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elaborado por @fred.

cezar
PARTE GERAL
LIVRO I: DAS PESSOAS
TÍTULO I: DAS PESSOAS NATURAIS
CAPÍTULO I: DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE
Art. 1º TODA pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
FCC - 2009 - DPE-PA / 2014 - DPE-PR / 2018 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL / 2021 - MPDFT

“Adquirida a personalidade jurídica, toda pessoa passa a ser capaz de direitos e


obrigações. Possui, portanto, capacidade de direito ou de gozo. Todo ser humano tem,
CAPACIDADE DE DIREITO (GOZO) - JURÍDICA
assim, capacidade de direito, pelo fato de que a personalidade jurídica é atributo inerente à
condição”. STOLZE; FILHO; 2018.

CAPACIDADE DE FATO (EXERCÍCIO) Art. 5º CC – 18 anos


.
 A incapacidade de exercício não afeta a capacidade de direito, que é atributo de todo aquele dotado de personalidade jurídica. (certa) MPE-PR –
2011

 Capacidade de fato, ou capacidade de gozo, ou capacidade de aquisição, é a faculdade abstrata de alguém gozar os seus direitos; a
capacidade de direito, por sua vez, é a capacidade para adquirir direitos e exercê-los por si mesmo. (errada) CESPE - 2012 - DPE-AC
 A capacidade de fato não se apura exclusivamente com base no critério etário. (certa) CESPE - 2013 - TJ-DFT – ANALISTA
 A capacidade de direito depende da capacidade de fato, razão pela qual aquela não se estende aos privados de discernimento e aos infantes
em geral, por exemplo. (errada) 2014 - DPE-PR
 Com a nova ordem constitucional, não há mais distinção entre capacidade de direito e capacidade de fato. (errada) 2015 – MPDFT
 Nem toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. (errada) 2015 - MPE-BA
 Todas as pessoas têm a capacidade de direito, o que pressupõe a capacidade de fato, em regra, pois a incapacidade é a exceção. (certa) 2017
- MPE-RS

# Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos
do nascituro.
FCC - 2009 - DPE-MT / FCC - 2009 - DPE-PA / 2010 - MPE-SP / VUNESP - 2011 - TJ-SP – JUIZ / CESPE - 2012 - DPE-AC / CESPE - 2015 - DPU / 2017 - PC-MS - DELEGADO DE POLÍCIA

No Direito Civil brasileiro, o início da personalidade do ser humano é marcado pela docimasia hidrostática de Galeno. (certa) 2014 - MPE-MG

 O registro civil da pessoa física possui natureza jurídica meramente declaratória, ao passo que, para as pessoas jurídicas, o registro tem
efeito constitutivo. (certa) FCC - 2009 - DPE-MA
 Quanto à doação, feita ao nascituro, valerá, sendo aceita pelo seu representante legal. (certa) 2011 - MPE-MG
 A proteção que o Código Civil confere ao nascituro não alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade. (errada) FCC - 2011
- MPE-CE

 Quanto ao nascituro, é correto dizer que os pais podem efetuar doação em seu benefício; (certa) 2012 - PGR - PROCURADOR DA REPÚBLICA
 A recente decisão do STF em favor da possibilidade de interrupção da gravidez de fetos anencéfalos não invalida o dispositivo legal segundo
o qual o feto nascido com vida adquire personalidade jurídica, razão por que adquirirá e transmitirá direitos, ainda que faleça segundos depois.
(certa) CESPE - 2012 – AGU

 A personalidade civil começa com o nascimento com vida, mas os direitos do nascituro estão sujeitos a uma condição resolutiva SUSPENSIVA,
ou seja, são direitos eventuais; esse conceito refere-se à teoria da personalidade condicional. (errada) CESPE - 2012 - PC-AL - DELEGADO DE POLÍCIA
 A personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida. Assim, a proteção que o Código Civil defere ao nascituro não alcança
o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como nome, imagem e sepultura. (errada) CESPE - 2013 - DPE-RR
 Legitimam-se a suceder apenas as pessoas já nascidas no momento da abertura da sucessão, não havendo direitos sucessórios do nascituro.
(errada) CESPE - 2013 - DPE-TO

 Atento ao princípio da dignidade da pessoa, o Código Civil em vigor exige, para a aquisição da personalidade, que o sujeito tenha vida viável,
forma humana e condição social. (errada) CESPE - 2014 - PGE-PI
 O filho que Joana está esperando sofre danos físicos em razão de negligência médica durante o pré-natal. O filho poderá ajuizar ação de
indenização tão logo nasça, pois a lei resguarda os direitos do nascituro e o filho poderá ser representado por seus pais ou representantes
legais. (certa) FCC - 2014 - TRT - 19ª REGIÃO (AL) – ANALISTA
 A questão da personalidade jurídica do nascituro não demanda debates, estando pacificada, pelas doutrinas jurídicas, desde a Constituição
Federal de 1988. (errada) MPDFT – 2015
 O registro civil das pessoas naturais é obrigatório e tem natureza constitutiva. (errada) CESPE - 2015 - TJ-PB - JUIZ SUBSTITUTO
 Entre os direitos ressalvados pela lei ao nascituro estão os direitos da personalidade, os quais estão entre aqueles que têm por objeto os
atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa. (certa) CESPE - 2015 – AGU
 O nascituro, também denominado concepturo, não possui personalidade jurídica, em razão do art. 2º do Código Civil, motivo pelo qual,
segundo a jurisprudência do STJ, não pode gozar de qualquer forma de direito, seja patrimonial ou não. (errada) 2015 - MPE-MS
 O nascimento com vida por si só não confere os direitos de personalidade ao recém-nascido. (errada) FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLICIA
CIVIL

 Mesmo o natimorto adquire personalidade jurídica. (errada) FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLICIA CIVIL
 A proteção que o Código Civil defere ao nascituro alcança o natimorto com relação a tais direitos. (certa) FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE
POLICIA CIVIL

 O início da personalidade civil das pessoas físicas e das pessoas jurídicas de direito privado ocorre, respectivamente, com o nascimento com
vida e com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida de autorização ou aprovação do Poder Executivo, quando
necessária. (certa) CESPE - 2018 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
 O Direito Civil Brasileiro, por sua doutrina e jurisprudência, reconhece que o nascituro tem direitos da personalidade. (certa) FETBAHIA - 2018 -
MPE-BA

 Um avô dispõe por testamento público em favor de seu neto, já concebido mas ainda não nascido. Tendo esse neto nascido morto, esse
testamento, de acordo com o Código Civil, inicialmente válido, será tido por ocasião da morte do nascituro como ineficaz mas não nulo, pois
era juridicamente possível que o avô beneficiasse o neto concebido, dentro da teoria adotada pela legislação civil. (certa) FCC - 2019 - MPE-MT
 Os direitos inatos da personalidade dependem da manifestação de vontade para a titularidade. (errada) FUNDEP - 2017 - MPE-MG
 A personalidade jurídica tem início no momento em que ocorre o nascimento que, em todos os casos, permite a aquisição de direitos e
obrigações na esfera civil, preservando, a nossa lei, os direitos do nascituro. (errada) 2018 - MPE-BA
 A personalidade civil da pessoa começa com o nascimento, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro, porque nosso
Código Civil adotou a teoria concepcionista. (errada) 2018 - MPE-BA
 O Direito Civil Brasileiro, por sua doutrina e jurisprudência, reconhece que o nascituro tem direitos da personalidade. (certa) 2018 - MPE-BA

 Maria, grávida de 9 meses, juntamente com seu esposo José, estavam caminhando na rua, quando foram atropelados por Carlos. José
faleceu imediatamente em razão do atropelamento. Verificou-se que o atropelamento se deu em razão de Carlos não ter realizado as devidas
manutenções em seu veículo que estava com defeitos no sistema de frenagem. O atropelamento ocorreu no dia 01.03.2003. Carlos foi
condenado por homicídio culposo e cumpriu pena. Em 02.03.2019, Joaquim, filho de Maria e José, na época do acidente, nascituro, nascido
um dia após a morte do pai, assistido por aquela, ajuizou ação de indenização por danos morais contra Carlos. Acerca do caso hipotético, é
possível afirmar corretamente que é possível a postulação de danos morais em razão da morte do pai ocorrida antes do nascimento do autor,
independentemente de prova de dor e sofrimento. (certa) VUNESP - 2019 - TJ-RO - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
 A pessoa passa, a partir do nascimento com vida, a ser sujeito de direitos e de deveres, e a ocorrência desse requisito determina
consequências de alta relevância, incluindo aspectos sucessórios. (certa) CESPE - 2019 - MPE-PI

.
Conforme a teoria natalista, o nascituro é pessoa humana titular de direitos, de modo que mesmo
TEORIA NATALISTA o natimorto possui proteção no que concerne aos direitos da personalidade. (errada) CESPE - 2017 -
PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO

Pela teoria concepcionista, o nascituro já tem personalidade jurídica antes do nascimento com
TEORIA CONCEPCIONISTA
vida. (certa) FCC - 2015 - DPE-MA

TEORIA MISTA OU DA PERSONALIDADE A teoria da personalidade condicional define que haverá elemento acidental no negócio jurídico
SOB CONDIÇÃO que subordine a validade EFICÁCIA dos direitos de nascituro a evento futuro e incerto. (errada) CESPE -
2017 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO

.
Com relação à aquisição da personalidade jurídica das pessoas naturais, o ordenamento jurídico brasileiro adota a corrente:
a) normativista.
b) transformadora.
c) concepcionista.
d) natalista.
e) da personalidade condicional.
CESPE - 2017 - DPE-AC - DEFENSOR PÚBLICO (QUESTÃO ANULADA)
CESPE : “Há divergência doutrinária a respeito do assunto abordado na questão.”

I JORNADA DE DIREITO CIVIL - ENUNCIADO 1: A proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne
aos direitos da personalidade, tais como: nome, imagem e sepultura.
I JORNADA DE DIREITO CIVIL - ENUNCIADO 2: Sem prejuízo dos direitos da personalidade nele assegurados, o art. 2º do Código
Civil não é sede adequada para questões emergentes da reprogenética humana, que deve ser objeto de um estatuto próprio.
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. (Lei nº
13.146/2015)

I - (Revogado); (Lei nº 13.146/2015)


II - (Revogado); (Lei nº 13.146/2015)
III - (Revogado) . (Lei nº 13.146/2015)
 Prescreve o Código Civil que são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos
e os maiores de idade que não puderem exprimir sua vontade e forem submetidos ao processo de interdição. (errada) CONSULPLAN - 2019 - MPE-
SC

 São absolutamente incapazes os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento. (errada) 2016 - MPE-PR
 Em algumas situações, o ato-fato jurídico praticado pelo menor absolutamente incapaz produz efeitos. (certa) CESPE - 2017 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO
 Alessandra, atualmente com 17 anos de idade, nasceu com deficiência mental que a impede, de forma permanente, de exprimir sua vontade.
Para o Código Civil, ela é incapaz, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer, e permanecerá nessa condição mesmo depois de
completar 18 anos. (certa) FCC - 2019 - TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO
 Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil, contudo, são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida
civil os menores de 16 (dezesseis) anos. (certa) 2019 - MPE-GO
 Com a vigência do Estatuto da Pessoa com Deficiência são considerados absolutamente incapazes apenas as pessoas menores de 16
(dezesseis) anos, de forma taxativa; (certa) 2021 - PROCURADOR MUNICIPAL
.

É NULO o negócio jurídico quando celebrado por pessoa absolutamente incapaz; (Art. 166, inciso I)
RESTITUTIO IN INTEGRUM  O CC/1916 (Código Beviláqua) vedava expressamente o benefício do restitutio in integrum (art. 8º). Ele dispunha que o negócio
jurídico celebrado por incapaz era válido e não se admitia o benefício da restituição integral. O CC/2002 não fala sobre isso, não menciona o benefício. Então, no
Brasil, não se admite a discussão do benefício da restituição integral ou da restitutio in integrum.

Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Lei nº 13.146/2015)
2009 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA / 2010 - DPE-GO / 2011 - TJ-PR - JUIZ / VUNESP - 2012 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / CESPE - 2015 - TJ-PB - JUIZ SUBSTITUTO / 2015 - MPE-MS / 2015 - MPE-AM
/ 2019 - MPE-GO

I - os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos; [menores púberes]

II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Lei nº 13.146/2015)

III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, NÃO puderem exprimir sua vontade; (Lei nº 13.146/2015)

IV - os pródigos.

.
 São considerados absolutamente incapazes os ébrios habituais. (errada) CESPE - 2013 - MPE-RO
 Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil. (errada) VUNESP - 2015
- PC-CE - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

 São relativamente incapazes os pródigos. (certa) 2016 - MPE-PR


 Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade são relativamente incapazes; (certa) 2016 - MPE-PR
 Se houver alguma restrição, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos serão sempre relativamente incapazes. (certa) 2017 - MPE-RS
 De acordo com o Código Civil, deve ser considerado absolutamente incapaz aquele que, por enfermidade ou deficiência mental, não possuir
discernimento para a prática de seus atos. (errada) CESPE - 2017 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO
 Contra os ébrios habituais, os viciados em tóxico e aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade, a
prescrição e a decadência correm normalmente. (certa) VUNESP - 2018 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
 De acordo com o Código Civil, são incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer os maiores de dezesseis e menores de
dezoito anos, os ébrios habituais e os viciados em tóxico, aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua
vontade e os pródigos. (certa) 2018 - PGE-SC
 Os pródigos são relativamente incapazes. (certa) 2019 - MPE-PR
 Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade são absolutamente incapazes. (errada) 2019 - MPE-PR

Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. (Lei nº 13.146/2015)
 A capacidade dos índios está plenamente regulada na Constituição Federal de 1988. (errada) 2009 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA
 São absolutamente RELATIVAMENTE incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os excepcionais sem desenvolvimento mental
completo. (errada) CESPE - 2017 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO

 É nulo ANULÁVEL o negócio jurídico realizado por menor relativamente incapaz. (errada) FGV - 2013 - TJ-AM – JUIZ

 Com relação ao negócio jurídico, é correto afirmar que se realizado por agente relativamente incapaz, ensejará nulidade relativa. (certa) IBADE
- 2017 - PC-AC - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

Art. 5º A menoridade cessa aos 18 (dezoito) anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de TODOS os ATOS da vida
civil.
 Havendo emancipação do menor, ainda que não inexista qualquer vício no ato, o emancipado não poderá retirar a Carteira Nacional de
Habilitação – CNH, segundo a legislação vigente. (certa) FAPEC - 2015 - MPE-MS

 São causas de cessação da incapacidade civil: a emancipação, o casamento, o exercício de emprego público efetivo e o falecimento de
ambos os pais. (errada) VUNESP - 2015 - PC-CE - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação
judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 16 (dezesseis) anos completos;
CESPE - 2009 - DPE-AL / 2011 - PGE-PR / 2012 - MPE-PR / 2013 - TJ-SC - JUIZ

 A emancipação do maior de dezesseis anos pelos pais através de escritura pública só produz efeitos após homologação judicial, com prévia
audiência do Ministério Público. (errada) FCC - 2011 - MPE-CE
 Embora a lei proteja o direito sucessório do nascituro, não é juridicamente possível registrar no seu nome, antes do nascimento com vida,
um imóvel que lhe tenha sido doado. (certa) CESPE - 2012 – AGU
 Como o Código Civil exige o nascimento com vida para a aquisição da personalidade civil, o nascituro não tem direito a indenização por danos
morais pela morte do pai. (errada) CESPE - 2012 - MPE-PI
 O Código Civil não admite a doação feita ao nascituro, apesar de lhe assegurar o status de pessoa humana. (errada) CESPE - 2012 - MPE-PI
 A emancipação voluntária se dá por concessão conjunta e irrevogável dos pais, dependendo, ainda, de homologação judicial. (errada) CESPE -
2013 - DPE-RR

 A emancipação da pessoa menor de 18 anos e maior de 16, que decorrente de orfandade foi posta sob tutela, dar-se-á mediante sentença
judicial, com a necessária manifestação do tutor. (certa) 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA
 Para emancipação do menor sob tutela, é necessária sentença judicial. (errada) 2014 - MPE-PR
 A emancipação voluntária depende de decisão judicial e de averbação no cartório do registro civil do lugar onde estiver registrada a pessoa
emancipada. (errada) CESPE - 2015 - TJ-PB - JUIZ SUBSTITUTO
 A emancipação de adolescente maior de dezesseis anos pode ser concedida pelos pais mediante autorização judicial, ouvido o Ministério
Público. (errada) 2015 - MPDFT
 A emancipação voluntária dos pais é ato revogável, com efeitos a partir do ato de revogação. (errada) CESPE - 2016 - TJ-DFT - JUIZ
 A emancipação do menor impúbere deve ocorrer por sentença judicial, transcrita no Registro Civil. (errada) VUNESP - 2016 - TJM-SP - JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO

 De acordo com o Código Civil, são hipóteses de emancipação a concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público ou particular, independentemente de homologação judicial. (errada) 2016 - MPE-SC
 Consoante o Código Civil, a emancipação voluntária faz cessar a responsabilidade dos pais para com atos ilícitos de filho menor. (errada) 2019
- MPE-SC
.
VOLUNTÁRIA JUDICIAL LEGAL
 PELOS PAIS  JUIZ  SENTENÇA C/ OITITIVA  CASAMENTO;
DO TUTOR E MP.
 ESCRITURA PÚBLICA.  EXERCÍCIO DE EMPREGO PÚBLICO EFETIVO;
 16 ANOS.
 IRREVOGÁVEL  COLAÇÃO DE GRAU EM CURSO DE ENSINO SUPERIOR;

 NÃO HÁ HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL  PELO ESTABELECIMENTO CIVIL OU COMERCIAL, OU


PELA EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE EMPREGO, DESDE
 16 ANOS.
QUE, EM FUNÇÃO DELES, O MENOR COM DEZESSEIS
ANOS COMPLETOS TENHA ECONOMIA PRÓPRIA.

 16 ANOS.
II - pelo casamento; 2014 - MPE-PR / VUNESP - 2015 - PC-CE - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 2014 - MPE-PR / 2015 - MPE-AM / VUNESP - 2015 - PC-CE - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL / 2016 - MPE-SC

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com
dezesseis anos completos tenha economia própria.
 A existência de emprego, que gere economia própria, faz cessar a incapacidade. (certa) 2014 - MPE-PR
.
Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a MORTE; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei
autoriza a abertura de sucessão definitiva. 2010 - TJ-PR - JUIZ / MPE-GO – 2019

Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:


CESPE - 2013 - TJ-RN – JUIZ / 2014 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA / 2014 - MPE-PR

 Na sistemática do Código Civil, não se admite a declaração judicial de morte presumida sem decretação de ausência. (errada) CESPE - 2009 - TRF
- 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 A declaração judicial de morte presumida da pessoa natural somente será admitida mediante a prévia decretação da ausência. (errada) 2009 -
PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA

 Não se admite a declaração de morte presumida sem anterior decretação de ausência. (errada) 2009 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA
 É prescindível a declaração de ausência para o reconhecimento judicial da morte presumida na hipótese de ser extremamente provável o
falecimento de quem estava em perigo de vida. (certa) 2011 - MPDFT
 Não se admite declaração de morte presumida sem decretação de ausência. (errada) CESPE - 2014 - TJ-DFT - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
 A legislação civil brasileira admite o reconhecimento de morte sem a existência de cadáver e sem a necessidade de declaração de ausência.
(certa) CESPE - 2015 - TJ-PB - JUIZ SUBSTITUTO

I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;


 Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de
vida. (certa) 2011 - PGE-RO
 Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência, se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de
vida. (certa) FUNCAB - 2012 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA
 Segundo o Código Civil, o único caso em que a morte presumida, sem decretação de ausência, pode ser declarada é quando for extremamente
provável a morte de quem estava em perigo de vida. (errada) 2013 - MPE-SC
 O reconhecimento da morte presumida, quando for extremamente provável a morte de quem estava com a vida sob risco, independe da
declaração da ausência. (certa) CESPE - 2016 - TJ-AM - JUIZ SUBSTITUTO
 Na hipótese de desaparecimento do corpo de pessoa em situação de grave risco de morte, como, por exemplo, no caso de desastre marítimo,
o reconhecimento do óbito depende de prévia declaração de ausência. (errada) CESPE - 2017 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO

II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até 2 (dois) anos após o término da guerra.
 A existência da pessoa natural termina com a morte. Presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura
de sucessão definitiva, sendo que a morte presumida pode ser declarada sem decretação de ausência quando for extremamente provável a
morte de quem estava em perigo de vida ou se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos
após o término da guerra. (certa) 2019 - MPE-GO

Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de ESGOTADAS AS BUSCAS
e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
CESPE - 2015 - TJ-DFT - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu
aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
VUNESP - 2009 - TJ-SP – JUIZ / 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA / 2013 - MPE-SC / CESPE - 2013 - DPE-DF / 2015 - MPE-BA / 2019 - MPE-SP

Ex.: Marido e mulher, casados pelo regime da separação total de bens, morreram em um acidente de avião, sem se conseguir, aplicando-se todas
as técnicas da medicina legal, identificar qual dos mortos faleceu primeiro. Deixaram filhos. Nesse caso, quanto à sucessão, é correto afirmar que
pelo regime de bens, um cônjuge poderia ser herdeiro do outro, mas, no presente caso, devido à comoriência, não cabe direito sucessório entre
si, pelo que os filhos serão os herdeiros de todo o monte partível. (certa) VUNESP - 2013 - TJ-RJ – JUIZ
Ex.: Devido ao desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, localizado na capital do Estado de São Paulo, após um incêndio de grandes
proporções ocorrido no local, pai e filho se encontravam no interior do prédio e vieram a falecer. Não tendo sido identificado por perícia qual foi o
momento da morte de cada um dos dois. A hipótese é de comoriência. (certa) 2018 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
Ex.: Um homem de cinquenta anos de idade assassinou a tiros a esposa de trinta e oito anos de idade, na manhã de uma quarta-feira. De acordo
com a polícia, o homem chegou à casa do casal em uma motocicleta, chamou a mulher ao portão e, quando ela saiu de casa, atirou nela com uma
arma de fogo, matando-a imediatamente. Em seguida, ele se matou no mesmo local, com um disparo da arma encostada na própria têmpora. O
evento caracteriza um episódio de comoriência. (errada) CESPE - 2018 - PC-SE - DELEGADO DE POLÍCIA
 No caso de comoriência, sendo os comorientes herdeiro um do outro, não haverá direito sucessório entre eles. (certa) 2009 - PC-DF - DELEGADO
DE POLÍCIA

 A comoriência ocorre quando duas ou mais pessoas da mesma família falecem simultaneamente e no mesmo lugar sem que seja possível
precisar quem faleceu primeiro; não é possível a comoriência no caso de uma das mortes ser real e outra, presumida. (errada) CESPE - 2010 -
MPE-RO

 A comoriência só deve ser reconhecida quando dois ou mais indivíduos que sejam parentes falecerem na mesma ocasião, não sendo possível
averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, caso em que se presumirão simultaneamente mortos. (errada) CESPE - 2013 - TJ-RN –
JUIZ

 A comoriência pode ser reconhecida ainda que os óbitos não tenham decorrido de um único acidente. (certa) CESPE - 2014 - TJ-DFT - JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO

 Comoriência corresponde à simultaneidade do falecimento de duas ou mais pessoas, sendo impossível determinar-se qual delas morreu
primeiro. Nesse contexto, é dispensável que as mortes decorram do mesmo evento fático, sendo essencial apenas o momento dos óbitos.
(certa) CESPE - 2014 - PGE-PI

 A comoriência é a presunção de simultaneidade de óbitos e o seu reconhecimento depende da demonstração de que os comorientes
faleceram nas mesmas condições de tempo e local, não se podendo comprovar qual morte precedeu às demais. (errada) CESPE - 2015 - TJ-PB -
JUIZ SUBSTITUTO

 A presunção decorrente da comoriência é absoluta, e de acordo com a legislação vigente não há transmissão de direitos hereditários entre
comorientes. (errada) 2016 - MPE-SC
 A comoriência é compatível com a morte presumida, sem a decretação de ausência. (certa) FUNDEP - 2017 - MPE-MG
 A comoriência encerra presunção relativa de falecimento ao mesmo tempo, não havendo necessidade de que seja do mesmo modo. (certa)
FUNDEP - 2017 - MPE-MG

 [...] Dos atestados de óbito, consta que o falecimento de Arlindo ocorreu cinco minutos antes do de Lucas. Em razão dos falecimentos no
mesmo acidente e da comoriência, a presunção é a de que Arlindo e Lucas morreram simultaneamente, o que exclui a transmissão de bens
entre eles. (errada) VUNESP - 2017 - TJ-SP - JUIZ SUBSTITUTO
 Na sucessão por comoriência serão reunidas, em acervo único, as heranças provindas da morte simultânea dos cônjuges. (errada) FUNDEP -
2018 - MPE-MG

Art. 9º Serão registrados em registro público:


2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA

I - os nascimentos, casamentos e óbitos;

II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;

III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;

IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.


