância e violência doméstica Inadmissível a aplicação do
princípio da insignificância aos delitos praticados em situação de violência
doméstica.
Com base nessa orientação, a Segunda Turma negou provimento a recurso
ordinário em “habeas corpus” no qual se pleiteava a incidência de tal princípio
ao crime de lesão corporal cometido em âmbito de violência doméstica contra a
mulher (Lei 11.340/2006, Lei Maria da Penha).”
RHC 133043/MT, rel. Min. Cármen Lúcia, 10.5.2016. (RHC-133043)
(Informativo 825, 2ª Turma)
Caso se trate de lesão corporal ínfima e sem nenhuma relevância
material, como se explicaria a inaplicabilidade do princípio da
insignificância?

5. Segundo o STJ
“PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
ROUBO
CIRCUNSTANCIADO E POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO
PERMITIDO.
PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. INAPLICABILIDADE. CIRCUNSTÂNCIAS
FÁTICAS

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DISTINTAS. DELITOS AUTÔNOMOS. ALTERAÇÃO DO JULGADO.
SUMULA 7/STJ.
AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. O Tribunal a quo, soberano na análise do acervo fático-probatório dos autos,
foi categórico em afirmar que o acusado foi flagrado na posse ilegal da arma
de fogo em momento distinto ao da prática do crime de roubo, caracterizando,
assim, uma nova conduta autônoma e independente, o que impede a aplicação
do princípio da consunção.
2. A revisão da conclusão a que chegou a Corte de origem, no sentido de que
os delitos foram omitidos em circunstâncias fáticas distintas, caracterizando,
pois, a prática de delitos autônomos, demandaria o revolvimento de matéria
fático-probatória, providência inviável em sede de recurso especial, a teor do
que dispõe a Súmula 7/STJ.”
AgRg no AREsp 988625 / ES - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL 2016/0252282-1 (07-03-2017)
Caso a corte entendesse de forma diversa, que espécie de consunção
reconheceria?

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