.
 De acordo com o Código Civil, devem ser averbados REGISTRADOS em registro público as emancipações por sentença do juiz. (errada) CESPE - 2019
- TJ-PA - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:

I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento
da sociedade conjugal; FCC - 2011 - MPE-CE

II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação;

III - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)


CAPÍTULO II: DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
I JORNADA DE DIREITO CIVIL - ENUNCIADO 4: O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde
que não seja permanente nem geral.
I JORNADA DE DIREITO CIVIL - ENUNCIADO 5: 1) As disposições do art. 12 têm caráter geral e aplicam-se, inclusive, às situações
previstas no art. 20, excepcionados os casos expressos de legitimidade para requerer as medidas nele estabelecidas; 2) as
disposições do art. 20 do novo Código Civil têm a finalidade específica de regrar a projeção dos bens personalíssimos nas
situações nele enumeradas. Com exceção dos casos expressos de legitimação que se conformem com a tipificação preconizada
nessa norma, a ela podem ser aplicadas subsidiariamente as regras instituídas no art. 12.

Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo
o seu exercício sofrer limitação voluntária.
FCC - 2009 - DPE-MA / 2010 - MPE-MG / CESPE - 2010 - PROCURADOR MUNICIPAL / VUNESP - 2012 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2012 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / 2019 - PC-ES - DELEGADO
DE POLÍCIA

 A compreensão atual dos direitos da personalidade consolida o entendimento de que no exercício destes é inviável a limitação voluntária dos
mesmos, inclusive, no que concerne àquelas restrições consideradas temporárias. (errada) 2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA

 Os Direitos da Personalidade são direitos adquiridos pelo sujeito independentemente da vontade, mas seu exercício admite limitação
voluntária, desde que esta não ocorra de forma geral e permanente. (certa) FCC - 2014 - DPE-RS - DEFENSOR PÚBLICO

 Os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo sofrer limitações. (errada) MPDFT – 2015

 Os direitos da personalidade são sempre intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo seu exercício sofrer limitação voluntária, sem
exceções. (errada) 2015 - MPE-BA

 Pessoas públicas e notórias não deixam, só por isso, de ter o resguardo de direitos da personalidade. (certa) FUNIVERSA - 2015 - PC-DF – DELEGADO

 De acordo com o Código Civil, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação
voluntária. Todavia, alguns direitos excepcionam referida regra, como por exemplo, o direito a imagem e o direito a honra. (certa) MPE-SC – 2016

 Os direitos da personalidade são extrapatrimoniais, imprescritíveis e vitalícios. (certa) 2019 - MPE-SP

 Em regra, às características do direito da personalidade: absoluto, imprescritível, inato e vitalício. (certa) VUNESP - 2019 - PROCURADOR MUNICIPAL

 O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, ainda que permanente e geral; (errada) FGV - 2021 - DPE-RJ - DEFENSOR
PÚBLICO

Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de
outras sanções previstas em lei.
2010 - DPE-GO / 2010 - MPE-MG

Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente,
ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
VUNESP - 2012 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / FCC - 2015 - TJ-PI - JUIZ SUBSTITUTO / 2015 - MPE-BA

 O Código Civil não especifica de modo taxativo os direitos da personalidade. Não havendo tipificação, tem-se que o art. 12 do Código Civil
elege praticamente uma cláusula genérica de proteção dos direitos da personalidade, que será integrada com os dispositivos constitucionais
de proteção à honra, à imagem, ao direito à privacidade, ao nome, à integridade e à dignidade da pessoa humana, sem prejuízo da aplicação
de leis especiais. (certa) 2009 - TJ-MG - JUIZ

 Não obstante a existência se extinguir com a morte, é tutelável a ameaça ou lesão aos direitos de personalidade do morto. (certa) VUNESP - 2013
- TJ-SP – JUIZ

 É facultado ao cônjuge sobrevivente, ou a qualquer parente em linha reta ou colateral até o quarto grau, exigir que cesse a ameaça, ou a
lesão, a direito da personalidade de pessoa já falecida, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. (certa)
FUNDEP - 2019 - MPE-MG

Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da
integridade física, ou contrariar os bons costumes.
FCC - 2009 - DPE-MA / 2011 - TJ-RO - JUIZ SUBSTITUTO / 2012 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / FUNCAB - 2012 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA / 2013 - TJ-SC – JUIZ / 2013 - MPE-SC / 2017 - PC-MS - DELEGADO
DE POLÍCIA

Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.
2013 - MPE-SC / 2018 - MPE-BA

 Por se tratar de direito da personalidade, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da
integridade física, ou contrariar os bons costumes, salvo na seguinte hipótese: para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.
(certa) 2012 - MPE-SP
 O ato de disposição do próprio corpo, para fins de transplante, é admitido pelo Código Civil de 2002, na forma estabelecida por lei especial.
Sendo assim, é permitido à pessoa plenamente capaz dispor, gratuitamente, de tecidos, órgãos e partes de seu corpo vivo, para fins
terapêuticos ou para transplantes, desde que resguardada a sua integridade física e psíquica. (certa) 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
 No direito brasileiro, é permitido ao cidadão doar em vida órgãos ou tecidos para fins de transplante ou terapêuticos, desde que a doação
não diminua permanentemente a integridade física do doador. (certa) 2018 - MPE-BA
 A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de
diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante
a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina. (certa) FUNDEP - 2019 - MPE-MG

Art. 14. É VÁLIDA, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois
da morte. 2010 - TJ-PR - JUIZ / FUNDEP - 2011 - MPE-MG / MPDFT – 2015 / 2015 - MPE-BA / FUNDEP - 2017 - MPE-MG / 2018 - MPE-BA / FGV - 2021 - DPE-RJ - DEFENSOR PÚBLICO
 É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição onerosa do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. (errada)
VUNESP - 2012 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

 É lícito ato altruístico de disposição do próprio corpo, total ou parcialmente, para depois da morte. (certa) FCC - 2012 - PGE-SP
 É válida a disposição remunerada do próprio corpo para uso em fins científicos ou altruísticos para depois da morte. (errada) 2013 - PGE-GO
 É válida, com objetivo científico ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte, sendo que
a livre manifestação expressa do doador dos órgãos em vida prevalece sobre a vontade de seus familiares. (certa) 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ
FEDERAL SUBSTITUTO

 É garantia legal a irrestrita liberdade de disposição do próprio corpo. (errada) VUNESP - 2015 - TJ-SP - JUIZ SUBSTITUTO
 Conforme os direitos da personalidade, a disposição do próprio corpo é permitida, após a morte, para fins científicos e de forma gratuita.
(certa) CESPE - 2019 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO

 Luiz Antônio, sentindo-se perto da morte, por meio de testamento, dispõe gratuitamente do próprio corpo em prol da Universidade Federal
de Mato Grosso do Sul, para estudos em curso médico. Excepciona porém o coração, em relação ao qual pleiteia seja enterrado no túmulo
de sua família. Esse ato é válido, por ter objetivo científico, ser gratuito e por não ser defesa a disposição parcial do corpo após a morte.
(certa) FCC - 2020 - TJ-MS - JUIZ SUBSTITUTO

 Caso o paciente morto não houvesse deixado nada testado em vida, a decisão sobre a doação de órgãos caberia à família ou aos seus
herdeiros. (certa) NC-UFPR - 2021 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA

Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. 2018 - MPE-BA
 É irrevogável a opção acerca da disposição gratuita do próprio corpo, para fins científicos ou altruísticos. (errada) VUNESP - 2015 - PC-CE - DELEGADO
DE POLÍCIA CIVIL

 O ato de disposição do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte, é irrevogável quando praticado com objetivo científico.
(errada) FUNDEP - 2017 - MPE-MG
.
Não há exigência de formalidade específica acerca da manifestação de última vontade do indivíduo sobre a destinação de seu corpo após a
morte, sendo possível a submissão do cadáver ao procedimento de criogenia em atenção à vontade manifestada em vida. STJ. 3ª Turma. REsp
1.693.718-RJ; 26/03/2019 (Info 645).

Obs.: A Lei 9.434/97 dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento
e dá outras providências.
Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser
precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção
e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.
2017 - PC-MS - DELEGADO DE POLÍCIA / FUNDEP - 2019 - MPE-MG

§ 3º Será admitida a presença de médico de confiança da família do falecido no ato da comprovação e atestação da morte
encefálica.
Art. 4º A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica,
dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo
grau inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte. (Lei nº 10.211/2001)
Art. 5º A remoção post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoa juridicamente incapaz poderá ser feita desde
que permitida expressamente por ambos os pais, ou por seus responsáveis legais.
Art. 6º É vedada a remoção post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoas não identificadas.
Parágrafo único. No caso de morte sem assistência médica, de óbito em decorrência de causa mal definida ou de outras situações
nas quais houver indicação de verificação da causa médica da morte, a remoção de tecidos, órgãos ou partes de cadáver para
fins de transplante ou terapêutica somente poderá ser realizada após a autorização do patologista do serviço de verificação de
óbito responsável pela investigação e citada em relatório de necrópsia.

Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
CESPE - 2009 - DPE-ES / 2010 - TJ-SC - JUIZ / FUNDEP - 2011 - MPE-MG / 2011 - DPE-AM / FUNCAB - 2012 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA / 2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA / 2015 - MPE-BA / 2017 - PC-MS
- DELEGADO DE POLÍCIA /
 O Código Civil dispõe que ninguém poderá ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
Logo, é juridicamente inválido o termo de consentimento informado, subscrito por paciente plenamente capaz, quando o procedimento
médico tiver risco de gerar seu óbito, ainda que tenha havido efetivo compartilhamento de informações e a corresponsabilidade na tomada
de decisão. (errada) FCC - 2017 - DPE-PR - DEFENSOR PÚBLICO
.
Enunciado 403 CJF: O Direito à inviolabilidade de consciência e de crença, previsto no art. 5º, VI, da Constituição Federal, aplica-se também à
pessoa que se nega a tratamento médico, inclusive transfusão de sangue, com ou sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta
dele, desde que observados os seguintes critérios: a) capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo representante ou assistente; b)
manifestação de vontade livre, consciente e informada; e c) oposição que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do declarante.

Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
2010 - MPE-MG / 2010 - PGE-RS / 2011 - PGR - PROCURADOR DA REPÚBLICA / 2015 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA / CESPE - 2015 - TJ-DFT - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / FCC - 2015 - DPE-SP / 2015 - MPE-
MS / 2017 - PC-MS - DELEGADO DE POLÍCIA

 Nome é um direito personalíssimo e, em princípio, é inalterável e imutável, salvo as exceções em lei, sendo possível a supressão de um
patronímico pelo casamento, desde que não haja prejuízo à ancestralidade nem à sociedade. (certa) 2012 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 Para o caso de filho que não conheça e nunca tenha visto a figura do pai e deste não tenha recebido nenhuma assistência moral ou econômica,
será lícita a exclusão do patronímico paterno. (certa) CESPE - 2012 - MPE-PI
 Toda a pessoa natural tem direito ao nome, sendo que a forma fundamental de aquisição do patronímico é a filiação. O atual Código Civil, no
entanto, permite que o marido adote o patronímico da esposa, na medida em que a própria Carta Constitucional de 1988 equiparou os direitos
e deveres dos homens e mulheres. (certa) 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 Embora vigore em nosso ordenamento jurídico atual o princípio da imutabilidade do nome, este pode ser superado em certos casos, mesmo
que não previstos expressamente na legislação, em observância aos princípios da dignidade da pessoa humana, da identidade e da felicidade,
adotando-se a técnica da ponderação de interesses. (certa) FCC - 2015 - DPE-SP
 A alteração do prenome do transgênero deve ser averbada à margem do assento de nascimento, vedada a inclusão do termo 'transgênero'.
(certa) MPE-PR – 2019

 O transgênero tem direito fundamental subjetivo à alteração de seu prenome e de sua classificação de gênero no registro civil, não se
exigindo, para tanto, nada além da manifestação de vontade do indivíduo, o qual poderá exercer tal faculdade tanto pela via judicial como
diretamente pela via administrativa. (certa) MPE-PR – 2019
 De acordo com o STF, é assegurado às pessoas transexuais o direito à alteração de prenome e gênero em seus registros civis, ainda que
o(a) requerente não faça prova da sua identidade de gênero, que é autopercebida. (certa) CESPE - 2019 - MPE-PI
 O prenome e o sobrenome servem para individualizar as pessoas naturais e, por isso, à luz do princípio da sua imutabilidade, somente podem
ser alterados se expuserem a pessoa ao ridículo. (errada) CESPE - 2019 - MPE-PI
 É facultada a substituição do prenome por apelidos públicos notórios. (certa) FUNDEP - 2019 - MPE-MG
 Em relação ao direito ao nome e à possibilidade de alteração, de acordo com orientação do Supremo Tribunal Federal, a alteração de prenome
da pessoa transgênero não depende de cirurgia de transgenitalização, ou da realização de tratamentos hormonais ou patologizantes; contudo,
pressupõe parecer de equipe multidisciplinar. (errada) FCC - 2021 - DPE-BA
 A revelia da mulher na ação de divórcio não implica necessariamente na procedência do pedido de alteração do nome promovido pelo marido
para o uso do nome de solteira, por se tratar de direito da personalidade. (certa) FCC - 2021 - DPE-BA
 Em 2018, o Pleno do Supremo Tribunal julgou duas importantes ações, a ADI 4.275 e o RE 670.422, com repercussão geral (tema 761),
ambas envolvendo direitos da personalidade das pessoas transgênero. Na oportunidade, ficou definido que as pessoas transgênero têm
direito à alteração do prenome e do gênero mediante procedimento administrativo ou judicial, não se exigindo para tanto nada além da sua
manifestação de vontade. (certa) FCC - 2021 - DPE-SC

Lei de Registros Públicos - Lei nº 6.015/1973.

Art. 58. O prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos notórios.

 O prenome é, em regra, definitivo, admitindo, no entanto, a lei, sua substituição por apelidos públicos notórios. (certa) 2010 - MPE-MG
 É facultada a substituição do prenome por apelidos públicos notórios. (certa) FUNDEP - 2019 - MPE-MG

Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo
público, ainda quando não haja intenção difamatória.
FUNDEP - 2011 - MPE-MG / FUNCAB - 2012 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA

 O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda
quando não haja intenção difamatória. (certa) 2021 - PC-MS - DELEGADO DE POLÍCIA

Art. 18. Sem autorização, NÃO se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.

.
SÚMULA 403-STJ: Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da imagem de pessoa com fins
econômicos ou comerciais.
VUNESP - 2009 - TJ-MT - JUIZ / 2013 - TJ-SC – JUIZ / 2015 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA / VUNESP - 2015 - TJ-SP - JUIZ SUBSTITUTO / MPE-MS – 2018
.
 A indenização pela publicação não autorizada, com fins econômicos ou comerciais, de imagem de pessoa dependerá de prova do prejuízo
causado à pessoa. (errada) CESPE - 2012 - MPE-PI
 Em caso de publicação não autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais, o dano moral decorrente deste fato
dependerá de prova. (errada) CESPE - 2012 - MPE-RR
 De acordo com entendimento sumulado no Superior Tribunal de Justiça, a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa
com fins econômicos e comerciais depende de prova do prejuízo. (errada) FUNDEP - 2019 - MPE-MG
 O uso não autorizado da imagem de torcedor inserido no contexto de uma torcida pode induzir a reparação de danos morais, ainda que não
configurada a projeção e a individualização da pessoa nela representada. (errada) FGV - 2021 - DPE-RJ
 Ana teve a sua fotografia estampada em uma revista. A matéria elogiava as suas qualidades físicas e morais, mas não houve autorização por
parte da retratada. Diante dessa situação, Ana pleiteia em juízo compensação pecuniária por dano moral. O pedido deve ser julgado
procedente, pois a imagem foi utilizada sem autorização e há finalidade econômica. (certa) FGV - 2021 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO
 Depende de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa, com fins econômicos ou comerciais.
(errada) 2021 - PC-MS - DELEGADO DE POLÍCIA

Ex.: Juliana publicou em sua rede social relatos e fotos da rotina de exercícios físicos e regime que a fizeram perder 26 quilos. A rede social era
aberta ao público e Juliana reunia mais de 100 mil seguidores. Contudo, Juliana foi surpreendida ao verificar que sua imagem estava sendo
veiculada em publicidades por uma empresa que vendia remédios de emagrecimento. De acordo com entendimento do Superior Tribunal de
Justiça, a indenização pela publicação não autorizada de sua imagem para fins econômicos e comerciais independe da prova de prejuízo. (certa)
FGV - 2021 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO

 Em caso de narrativa de fato histórico e de repercussão social desaparece a finalidade econômica, não sendo aplicado o enunciado 403
da súmula do STJ e devendo prevalecer o direito à livre expressão e à informação. (STJ. 3ª Turma. REsp 1.454.016/SP; DJe 12.03.2018).
 É perfeitamente plausível a formulação de pedido de reparação dos danos mediante a aplicação das regras próprias da responsabilidade
civil, limitado ao efetivo prejuízo suportado pela vítima, cumulado com o pleito de restituição do indevidamente auferido, sem justa causa,
às custas do demandante. STJ. 3ª Turma. REsp 1.698.701-RJ; 02/10/2018 (Info 634).
LUCRO DE INTERVENÇÃO: Uma vantagem patrimonial obtida indevidamente com base na exploração ou aproveitamento, de forma não
autorizada, de um direito alheio. A obrigação de restituir o lucro da intervenção é baseada na vedação do enriquecimento sem causa (art. 884
do CC).
 A representação cênica de episódio histórico em obra audiovisual biográfica não depende da concessão de prévia autorização de terceiros ali
representados como coadjuvantes. O STF, no julgamento da ADI 4.815/DF, afirmou que é inexigível a autorização de pessoa biografada
relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais bem como desnecessária a autorização de pessoas nelas retratadas como
coadjuvantes. A Súmula 403/STJ é inaplicável às hipóteses de representação da imagem de pessoa como coadjuvante em obra biográfica
audiovisual que tem por objeto a história profissional de terceiro. STJ. 3ª Turma. REsp 1454016-SP, 12/12/2017 (Info 621).
 No caso de pessoas públicas, o âmbito de proteção dos direitos da personalidade se vê diminuído, sendo admitida, em tese, a divulgação de
informações aptas a formar o juízo crítico dos eleitores sobre o caráter do candidato. (certa) 2012 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 A obrigação de reparação por dano à imagem decorre do próprio uso indevido do direito personalíssimo, não sendo devido exigir-se a prova
da existência de prejuízo ou dano. (certa) 2013 - PGR
 Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da imagem da pessoa com fins econômicos ou comerciais.
Esse entendimento é aplicável às hipóteses de divulgação de imagem vinculada a fato histórico de repercussão social. (errada) 2018 - MPE-MS
 O STF firmou o entendimento de que é permitida a publicação da biografia de uma pessoa, sem a prévia autorização do biografado, sendo
possível posterior direito de resposta em caso de violação à honra do indivíduo retratado e de abuso da liberdade de expressão. (certa) CESPE
– 2015

 Consoante entendimento do STF, é inexigível o consentimento de pessoa biografada relativamente a obras biográficas, literárias ou
audiovisuais, sendo por igual desnecessária autorização de pessoas retratadas como coadjuvantes. (certa) CESPE – 2015
 Um escritor pretende publicar uma biografia não autorizada de um ex-jogador de futebol. Este, sabendo da intenção do escritor, notifica-o
extrajudicialmente, ordenando que o livro não seja publicado. É possível afirmar corretamente o livro pode ser publicado sem prévia
autorização do ex-jogador e não pode ser recolhido por decisão judicial, podendo o ex-jogador requerer reparação civil ou direito de resposta,
nos termos da lei. (certa) VUNESP - 2018

Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
CESPE - 2012 - MPE-PI / FCC - 2012 - PGE-SP / CESPE - 2013 - TJ-RN – JUIZ / VUNESP - 2013 - TJ-RJ – JUIZ / FCC - 2014 - MPE-PA / 2015 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA / FCC - 2017 - TJ-SC - JUIZ SUBSTITUTO

 O pseudônimo adotado para atividades lícitas não goza da proteção que se dá ao nome. (errada) FUNDEP - 2011 - MPE-MG
 O pseudônimo, em qualquer circunstância, goza da mesma proteção legal conferida juridicamente ao nome. (errada) 2011 - PGR - PROCURADOR
DA REPÚBLICA

 O pseudônimo goza da mesma proteção que se dá ao nome quando adotado para atividades lícitas, e, por isso, quando notório, o seu uso
sem autorização do titular implica perdas e danos. (certa) 2012 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 A proteção legal do pseudônimo se restringe aos adotados para as atividades lícitas. (certa) CESPE - 2013 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 O pseudônimo licitamente utilizado goza da proteção que se dá ao nome. (certa) VUNESP - 2015 - TJ-SP - JUIZ SUBSTITUTO
 Em qualquer hipótese, a lei civil protege o pseudônimo adotado contra atentados por este se equiparar ao nome para fins de proteção. (errada)
2018 - MPE-BA

Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de
escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas,
a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se
se destinarem a fins comerciais. (*Vide ADIN 4815) * Desnecessidade de autorização prévia para publicação de biografias.
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os
ascendentes ou os descendentes.

Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o JUIZ, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias
para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. (Vide ADIN 4815)
VUNESP - 2009 - TJ-MT - JUIZ / FCC - 2009 - DPE-MA / 2011 - DPE-AM / FUNCAB - 2012 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA / 2014 - MPE-MG / CESPE - 2016 - TJ-AM - JUIZ SUBSTITUTO / FCC - 2017 - DPE-PR

 “Em regra, a autorização para uso da imagem deve ser expressa; no entanto, a depender das circunstâncias, especialmente quando se
trata de imagem de multidão, de pessoa famosa ou ocupante de cargo público, há julgados do STJ em que se admite o consentimento
presumível, o qual deve ser analisado com extrema cautela e interpretado de forma restrita e excepcional.” [...] STJ entendeu, com base
nas peculiaridades do caso concreto, que não houve o uso indevido de sua imagem. O comercial de TV tem quase 3 minutos. O autor
apareceu numa fração muito reduzida de tempo (cerca de 3 segundos), dentre os inúmeros torcedores que estavam no local, sem um
destaque específico para ele. STJ. 3ª Turma. REsp 1772593-RS; 16/06/2020 (Info 674).
 Na exposição pornográfica não consentida, o fato de o rosto da vítima não estar evidenciado de maneira flagrante é irrelevante para a
configuração dos danos morais. STJ. 3ª Turma. REsp 1735712-SP; 19/05/2020 (Info 672).
 Existindo interesse social à memória histórica de crime notório, não é possível acolher a tese do direito ao esquecimento para proibir
qualquer veiculação futura de matérias jornalísticas relacionadas ao fato. STJ. 3ª Turma. REsp 1736803-RJ; 28/04/2020 (Info 670).
 # A veiculação de matéria jornalística sobre delito histórico que expõe a vida cotidiana de terceiros não envolvidos no fato criminoso, em
especial de criança e de adolescente, representa ofensa ao princípio da intranscendência. STJ. 3ª TURMA. RESP 1736803-RJ; 28/04/2020 (INFO 670).
 É admissível o retorno ao nome de solteiro do cônjuge ainda na constância do vínculo conjugal. STJ. 3ª TURMA. RESP 1873918-SP, EM 02/03/2021
(INFO 687).

 # É incompatível com a Constituição a ideia de um direito ao esquecimento, assim entendido como o poder de obstar, em razão da passagem
do tempo, a divulgação de fatos ou dados verídicos e licitamente obtidos e publicados em meios de comunicação social analógicos ou digitais.
Eventuais excessos ou abusos no exercício da liberdade de expressão e de informação devem ser analisados caso a caso, a partir dos
parâmetros constitucionais – especialmente os relativos à proteção da honra, da imagem, da privacidade e da personalidade em geral – e as
expressas e específicas previsões legais nos âmbitos penal e cível. STF. PLENÁRIO. RE 1010606/RJ, JULGADO EM 11/2/2021 (Repercussão Geral – Tema 786)
 É possível a retificação do registro civil para acréscimo do segundo patronímico do marido ao nome da mulher durante a convivência
matrimonial. STJ. 3ª Turma. REsp 1.648.858-SP, 20/08/2019 (INFO 655).
 Jornal divulgou a foto do cadáver de um indivíduo morto em tiroteio ocorrido em via pública. Os familiares do morto ajuizaram ação de
indenização por danos morais contra o jornal alegando que houve violação aos direitos de imagem. O STF julgou a ação improcedente
argumentando que condenar o jornal seria uma forma de censura, o que afronta a liberdade de informação jornalística. STF. 2ª Turma. ARE
892127 AgR/SP, 23/10/2018 (Info 921).

 Os transgêneros, que assim o desejarem, independentemente da cirurgia de transgenitalização, ou da realização de tratamentos hormonais
ou patologizantes, possuem o direito à alteração do prenome e do gênero (sexo) diretamente no registro civil. STF. Plenário. ADI 4275/DF,
rel. orig. 28/2 e 1º/3/2018 (Info 892).

 O mero desejo pessoal não é motivo justificável para a alteração do prenome. STJ. 3ª Turma. REsp 1728039/SC, 12/06/2018.
 Diante disso, o pai registral, o pai biológico e a criança, representada por sua mãe, celebraram um acordo extrajudicial de anulação de assento
civil. Por intermédio deste instrumento, as referidas partes acordaram que haveria a retificação do registro civil da menor para que
houvesse a substituição do nome de seu pai registral pelo pai biológico. As partes ingressam com pedido para que o juiz homologasse
esse acordo. O pedido deverá ser negado. STJ. 3ª Turma. REsp 1698717-MS, 05/06/2018 (Info 627)
 Possibilidade de voltar o nome de solteira após a morte do marido. STJ. 3ª Turma. REsp 1724718-MG, 22/05/2018 (Info 627).
 Excepcionalmente, é possível que o Judiciário determine o rompimento do vínculo estabelecido por sites de busca entre o nome da pessoa,
utilizado como critério exclusivo de busca, e a notícia desabonadora apontada nos resultados. STJ. 3ª Turma. REsp 1660168-RJ, 08/05/2018 (Info 628).
 O brasileiro que adquiriu dupla cidadania pode ter seu nome retificado no registro civil do Brasil, desde que isso não cause prejuízo a
terceiros, quando vier a sofrer transtornos no exercício da cidadania por força da apresentação de documentos estrangeiros com sobrenome
imposto por lei estrangeira e diferente do que consta em seus documentos brasileiros. STJ. 3ª Turma. REsp 1.310.088-MG, 17/5/2016 (Info 588).
 Exclusão dos sobrenomes paternos em razão do abandono pelo genitor. STJ. 3ª Turma. REsp 1304718-SP, 18/12/2014 (Info 555).
CAPÍTULO III: DA AUSÊNCIA

SEÇÃO I: DA CURADORIA DOS BENS DO AUSENTE

Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador
a quem caiba administrar-lhe os bens, o JUIZ, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, DECLARARÁ A
AUSÊNCIA, e nomear-lhe-á curador.
2010 - MPE-MG / 2010 - PGE-RS

 Não sendo possível encontrar a pessoa natural contratante em nenhum local e não havendo indícios de desaparecimento, deve ser declarada
a sua ausência de imediato e o caso, tratado como morte presumida sem corpo presente. (errada) CESPE - 2012 - MPE-TO
Ex.: José Ferreira, pescador, mora em comunidade ribeirinha às margens do Rio Purus, no Estado do Amazonas. Ele habitualmente sai com
sua embarcação, sozinho, no início da semana e retorna após alguns dias de pesca. Todavia, após sua última saída, não retornou como fazia
habitualmente. Os familiares procuraram as autoridades e fizeram buscas nos trechos que ele costumava pescar, mas não foi encontrado nenhum
sinal dele ou de sua embarcação. Depois de quase um ano sem nenhuma notícia do seu paradeiro, os familiares procuraram a Defensoria Pública
para informações sobre como poderiam proceder diante desta situação, pois ele deixou alguns bens e herdeiros, mas não há nenhum representante
ou mandatário. À luz de tais elementos, o/a defensor/a deverá indicar que haverá a necessidade de ajuizar ação judicial para a declaração de
ausência, mediante arrecadação dos bens e nomeação de curador neste primeiro momento. (certa) FCC - 2021 - DPE-AM

Art. 23. Também se declarará a AUSÊNCIA, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que NÃO queira ou NÃO
possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes.

Art. 24. O JUIZ, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for
aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.

Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de 2 (dois) anos antes da
declaração da ausência, será o seu legítimo curador. 2009 - PC-RO - DELEGADO DE POLÍCIA / 2012 - MPE-GO

§ 1º Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo
impedimento que os iniba de exercer o cargo.

§ 2º Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.

§ 3º Na falta das pessoas mencionadas, compete ao JUIZ a escolha do curador.

SEÇÃO II: DA SUCESSÃO PROVISÓRIA

Art. 26. Decorrido 1 (um) ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se
passando 3 (três) anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão.
2012 - PGE-SC

Ex.: Joana e Pedro, casados sob o regime da comunhão universal de bens, tiveram apenas um filho, José. Pedro embarcou em uma aeronave
que desapareceu, havendo prova de que se acidentara, mas a aeronave não foi encontrada, dando as autoridades por cessadas as buscas. Alguns
meses depois, José, com trinta anos, solteiro e sem descendente, saiu em viagem, da qual voltaria em trinta dias, não deixando procurador;
entretanto, não retornou, sendo considerado desaparecido pelas autoridades policiais. Pedro e José possuíam bens, e Joana, pretendendo
arrecadá-los, administrá-los e neles suceder, poderá requerer a declaração de morte presumida de Pedro ao juiz, que fixará a data provável do
falecimento, sendo a meação atribuída a ela e a herança a José, em processo de inventário, bem como, pedir a declaração de ausência de José,
cuja sucessão provisória se abrirá decorrido um ano da arrecadação de seus bens, mas a sucessão definitiva se abrirá dez anos depois de passada
em julgado a sentença que conceder a sucessão provisória. (certa) FCC - 2015 - TJ-RR - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados:

I - o cônjuge não separado judicialmente;

II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários;

III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte;

IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.

Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito 180 (cento e oitenta)dias depois de
publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário e
partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.
 A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa,
quando, então, estará autorizada a abertura do testamento, se houver, e o inventário dos bens, como se o ausente fosse falecido. (errada) 2012
- MPE-GO

 A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa;
mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente
fosse falecido. (certa) 2013 - MPE-SC

§1º Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público
requerê-la ao juízo competente.

§ 2º Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até trinta dias depois de passar em julgado a sentença
que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819
a 1.823.

Art. 29. Antes da partilha, o JUIZ, quando julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou
a extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União. FCC - 2019 - TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores
ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.

§ 1º Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida neste artigo, SERÁ EXCLUÍDO, mantendo-
se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa
garantia. 2012 - MPE-GO

§ 2º Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente
de garantia, entrar na posse dos bens do ausente. 2014 - TJ-MT – JUIZ
Ex.: Luciano, proprietário de duas casas, desapareceu do seu domicílio sem deixar testamento, representante ou procurador para
administrar-lhe os bens. À falta de notícia de Luciano, o Juiz, a requerimento do Ministério Público, declarou sua ausência e nomeou-
lhe curador, que arrecadou seus bens. Decorrido um ano da arrecadação dos bens, deferiu-se, a pedido dos filhos de Luciano, seus
únicos herdeiros, a abertura da sucessão provisória. Nesse caso, para se imitirem na posse das casas, os filhos de Luciano
precisarão dar garantia da sua restituição, no equivalente aos seus respectivos quinhões. (errada) FCC - 2019 - TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO
 Apenas os herdeiros testamentários, uma vez provada essa qualidade, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens
do ausente durante a sucessão provisória. (errada) 2012 - PGE-SC
 Todos os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas
equivalentes aos quinhões respectivos. (errada) 2012 - PGE-SC

Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o JUIZ,
para lhes evitar a ruína.
 Durante o período de sucessão provisória, os imóveis do ausente somente poderão ser alienados por decisão judicial; (certa) 2014 - MPE-PR

Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa e passivamente o ausente, de modo que
contra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas. FCC - 2019 - TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e rendimentos
dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos, segundo
o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz competente. 2012 -
PGE-SC

Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do
sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos.

Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá, justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue METADE
dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria.

Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta a
sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo.

Art. 36. Se o AUSENTE APARECER, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória, CESSARÃO para
logo as VANTAGENS dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratórias precisas, até
a entrega dos bens a seu dono.
SEÇÃO III: DA SUCESSÃO DEFINITIVA
Art. 37. 10 (dez) anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os
interessados requerer a sucessão definitiva e o LEVANTAMENTO das cauções prestadas.
 Cinco anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a
sucessão definitiva. (errada) 2009 - PC-RO - DELEGADO DE POLÍCIA
 Somente pode ser requerida a sucessão definitiva depois de dez anos do trânsito em julgado da sentença que concedeu a abertura da
sucessão provisória. (certa) 2014 - MPE-PR
 A conversão da sucessão provisória em definitiva permite aos herdeiros o levantamento das garantias de restituição dos bens do ausente
prestadas, quando imitidos na posse dos bens. (certa) 2014 - TJ-MT - JUIZ

Art. 38. Pode-se requerer a SUCESSÃO DEFINITIVA, também, provando-se que o ausente conta 80 (oitenta) anos de idade, e que
de 05 (cinco) datam as últimas notícias dele.
2012 - MPE-GO / 2014 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA / FCC - 2015 - TJ-RR - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 39. Regressando o ausente nos 10 (dez) anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes
ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou
o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.

Parágrafo único. Se, nos 10 (dez) anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a
sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas
circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território federal.
TÍTULO II: DAS PESSOAS JURÍDICAS

CAPÍTULO I: DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:


CESPE - 2009 - DPE-ES / 2011 - TJ-RO - JUIZ SUBSTITUTO / 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA / 2014 - PGE-MS

I - a UNIÃO;

II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;

III - os Municípios;

IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Lei nº 11.107/2005)

V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.


.
 As agências reguladoras (entidades de caráter público criadas por lei como por exemplo ANATEL, ANP, ANEEL, etc.) são pessoas jurídicas
de Direito Público interno. (certa) 2009 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 As agências reguladoras, como a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária),
consideradas autarquias sob regime especial, são pessoas jurídicas de direito público interno. (certa) 2010 - MPE-SP
 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios, os Municípios, as autarquias, inclusive as associações públicas, as demais entidades
de caráter público criadas por lei. (certa) FEPESE - 2018 - PGE-SC

Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito
privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.
 Dentre as pessoas jurídicas de direito público interno, estão as autarquias, as associações públicas, as entidades de caráter privado que se
tenha dado estrutura de direito público. (errada) CESPE - 2016 - TJ-DFT - JUIZ

Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo
direito internacional público. FCC - 2015 - TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO

# Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa
qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes,
culpa ou dolo.
VUNESP - 2016 - PROCURADOR MUNICIPAL /

# Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: * [rol exemplificativo]


2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / 2010 - MPE-SP / 2010 - DPE-GO / 2010 - PGE-GO / 2011 - TJ-RO - JUIZ SUBSTITUTO / FCC - 2013 - TJ-PE – JUIZ / 2014 - PGE-AC / FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE
POLÍCIA / 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA / 2013 - MPE-PR / 2014 - PGE-AC / 2014 - DPE-PR / 2014 - PGE-MS / 2014 - MPE-PR / 2015 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA / 2015 – PGFN / CESPE - 2016 - TJ-DFT
- JUIZ
.

* Enunciado 144 CJF: A relação das pessoas jurídicas de direito privado constante do art. 44, incs. I a V, do Código Civil não é exaustiva.
.

I - as associações; II - as sociedades;

III - as fundações. IV - as organizações religiosas; (Lei nº 10.825/2003)

V - os partidos políticos. (Lei nº 10.825/2003) VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Revogado - MP 1.085/2021)

.
 Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado. (certa) 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 De acordo com a doutrina, os partidos políticos, por funcionarem e por serem organizados conforme o disposto em lei específica, não são
considerados pessoas jurídicas de direito privado. (errada) CESPE - 2012 - DPE-SE
 São pessoas jurídicas de direito privado, segundo o Código Civil, os partidos políticos e as empresas individuais de responsabilidade limitada.
(certa) FCC - 2013 - TJ-PE – JUIZ

 A empresa individual de responsabilidade limitada é pessoa jurídica de direito privado e será constituída por uma única pessoa titular da
totalidade do capital social. (certa) FCC - 2014 - TJ-CE - JUIZ SUBSTITUTO
 Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público interno. (errada) 2015 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA
 São pessoas jurídicas de direito privado as empresas individuais de responsabilidade limitada e as associações. (certa) FCC - 2018 - PGE-AP

§ 1º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo VEDADO ao
poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. (Lei nº 10.825/2003)
FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA /

§ 2º As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte
Especial deste Código. (Lei nº 10.825/2003) UEG - 2018 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA

§ 3º Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. (Lei nº 10.825/2003)

# Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo
REGISTRO, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo. [TEORIA DA REALIDADE TÉCNICA]
2010 - DPE-GO / FCC - 2011 - DPE-RS / 2011 - MPE-MS / 2011 - PGE-RO / CESPE - 2012 - DPE-SE / CESPE - 2013 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / 2014 - DPE-PR / 2015 - MPE-BA / 2015 - PGFN / 2016 - MPE-SC
/ CESPE - 2018 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL / CESPE - 2019 - MPE-PI

Expoentes: Brinz, Bekker, Planiol e Duguit. Negava a figura da pessoa jurídica. Tratava-se no máximo de um
TEORIA NEGATIVISTA
condomínio ou patrimônio coletivo, reunião de pessoas físicas, sem autonomia.

TEORIA AFIRMATIVISTA
Corrente que prevaleceu. Aceitava e reconhecia a pessoa jurídica como sujeito de direito. Dentro dessa corrente, há três teorias básicas: a
Teoria da Ficção (Savigny); a Teoria da Realidade Objetiva ou Organicista-sociológica (Clóvis Beviláqua); e a Teoria da Realidade Técnica
(Francesco Ferrara e Hans Kelsen)

Windscheid e Savigny. Para esta teoria, a pessoa jurídica, mero produto da técnica jurídica, teria uma existência
FICÇÃO apenas abstrata ou ideal. Reconhecia pessoa jurídica como um ente abstrato, fruto da técnica jurídica pura, sem
existência social. Carece de realidade. Sua existência só encontra explicação como ficção da lei.

Lacerda de Almeida, Beviláqua. É o contraponto da primeira, negando a pessoa jurídica como fruto da técnica
REALIDADE OBJETIVA OU do direito, afirmando-a sociologicamente como um organismo social vivo e de interação na sociedade. Baseada
no organicismo-sociológico, a pessoa jurídica não seria uma mera criação do direito, mas sim um organismo
ORGANICIONISTA
vivo com atuação social, fruto da sociologia pura. As pessoas jurídicas são, assim, corpos sociais que o direito
não cria, mas limita-se a declarar existentes.

Ferrara. É a Teoria adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro. Para esta teoria, mais moderada, a pessoa
jurídica, posto personificada pela técnica do direito, integraria relações sociais, de forma autônoma, como as
REALIDADE TÉCNICA pessoas físicas. reconhece que a pessoa jurídica é personificada pela técnica do direito, mas não nega a sua
atuação social. Logo, a personalidade jurídica não é uma ficção, mas um atributo que a lei defere a certos entes,
donde se conclui que a pessoa jurídica é uma realidade jurídica, sem prejuízo da sua existência no mundo fático.
.

 O registro da pessoa jurídica no órgão competente tem eficácia constitutiva. (certa) FCC - 2011 - PGE-MT
 Na teoria da realidade orgânica, a pessoa jurídica tem identidade organizacional própria, identidade essa que deve ser preservada. Essa teoria
foi adotada pelo Código Civil brasileiro. (errada) CESPE - 2012 - PC-AL - DELEGADO DE POLÍCIA
 Antes de registrar os atos constitutivos no cartório competente, a pessoa jurídica não será dotada de personalidade jurídica. (certa) CESPE - 2013
- MPE-RO

 No Código Civil brasileiro, adota-se a teoria da realidade técnica para explicar e disciplinar as pessoas jurídicas. (certa) 2015 - PC-DF - DELEGADO
DE POLÍCIA

 O registro do ato constitutivo da sociedade de fato produzirá efeitos ex tunc se presentes, desde o início, os requisitos legais para a
constituição da pessoa jurídica. (errada) CESPE - 2017 - PROCURADOR MUNICIPAL
 Os condomínios edilícios são exemplo de pessoa formal que, embora não caracterize pessoa jurídica, tem sido reconhecida como sujeito de
direito. (certa) CESPE - 2019 - MPE-PI

Parágrafo único. Decai em 3 (três) anos o direito de ANULAR a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito
do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
CESPE - 2012 - DPE-SE / 2013 - TJ-SC - JUIZ / 2015 - MPE-AM

 O prazo para anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, decai em dois anos, contado o
prazo da publicação de sua inscrição no registro. (errada) 2011 - TJ-RO - JUIZ SUBSTITUTO
 O direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado por defeito do ato constitutivo decai em quatro anos, contando-se
tal prazo da publicação da inscrição desse ato no registro. (errada) CESPE - 2013 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 O direito de anular a constituição de pessoa jurídica de direito privado não se sujeita a prazo decadencial. (errada) CESPE - 2015 - TJ-DFT - JUIZ DE
DIREITO SUBSTITUTO

 De acordo com o Código Civil, o prazo decadencial para anular o ato constitutivo, que padecer de defeito, das pessoas jurídicas de direito
privado começa a ser contado da inscrição do referido ato no respectivo registro. (errada) 2016 - MPE-SC
Art. 46. O registro declarará:

I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;

II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;

III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;

IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;

V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;

VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.

Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato
constitutivo. FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA
 O atual Código Civil adotou a teoria ultra vires como regra; assim, a pessoa jurídica sempre responde pelos atos que seus administradores
praticarem com excesso dos poderes conferidos a eles pelos atos constitutivos. (errada) CESPE - 2014 - PGE-PI
 Os atos dos administradores, exercidos nos limites dos poderes determinados nos atos constitutivos, obrigam a pessoa jurídica. (certa) FGV -
2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA
.
TEORIA ULTRA A teoria ultra vires estabelece que a pessoa jurídica somente responde pelos atos de seus representantes até o limite
VIRES dos poderes que lhe foram outorgados, sendo nulo aquilo que o exceda. Essa teoria busca proteger a pessoa jurídica.

Já a teoria da aparência atribui a obrigação decorrente do ato abusivo à sociedade, cabendo a esta ação regressiva em
TEORIA DA
face do sócio ou administrador que aja em excesso. Essa teoria busca defender a boa-fé objetiva do terceiro, que
APARÊNCIA
estabeleceu relações com pessoa que agia em nome da sociedade, e desconhecia os limites desses poderes.
.

 Segundo a teoria do ato “ultra vires”, a atuação do representante além dos poderes que lhes foram conferidos, é ineficaz em relação ao
representado. (certa) 2010 - MPE-BA
 O atual Código Civil adotou a teoria ultra vires como regra; assim, a pessoa jurídica sempre responde pelos atos que seus administradores
praticarem com excesso dos poderes conferidos a eles pelos atos constitutivos. (errada) CESPE - 2014 - PGE-PI

 A teoria da aparência e a teoria ultra vires se confundem: por meio delas, a pessoa jurídica se obriga por atos praticados por seus sócios
administradores, mesmo que exercidos fora dos limites de ação determinados no ato constitutivo da empresa. (errada) CESPE - 2019 - MPE-PI

Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o
ato constitutivo dispuser de modo diverso.
VUNESP - 2012 - DPE-MS / 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA / 2015 – PGFN /

 Se for coletiva a administração das referidas pessoas jurídicas, as decisões devem ser tomadas pela maioria de votos dos presentes, ainda
que o ato constitutivo disponha de modo diverso. (errada) CESPE - 2012 - DPE-SE
 Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão, em qualquer caso, pela maioria de votos dos presentes. (errada)
2016 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

Parágrafo único. Decai em 3 (três) anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou
estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.

Art. 48-A. As pessoas jurídicas de direito privado, sem prejuízo do previsto em legislação especial e em seus atos constitutivos,
poderão realizar suas assembleias gerais por meios eletrônicos, inclusive para os fins do disposto no art. 59, respeitados os
direitos previstos de participação e de manifestação. (MP nº 1.085/2021)

Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o JUIZ, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á
administrador provisório.
 De acordo com o que dispõe o Código Civil, se a administração da pessoa jurídica vier a faltar por ato voluntário ou involuntário do
administrador, o juiz deverá nomear, de ofício, administrador provisório. (errada) CESPE - 2011 - TJ-PB - JUIZ
# Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou administradores. (Lei nº 13.874/2019)

Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento lícito de alocação e segregação de riscos,
estabelecido pela lei com a finalidade de estimular empreendimentos, para a geração de empregos, tributo, renda e inovação em
benefício de todos.

# Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode
o JUIZ, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios
da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. (Lei nº 13.874/2019)
TEORIA MAIOR – RUBENS REQUIÃO
2010 - TJ-SC – JUIZ / 2010 - MPE-SP / FCC - 2011 - DPE-RS / 2011 - MPE-SP / 2011 - TJ-DFT - JUIZ / VUNESP - 2011 - TJ-RJ - JUIZ / CESPE - 2012 - MPE-TO / 2012 - MPE-RS / 2012 - PGE-SC / CESPE - 2013 - MPE-
RO / CESPE - 2013 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / CESPE - 2014 - TJ-DFT – JUIZ / 2014 - PGE-MS / FCC - 2014 - DPE-PB / CESPE - 2015 - PROCURADOR MUNICIPAL / CESPE - 2015 - DPE-PE / CESPE - 2015 - TJ-
DFT - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / FCC - 2016 - SEGEP-MA / VUNESP - 2018 - TJ-MT - JUIZ SUBSTITUTO / 2019 - MPE-SC / 2018 - MPE-MS / FUNDEP - 2019 - MPE-MG

ENUNCIADO 282-CJF: O encerramento irregular das atividades da pessoa jurídica, por si só, não basta para caracterizar abuso da personalidade
jurídica.
.
No RMS nº 15.166 da Bahia, reconheceu-se, excepcionalmente, que a própria administração pública pudesse desconsiderar a personalidade
de uma PJ para alcançar os sócios impondo uma sanção administrativa. (Aula Pablo Stolze no curso Ênfase;)
Marco: SALOMON x SALOMON COMPANY
 A dissolução irregular da empresa não é suficiente de per si para justificar a desconsideração da personalidade jurídica, se não ficar
comprovado abuso da personalidade jurídica ou fraude, a ensejar a responsabilização pessoal dos sócios por dívida da pessoa jurídica. (certa)
CESPE - 2009 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 Pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos não são atingidas pela referida teoria. (errada) CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 O encerramento irregular da pessoa jurídica basta para caracterizar o abuso da personalidade jurídica. (errada) CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ
FEDERAL

 É possível que a própria pessoa jurídica invoque em seu favor a teoria da desconsideração. (certa) CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 A teoria da desconsideração da personalidade jurídica não alcança as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos ou de fins não
econômicos. (errada) FCC - 2011 - DPE-RS
 A teoria da desconsideração da personalidade jurídica não pode, em nenhuma hipótese, ser alegada pela pessoa jurídica em seu favor,
contra os atos de seus administradores. (errada) 2012 - PGE-AC
 A desconsideração da personalidade jurídica tem como consequência imediata a dissolução da pessoa jurídica, pois ao se desconsiderar a
autonomia patrimonial, princípio basilar às pessoas jurídicas, que consiste na separação entre o patrimônio pertencente à instituição e os
bens particulares de seus membros, não há como subsistir a personalização da sociedade empresária. (errada) 2013 – MPDFT
 Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, de
ofício, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios
da pessoa jurídica. (errada) ESAF - 2015 – PGFN
 A demonstração de insolvência da pessoa jurídica de direito privado é elemento suficiente para ensejar a desconsideração da personalidade
jurídica. (errada) CESPE - 2015 - TJ-DFT - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
 Conforme entendimento prevalente do STJ, a dissolução da sociedade comercial, ainda que irregular, não é causa que, isolada, baste à
desconsideração da personalidade jurídica. (certa) CESPE - 2016 - TJ-DFT – JUIZ
 Segundo jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não se pode presumir o abuso da personalidade jurídica diante da mera
insolvência ou o encerramento de modo irregular das atividades da pessoa jurídica para justificar a sua desconsideração. (certa) CESPE - 2018 -
DPE-PE

 O Código Civil de 2002 adotou a teoria menor: basta o mero prejuízo à parte para que a desconsideração da personalidade jurídica seja
deferida. (errada) CESPE - 2018 - DPE-PE
 A aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica implica a desconstituição do registro da pessoa jurídica, ou seja, a sua
despersonalização. (errada) CESPE - 2019 - MPE-PI
 Pedro é sócio, juntamente com sua esposa Maria, da pessoa jurídica “PM LTDA”. Maria, sem o conhecimento de Pedro, começou a desviar
valores dos cofres da empresa, mediante a emissão de notas fiscais frias, para Ricardo, seu concubino. Em razão dos desvios realizados por
Maria, a empresa “PM LTDA” parou de pagar seus fornecedores, que ajuizaram demanda visando receber os valores devidos. Pedro descobriu
a traição e divorciou-se de Maria, que foi viver com seu concubino com todos os valores desviados da “PM LTDA”. Os fornecedores
requereram a desconsideração da personalidade jurídica, para que pudessem satisfazer seus créditos com o patrimônio pessoal de Maria e
de Pedro. (certa) VUNESP - 2019 - TJ-RJ - JUIZ SUBSTITUTO
 A desconsideração da personalidade jurídica só poderá ser concedida em casos que se demonstrar conjuntamente uma situação fática que
identifique, ao mesmo tempo, desvio de finalidade e confusão patrimonial. (errada) FUNDEP - 2021 - MPE-MG

..
INSUFICIÊNCIA PATRIMONIAL +
ABUSO CARACTERIZADO OU PELO DESVIO DE FINALIDADE OU PELA CONFUSÃO DE PATRIMÔNIO
GRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. REQUISITOS AUSENTES. DISSOLUÇÃO IRREGULAR E AUSÊNCIA DE
BENS PENHORÁVEIS. INSUFICIÊNCIA. PRECEDENTES. NÃO PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do STJ firmou o entendimento no sentido de que a existência de
indícios de encerramento irregular da sociedade aliada à falta de bens capazes de satisfazer o crédito exequendo não constituem motivos
suficientes para a desconsideração da personalidade jurídica, eis que se trata de medida excepcional e está subordinada à efetiva comprovação
do abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial. 2. Agravo interno a que se nega
provimento. AgInt no AREsp 1712305 / SP, T4, DJe 14/04/2021

§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores
e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. (Lei nº 13.874/2019)

§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada por: (Lei nº
13.874/2019)

I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa; (Lei nº 13.874/2019)

II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente insignificante;
e (Lei nº 13.874/2019)

III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. (Lei nº 13.874/2019)


 A transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente insignificante, pode configurar
confusão patrimonial caracterizadora de uma situação de fato capaz de autorizar a desconsideração da personalidade jurídica. (certa) FUNDEP -
2021 - MPE-MG

§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das obrigações de sócios ou de administradores
à pessoa jurídica. (Lei nº 13.874/2019) DESCONSIDERAÇÃO INVERSA
 A desconsideração inversa é o afastamento do princípio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica para responsabilizar a sociedade por
obrigação do sócio. (certa) VUNESP - 2014 - TJ-PA - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
 É possível a desconsideração inversa da personalidade jurídica sempre que o cônjuge ou companheiro empresário se valer de pessoa jurídica
por ele controlada, ou de interposta pessoa física, para subtrair do outro cônjuge ou companheiro direitos oriundos da sociedade afetiva.
(certa) 2017 - PGR - PROCURADOR DA REPÚBLICA

 A desconsideração inversa da pessoa jurídica não é admitida no ordenamento jurídico brasileiro. (errada) CESPE - 2018 - DPE-PE
 A desconsideração inversa da personalidade jurídica se dá quando o credor busca estender a uma determinada pessoa jurídica - de cujo
devedor seja sócio - a responsabilidade patrimonial por dívida da pessoa física. (certa) FUNDEP - 2019 - MPE-MG

§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput deste artigo não autoriza a
desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. (Lei nº 13.874/2019)
 A mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica não constitui desvio de finalidade.
(certa) FUNDEP - 2021 - MPE-MG

§ 5º NÃO constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade econômica específica
da pessoa jurídica. (Lei nº 13.874/2019)
VUNESP - 2019 - PROCURADOR MUNICIPAL / FUNDEP - 2021 - MPE-MG

Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins
de liquidação, até que esta se conclua.
VUNESP - 2012 - DPE-MS / 2013 – MPDFT

§ 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução.

§ 2º As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado.

§ 3º Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica.

Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
2010 - PGE-RS / FCC - 2011 - DPE-RS / CESPE - 2012 - DPE-SE / FCC - 2015 - TJ-PE - JUIZ SUBSTITUTO

 A pessoa jurídica não é passível de sofrer violação dos direitos tipicamente da personalidade, tais como o direito à honra e ao nome. (errada)
2009 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 Como os direitos da personalidade são inerentes à pessoa humana, não é juridicamente possível a pretensão de dano moral em relação à
pessoa jurídica. (errada) CESPE - 2012 - MPE-PI
 A proteção dos direitos da personalidade não se aplica às pessoas jurídicas. (errada) 2015 - MPE-BA
 Caso determinada rede de rádio, por informações veiculadas em sua programação, atinja a honra e a imagem do próprio Estado, será
admitida, nessa hipótese, ação indenizatória por dano moral pelo ente federativo em desfavor da empresa de radiodifusão, devendo o
locutor responder regressivamente se tiver agido com dolo ou culpa. Nesse caso, se o locutor for economicamente hipossuficiente, deverá
a DP atuar na defesa dele. (errada) CESPE - 2015 - DPE-PE
 A pessoa jurídica pode sofrer dano moral, desde que abalado o conceito social pelo ato ilícito. (certa) FUNDEP - 2017 - MPE-MG

 Os direitos da personalidade são atributos exclusivos das pessoas físicas e não se aplicam às pessoas jurídicas, apesar de as últimas poderem
sofrer dano moral, nos termos da Súmula 227 do Superior Tribunal de Justiça. (errada) 2021 - PC-MS - DELEGADO DE POLÍCIA

.
SÚMULA 227-STJ: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 2011 - TJ-DFT - JUIZ
Segundo o STJ, a pessoa jurídica pode sofrer dano moral, desde que haja ofensa à sua honra objetiva, ou seja, ao conceito de que goza no
meio social (REsp 1298689/RS, j. em 09/04/2013).

.
 A pessoa jurídica pode sofrer dano material, mas não moral. (errada) FCC - 2010 - PROCURADOR MUNICIPAL
 Não só a pessoa física, mas a pessoa jurídica também pode sofrer dano moral. (certa) 2010 - PGE-GO
 A pessoa jurídica pode sofrer dano moral, desde que abalado o conceito social pelo ato ilícito. (certa) FUNDEP - 2017 - MPE-MG
 A pessoa jurídica não pode sofrer dano moral, mesmo que demonstrada ofensa à sua honra objetiva. (errada) VUNESP - 2019 - PROCURADOR
MUNICIPAL

CAPÍTULO II: DAS ASSOCIAÇÕES

Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.
2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA / 2014 - PGE-AC / 2014 - PGE-MS / 2015 - MPE-SP / 2015 - MPE-AM / 2015 - MPE-SP

 A associação desse grupo de pessoas deverá ter fim estritamente econômico. (errada) CESPE - 2009 - PC-RN - DELEGADO DE POLÍCIA
 As associações não podem desenvolver atividade econômica, mesmo que não haja finalidade lucrativa. (errada) 2015 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA
 As associações são pessoas jurídicas de direito privado constituídas de pessoas que reúnem seus esforços para a realização de fins
econômicos. (errada) 2016 - PGE-MS

Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.


FCC - 2009 - DPE-SP / CESPE - 2009 - PC-RN - DELEGADO DE POLÍCIA / 2011 - TJ-RO - JUIZ SUBSTITUTO / 2012 - TJ-DFT – JUIZ / 2014 - MPE-MG / 2014 - PGE-MS

 Nas associações, não há responsabilidade solidária entre os administradores, de forma que um não responde pelos atos praticados por outro.
(certa) CESPE - 2012 - DPE-ES

 A união de pessoas que se organizem para fins não econômicos constitui uma associação, havendo, entre os associados, direitos e obrigações
recíprocos. (errada) CESPE - 2013 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 As associações são constituídas mediante ato formal e por escritura pública pela união de pessoas que se organizem para fins não
econômicos. O ato constitutivo determina aos associados direitos e obrigações recíprocas. (errada) 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA
 Existem direitos e obrigações recíprocas entre associados. (errada) CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO – ANALISTA

Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:

I - a denominação, os fins e a sede da associação;

II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;

III - os direitos e deveres dos associados;

IV - as fontes de recursos para sua manutenção;

V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Lei nº 11.127/2005)

VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.

VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. (Lei nº 11.127/2005)
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais.
2012 - PGE-SC

 O estatuto da associação poderá instituir categorias de associados com vantagens especiais. (certa) CESPE - 2009 - PC-RN - DELEGADO DE POLÍCIA
 Os associados devem ter iguais direitos, vedado ao estatuto da associação instituir categorias com vantagens especiais. (errada) 2011 - TJ-RO -
JUIZ SUBSTITUTO

# Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário.


2011 - TJ-RO - JUIZ SUBSTITUTO / 2012 - PGE-SC / 2015 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA

 Havendo transmissibilidade da cota de um associado por morte, o herdeiro automaticamente adquire a qualidade de associado. (errada) CESPE
- 2009 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 O estatuto da associação não poderá dispor sobre a transmissibilidade da qualidade de associado. (errada) CESPE - 2009 - PC-RN - DELEGADO DE
POLÍCIA

 A qualidade de associado é intransmissível, não podendo o estatuto dispor de forma contrária. (errada) FGV – 2012 - PC-MA DELEGADO DE POLÍCIA
 A qualidade de associado é intransmissível, não podendo o estatuto dispor o contrário. (errada) CESPE - 2013 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não
importará, de per si , na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.
 Havendo transmissibilidade da cota de um associado por morte, o herdeiro automaticamente adquire a qualidade de associado. (errada) CESPE
- 2009 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela importará, de per si, na atribuição da
qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro. (errada) 2012 - PGE-SC

Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito
de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. (Lei nº 11.127/2005)
CESPE - 2009 - PC-RN - DELEGADO DE POLÍCIA / 2012 - TJ-PR - JUIZ / 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA / CESPE - 2021 - PGE-MS

Parágrafo único. (revogado) (Lei nº 11.127/2005)

 É obrigatória a inclusão de norma estatutária nas associações que preveja o direito de recorrer dos associados na hipótese de sua exclusão.
(certa) 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não
ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto.

Art. 59. Compete privativamente à ASSEMBLÉIA GERAL: (Lei nº 11.127/2005)

I – destituir os administradores; (Lei nº 11.127/2005)

II – alterar o estatuto. (Lei nº 11.127/2005)


 Compete privativamente às assembleias gerais das associações a destituição e a eleição dos administradores, bem como a alteração dos
estatutos. (errada) 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido deliberação da assembléia
especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos
administradores. (Lei nº 11.127/2005)

Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito
de promovê-la. (Lei nº 11.127/2005)

Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou
frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto,
ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.

§ 1º Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da destinação do
remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado
ao patrimônio da associação.

§ 2º Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas
condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou
da União.
CAPÍTULO III: DAS FUNDAÇÕES
 Para a validade da alienação do patrimônio da fundação é imprescindível a autorização judicial com a participação do órgão do Ministério
Público com atribuição para o velamento das fundações, formalidade que, se suprimida, acarreta a nulidade do ato negocial. (certa) 2013 –
MPDFT
Para a validade da alienação do patrimônio da fundação é imprescindível a autorização judicial com a participação do órgão ministerial,
formalidade que se suprimida acarreta a nulidade do ato negocial, pois a tutela do Poder Público - sob a forma de participação do Estado-
juiz, mediante autorização judicial -, é de ser exigida. (REsp 303707/MG, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 19/11/2001, DJ 15/04/2002, p. 216)

# Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres,
especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
2011 - MPE-PB / 2013 - MPE-GO / 2014 - MPE-SC / 2014 - MPE-MG / 2014 - MPE-MA / 2015 - MPE-BA / CESPE - 2017 - MPE-RR / 2019 - MPE-GO / 2019 - MPE-SP

 Pode ser criada uma fundação por meio de testamento particular mediante dotação de bens livres, determinando-se o fim a que se destina
e, facultativamente, o modo de administrá-la. (certa) CESPE - 2009 - MPE-RN
 Fica ao arbítrio do instituidor declarar a maneira de administrar a fundação por ele criada. (certa) CESPE - 2010 - MPE-ES
 Pessoa jurídica não pode instituir fundação. (errada) CESPE - 2010 - MPE-ES
 De acordo com o Código Civil, uma fundação pode ser criada por escritura pública ou testamento, por meio dos quais o instituidor fará
dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, devendo PODENDO declarar, também, a maneira de administrá-la. Dentre
os fins expressos na legislação, destaca-se: a saúde; a segurança alimentar e nutricional; e a pesquisa científica, desenvolvimento de
tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos.
(errada) 2016 - MPE-SC

 Requisitos mínimos legais obrigatórios para que a fundação possa ser devidamente criada: Lavratura de escritura pública para dotação
especial de bens livres e suficientes para a constituição da fundação e do desenvolvimento de suas atividades, com a especificação do fim
ao qual a fundação se destina. Na sequência, os instituidores farão a transferência da propriedade ou outro direito real sobre os bens dotados.
(certa) 2017 - MPE-SP

 As associações têm seu elemento principal nas pessoas e as fundações têm seu elemento essencial no patrimônio. (certa) 2015 - MPE-SP
 A criação de fundação se fará por escritura pública ou contrato particular, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a
maneira de administrá-la. (errada) VUNESP - 2019 - PROCURADOR MUNICIPAL

Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: (Lei nº 13.151/2015)
2015 - MPE-BA / 2016 - MPE-PR / CESPE - 2016 - PGE-AM / CESPE - 2017 - MPE-RR / 2019 - MPE-GO

I – assistência social; (Lei nº 13.151/2015)

II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; (Lei nº 13.151/2015)

III – educação; (Lei nº 13.151/2015)

IV – saúde; (Lei nº 13.151/2015)

V – segurança alimentar e nutricional; (Lei nº 13.151/2015)

VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; (Lei nº 13.151/2015)

VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e
divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; (Lei nº 13.151/2015)

VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; (Lei nº 13.151/2015)

IX – atividades religiosas; e (Lei nº 13.151/2015)

X – (VETADO). (Lei nº 13.151/2015)

Art. 63. Quando INSUFICIENTES para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o
instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
2011 - MPE-PB / 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA / FCC - 2014 - DPE-CE / 2015 - MPE-BA

 Sendo os bens insuficientes para constituir a fundação, devem ser convertidos em títulos da dívida pública. (errada) CESPE - 2010 - MPE-ES
 Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual
ou semelhante, independentemente do que dispuser o instituidor. (errada) 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
 Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados voltarão necessariamente ao patrimônio do instituidor ou de seus
herdeiros. (errada) FCC - 2019 - MPE-MT

# Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro
direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.
2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA / FCC - 2019 - MPE-MT

 A fundação constituída inter vivos será extinta se o instituidor não lhe transferir a propriedade do bem dotado. (errada) CESPE - 2012 - TJ-BA - JUIZ
SUBSTITUTO

Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo
com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente,
com recurso ao juiz.

Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, em 180 (cento e
oitenta) dias, a incumbência caberá ao Ministério Público.
2010 - MPE-MG / 2011 - MPE-PB / 2012 - MPE-SC / 2013 - MPE-GO / 2014 - MPE-MA

 Após a criação da Fundação “X”, aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, tomando ciência do encargo, deverão,
dentro do prazo estabelecido pelo instituidor ou, no silêncio, em 180 dias, formular o estatuto da Fundação, submetendo-o, em seguida, à
aprovação imediata do juiz. (errada) FCC - 2012 - MPE-AP
 Cabe ao Ministério Público elaborar o estatuto de fundação se este não for elaborado no prazo estipulado pelo instituidor. (certa) 2018 - MPE-BA

# Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
2010 - MPE-PB / 2010 - MPE-SP / 2011 - MPE-PR / FCC - 2012 - MPE-AP / 2013 - MPE-GO / 2015 - MPE-BA / CEFETBAHIA - 2018 - MPE-BA / FCC - 2018 - MPE-PB / 2019 - MPE-GO

§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. (Lei
nº 13.151/2015)

# § 2º Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público.
2010 - MPE-PB / 2011 - PGE-RS / 2012 - TJ-PR – JUIZ / FCC - 2018 - MPE-PB

 O MPF deve velar pelas fundações que se estenderem por mais de um estado. (errada) CESPE - 2010 - MPE-ES

 Ao Ministério Público Federal cabe, com exclusividade, velar por todas as fundações que funcionarem no Distrito Federal ou em mais de
um Estado-membro. (errada) 2011 - MPE-PR
 Quando a fundação estender suas atividades por mais de um estado-membro, o curador dela será o Ministério Público Federal; (errada) MPE-
PR – 2012

 Cabe ao Ministério Público do Estado velar pelas fundações nele situadas. Todavia, na hipótese da fundação estender sua atividade por mais
de um Estado, caberá o encargo ao Ministério Público Federal; (errada) 2014 - MPE-MA
 Para criação de uma fundação é obrigatória a intervenção do Ministério Público. (certa) 2015 - MPE-BA

# Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:

I - seja deliberada por 2/3 (dois terços) dos competentes para gerir e representar a fundação;
FCC - 2009 - MPE-CE / 2009 - MPDFT / 2011 - TJ-RO - JUIZ SUBSTITUTO / 2012 - PGE-SC / 2013 - MPE-GO / 2015 - MPE-AM / 2019 - MPE-GO

 A alteração do estatuto da Fundação “X”, dentre outros requisitos estabelecidos no Código Civil, deverá ser deliberada por 1/3 dos
competentes para gerir e representar a fundação. (errada) FCC - 2012 - MPE-AP
 A alteração de estatuto da fundação depende de deliberação de dois terços dos membros encarregados de sua gerência e representação,
não podendo contrariar ou desvirtuar os seus fins e ficando condicionada à aprovação pelo órgão do Ministério Público; (certa) 2014 - MPE-MA
 De acordo com o Código Civil, uma fundação pode alterar a finalidade pela qual foi constituída para outra prevista na legislação pertinente,
desde que deliberada por dois terços dos competentes por sua gerência e representação, devendo ser aprovada a deliberação pelo órgão do
Ministério Público no prazo máximo de quarenta e cinco dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-
la, a requerimento do interessado. (errada) 2016 - MPE-SC
 A reforma de estatuto de fundação deve ser aprovada pela maioria absoluta de seus gestores e representantes e aprovada pelo Ministério
Público. (errada) CEFETBAHIA - 2018 - MPE-BA
 Eventual alteração do seu estatuto deve ser deliberada por três quartos dos competentes para gerir e representar a fundação mediante
aprovação do Ministério Público, e tal alteração não pode contrariar ou desvirtuar seu fim. (errada) 2019 - MPE-SP
 Eventual alteração de seu estatuto deve ser deliberada em Assembleia por dois terços dos dirigentes presentes, dependendo de prévia
aprovação do Ministério Público, e tal alteração não pode contrariar ou desvirtuar seu fim. (errada) 2019 - MPE-SP

II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;


 Quanto à possibilidade de alteração do estatuto de uma fundação de direito privado, não poderá contrariar ou desvirtuar a finalidade para a
qual foi constituída. (certa) FUNDEP - 2011 - MPE-MG
 A alteração do estatuto da fundação, para o fim de rever a finalidade desta, exige deliberação de dois terços dos competentes para gerir e
representar a pessoa jurídica e ainda aprovação pelo órgão do Ministério Público, passível a denegação desta de suprimento judicial. (errada)
2012 - PGE-PA

III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o
Ministério Público a denegar, poderá o JUIZ supri-la, a requerimento do interessado. 2011 - MPE-PB (Lei nº 13.151/2015)
 Alterações estatutárias que não contrariem ou desvirtuem o fim da fundação prescindem da aprovação do MP. (errada) CESPE - 2010 - MPE-ES

 É necessária a aprovação pelo Ministério Público para a alteração do estatuto da fundação. (certa) 2011 - MPE-PB
 O Ministério Público deve ser ouvido nos casos em que houver alteração do estatuto da fundação, sendo vinculante sua opinião em caso de
denegação. (errada) 2015 - MPE-BA
 Se o Ministério Público denegar a reforma do estatuto, o juiz pode a suprir, a requerimento do interessado. (certa) 2016 - MPE-PR
 O estatuto da fundação não é imutável; possível a alteração mediante deliberação de dois terços das pessoas responsáveis pela sua gerência,
desde que não contrarie ou desvirtue a sua finalidade, sem necessidade que seja aprovada pelo Ministério Público. (errada) 2017 - MPE-RS
 Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a mudança não contrarie ou desvirtue sua finalidade, além de ser aprovada
pelo Ministério Público no prazo máximo de 45 dias e que seja deliberada pela unanimidade de seus gestores e representantes. (errada) FCC -
2019 - MPE-MT

Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da fundação, ao submeterem o
estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em 10 (dez)
dias. 2013 - TJ-SC – JUIZ
 A alteração de estatuto de uma fundação depende de que a reforma seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar
a fundação, mas se a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da fundação, ao submeterem o estatuto
ao órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em dez dias. (certa) FCC - 2009 - MPE-
CE

# Art. 69. Tornando-se ILÍCITA, IMPOSSÍVEL ou INÚTIL a finalidade a que visa a fundação, ou VENCIDO o prazo de sua existência,
o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo
disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual
ou semelhante.
2009 – MPDFT / 2011 - MPE-PR / 2012 - MPE-PR / FCC - 2012 - MPE-AP / 2013 - MPE-GO / CEFETBAHIA - 2018 - MPE-BA / 2019 - MPE-GO

 Somente o órgão do Ministério Público com atribuição para o velamento das fundações poderá promover a extinção judicial ou administrativa
da fundação, se vencido o prazo de sua existência ou se tornar ilícita, impossível ou inútil a sua finalidade. (errada) 2013 – MPDFT
 Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público,
ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, revertendo seu patrimônio em favor do Estado onde situada. (errada) 2015 - MPE-BA
 Tornando-se inútil a finalidade a que visa a fundação, apenas o interessado poderá promover a sua extinção, incorporando-se o seu
patrimônio a outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante. (errada) VUNESP - 2019 - PROCURADOR MUNICIPAL
 Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, será ela extinta pelo Ministério Público, incorporando-se seu
patrimônio ao Estado membro, com vinculação da destinação àquela a que objetivava a fundação extinta. (errada) FCC - 2019 - MPE-MT

TÍTULO III: DO DOMICÍLIO

Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo.
2009 - TJ-MG - JUIZ / 2009 - TJ-RS – JUIZ / 2011 - TJ-PR – JUIZ / 2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA

 Residência é o local onde a pessoa vive com ânimo definitivo. (errada) CESPE - 2009 - PC-RN - DELEGADO DE POLÍCIA
 Domicílio e residência são conceitos sinônimos, mesmo se a pessoa tiver mais de uma residência. (errada) 2011 - PGR - PROCURADOR DA REPÚBLICA
 Para a lei, o elemento subjetivo mostra-se importante na definição do domicílio. (certa) CESPE - 2012 - TJ-PA – JUIZ
 A definitividade não é critério legal para se estabelecer o domicílio. (errada) CESPE - 2012 - TJ-PA - JUIZ
 Tem como regra geral o lugar onde a pessoa estabelece a sua residência com ânimo definitivo. (certa) 2018 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO

Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer
delas. 2009 - TJ-RS – JUIZ / MPE-PR 2017 / 2021 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
 No que concerne a domicílio, é correto afirmar que, tendo uma pessoa natural vivido sucessivamente ALTERNADAMENTE em diversas residências,
qualquer uma delas será considerada como domicílio seu. (errada) CESPE - 2009 - DPE-ES
 A pessoa natural só pode ter um domicílio, não sendo admitida a sua pluralidade. (errada) FUNCAB - 2009 - PC-RO - DELEGADO DE POLÍCIA
 O Código Civil em vigor admite a pluralidade de domicílios. (certa) 2012 - PGE-AC

 Se a pessoa natural tiver diversas residências, onde alternadamente viva, considerar-se-á seu domicílio apenas o lugar onde a profissão é
exercida. (errada) VUNESP - 2018 - PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA

 Se uma pessoa viver, de forma alternada, em diversas residências, qualquer uma delas poderá ser considerada seu domicílio. (certa) CESPE -
2021 - POLÍCIA FEDERAL - DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL

Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.
 Considerando que Paulo resida com sua família em Jaú ! SP, seja sócio-proprietário de uma empresa de construção em Marília ! SP e trabalhe
como corretor de imóveis em Bauru ! SP, assinale a opção correta no que se refere ao domicílio, em face da discussão da validade de
modificação do contrato social da empresa de construção. Como a questão envolve o contrato social da empresa de construção, Marília deve
ser considerada domicílio de Paulo. (certa) CESPE - 2011 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 O domicílio profissional é tratado pela lei como residual. (errada) CESPE - 2012 - TJ-PA - JUIZ
 O domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, é o lugar onde esta é exercida. (certa) 2017 - MPE-PR
 Considera-se também como domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. (certa)
2018 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO

Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que
lhe corresponderem.
 Caso um profissional que tenha negócios nas cidades A, B e C seja demandado judicialmente por fato ocorrido na cidade C e a demanda
tenha relação com o exercício de sua profissão, essa cidade será considerada o domicílio do profissional para esse fim. (certa) CESPE - 2013 - TJ-
MA - JUIZ

Ex.: João, maior, natural de Vila Velha, casado com Marina sob o regime de comunhão total de bens, exerce a profissão de gerente em empresa
comercial. No exercício de sua profissão, João atua nas cidades de Cariacica, Fundão e Guarapari. Peçanha, subordinado de João, pretende ajuizar
ação de indenização civil em face deste, sob a alegação de ter sofrido dano moral ocorrido no âmbito de suas atividades na empresa comercial.
Nesta circunstância específica de interesse de Peçanha, para efeito de determinação do Domicílio de João, de acordo com o Código Civil, Em razão
da atividade concernente à profissão, Cariacica, Fundão e Guarapari podem ser considerados domicílio de João. (certa) 2019 - PC-ES - DELEGADO DE
POLÍCIA

Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.
2009 - TJ-RS - JUIZ / CESPE - 2012 - MPE-PI / 2014 - MPE-MG

 Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. (certa) FUNCAB - 2009 - PC-RO - DELEGADO
DE POLÍCIA

 Considera-se domicílio da pessoa natural que não tenha residência habitual o último lugar onde morou. (errada) 2017 - MPE-PR

 Corresponde ao de seu domicílio, o lugar onde for encontrada a pessoa natural que não tenha residência habitual. (certa) 2018 - PC-RS - DELEGADO
DE POLÍCIA

Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. 2018 - PC-MG – DELEGADO DE POLÍCIA / 2021 - PC-
PA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde
vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.

Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:


CESPE - 2013 - TJ-RN - JUIZ / 2017 - MPE-PR

I - da UNIÃO, o Distrito Federal;

II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;

III - do MUNICÍPIO, o lugar onde funcione a administração municipal;

IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem
domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 2012 - PGE-AC

§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para
os atos nele praticados. 2011 - TJ-RO - JUIZ SUBSTITUTO

§ 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às
obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
# Art. 76. Têm domicílio NECESSÁRIO o INCAPAZ, o SERVIDOR PÚBLICO, o MILITAR, o MARÍTIMO e o PRESO.
FCC - 2009 - DPE-MT / 2010 - MPE-MG / 2011 - TJ-PR - JUIZ / 2012 - PGFN / 2017 - MPE-PR / CESPE - 2021 - PGE-AL

INCAPAZ do seu representante ou assistente

SERVIDOR
o lugar em que exercer permanentemente suas funções
PÚBLICO

onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente
MILITAR
subordinado.

MARÍTIMO onde o navio estiver matriculado

PRESO o lugar em que cumprir a sentença.


.

 Deve ter domicílio necessário o preso ainda não condenado. (errada) CESPE - 2009 - MPE-RN
 Se determinada pessoa for servidora pública, ela não terá domicílio necessário. (errada) CESPE - 2009 - PC-RN - DELEGADO DE POLÍCIA
 O domicílio do tutelado é necessário e é do seu representante ou assistente legal. (certa) CESPE - 2009 - PC-PB DELEGADO
 O domicílio do servidor público é o local onde ele exerce suas funções com caráter de permanência, de modo que o exercício de cargo de
confiança em caráter transitório não modifica o domicílio original. (certa) CESPE - 2009 - DPE-PI
 O domicílio necessário do preso é o lugar em que for preso. (errada) CESPE - 2009 - PC-RN - DELEGADO DE POLÍCIA
 O domicílio da pessoa natural pode ser definido voluntária ou obrigatoriamente pela lei. (certa) CESPE - 2010 - MPE-RO
 O preso não tem domicílio necessário. (errada) FUNCAB - 2012 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA
 Possuem domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o preso, o marítimo e o empresário. (errada) CESPE - 2013 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ
FEDERAL

 O marítimo, o incapaz, o servidor público, o militar e o preso têm domicílio necessário. (certa) CESPE - 2013 - TJ-RN – JUIZ

 Conforme o Código Civil, tem domicílio necessário marítimo, onde o navio estiver ancorado. (errada) VUNESP - 2013 - TJ-RJ – JUIZ
 O servidor público possui domicílio necessário, sendo o local onde exerce permanentemente suas funções. (certa) VUNESP - 2014 - PGM – SP
 O servidor público, o militar e o preso têm domicílio necessário, sendo, respectivamente, o lugar onde exercem permanentemente suas
funções, onde servem e onde cumprem a sentença. (certa) FUNDATEC - 2015 - PGE-RS
 Tem o preso domicílio necessário na localidade onde cumprir a sentença penal. (certa) 2015 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA
 Possuem domicílio necessário ou legal o militar, o incapaz, o servidor público, a pessoa jurídica de direito privado e o preso. (errada) CESPE
- 2016 - TJ-AM - JUIZ SUBSTITUTO

 O domicílio do servidor público é o lugar em que ele exerce permanentemente suas funções. (certa) VUNESP - 2018 - PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA

 O domicílio necessário do servidor público é o lugar em que ele exerça permanentemente suas funções. (certa) CESPE - 2021 - PGE-AL

 O domicílio necessário do militar do Exército Brasileiro é a sede do comando ao qual ele esteja imediatamente subordinado. (errada) CESPE -
2021 - PGE-AL

Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país,
o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve. 2011 - TJ-PR – JUIZ
 O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio,
poderá ser demandado no Distrito Federal ou no primeiro ÚLTIMO ponto do território brasileiro onde o teve. (errada) 2021 - PC-PA - DELEGADO DE
POLÍCIA CIVIL

Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e
obrigações deles resultantes. 2012 - TJ-PR - JUIZ
 É nula a cláusula contratual de especificação de domicílio nas situações em que os contratantes especificam onde devem ser exercidos e
cumpridos direitos e obrigações resultantes do próprio contrato. (errada) 2015 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA
 Sendo o domicílio o local em que a pessoa permanece com ânimo definitivo ou o decorrente de imposição normativa, como ocorre com os
militares, o domicílio contratual é incompatível com a ordem jurídica brasileira. (errada) CESPE - 2017 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO
 Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.
(certa) 2018 - PC-RS - DELEGADO DE POLÍCIA
LIVRO II: DOS BENS
TÍTULO ÚNICO: DAS DIFERENTES CLASSES DE BENS
CAPÍTULO I: DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
SEÇÃO I: DOS BENS IMÓVEIS
Bens corpóreos são coisas com existência material; bens incorpóreos não são perceptíveis pelos sentidos; patrimônio é o
conjunto de bens e direitos de um sujeito. (certa) 2010 - MPE-MG

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
 São imóveis por definição legal tudo quanto se incorpora natural ou artificialmente ao solo. (errada) FCC - 2010 - PGE-AM
 Consideram-se bens móveis o que for artificialmente incorporado ao solo. (errada) 2014 - PGE-AC
 São bens imóveis o solo, o subsolo e o espaço aéreo e apenas o que se lhe incorporar artificialmente. (errada) VUNESP - 2018 - PC-SP - DELEGADO
DE POLÍCIA

 Podem ser considerados como bens móveis, por determinação legal, tudo o que for incorporado ao solo de forma artificial. (errada) CESPE - 2021
- PGE-AL

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta. 2010 - PGE-GO / FCC - 2012 - MPE-AL / 2012 - AGE-MG / 2014 - MPE-MA
 Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram, bem como o direito à sucessão aberta, são considerados bens imóveis para
os efeitos legais, de acordo com o Código Civil. (certa) CESPE - 2009 - DPE-ES
 Os direitos reais sobre bens imóveis e as ações que o asseguram são considerados bens imóveis. (certa) 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA
 São imóveis por definição legal o direito à sucessão aberta e os direitos reais sobre bens imóveis. (certa) FCC - 2010 - PGE-AM
 Há bens imóveis por natureza, bens imóveis por destinação, bens imóveis por acessão intelectual, outros que a lei considera imóveis para
os efeitos legais. (errada) 2010 - MPE-MG
 Para efeitos do direito à sucessão aberta, considera-se bem móvel ou imóvel, conforme o caso concreto. (errada) CESPE - 2013 - TRF - 5ª REGIÃO -
JUIZ FEDERAL

 O direito à sucessão aberta é bem móvel por determinação legal. (errada) CESPE - 2014 - PGE-PI
 Com a abertura da sucessão, a herança incorpora-se ao patrimônio do herdeiro na qualidade de bem imóvel divisível. (errada) CESPE - 2015 - TJ-
DFT - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

 O direito à sucessão aberta e o direito à herança constituem bens móveis por determinação legal, isso ocorre mesmo se a herança for
composta apenas de bens imóveis. (errada) 2017 - MPE-RS
 Relativamente aos bens considerados em si mesmos, podem ser considerados como bens móveis, por determinação legal, direitos reais
sobre objetos móveis e ações referentes a direitos pessoais de caráter patrimonial. (certa) CESPE - 2021 - PGE-AL

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.


 São bens imóveis os direitos reais sobre imóveis, as ações que os asseguram, a sucessão aberta e os materiais provisoriamente separados
de um prédio, para nele se reempregarem. (certa) 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA
 Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, perdem o caráter de imóveis enquanto fisicamente
desatrelados da edificação. (errada) 2013 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA
 Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, consideram-se bens móveis; (errada) 2014 - MPE-MA
 Consideram-se bens imóveis para os efeitos legais os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. (certa)
FUNDEP - 2014 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

 Consideram-se bens móveis os materiais destinados a uma construção enquanto não forem utilizados. (certa) 2014 - PGE-AC
 De acordo com o Código Civil, são bens móveis as edificações que, estando separadas do solo, puderem ser movimentadas para outro local,
conservando sua unidade. (errada) CESPE - 2019 - TJ-BA - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
 Podem ser considerados como bens móveis materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele serem reempregados. (errada) CESPE
- 2021 - PGE-AL
SEÇÃO II: DOS BENS MÓVEIS

Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou
da destinação econômico-social.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.


 A lei considera móveis os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes, os direitos pessoais de caráter patrimonial e
respectivas ações. (certa) 2010 - MPE-MG
 Consideram-se móveis para os efeitos legais as energias que tenham valor econômico e os direitos pessoais de caráter patrimonial e
respectivas ações. (certa) 2010 - PGE-GO
 Segundo o Código Civil, consideram-se móveis para os efeitos legais apenas as energias que tenham valor econômico; os direitos reais sobre
objetos móveis e as ações correspondentes; e os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. (certa) 2013 - TJ-SC – JUIZ
 Consideram-se bens imóveis para os efeitos legais. (errada) FUNDEP - 2014 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
 São considerados bens imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações. (errada) CESPE - 2015 - TJ-DFT - JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO

 Consideram-se bens móveis as energias que tenham valor econômico e o direito à sucessão aberta. (errada) VUNESP - 2018 - PC-SP - DELEGADO DE
POLÍCIA

 Podem ser considerados como bens móveis, por determinação legal, as energias com valor econômico e tudo o que for incorporado ao
solo de forma artificial. (errada) CESPE - 2021 - PGE-AL
 Relativamente aos bens considerados em si mesmos, podem ser considerados como bens móveis, por determinação legal, direitos reais
sobre objetos móveis e ações referentes a direitos pessoais de caráter patrimonial. (certa) CESPE - 2021 - PGE-AL

# Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis;
readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
 Ao realizar uma reforma de seu imóvel, o proprietário demoliu algumas paredes de sua casa e conservou as portas e janelas que estavam ali
instaladas, pensando em revendê-las, já que eram muito antigas e bastante valiosas. Nesse caso, as referidas portas e janelas são
consideradas bens móveis, porque são decorrentes de demolição. (certa) CESPE - 2009 - DPE-PI
 Consideram-se bens móveis os materiais destinados a uma construção enquanto não forem utilizados. (certa) 2014 - PGE-AC
 Readquirem a qualidade de bens móveis os provenientes da demolição de algum prédio. (certa) 2015 - PGE-RS
 De acordo com o Código Civil, são bens móveis os materiais provenientes da demolição de um prédio. (certa) CESPE - 2019 - TJ-BA - JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO

Ex.: Ao realizar uma reforma de seu imóvel, o proprietário demoliu algumas paredes de sua casa e conservou as portas e janelas
que estavam ali instaladas, pensando em revendê-las, já que eram muito antigas e bastante valiosas. Nesse caso, as referidas portas
e janelas são consideradas bens móveis, porque são decorrentes de demolição. (certa) CESPE - 2009 - DPE-PI

SEÇÃO III: DOS BENS FUNGÍVEIS E CONSUMÍVEIS


 O Código Civil trata de várias modalidades de bens, sendo que, nas classificações quanto à fungibilidade e consuntibilidade, essas se
confundem, pois o critério adotado por nosso ordenamento jurídico leva em conta o estudo da consuntibilidade física ou de fato. (errada) 2010
- MPE-GO

 A fungibilidade de um bem é determinada por sua natureza, portanto um bem fungível não pode se tornar infungível por ato de vontade.
(errada) CESPE - 2013 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 A infungibilidade de um bem pode decorrer da manifestação de vontade da parte. (certa) CESPE - 2015 - TJ-PB - JUIZ SUBSTITUTO
 A consuntibilidade que um bem gera é incompatível com a infungibilidade. (errada) CESPE - 2015 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma ESPÉCIE, QUALIDADE e QUANTIDADE.
 A fungibilidade é própria dos bens imóveis, entretanto existem móveis fungíveis. (errada) 2010 - MPE-GO
 São fungíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. (certa) 2014 - MPE-MA
 Considera-se bem infungível a produção agrícola tanto de pessoa física quanto de pessoa jurídica. (errada) CESPE - 2015 - TJ-DFT - JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO
 O dinheiro é considerado um bem infungível. (errada) 2018 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
 São fungíveis os bens móveis ou imóveis que possam ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. (errada) CESPE -
2019 - MPE-PI

Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também
considerados tais os destinados à alienação.
 Os bens fungíveis CONSUMÍVEIS são aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria substância. (errada) FCC - 2010 - TJ-MS – JUIZ
 A consuntibilidade ou a inconsuntibilidade decorrem da destinação econômico-jurídica do bem e não da natureza da coisa. (certa) 2010 - MPE-GO
 Uma garrafa de vinho de 1.830 da reserva especial, clausulada com inalienabilidade por testamento é um bem classificado como consumível
fático e, ao mesmo tempo, como bem inconsumível do ponto de vista jurídico. (certa) CESPE - 2012 - PC-AL - DELEGADO DE POLÍCIA
 Um bem é consumível quando o seu uso importa imediata perda de sua substância, podendo-se afirmar que o conceito não guarda relação
com a possibilidade de alienação. (errada) CESPE - 2013 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 São consumíveis aqueles cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à
alienação. (certa) 2014 - MPE-MA
 Os veículos à venda em uma concessionária são considerados bens consumíveis. (certa) 2018 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
 Os bens podem ser divididos em consumíveis e não consumíveis; contudo, esses últimos, quando sofrem deteriorações devido ao uso,
passam a ser incluídos no conceito de bens consumíveis. (errada) CESPE - 2019 - MPE-PI

SEÇÃO IV: DOS BENS DIVISÍVEIS


 A divisibilidade, ou não, de uma coisa, sob o aspecto jurídico, decorre de um critério utilitarista. (certa) CESPE - 2015 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
SUBSTITUTO

Art. 87. Bens DIVISÍVEIS são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou
prejuízo do uso a que se destinam.

# Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da LEI ou por VONTADE DAS PARTES.

Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por vontade das partes, porém o acordo não pode estabelecer
prazo maior do que 5 (cinco) anos para a indivisão, suscetível de prorrogação ulterior. (certa) FCC - 2009 - TJ-AP – JUIZ
CC. Art. 1.320. § 2º Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador.

 Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei, mas não por vontade das partes. (errada) FCC - 2009 - DPE-
MT

 Os bens naturalmente divisíveis não podem ser considerados indivisíveis por declaração de vontade das partes, nem por testamento. (errada)
FCC - 2010 - TJ-MS - JUIZ

 A indivisibilidade é decorrente da natureza ou da lei, sendo impossível a indivisibilidade por força da vontade. (errada) CESPE - 2013 - TRF - 1ª
REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por vontade das partes, não podendo exceder de cinco anos a indivisão
estabelecida pelo doador ou pelo testador. (certa) FCC - 2013 - TJ-PE – JUIZ Obs. [CC Art. 1.320. § 2º]
 Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis apenas por disposição expressa de lei. (errada) FCC - 2013 - TJ-PE – JUIZ
 Os bens naturalmente divisíveis jamais perdem essa característica, ainda que por livre vontade das partes. (errada) 2013 - PC-PA - DELEGADO DE
POLÍCIA

 Bens naturalmente divisíveis são aqueles passíveis de fracionamento, muito embora possam se tornar indivisíveis por vontade das partes.
(certa) 2015 - PGE-RS

 Os bens naturalmente divisíveis não se podem tornar indivisíveis. (errada) CESPE - 2015 - TJ-DFT - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
 Os bens naturalmente divisíveis não se podem tornar indivisíveis por vontade das partes. (errada) CESPE - 2015 - DPE-RN
 É permitido transformar os bens naturalmente divisíveis em indivisíveis se a alteração se der para preservar a natureza da obrigação, por
motivo de força maior ou caso fortuito, mas não por vontade das partes. (errada) CESPE - 2015 - DPE-RN
 Os bens naturalmente divisíveis só podem tornar-se indivisíveis por determinação legal. (errada) VUNESP - 2018 - PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA
 Não é possível convencionar a indivisibilidade de bens naturalmente divisíveis e fungíveis. (errada) FCC - 2018 - DPE-RS
 Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis apenas por determinação legal, não se admitindo, assim, que um negócio jurídico
estabeleça a indivisibilidade da coisa. (errada) CESPE - 2019 - MPE-PI
 A vontade das partes não pode tornar bens naturalmente divisíveis em indivisíveis, mas apenas por determinação legal. (errada) 2019 - PC-ES -
DELEGADO DE POLÍCIA
SEÇÃO V: DOS BENS SINGULARES E COLETIVOS

Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si , independentemente dos demais.
 São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. (certa) 2021 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA

Art. 90. Constitui universalidade de FATO a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação
unitária.

Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.
2010 - PGE-RS / 2012 - TJ-DFT – JUIZ

 Constitui universalidade de direito FATO a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. (errada)
2010 - MPE-PB

 A universitas facti é uma categoria lógica e a universalidade de direito contempla um todo que emerge das unidades que a compõem. (certa)
2010 - PGE-GO

 Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. (certa) 2010 -
PGE-RS

 A universalidade de fato não autoriza que haja relação jurídica a não ser sobre cada um dos bens. (errada) 2011 - PGE-RS
 A universalidade de fato prescinde de determinação legal, dependendo da vontade do titular e da destinação que este atribua ao complexo
de bens. (certa) 2011 - PGE-RS
 Os bens que formam a universalidade de fato podem ser objeto de relações jurídicas próprias. (certa) 2012 - TJ-DFT - JUIZ
 Será considerada uma universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária,
não sendo possível, todavia, que os bens formadores dessa universalidade possam ser objeto de relações jurídicas próprias. (errada) CESPE -
2013 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 Uma universalidade de fato é um bem coletivo cuja natureza não pode ser alterada pela vontade de seu titular. (errada) CESPE - 2013 - TRF - 1ª
REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Esses bens
podem ser objeto de relações jurídicas próprias. (certa) 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA
 Constitui universalidade de direito FATO a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. (errada)
FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

 Constitui universalidade de direito FATO a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. (errada)
VUNESP - 2018 - PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA

 Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. (certa) 2021 -
PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA

Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.

 Os bens coletivos podem constituir-se em universalidade de fato, mas não em universalidade de direito. (errada) CESPE - 2009 - PGE-AL
 De acordo com a legislação pátria, o direito a sucessão aberta consubstancia-se em uma universalidade iuris, bem assim em direito real
imobiliário. (certa) 2010 - MPE-BA
 A universalidade de direito representa o complexo de relações jurídicas de uma pessoa, ainda que não dotadas de valor econômico. (errada)
2011 - PGE-RS

 Trata-se de universalidade de direito o complexo das relações jurídicas dotadas de valor econômico. (certa) 2015 - PGE-RS
 Conforme classificação doutrinária, a herança, antes da formalização da partilha, pode ser considerada um bem de indivisibilidade legal e
uma universalidade de direito. (certa) CESPE - 2018 - TJ-CE - JUIZ SUBSTITUTO
 Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, desprovidas de valor econômico. (errada) 2021 - PC-PR -
DELEGADO DE POLÍCIA

CAPÍTULO II: DOS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS


 Os bens reciprocamente considerados são classificados como singulares PRINCIPAIS e coletivos ACESSÓRIOS. (errada) 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA
 Os bens reciprocamente considerados são classificados como públicos, privados, disponíveis e indisponíveis. (errada) CESPE - 2009 - PC-PB -
DELEGADO DE POLÍCIA

 Os reciprocamente considerados podem ser móveis PRINCIPAIS ou imóveis ACESSÓRIOS. (errada) FCC - 2010 - TJ-MS - JUIZ
 O princípio da gravitação jurídica é o princípio norteador dos bens reciprocamente considerados. (certa) CESPE- 2012 - PC-AL - DELEGADO DE POLÍCIA

Art. 92. PRINCIPAL é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; ACESSÓRIO, aquele cuja existência supõe a do
principal.
 A lei estabelece um vínculo entre o bem principal e o acessório. Relativamente a este último, o bem acessório, é correto afirmar que a relação
de acessoriedade existe entre coisas e direitos. (certa) 2009 - TJ-MG – JUIZ
 Entre os bens reciprocamente considerados, o bem principal é o que existe sobre si, absoluta ABSTRATA e concretamente, e acessório, aquele
cuja existência supõe a do principal. (errada) CESPE - 2013 - TJ-MA – JUIZ
 Os bens acessórios são objetos corpóreos que podem ou não seguir o bem principal. (errada) 2015 - PGR - PROCURADOR DA REPÚBLICA
 Pelo princípio da gravitação jurídica, a propriedade dos bens acessórios segue a sorte do bem principal, podendo, entretanto, haver disposição
em contrário pela vontade da lei ou das partes. (certa) CESPE - 2016 - TJ-AM - JUIZ SUBSTITUTO
 A regra de que o acessório segue o principal tem inúmeros efeitos, entre eles, a presunção absoluta de que o proprietário da coisa principal
também seja o dono do acessório. (errada) FUMARC - 2018 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO
 Bem acessório PRINCIPAL
é aquele que existe sobre si, abstrata e concretamente; e o principal é o que depende da vontade do proprietário.
(errada) 2019 - PC-ES - DELEGADO DE POLÍCIA

# Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço
ou ao aformoseamento de outro.
 As pertenças são partes integrantes de um bem principal, seguindo a regra geral de que o acessório segue o principal. (errada) 2008 - PC-GO -
DELEGADO DE POLÍCIA

 São pertenças as telhas que servem de cobertura de um imóvel residencial. (errada) 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA
 Embora as pertenças não se destinem, de modo duradouro, ao uso, ao serviço, ou ao aformoseamento de um bem, constituem partes
integrantes do bem. (errada) CESPE - 2009 - PGE-AL
 As pertenças são bens acessórios que se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. (certa) FCC - 2010
- TJ-MS – JUIZ

 Pertenças são bens que, constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de
outro. (errada) 2012 - PGE-PA
 As pertenças, de acordo com o Código Civil, são definidas como os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. (certa) FGV - 2013 - TJ-AM - JUIZ
 As pertenças são bens acessórios, embora não acompanhem, como regra, o principal. (certa) CESPE - 2013 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 São pertenças os bens que, constituindo partes integrantes, se destinam ao aformoseamento de outro. (errada) 2015 - PGE-RS
 Os bens acessórios PERTENÇAS são aqueles que, não sendo partes integrantes do bem principal, se destinam de modo duradouro ao uso de
outro. (errada) CESPE - 2015 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
 Quanto aos bens reciprocamente considerados, podemos afirmar que a pertença é um acessório sobre o qual não incide o princípio da
gravitação jurídica. (certa) 2018 - MPE-MS
 São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, destinam-se, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento
de outro. (certa) 2021 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA

Ex.: Caso uma pessoa adquira um trator para melhor explorar sua propriedade rural, esse bem, de acordo com o Código Civil
brasileiro, caracteriza-se como pertença. (certa) CESPE - 2012 - TJ-CE - JUIZ SUBSTITUTO
Ex.: São pertenças PARTES INTEGRANTES os pneus instalados em um automóvel. (errada) CESPE - 2009 - MPE-RN

# Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, SALVO SE o contrário resultar
da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
 Em razão da relação de pertinencialidade, o negócio jurídico referente ao bem principal abrange obrigatoriamente a pertença. (certa) 2008 - PC-
GO - DELEGADO DE POLÍCIA

 Em um negócio jurídico de compra e venda de um bem determinado, as pertenças relativas a esse bem principal obrigatoriamente estarão
envolvidas na transação, pois a sua relação com o bem principal é de acessoriedade. (errada) 2010 - PGE-RS
 Caso a referida relação jurídica consista em um negócio jurídico de compra e venda e seu objeto seja um bem imóvel, não havendo declaração
expressa em contrário, será considerado integrante desse imóvel seu mobiliário, uma vez que o acessório deve seguir o principal. (errada)
CESPE - 2015 – DPU

 Salvo se o contrário resultar da lei, quando relacionados ao bem principal, os negócios jurídicos não abrangem as pertenças. (certa) 2015 - PGE-
RS

 Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo disposição legal, contratual ou circunstâncias
do caso. (certa) FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

 Em regra, os negócios jurídicos que tenham por objeto o bem principal não abrangem as pertenças. (certa) 2016 - PGE-MS

As pertenças não seguem necessariamente a lei geral de gravitação jurídica, por meio da qual o acessório sempre seguirá a
sorte do principal. Por isso, se uma propriedade rural for vendida, desde que não haja cláusula que aponte em sentido contrário, o
vendedor não estará obrigado a entregar máquinas, tratores e equipamentos agrícolas nela utilizados. (certa) CESPE - 2009 - DPE-ES
Art. 95. APESAR de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
 Ainda que não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. (certa) 2009 - TJ-SC – JUIZ
 Os frutos e produtos somente poderão ser objeto de negócio jurídico após separados do bem principal, sob pena de nulidade. (errada) CESPE -
2009 - PGE-AL

 Não podem ser objeto de alienação os frutos e produtos não separados do bem principal. (errada) FCC - 2015 - TJ-RR - JUIZ SUBSTITUTO

 Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. (certa) VUNESP - 2018 - PC-SP -
DELEGADO DE POLÍCIA

 A lei, ao tratar dos bens reciprocamente considerados, determina que os seus frutos e produtos possam ser objeto de negócio jurídico desde
que separados do bem principal. (errada) CESPE - 2019 - MPE-PI

# Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

Benfeitorias não se confundem com acessões artificiais. (certa) 2016 - PGE-MS


Ex.: As benfeitorias podem ser: voluptuárias, como por exemplo a construção de uma piscina em casa particular;
necessáriasÚTEIS, como a construção de uma garagem ou a realização de serviços em alicerce de uma casa que cedeu; úteis NECESSÁRIAS,
como a troca de encanamento enferrujado ou de fiação elétrica que possa provocar curto-circuito. (errada) 2010 - TJ-SC - JUIZ
§ 1º São VOLUPTUÁRIAS as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais
agradável ou sejam de elevado valor.
 As benfeitorias voluptuárias são aquelas de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais
agradável ou sejam de elevado valor; (certa) 2014 - MPE-MA

§ 2º São ÚTEIS as que AUMENTAM ou FACILITAM o uso do bem.


 Úteis são as benfeitorias que aumentam ou facilitam o uso do bem. (certa) 2009 - TJ-SC - JUIZ

§ 3º São NECESSÁRIAS as que têm por fim CONSERVAR o bem ou evitar que se deteriore.
 As benfeitorias úteis NECESSÁRIAS tem por fim conservar o bem ou evitar sua deterioração. (errada) 2013 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA
 As benfeitorias úteis NECESSÁRIAS são as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. (errada) 2015 - MPDFT

Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário,
possuidor ou detentor.
 Consideram-se benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
(errada) 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA

 Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou
detentor. (certa) 2012 - TJ-PR – JUIZ
 Consideram-se benfeitorias todos os acréscimos sobrevindos ao bem, independentemente de intervenção do proprietário, possuidor ou
detentor. (errada) FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
 As benfeitorias são melhoramentos que podem ocorrer sem a ação do detentor, mas com a ação do proprietário e do possuidor. (errada) 2019
- PC-ES - DELEGADO DE POLÍCIA

CAPÍTULO III: DOS BENS PÚBLICOS


Os bens públicos podem ser hipotecados. (errada) 2017 - PC-MS - DELEGADO DE POLÍCIA
 Os bens integrantes do acervo patrimonial das sociedades de economia mista cuja destinação seja de natureza pública são equiparados a
bens públicos, sendo, portanto, sujeitos a usucapião. (errada) CESPE - 2021 - MPE-SC

# Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros
são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
 São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja
qual for a pessoa a que pertençam. (certa) 2010 - PGE-GO
 Para o Código Civil, os bens públicos são aqueles do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, inclusive
suas autarquias. (certa) FCC - 2010 - PROCURADOR MUNICIPAL
 São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja
qual for a pessoa a que pertencerem. (certa) 2018 - PGE-SC

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso COMUM DO POVO, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
 As estradas são bens públicos de uso comum do povo e são inalienáveis enquanto conservarem essa qualificação. (certa) 2015 - MPDFT
 As praias e as ruas são bens públicos de uso especial COMUM. (errada) FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

II - os de USO ESPECIAL, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal,
estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
 Os bens públicos dominicais USO ESPECIAL são insuscetíveis de cessão, doação, constituição de garantia e alienação. Por serem essenciais ao
serviço público, seu uso por particular deve ser temporário e mediante remuneração. (errada) 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA
 Os bens públicos dominicais USO ESPECIAL são aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou
municipal, inclusive de suas autarquias. (errada) 2013 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA
 A delegacia é considerada um bem público de uso comum do povo USO ESPECIAL. (errada) 2018 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
 Os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, distrital ou municipal, inclusive os de
suas autarquias, correspondem aos bens dominicais USO ESPECIAL. (errada) 2018 - PGE-SC

III - os DOMINICAIS, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real,
de cada uma dessas entidades.
CESPE - 2009 - PROCURADOR MUNICIPAL / 2009 - TJ-RS – JUIZ

 Os bens dominicais, diferentemente dos demais bens públicos, se submetem primordialmente às regras do direito privado. (errada) CESPE -
2015 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
 Não dispondo a lei em contrário, consideram-se de use especial os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha
dado estrutura de direito privado. (certa) 2010 - PGE-GO
 Se não houver disposição contrária de lei, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se
tenha dado estrutura de direito privado. (certa) 2011 - PGE-PR
 Consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado,
salvo se a lei dispuser em contrário. (certa) 2013 - TJ-SC - JUIZ
 Os bens dominicais, diferentemente dos demais bens públicos, se submetem primordialmente às regras do direito privado. (errada) CESPE -
2015 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

Ex.: Os rios, as estradas, as ruas e praças, os edifícios destinados a serviço da administração federal, inclusive suas autarquias,
entre outros, são bens públicos. (certa) 2010 - MPE-MG

# Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua
qualificação, na forma que a lei determinar. 2014 - MPE-MA
 Os bens públicos de uso comum, de uso especial e os dominicais são sempre considerados inalienáveis. (errada) 2010 - PGE-RS
 Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis apenas enquanto conservarem a sua qualificação, na forma
que a lei determinar. (certa) 2014 - MPE-MA
 Com relação aos bens públicos, é correto afirmar que os de uso especial e os dominicais são inalienáveis, inadmitindo desafetação. (errada)
VUNESP - 2014 - PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA

 As estradas são bens públicos de uso comum do povo e são inalienáveis enquanto conservarem essa qualificação. (certa) 2015 – MPDFT
 Não podem ser objeto de alienação em nenhuma hipótese, os bens públicos de uso especial e os dominicais. (errada) FCC - 2015 - TJ-RR - JUIZ
SUBSTITUTO

 Não podem ser objeto de alienação os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial, enquanto conservarem legalmente essa
qualificação. (certa) FCC - 2015 - TJ-RR - JUIZ SUBSTITUTO
 Segundo o Código Civil de 2002, os bens públicos são inalienáveis, os bens públicos de uso comum do povo na forma que a lei determinar.
(certa) FCC - 2016 - DPE-BA

 Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei
determinar. (certa) 2018 - PGE-SC

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
FCC - 2016 - DPE-BA

 Os bens públicos dominicais não podem ser alienados. (errada) 2009 - TJ-RS – JUIZ
 Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei, tendo em vista o cumprimento da função social das
coisas disponíveis. (certa) 2011 - DPE-AM
 Os bens públicos dominicais não estão sujeitos a usucapião e não podem ser alienados. (errada) 2012 - TJ-PR - JUIZ
 Os bens dominicais não podem ser adquiridos por usucapião, embora possam ser alienados. (certa) 2015 – MPDFT
 Nos termos do Código Civil, é consequência do caráter de “uso comum do povo” de um bem público, por contraste com os bens dominicais,
a impossibilidade de alienação. (certa) FCC - 2015 - TJ-PI - JUIZ SUBSTITUTO
 Os bens dominicais são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação. (errada) FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
 Os bens dominicais são disponíveis. (certa) 2017 - PC-MS - DELEGADO DE POLÍCIA

# Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.


 Os bens públicos estão sujeitos a usucapião. (errada) 2009 - TJ-RS – JUIZ
 Para o Código Civil, os bens públicos não são passíveis de usucapião, salvo os bens autárquicos. (errada) FCC - 2010 - PROCURADOR MUNICIPAL
 Os bens dominicais, à luz do novo Código Civil Brasileiro, podem ser usucapidos. (errada) 2010 - MPE-SP
 Com exceção dos bens dominicais, os demais bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião. (errada) 2010 - PGE-GO
 Os bens públicos, seja qual for a sua destinação, são insuscetíveis de aquisição por meio de usucapião. (certa) CESPE- 2012 - PC-AL - DELEGADO DE
POLÍCIA

 À luz do Código Civil, que os bens dominicais possam ser usucapidos. (errada) 2013 - MPE-MS
 Apenas os dominicais estão sujeitos à usucapião. (errada) VUNESP - 2014 - PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA

 Ao contrário dos bens de uso comum do povo e dos bens de uso especial, os bens dominicais estão sujeitos à usucapião. (errada) VUNESP -
2014 - DPE-MS

 Os bens dominicais não podem ser adquiridos por usucapião, embora possam ser alienados. (certa) 2015 - MPDFT
 Os bens públicos de uso comum, de uso especial e dominicais são insuscetíveis de alienação. (certa) 2015 - PGE-RS
 Os bens públicos dominicais não estão sujeitos à prescrição aquisitiva. (certa) VUNESP - 2015 - TJ-MS - JUIZ SUBSTITUTO
 Os bens públicos podem ser adquiridos por usucapião. (errada) 2017 - PC-MS - DELEGADO DE POLÍCIA
 Não são bens públicos os bens sujeitos a usucapião. (certa) 2018 - PC-RS - DELEGADO DE POLÍCIA
 Conforme disciplina normativa do código civil brasileiro, não são bens públicos os bens sujeitos a usucapião. (certa) 2018 - PC-RS - DELEGADO DE
POLÍCIA

 Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. (certa) 2019 - PC-ES - DELEGADO DE POLÍCIA

Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a
cuja administração pertencerem. 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA
 O uso comum dos bens públicos deve ser gratuito, não podendo haver retribuição. (errada) 2009 - TJ-RS – JUIZ
 Pela utilização de bens públicos de uso comum, o poder público não pode exigir qualquer espécie de retribuição. (errada) 2010 - PGE-RS
 O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido por ato administrativo da entidade a que
pertencerem. (errada) 2011 - PGE-PR
 O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou mediante retribuição, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja
administração pertencerem. (certa) 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA
 Com relação aos bens públicos, é correto afirmar que podem ser de uso gratuito ou retribuído, conforme disposição legal. (certa) VUNESP - 2014
- PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA

 É possível a cobrança de retribuição pecuniária pelo uso comum dos bens públicos. (certa) CESPE - 2015 - TJ-DFT - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
 O uso comum dos bens públicos deve ser gratuito, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
(errada) 2018 - PGE-SC
TANGIBILIDADE
CORPÓREOS, MATERIAIS ou TANGÍVEIS Existência corpórea e podem tocados.
INCORPÓREOS, IMATERIAIS ou INTANGÍVEIS Existência abstrata. Ex. Direito autoral, hipoteca, penhor e a propriedade industrial

MOBILIDADE
 Imóveis por natureza/essência (ex. árvore nasce sozinha)

Não podem ser removidos ou transportados  Imóveis por acessão física/industrial/artificial (ex. árvore plantada)
IMÓVEIS
s/ sua deterioração ou destruição.  Imóveis por acessão intelectual** (ficção jurídica – comodidade *pertenças)
 Imóveis por determinação legal

 Por natureza / essência / propriamente dito


Podem ser removidos ou transportados s/
 Por antecipação – bens que serão destacados. Frutos ou colheitas.
MÓVEIS sua deterioração, destruição, alteração
substancial ou destinação econ-social.  Por determinação legal – Energias c/ valor econômico, direitos reais móveis,
direitos pessoais e ações.
Obs. Navios e aeronaves são bens móveis especiais ou sui generis, pois são tratados pela lei como imóveis, necessitando registro especial e admitindo hipoteca (art. 1.473). Veja,
apesar de serem bem móveis, não é penhor e sim hipoteca.
Obs. As colheitas pendentes ou em via de formação são bens imóveis, mas é possível o penhor considerando-os como bens móveis por antecipação.
Imóveis por acessão intelectual**
Há bens imóveis por natureza, bens imóveis por destinação, bens imóveis por acessão intelectual, outros que a lei considera imóveis para os efeitos legais. (errada) 2010 - MPE-MG

Enunciado nº 11 da Jornada do STJ: "Não persiste no novo sistema legislativo a categoria dos bens imóveis por acessão intelectual."

FUNGIBILIDADE
INFUNGÍVEIS Não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, quantidade e qualidade.

FUNGÍVEIS Podem ser substituídos por outros da mesma espécie, quantidade e qualidade.

CONSUNTIBILIDADE
CONSUMÍVEIS Bens cujo uso importa na destruição imediata da própria coisa.

INCONSUMÍVEIS Bens que proporcionam reiteradas utilizações.

DIVISIBILIDADE
DIVISÍVEIS Podem ser partidos em porções reais e distintas, formando cada qual um todo perfeito.

INDIVISÍVEIS Bens que não podem ser partilhados, pois deixariam de formar um todo perfeito.

INDIVIDUALIDADE
SINGULARES/INDIVIDUAIS São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si , independentemente dos demais.

Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham
COLETIVOS/UNIVERSAIS destinação unitária.
Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.

DOMÍNIO
PRIVADOS Todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

São bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno;
 USO COMUM DO POVO: tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

PÚBLICOS  USO ESPECIAL: edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial
ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
 DOMINICAIS: patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma
dessas entidades.

DEPENDÊNCIA EM RELAÇÃO A OUTROS BENS


PRINCIPAIS Existem de maneira autônoma.
ACESSÓRIOS Bens cuja existência e finalidade dependem de um bem principal.
 FRUTOS (naturais, industriais e civis)
 PRODUTOS (bens que saem da coisa principal. Ex. Pepita de ouro que é retirada da mina. Tartuce observa que é
discutível a condição de acessórios, uma vez que esses bens saem da coisa principal.
 PERTENÇAS (destinados a servir um bem principal)
 PARTES INTEGRANTES (São desprovidas de existência material própria) Ex. lente da câmera filmadora.
 BENFEITORIAS (necessárias, úteis e voluptuárias)
LIVRO III: DOS FATOS JURÍDICOS

FATO, ATO E NEGÓCIO JURÍDICO

FATO JURÍDICO Uma ocorrência que interessa ao Direito (relevância jurídico). Fato jurígeno.

Fato jurídico (fato + direito) + elemento volitivo + *conteúdo lícito.


ATO JURÍDICO * Tartuce  Ato ilícito não é jurídico, por ser antijurídico.
* Pontes de Miranda e J. Carlos Moreira Alves  Sustentam que o ato ilícito também é jurídico.

Ato jurídico em que há uma composição de interesses das partes com uma finalidade específica. (neg +
otium). Negação do ócio, ideia de movimento.
NEGÓCIO JURÍDICO
É o ponto principal da parte geral do Código Civil, uma vez que é a base de um contrato, a base de atos
familiares e nas sucessões, estando presente, também, nas obrigações.

ATO JURÍDICO STRICTO SENSU É um fato jurídico que tem por elemento a manifestação ou declaração unilateral de vontade.

ATO-FATO JURÍDICO Existe um ato ou um comportamento humano sem vontade, mas que produziu um resultado.

QUANTO ÀS MANIFESTAÇÕES DE VONTADE DOS ENVOLVIDOS


UNILATERAIS A declaração de vontade emana de apenas de uma pessoa. Ex. Testamento e promessa de recompensa.

BILATERAIS Há duas manifestações de vontade. Ex. Contrato e casamento.

PLURILATERAIS Há MAIS de duas manifestações de vontade. Ex. Consórcio

QUANTO ÀS VANTAGENS
GRATUITOS Atos de liberalidade que outorgam vantagens sem impor ao beneficiário qualquer contraprestação.

ONEROSOS Envolvem sacrifícios e vantagens para ambas as partes.

QUANTO AOS EFEITOS NO ASPECTO TEMPORAL


INTERVIVOS Destinados a produzir efeitos desde logo.

CAUSA MORTIS Só ocorrem após a morte de determinada pessoa.

QUANTO À NECESSIDADE DE FORMALIDADES


FORMAIS/SOLENES Obedecem a uma forma ou solenidade prevista em lei p/ sua validade.

INFORMAIS/Ñ SOLE. Admitem forma livre.

QUANTO À NECESSIDADE DE FORMALIDADES


PRINCIPAIS/INDEPEND. Não dependem de outro negócio jurídico para terem existência.
ACESSÓRIOS/DEPEND. Existência subordinada a um outro negócio jurídico.

QUANTO ÀS CONDIÇÕES ESPECIAIS DOS NEGOCIANTES


IMPESSOAIS Não dependem de qualquer condição dos envolvidos.

Também chamados de personalíssimos ou intuito personae. Depende de uma condição especial do negociante. Ex.
PESSOAIS
uma obrigação infungível.

QUANTO À SUA CAUSA DETERMINANTE


CAUSAIS/MATERIAIS O motivo conta expressamente do seu conteúdo.

ABSTRATOS/FORMAIS A razão não se encontra inserida no conteúdo.

QUANTO AO MOMENTO DE APERFEIÇOAMENTO


CONSENSUAIS Geram efeitos a partir do momento em que há o acordo de vontades.

REAIS Geram efeitos a partir da entrega do objeto.

QUANTO À EXTENSÃO DOS EFEITOS


CONSTITUTIVOS Geram efeitos EX NUNC.

DECLARATIVOS Geram efeitos EX TUNC.


NOTAS INTRODUTÓRIAS
AULA DANIEL CARNACCHIONI (GRANCURSOS), PABLO STOLZE, FLÁVIO TARTUCE

“ESCADA PONTEANA”

EFICÁCIA

VALIDADE

CONDIÇÃO
EXISTÊNCIA
AGENTE CAPAZ TERMO

AGENTE VONTADE LIVRE (sem vícios) CONSEQUÊNCIAS DO

VONTADE INADIMPLEMENTO
OBJETO (lícito, possível, determinado ou
determinável)
OBJETO OUTROS
FORMA prescrita ou não defesa em lei.
FORMA

Obs. O Código Civil, a exemplo de seu antecessor, não adotou a forma de plano de existência. Não existem regras a respeito da
inexistência do negócio jurídico. Nota-se que o art. 104 CC trata diretamente do plano de validade. Pode-se, contudo, afirmar que o
plano da existência estaria “embutido” no plano da validade.

A regra presente no Código Civil quanto à aplicação das normas no tempo é de que, quanto à validade dos negócios jurídicos, a
estes deve ser aplicada a norma atual, ou seja, do momento da sua constituição ou celebração. (certa) 2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA

Mário, de dezesseis anos de idade, e Maria, de dezoito anos de idade, celebraram, de forma consciente, voluntária e direta, contrato
verbal de compra e venda de uma bicicleta, por meio do qual Mário ficou obrigado a entregar a Maria o bem mediante o recebimento
do preço ajustado. Na hipótese retratada, mesmo sem a assistência ao menor, estão presentes os pressupostos de existência do
negócio jurídico. (certa) CESPE - 2013 - TJ-RN - JUIZ
CONCEITOS BÁSICOS. FATO, ATO E NEGÓCIO JURÍDICO1

FATO - QUALQUER OCORRÊNCIA

FATO NÃO
FATO JURÍDICO LATO SENSU OU EM SENTIDO AMPLO
JURÍDICO

FATO NATURAL OU FATO JURÍDICO STRICTO FATO HUMANO OU FATO JURÍGENO


SENSU (EM SENTIDO ESTRITO) + VONTADE

ORDINÁRIO EXTRAORDINÁRIO ATO ILÍCITO ATO LÍCITO


Ex.: decurso do Ex. Catástrofe natural PENAL ATO JURÍDICO LATO SENSU (amplo)
tempo. não esperada
CIVIL
ADMINISTRATIVO

NEGÓCIO ATO JURÍDICO EM


JURÍDICO SENTIDO ESTRITO

Ex.: O decurso do tempo constitui ato jurídico em sentido estrito FATO JURÍDICO. (errada) 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA

Uma ocorrência que interessa ao Direito, ou seja, que tenha relevância jurídica. O fato jurídico lato
FATO JURÍDICO sensu pode ser natural, denominado fato jurídico stricto sensu. Esse pode ser um fato ordinário ou
extraordinário. Pode o fato ser ainda humano, surgindo o conceito de fato jurígeno.

Trata-se de um fato jurídico com elemento volitivo e conteúdo lícito. Tartuce, Zeno Veloso, Orosimbo
Nonato, Vicente Ráo, Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho estão filiados à corrente
doutrinária que afirma que o ato ilícito não é jurídico, por ser antijurídico (contra o direito).
ATO JURÍDICO
Todavia, a questão não é pacífica, pois doutrinadores como Pontes de Miranda sustentam que o ato
ilícito também é ato jurídico. Esse também é o posicionamento de José Carlos Moreira Alves, autor
da Parte Geral do Código Civil de 2002.

Ato jurídico em que há uma composição de interesses das partes com uma finalidade específica. O
NEGÓCIO JURÍDICO
negócio jurídico constitui a principal forma de exercício da autonomia privada e da liberdade negocial.

No ato jurídico stricto sensu, os efeitos da manifestação de vontade estão predeterminados pela lei.
Para Marcos Bernardes de Mello, destacado intérprete da obra de Pontes de Miranda, o ato jurídico
ATO JURÍDICO stricto sensu é um “fato jurídico que tem por elemento nuclear do suporte fático a manifestação ou
STRICTO SENSU declaração unilateral de vontade cujos efeitos jurídicos são prefixados pelas normas jurídicas e
invariáveis, não cabendo às pessoas qualquer poder de escolha da categoria jurídica ou de
estruturação do conteúdo das relações respectivas”

Pontes de Miranda : são os atos humanos a cujo suporte fático se dá entrada, como fato jurídico, no
mundo jurídico, sem se atender, portanto, à vontade dos agentes: são atos-fatos jurídicos.

ATO-FATO JURÍDICO Paulo Lôbo: “Os atos-fatos jurídicos são atos ou comportamentos humanos em que não houve
OU ATO REAL vontade, ou, se houve, o direito não as considerou. Nos atos-fatos jurídicos a vontade não integra o
suporte fático. É a lei que os faz jurídicos e atribui consequências ou efeitos, independentemente de
estes terem sido queridos ou não. O ato ou a vontade é esvaziada e é apenas levada para juridicização
como fato; o ato dissolve-se no fato”.
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 197, 9ª ed., 2019. Flávio Tartuce.

1
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 197, 9ª ed., 2019. Flávio Tartuce.
Todo acontecimento, natural ou humano, que determine a ocorrência de efeitos constitutivos, modificativos ou extintivos de
direitos e obrigações, na órbita do direito, denomina-se FATO JURÍDICO. A noção de fato jurídico, entendido como o evento
concretizador da hipótese contida na norma, comporta, em seu campo de abrangência:

os acontecimentos naturais FATOS JURÍDICOS EM SENTIDO ESTRITO

ATO JURÍDICO EM SENTIDO AMPLO:


as ações humanas lícitas ou ilícitas NEGÓCIO JURÍDICO, ATO JURÍDICO EM
SENTIDO ESTRITO E ATO ILÍCITO.

aqueles fatos em que, embora haja atuação humana, esta é desprovida de


ATO-FATO JURÍDICO
manifestação de vontade, mas mesmo assim produz efeitos jurídicos
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 197, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
.
1.FATOS JURÍDICOS2

Os fatos jurídicos ordinários são fatos da natureza de ocorrência comum, costumeira, cotidiana. São exemplos: o nascimento,
a morte, o decurso do tempo.
Os fatos jurídicos extraordinários, porém, ganham destaque pela nota da extraordinariedade, por serem inesperados ou
inevitáveis (caso fortuito ou força maior, respectivamente).

Ex3.: Modo de aquisição da propriedade imobiliária. Na acessão natural, por exemplo, a pessoa adquire a propriedade em
decorrência de eventos da natureza. (Avulsão, aluvião, abandono de álveo). O CC exige muito requisitos pois uma vez reconhecida
sua existência, esse fato já produz todos seus efeitos sem submissão ao plano da validade.
Ex.: O recente terremoto ocorrido no Japão em 11 de março de 2011, sob o ponto de vista da teoria geral do direito, pode ser
classificado como fato jurídico em sentido estrito. (certa) 2011 - PGE-RO
Ex.: Se, após uma tempestade, uma árvore cair sobre um veículo e causar danos a alguém, esse evento será classificado como
fato jurídico em sentido estrito. (certa) CESPE - 2017 - DPE-AL

2.ATOS-FATOS JURÍDICOS4

Atos-fatos jurídicos são fatos jurídicos qualificado pela atuação humana. No ato-fato jurídico, o ato humano é realmente da
substância deste fato jurídico, mas não importa para a norma se houve, ou não, intenção de praticá-lo.
A ideia que deve presidir a compreensão dos atos-fatos jurídicos é de que, para a sua caracterização, a vontade humana é
irrelevante, pois é o fato humano, por si só, que goza de importância jurídica e eficácia social.
Há um ato humano na base, mas a norma jurídica dispensa o elemento volitivo. Ainda que o sujeito tenha desejado o efeito
jurídico, esse desejo não é exigido. Reforçando... pode existir vontade, mas não é requisito.
O ato-fato jurídico divide-se em5:
ATOS REAIS  São os atos humanos de que resultam conseqüências fáticas. É o fato resultante que importa para a configuração
do fato jurídico, não o ato humano como elemento volitivo. São exemplos de ato real a caça; a pesca; o fato de o louco pintar um
quadro e lhe adquirir a propriedade; a criança descobrir um tesouro enterrado e lhe adquirir a propriedade;
ATOS-FATOS INDENIZATIVOS  É o ato humano não contrário a direito (portanto lícito), do qual decorre prejuízo a terceiro e o
dever de indenizar. O ato não é ilícito, não há uma vontade (intenção) de causar o prejuízo. É praticado no exercício regular de
um direito ou em estado de necessidade, causando dano ao patrimônio de terceiro, gerando o dever de indenizar. Exemplifica-se
com o artigo 160, II, do Código Civil Brasileiro combinado com o artigo 1519 do mesmo; e
ATOS-FATOS CADUCIFICANTES  São os fatos jurídicos cujo efeito é a extinção de determinado direito – decadência – ou da
ação que o assegura – prescrição –, independentemente de ato ilícito (ou verificação de elemento volitivo) de seu titular. A
prescrição e a decadência se dão pelo decurso do prazo. São exemplos os artigos 178 e 179 do Código Civil Brasileiro.

O ato-fato jurídico pode ser conceituado como o evento que, embora oriundo de uma ação ou omissão humana, produz efeitos
na órbita jurídica, independentemente da vontade de os produzir. (certa) FCC - 2021 - DPE-RR

2
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 211, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
3
Grancursos, Aula Daniel Carnacchioni, Bloco 34
4
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 211, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
5
Marcelo Barroso Kümmel, Ano XI nº 18, jul./dez. 2002 — nº 19, jan./jun. 2003
 O ato-fato decorre da ação ou conduta humana lícita que gera consequência jurídica ainda que a pessoa não tenha vontade que o efeito se
verifique. (certa) 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA
 O ato jurídico stricto sensu e o negócio jurídico são, ambos, manifestações de vontade, não se diferindo quanto a sua estrutura, a sua função
e a seus efeitos. (errada) 2009 - TJ-MG – JUIZ
 Ao relativamente incapaz não é permitido praticar nenhum ato da vida civil sem a assistência de seu representante legal, sob pena de
anulabilidade. (errada) 2011 - MPE-PB
 Os negócios jurídicos e os atos jurídicos stricto sensu diferenciam-se pela possibilidade de disposição de vontade no plano da eficácia,
presente nos primeiros, ausente nos segundos. (certa) 2015 - DPE-PA

De acordo com a classificação dos atos e fatos jurídicos, o dever de indenizar terceiro por danos causados em estrito
cumprimento de dever legal possui a natureza jurídica de ato fato jurídico. (certa) CESPE - 2022 - DPE-PI
 O ato danoso praticado em estado de necessidade é considerado ato lícito. Consequentemente, não gera o dever de reparar o dano por quem
o cometeu, mesmo que a vítima não tenha dado causa à situação de perigo. (errada) 2012 - TJ-RS - JUIZ

Em algumas situações, o ato-fato jurídico praticado pelo menor absolutamente incapaz produz efeitos. (certa) CESPE - 2017 - TJ-PR -
JUIZ SUBSTITUTO

Ex.: Isabella possui 14 anos de idade e gostaria de realizar o pagamento de uma prestação do financiamento que seu genitor
obteve na Caixa Econômica Federal de Penedo, no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais). A atendente da instituição bancária, porém,
não aceita esse pagamento por ser ela menor de idade. Considerando a classificação de fato jurídico de Pontes de Miranda, escolha
a opção correta. A atendente encontra-se equivocada, pois o pagamento representa um ato-fato jurídico e, portanto, pode ser
realizado por absolutamente incapaz. (certa) 2010- PROCURADOR MUNICIPAL
Ex.: Todo negócio jurídico realizado por absolutamente incapaz, sem o representante, é nulo de pleno direito. (errada) FUNDEP - 2017 -
MPE-MG

Ex.: A compra e venda de merenda escolar por pessoa absolutamente incapaz constitui o que a doutrina denomina ato-fato
jurídico real ou material. (certa) CESPE - 2014 - PGE-BA

3.ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO6

No ato jurídico em sentido estrito a despeito de atuar a vontade humana, os efeitos jurídicos produzidos pelo ato
encontram-se previamente determinados pela lei, não havendo espaço para a autonomia da vontade.

No ato jurídico em sentido estrito, uma vez manifestada a vontade humana livre e dirigida a uma finalidade, não há como escolher
qual será o resultado. O resultado é ex lege. É a norma que determina o resultado jurídico.
CC. Art. 185. Aos atos jurídicos lícitos, que não sejam negócios jurídicos, aplicam-se, no que couber, as disposições do Título anterior.

O sistema geral de invalidade dos negócios jurídicos, previsto no Código Civil em vigor, é aplicável aos atos jurídicos stricto
sensu. (certa) 2014 - TJ-MT - JUIZ
O ato jurídico stricto sensu diferencia-se do negócio jurídico, porque, embora ambos derivem de ação voluntária humana, os
primeiros não são passíveis de modulação de seus efeitos por meio de elementos acidentais, uma vez que as consequências da
realização do ato são ditadas por norma cogente. (certa) 2014 - TJ-MT – JUIZ
Como não é possível a alteração do resultado jurídico, o ato jurídico em sentido estrito é incompatível com os elementos
acidentais (termo, condição e encargo) em razão desses elementos decorrerem exclusivamente da vontade das partes.
Ex.: CC. Art. 1.613. São ineficazes a condição e o termo apostos ao ato de reconhecimento do filho.

Ex.: Reconhecimento de filiação. Uma vez reconhecida a filiação, não é possível não se submeter aos resultados jurídicos da
norma. Não há obrigação de reconhecimento de filiação voluntária, mas uma vez manifestada essa vontade, não há como escapar
dos resultados jurídicos dessa manifestação.
Ex.: Fixação de domicílio.
Ex.: Considerando a classificação dos fatos jurídicos em sentido amplo, a emancipação voluntária praticada pelos pais pode ser
classificada como ato jurídico em sentido estrito. (certa) FUNDATEC - 2011 - PROCURADOR MUNICIPAL
 Os atos jurídicos em senso estrito consistem em simples declarações de vontade que produzem efeitos estabelecidos em lei. (certa) 2009 - TJ-
MG – JUIZ

 Os negócios jurídicos e os atos jurídicos stricto sensu diferenciam-se pela possibilidade de disposição de vontade no plano da eficácia,
presente nos primeiros, ausente nos segundos. (certa) 2015 - DPE-PA

6
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 211, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
 Considera-se ato-fato jurídico ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO o ato cuja existência a lei submete à vontade do sujeito da relação, sem permitir, no
entanto, que ele disponha sobre as conseqüências de seu proceder. (errada) 2015 - DPE-PA
 O ato jurídico em sentido estrito tem consectários previstos em lei e afasta, em regra, a autonomia de vontade. (certa) CESPE - 2017 - PREFEITURA
DE FORTALEZA - CE - PROCURADOR DO MUNICÍPIO
.

4.NEGÓCIO JURÍDICO (FUNCIONALIZADO)7

Negócio jurídico é a declaração de vontade, emitida em obediência aos seus pressupostos de existência, validade e eficácia,
com o propósito de produzir efeitos admitidos pelo ordenamento jurídico pretendidos pelo agente.
A boa-fé objetiva torna-se, indubitavelmente, o barema de interpretação de todo e qualquer negócio jurídico, o que é
extremamente valorizado pelo CC/2002.

É a possibilidade de alterar de alguma forma alguns resultados jurídicos previstos na norma de acordo com seus interesses.
Todo o negócio jurídico deve estar adequado a valores sociais e constitucionais.
Quando detectamos a presença normas dispositivas, “SALVO DISPOSIÇÃO EM CONTRÁRIO”, estamos claramente diante de um
negócio jurídico. O negócio jurídico pode alterar aquilo que a lei SUGERE, mas não impõem. Há um espaço para que aquela norma
seja disciplinada de acordo com o interesse das partes e isso pode ser traduzido como autonomia privada que não existe no ato-
jurídico em sentido estrito.
Ex.: CC. Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do
vencimento.

Dentro dessa teoria geral do negócio jurídico, o CC não regula o plano de existência do negócio jurídico porque o ato jurídico em
sentido estrito e o negócio jurídico serão controlados no plano da VALIDADE. Não há interesse do Estado em controlar a existência.
É tão fácil o preenchimento o suporte fático concreto que o CC nem se deu o trabalho de regular o plano de existência.
A invalidade é o contra ponto da validade. Trata-se de uma sanção por inobservância dos pressupostos de validade no
momento de formação.
No plano de validade, são trabalhadas questões relacionadas a formação. O erro, o dolo, a coação são exemplos de vícios
existentes no momento da formação do negócio jurídico.
Há determinados pressupostos de validade que tem como objetivo a proteção do interesse público e consequentemente tem
uma sanção mais grave: nulidade. Há outros pressupostos de validade que protegem o interesse privado e tem como consequência
a invalidade. Os graus da sanção de invalidade (nulo ou anulável) são aplicados de acordo com o objetivo de proteção.
No Positivismo, se o sujeito, ao exteriorizar sua vontade para a formação de um ato ou um negócio, não observa a um
pressuposto de validade, torna-se sancionado (invalidade), não produzindo o ato qualquer efeito jurídico.
Já no Pós-Positivismo, o plano de validade e o plano de eficácia encontram-se inseridos no sistema jurídico, de modo que esse
plano possui a pretensão de impedir, na origem, que um ato ou Negócio Jurídico com vícios produza qualquer efeito. Nem sempre
esse impedimento será efetivo, uma vez que existe no próprio sistema jurídico uma tensão de interesses entre partes distintas.
Ex.: CC. Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos
cointeressados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.

Não se pode confundir o vício com os efeitos. Pode existir um ato ou Negócio Jurídico que, em sua origem, por não ter observado
um pressuposto de validade, possua um vício. Ainda assim, ele produzirá seus efeitos, os quais deverão ser preservados para a
tutela de um outro possível interesse, por exemplo, um terceiro de boa-fé.
Ex.: CC. Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que
ele estiver subordinado.
Se a impossibilidade for superveniente, não há que se falar de problemas do plano de validade nem em causa de invalidade,
sendo a impossibilidade disposição do plano de eficácia. Assim, a questão temporal é relevante para que se localize possíveis
impossibilidades de maneira adequada.

7
Grancursos, Aula Daniel Carnacchioni, Bloco 35
TÍTULO I: DO NEGÓCIO JURÍDICO

CAPÍTULO I: DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:


2015 - MPE-BA

I - agente capaz;

II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;

III - forma prescrita ou não defesa em lei.


.
 Segundo o Código Civil, a validade do negócio jurídico requer apenas dois requisitos, ou seja, agente capaz e objeto lícito, possível,
determinado ou determinável. (errada) 2013 - MPE-SC
 A validade do negócio jurídico requer o agente capaz, o objeto lícito, possível, determinado e determinável e a forma correlata ao princípio da
autonomia da vontade das partes, dispensando prescrição legal. (errada) UEG - 2013 - PC-GO – DELEGADO

Ex.: Um avô dispõe por testamento público em favor de seu neto, já concebido mas ainda não nascido. Tendo esse neto nascido
morto, esse testamento, de acordo com o Código Civil, inicialmente válido, será tido por ocasião da morte do nascituro como ineficaz
mas não nulo, pois era juridicamente possível que o avô beneficiasse o neto concebido, dentro da teoria adotada pela legislação
civil. (certa) FCC - 2019 - MPE-MT

Art. 105. A incapacidade RELATIVA de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos
co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.
Ex. 1: “A capaz” vendeu um computador para “C capaz” e “B relat. incapaz”. “A” não poderá invocar a incapacidade de “B” para anular o negócio
jurídico. Diferentemente, caso “B” consiga anular o negócio jurídico, “C” se aproveitará da anulação, uma vez que o bem é indivisível. Caso objeto
fosse divisível a obrigação persistiria em relação a “C”.
 A incapacidade relativa de uma das partes pode ser invocada pela outra em benefício próprio. (errada) 2009 - TJ-RS - JUIZ
 A incapacidade absoluta de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados
capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum. (errada) 2010 - PGE-GO
 Pessoa que formalizar negócio jurídico com indivíduo relativamente capaz e, posteriormente, arrepender-se da negociação poderá alegar a
falta de capacidade do outro contratante para exigir a nulidade do negócio firmado. (errada) CESPE - 2015 - TCE-RN – AUDITOR
 A incapacidade relativa de uma das partes pode ser invocada pela parte interessada apenas quando for em benefício próprio. (errada) 2017 -
MPE-SP

 Com relação ao negócio jurídico, se realizado por agente relativamente incapaz, ensejará nulidade relativa. (certa) 2017 - PC-AC - DELEGADO DE
POLÍCIA CIVIL

 A incapacidade relativa de uma das partes pode ser invocada pela outra em benefício próprio, aproveitando aos co-interessados capazes,
exceto quando, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum. (errada) 2017 - PGE-AC
 A incapacidade relativa de uma das partes pode ser invocada pela parte interessada apenas quando for em benefício próprio. (errada) 2017 -
MPE-SP

Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto NÃO invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar ANTES de realizada a
condição a que ele estiver subordinado.
 Se a impossibilidade do objeto de um negócio jurídico for inicial, mas relativa, o negócio é válido. (certa) FMP - 2012 - PGE-AC
 A impossibilidade inicial do objeto do negócio jurídico pode ser classificada em absoluta ou relativa. A classificação não tem valor no que
concerne aos efeitos, porque, em quaisquer dos casos, a repercussão da eiva se dará no plano da eficácia dos negócios jurídicos. (errada)
FMP - 2015 - DPE-PA

 A impossibilidade inicial do objeto do negócio leva sempre à invalidade. (errada) 2017 - MPE-SP
 De acordo com o Código Civil, o negócio cujo objeto, ao tempo da celebração, é impossível terá validade se a impossibilidade inicial do objeto
cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado. (certa) FCC - 2019 - TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.
2014 - MPE-MA

 A validade da declaração de vontade, em regra, não depende de forma especial, mas se o negócio jurídico for celebrado com a cláusula de
não valer sem instrumento público, este se torna substância do ato. (certa) 2012 - MPE-GO
 A validade dos negócios jurídicos não depende de forma especial, exceto se a lei dispuser em contrário ou cominar sanção distinta. (certa) FCC
- 2016 - PROCURADOR MUNICIPAL
 A validade da declaração de vontade dependerá sempre de forma especial. (errada) 2017 - PC-AC - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
 A validade da declaração de vontade não depende de forma especial, senão quando houver expressa exigência legal nesse sentido. (certa) 2017
- MPE-SP

 Em regra, a validade da declaração da vontade depende de forma especial. (errada) VUNESP - 2019 - PROCURADOR MUNICIPAL

Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à VALIDADE dos negócios jurídicos que visem à
constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a 30 (trinta) vezes o maior
salário mínimo vigente no País.
2010 - PGE-GO

 Com relação à validade do negócio jurídico, considera-se que, não dispondo a lei em contrário, a escritura pública apenas é essencial à
validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor
superior a sessenta TRINTA vezes o maior salário mínimo vigente no país. (errada) CESPE - 2009 - DPE-ES
 A escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos visando a constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos
reais sobre imóveis de valor superior a cinquenta TRINTA vezes o maior salário mínimo vigente no país. (errada) 2009 - TJ-RS – JUIZ
 A escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos
reais sobre imóveis, qualquer que seja o seu valor. (errada) 2012 - PGE-SC
 A escritura pública não é essencial para a validade de nenhum negócio jurídico, bastando às partes a existência de instrumento particular.
(errada) 2017 - MPE-SP

 A escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos
reais sobre imóveis de qualquer valor. (errada) FCC - 2018 - DPE-AP

Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é da substância do ato.
2015 - MPE-BA

 A validade da declaração de vontade, em regra, não depende de forma especial, mas se o negócio jurídico for celebrado com a cláusula de
não valer sem instrumento público, este se torna substância do ato. (certa) 2012 - MPE-GO

Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a RESERVA MENTAL de não querer o que manifestou,
salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
2009 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA / 2010 - PGE-GO / CESPE - 2011 - TJ-PB – JUIZ / FCC - 2013 - DPE-AM / 2016 - MPE-PR / 2018 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL / VUNESP - 2021 - TJ-SP - JUIZ SUBSTITUTO

Obs.: No momento em que a reserva mental é exteriorizada, trazida ao campo de conhecimento do outro contraente, aí, sim, poderá se
converter em simulação, tornando, por consequência, passível de invalidade o negócio jurídico celebrado. Ex.: um estrangeiro, em um país que
admite a aquisição de nacionalidade pelo casamento, contrai matrimônio apenas para este fim, reservando mentalmente a intenção de não
cumprir os deveres do casamento. Pretende apenas tornar-se nacional e evitar a sua expulsão. Se a outra parte sabia do desiderato espúrio,
torna-se cúmplice do outro contraente, e o ato poderá ser invalidado por simulação. Trata-se de típica hipótese de simulação. Até porque o
negócio existirá e surtirá efeitos frente a terceiros, ainda que não sejam aqueles originariamente declarados e aparentemente queridos, até que
se declare judicialmente a sua nulidade. 8
A reserva mental ilícita, conhecida do declaratário, equipara-se, quanto aos efeitos, a simulação. (certa) 2015 - PGR - PROCURADOR DA REPÚBLICA

 Na hipótese de reserva mental, não há invalidação do negócio jurídico. (certa) 2009 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 O negócio jurídico em que o autor faça a reserva mental de não querer o que manifestou será nulo, se o destinatário não tinha conhecimento
dessa reserva. (errada) CESPE - 2010 - MPE-ES
 A reserva mental é uma modalidade de simulação e, como tal, é hipótese de anulabilidade dos negócios jurídicos. (errada) 2011 - MPE-PR
 Para os efeitos legais, não importa que a reserva mental seja ou não conhecida da outra parte contratante. (errada) CESPE - 2012 - TJ-BA - JUIZ
SUBSTITUTO

 Subsistirá a manifestação de vontade ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, mesmo SALVO se dela
o destinatário tinha conhecimento. (errada) NC-UFPR - 2012 - TJ-PR – JUIZ
 A manifestação de vontade não deve subsistir se o seu autor fizer a reserva mental de não querer o que manifestou. (errada) FCC - 2014 - PGE-RN
 A reserva mental não tornará o negócio inválido, salvo se a outra parte tiver conhecimento dessa reserva. (certa) CESPE - 2014 - PGE-PI
 O negócio jurídico celebrado com reserva mental de um dos contratantes, com ou sem conhecimento do outro, deve ser considerado
inexistente. (errada) CESPE - 2015 - TJ-PB - JUIZ SUBSTITUTO
 A reserva mental somente nulifica a manifestação de vontade quando dela o destinatário não tinha conhecimento. (errada) FCC - 2016 – PROCURADOR
MUNICIPAL

 Reserva mental, também conhecida como simulação unilateral, que deve ensejar a declaração de inexistência do negócio jurídico de venda e
compra e o retorno das partes ao status quo ante. (errada) CESPE - 2019 - TJ-BA - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
 A manifestação de vontade não subsistirá nos casos em que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, com o
conhecimento do destinatário. (certa) 2021 - MPE-RS

8
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 241, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de
vontade expressa.
2009 - TJ-RS – JUIZ / VUNESP - 2011 - TJ-SP – JUIZ / 2011 - MPE-SP / CESPE - 2012 - TJ-AC - JUIZ SUBSTITUTO / 2015 – MPDFT

 Na interpretação do silêncio, como manifestação da vontade, é correto afirmar que importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos
o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. (certa) FCC - 2011 - TJ-PE - JUIZ
 Após a entrada em vigor do Código Civil de 2002, que atribuiu ao princípio da boa-fé objetiva condição de regra interpretativa, o silêncio
passou a ser interpretado, em qualquer situação, como concordância com o negócio. (errada) CESPE - 2013 - MPE-RO
 O silêncio de uma das partes pode, excepcionalmente, representar anuência, se as circunstâncias ou os usos o autorizarem e não for
necessária a declaração expressa de vontade. (certa) CESPE - 2014 - PGE-BA
 De acordo com o Código Civil de 2002, não é permitido que o silêncio de um dos participantes seja interpretado como caracterizador de
concordância com o negócio. (errada) CESPE - 2015 - TJ-PB - JUIZ SUBSTITUTO
 Quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem e não for necessária a declaração de vontade expressa, o silêncio importa em
negativaANUÊNCIA. (errada) VUNESP - 2019 - PROCURADOR MUNICIPAL
 O silêncio apenas importará em anuência quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem e não for necessária a declaração de vontade
expressa. (certa) 2021 - MPE-RS

Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.
2009 - TJ-RS – JUIZ / 2010 - PGE-GO / CESPE - 2014 - PGE-PI / CESPE - 2015 - TJ-DFT - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

 Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. Isto representa dizer
que cabe ao intérprete investigar qual a real intenção dos contratantes, pois o que interessa é a vontade real e não a declarada. (certa) 2010 -
TJ-SC – JUIZ

 Nas declarações de vontade em geral, se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. (certa) 2012
- TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 Na análise de um negócio jurídico bilateral, deve-se, em atendimento ao princípio da autonomia da vontade, aplicar o sentido literal da
linguagem consubstanciado no negócio, e não, o da intenção dos contratantes. (errada) CESPE - 2012 - DPE-SE
 De acordo com a teoria da confiança, nas declarações de vontade, importa a vontade real, e não a vontade declarada. (certa) CESPE - 2013 -
MPE-RO

 Nas declarações de vontade nunca se atenderá à intenção nelas consubstanciadas pelo agente, mas sim, unicamente, ao sentido literal da
linguagem. (errada) 2013 - MPE-SC
 Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciadas do que ao sentido literal da linguagem. (certa) FCC - 2014 - PGE-
RN

 O sentido literal da linguagem prevalece sobre a intenção embutida na declaração de vontade. (errada) 2017 - PC-AC - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
 Nas declarações de vontade, é imperativa a observância do sentido literal da linguagem utilizada, sendo subsidiária a intenção da parte.
(errada) 2017 - MPE-SP

 Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. (certa) 2021 - MPE-RS

Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
§ 1º A interpretação do negócio jurídico deve lhe atribuir o sentido que: (Lei nº 13.874/2019)
2014 - PGE-MS

I - for confirmado pelo comportamento das partes posterior à celebração do negócio; (Lei nº 13.874/2019)

II - corresponder aos usos, costumes e práticas do mercado relativas ao tipo de negócio; (Lei nº 13.874/2019))

III - corresponder à boa-fé; (Lei nº 13.874/2019)

IV - for mais benéfico à parte que não redigiu o dispositivo, se identificável; e (Lei nº 13.874/2019)

V - corresponder a qual seria a razoável negociação das partes sobre a questão discutida, inferida das demais disposições do
negócio e da racionalidade econômica das partes, consideradas as informações disponíveis no momento de sua celebração. (Lei
nº 13.874/2019)

§ 2º As partes poderão livremente pactuar regras de interpretação, de preenchimento de lacunas e de integração dos negócios
jurídicos diversas daquelas previstas em lei. (Lei nº 13.874/2019)
 As partes poderão livremente pactuar regras de interpretação, de preenchimento de lacunas e de integração dos negócios jurídicos diversas
daquelas previstas em lei. (certa) 2019 - MPE-GO
 As partes não poderão pactuar regras de interpretação e de preenchimento de lacuna distintas daquelas previstas em lei. (errada) 2021 - MPE-RS
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.
 Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente. (certa) 2010 - PGE-GO
 Há negócios jurídicos que se exteriorizam de maneira obscura e ambígua, sendo necessário interpretá-los a fim de se precisar a intenção
neles consubstanciada. Nesse sentido, o Código Civil não proscreve/proíbe a interpretação extensiva dos negócios jurídicos benéficos e da
renúncia. (errada) CESPE - 2013 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 Os negócios jurídicos que estabeleçam benefício devem ter interpretação ampla. (errada) CESPE - 2015 - TJ-PB - JUIZ SUBSTITUTO
 Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente. (certa) 2017 - PGE-AC
 Os contratos de transação e doação somente admitem interpretação restritiva. (certa) 2017 - MPE-RS
 A renúncia ao negócio jurídico interpreta-se estritamente. (certa) VUNESP - 2019 - PROCURADOR MUNICIPAL

CAPÍTULO II: DA REPRESENTAÇÃO

Art. 115. Os poderes de representação conferem-se por LEI (legal) ou pelo INTERESSADO (convencional).
 Os poderes de representação podem ser conferidos pelo interessado ou pela lei. (certa) CESPE - 2010 - MPE-RO
 A Teoria geral da representação é própria da parte especial GERAL do Código Civil, no que concerne ao estudo dos Negócios Jurídicos. (errada)
2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA

Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado.
 Os negócios jurídicos podem ser praticados pelo titular do direito negociado ou por seu representante; assim, qualquer manifestação de
vontade do representante produz efeitos em relação ao representado. (errada) CESPE - 2012 - DPE-SE

Art. 117. SALVO SE o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por
conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
O mandado em causa própria, ou mandado in rem propriam, é lícito desde que o mandante outorgue poderes para o mandatário, constando
a autorização para que o último realize o negócio jurídico consigo mesmo. (certa) 2013 - PC-GO – DELEGADO DE POLÍCIA
 É anulável o negócio jurídico que o representante celebra consigo mesmo, ainda que o permita o representado. (errada) CESPE - 2010 - MPE-RO
 O chamado “contrato consigo mesmo” é anulável, salvo se ele for permitido pela lei ou pelo representado. (certa) 2011 - PGE-PR
 A autocontratação, no atual Código Civil, é nula e não produz efeitos juridicos. (errada) 2012 – PGR – PROCURADOR DA REPÚBLICA
 O Código Civil veda a realização, pelo representante, de contrato consigo mesmo, haja vista o patente conflito de interesses entre a vontade
do representante e a do representado. (errada) CESPE - 2013 - MPE-RO
 O negócio celebrado pelo representante consigo mesmo é anulável, desde que provado o conflito de interesses com o representado. (errada)
FAURGS - 2016 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

 Na representação, em nenhuma hipótese pode o representante utilizar seus poderes para celebrar negócio em que o destinatário da
declaração de vontade do representado seja o próprio representante. (errada) CESPE - 2014 - PGE-PI
 É nulo o negócio jurídico concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do
conhecimento de quem com aquele tratou. (errada) 2019 - MPE-GO
 Nos termos do Código Civil é considerado nulo o mandato em causa própria, quando o mandatário realiza o negócio consigo mesmo. (errada)
2019 - MPE-SC

Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio realizado por aquele em quem os poderes
houverem sido subestabelecidos.

Art. 118. O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a
extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem.
 O mandatário que exceder os poderes do mandato será considerado mero gestor de negócios enquanto o mandante não ratificar os atos.
(certa) CESPE - 2010 - MPE-SE

 Segundo a teoria do ato 'ultra vires', a atuação do representante além dos poderes que lhes foram conferidos, é ineficaz em relação ao
Representado. (certa) 2010 - MPE-BA

Art. 119. É ANULÁVEL o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou
devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou.
2010 - MPE-BA / 2012 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / 2012 - DPE-SC

 É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento
de quem com aquele tratou. (certa) CESPE - 2013 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 É nulo o negócio jurídico concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do
conhecimento de quem com aquele tratou. (errada) 2014 - MPE-MA
 É desnecessário comprovar o conhecimento desse fato por parte daquele que negociou com o representante, mas o prejuízo deve ser
demonstrado. (errada) 2016 - MPE-SC
 É nulo o negócio jurídico concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do
conhecimento de quem com aquele tratou. (errada) 2019 - MPE-GO

Parágrafo único. É de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, o prazo de
decadência para pleitear-se a anulação prevista neste artigo.
2009 - TJ-RS - JUIZ

 O prazo decadencial para se pleitear a anulação desse negócio é de um ano, contado de sua conclusão ou da cessação da incapacidade.
(errada) CESPE - 2013 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 O prazo para propor ação anulatória de negócio jurídico realizado por representante em conflito de interesses com o representado é de
natureza prescricional. (errada) FGV - 2013 - TJ-AM - JUIZ
 O prazo decadencial para ingresso da ação anulatória de negócio jurídico realizado por representante em conflito de interesses com o
representado, é de cento e oitenta dias, a contar da cessação da incapacidade ou da conclusão do negócio. (certa) 2016 - MPE-SC

Art. 120. Os requisitos e os efeitos da representação legal são os estabelecidos nas normas respectivas; os da representação
voluntária são os da Parte Especial deste Código.
CAPÍTULO III: DA CONDIÇÃO, DO TERMO E DO ENCARGO - ELEMENTOS ACIDENTAIS

São elementos acidentais do negócio jurídico a condição, o termo e o encargo (ou modo). (certa) 2016 - PGE-MS
A condição, o termo e o modo são elementos acidentais do negócio jurídico, cuja inclusão depende da vontade das partes. (certa)
FUNDEP - 2018 - MPE-MG

O ato jurídico stricto sensu diferencia-se do negócio jurídico, porque, embora ambos derivem de ação voluntária humana, os
primeiros não são passíveis de modulação de seus efeitos por meio de elementos acidentais, uma vez que as consequências da
realização do ato são ditadas por norma cogente. (certa) 2014 - TJ-MT - JUIZ

Impede o início da produção dos efeitos. Uma vez implementada o negócio produzirá efeitos.
SUSPENSIVA Ex.: É o caso, por exemplo, do indivíduo que se obriga a transferir gratuitamente um imóvel
rural ao seu sobrinho (doação), quando ele se casar. O casamento, no caso, é uma
determinação acessória, futura e incerta, que subordina a eficácia jurídica do ato negocial.
O negócio jurídico ficará resolvido uma vez que a condição resolutiva for implementada.
RESOLUTIVA Ex.: Na mesma linha, quando o sujeito adquire, por meio de um contrato devidamente
registrado, o usufruto de um determinado bem, para auferir renda até que cole grau em
CONDIÇÃO* curso superior, forçoso concluir também tratar-se de negócio jurídico condicional.
São aquelas que derivam do exclusivo arbítrio de uma das partes.
PURAMENTE As condições puramente potestativas caracterizam-se pelo uso de expressões como: “se eu
POTESTATIVA quiser”, “caso seja do interesse deste declarante”, “se na data avençada, este declarante
considerar-se em condições de prestar” etc.
Dependendo também de algum fator externo ou circunstancial, não caracterizam abuso ou
SIMPLESMENTE tirania, razão pela qual são admitidas pelo direito. A hipótese do indivíduo que promete doar
POTESTATIVA vultosa quantia a um atleta, se ele vencer o próximo torneio desportivo.
É o acontecimento futuro e certo que subordina o início ou o término da eficácia jurídica de determinado ato
TERMO
negocial.
Encargo é peso atrelado a uma vantagem, e não uma prestação correspectiva sinalagmática.
ENCARGO Não suspendendo os efeitos do negócio jurídico, o não cumprimento do encargo não gera, portanto, a invalidade
da avença, mas sim apenas a possibilidade de sua cobrança judicial, ou a posterior revogação do negócio, como
no caso de ser instituído em doação (CC. art. 562) ou legado (CC. art. 1.938).
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 270-280, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.

* Acontecimento passado não pode caracterizar determinação acessória condicional. O exemplo citado por SPENCER VAMPRÉ é
bastante elucidativo: prometo a alguém certa quantia em dinheiro, se o meu bilhete de loteria, que correu ontem, estiver premiado.
Neste caso, tratando-se de fato passado, uma de duas situações poderá ocorrer: ou o bilhete está premiado e a promessa de
doação é pura e simples (não condicional) ou o bilhete está branco, perdendo a promessa eficácia jurídica. 9
Se o fato a que se subordina a declaração de vontade for certo (uma data determinada, por exemplo), estaremos diante de um
termo, e não de uma condição. 10
 Não constitui condição a cláusula que subordina os efeitos de um negócio jurídico à aquisição da maioridade da outra parte. (certa) CESPE - 2017
– PGM

Aliás, é bom advertir que essa incerteza diz respeito à própria ocorrência do fato, e não ao período de tempo em que este se
realizará. Por isso, a morte, em princípio, não é considerada condição. O indivíduo nasce e tem a certeza de que um dia morrerá,
mesmo que não saiba quando. Trata-se de um termo incerto. 11
 Maria celebrou contrato de doação de bem imóvel a João. Na negociação, ficou estipulado que a transferência do bem somente se
aperfeiçoará quando da morte da doadora. Nessa situação, o evento morte funciona como condição. (errada) CESPE - 2016 - PC-PE - DELEGADO DE
POLÍCIA

O encargo é elemento acidental característico dos negócios jurídicos que envolvam liberalidade. Em caso de inexecução do
encargo pelo beneficiado, não há previsão de mecanismos de coerção direta ou indireta por parte do disponente. (errada) CESPE - 2016 -
PC-PE - DELEGADO DE POLÍCIA

Ex.: CC. Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo.
A condição resolutiva subordina a ineficácia do negócio jurídico a um evento futuro e incerto, enquanto a condição suspensiva
subordina a eficácia a um acontecimento futuro e incerto. (certa) FCC - 2009 - PGE-SP

9
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 268, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
10
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 273, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
11
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 273, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
Se a condição for resolutiva SUSPENSIVA
, o negócio é suspenso, no plano de sua eficácia, até a sua ocorrência. (errada) CESPE - 2013 - STM - JUIZ-
AUDITOR SUBSTITUTO

São elementos acidentais do negócio jurídico a condição, o termo e o encargo; no caso das classificações das condições quanto à sua licitude,
as ilícitas são aquelas que contrariam a lei, gerando anulabilidade do negócio jurídico. (errada) 2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA
A venda sujeita à prova A CONTENTO entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará
perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado. (errada) 2011 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA
Denomina-se venda a contento a cláusula que sujeita o contrato a condição suspensiva. (certa) CESPE - 2011 - TJ-PB – JUIZ
A venda feita a contento do adquirente é realizada com cláusula resolutiva SUSPENSIVA, isto é, não se reputará perfeita enquanto o comprador não
manifestar sua satisfação com o negócio jurídico, em relação à coisa comprada, ainda que já tenha ocorrido a tradição. (errada) 2009 - MPDFT

CRITÉRIOS CLASSIFICATÓRIOS DA CONDIÇÃO12

NECESSÁRIAS (CONDICIONES JURIS)


NATUREZA
VOLUNTÁRIAS

MODO DE SUSPENSIVAS
ATUAÇÃO RESOLUTIVAS
POSITIVAS - verificação de um fato - auferição de renda até a colação de grau.
PLANO
FENOMENOLÓGICO NEGATIVAS - inocorrência de um fato — empréstimo de uma casa a um amigo, até que a enchente deixe
de assolar a sua cidade.
LÍCITAS
LICITUDE PERPLEXAS - CONTRADITÓRIAS E INCOMPREENSÍVEIS
ILÍCITAS
PURAMENTEPOTESTATIVAS
POSSÍVEIS
POSSIBILIDADE
IMPOSSÍVEIS (FÍSICA E JURIDICAMENTE)

QUANTO À ORIGEM DA CONDIÇÃO13

As que dependem de um evento fortuito, natural, alheio à vontade das partes. Ex.: “Doarei o valor, se chover
CASUAIS
na lavoura”.
São as que dependem da vontade de uma das partes. Consoante visto acima, poderão ser simplesmente
potestativas ou puramente potestativas. As primeiras, por não demostrarem capricho, são admitidas pelo direito
POTESTATIVAS (lícitas), ao passo que as segundas, por serem arbitrárias, são vedadas (ilícitas). Se a condição nasce
potestativa, mas vem a perder tal característica por fato superveniente alheio à vontade do agente, que frustra
ou dificulta a sua realização, diz-se que é promíscua
São as que derivam não apenas da vontade de uma das partes, mas também de um fator ou circunstância
MISTAS exterior (como a vontade de um terceiro). Ex.: “Darei o capital de que necessita, se formares a sociedade com
fulano”.
.
 As condições simplesmente potestativas são consideradas lícitas porquanto exigem também a ocorrência de fato estranho ao mero arbítrio
da parte. (certa) 2011 – MPDFT
 No negócio jurídico são lícitas as condições que o sujeitam ao puro arbítrio de uma das partes, desde que pactuado pelos contraentes. (errada)
2011 - TJ-RO - JUIZ SUBSTITUTO

 A condição puramente potestativa é considerada ilícita. (errada) 2014 - TJ-MT - JUIZ

CLASSIFICAÇÃO DO TERMO14

CONVENCIONAL Fixado pela vontade das partes (em um contrato, por exemplo);
LEGAL Determinado por força de lei;
Fixado por decisão judicial (geralmente consiste em um prazo determinado pelo juiz para que o devedor
DE GRAÇA
de boa-fé cumpra a sua obrigação).

12
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 271, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
13
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 271, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
14
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 271, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
Art. 121. Considera-se CONDIÇÃO a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio
jurídico a evento FUTURO e INCERTO.
 A incerteza é elemento imprescindível à condição e deve apresentar-se sob a forma subjetiva. (errada) CESPE - 2009 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 A ocorrência de evento futuro e incerto que caracterize a condição pode consistir em uma possível autorização legislativa. (certa) CESPE - 2009 -
TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 A incerteza é elemento caracterizador imprescindível à condição. (certa) CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 Condição é o elemento acidental do ato ou negócio jurídico que o faz depender de evento futuro e incerto. (certa) CESPE - 2013 - STM - JUIZ-AUDITOR
SUBSTITUTO

 A condição é considerada como a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade de uma das partes, determina que o efeito do negócio
jurídico fica subordinado a um evento futuro e incerto. (errada) 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA
 Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento
futuro e certo. (errada) VUNESP - 2014 - TJ-SP - JUIZ
 Denomina-se condição a cláusula acessória pela qual as partes subordinam a eficácia do negócio a acontecimento futuro e incerto. (certa)
CESPE - 2016 - PC-PE - DELEGADO DE POLÍCIA

 Condição é cláusula que submete a eficácia do negócio jurídico a determinado acontecimento. (certa) CESPE - 2017 - PGE-SE
Carlos prometeu dar a Carolina um apartamento que possui em bairro nobre de Belo Horizonte - MG, caso ela passe no vestibular para o curso
de medicina. Nessa situação, trata-se de encargo CONDIÇÃO. (errada) CESPE - 2009 - PGE-AL
A promessa de recompensa sujeita ao implemento de condição suspensiva constitui exemplo de direito futuro não deferido15. (certa) CESPE - 2009
- MPE-RN

Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições
defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes.
 Em geral, são lícitas todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes. (certa) FCC - 2010 - PROCURADOR MUNICIPAL
 Quanto à condição, considera-se anulável NULA se for dependente exclusivamente da vontade de uma das partes. (errada) 2011 - PGE-RS
 Não provoca vício ao negócio jurídico o fato de as suas condições se sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes. (errada) CESPE - 2012 - DPE-
SE

 A condição puramente potestativa é considerada ilícita. (certa) 2014 - TJ-MT – JUIZ

São aquelas que derivam do exclusivo arbítrio de uma das partes. As condições puramente
PURAMENTE POTESTATIVA potestativas caracterizam-se pelo uso de expressões como: “se eu quiser”, “caso seja do
interesse deste declarante”, “se na data avençada, este declarante considerar-se em
condições de prestar” etc.

SIMPLESMENTE POTESTATIVA Dependendo também de algum fator externo ou circunstancial, não caracterizam abuso ou
tirania, razão pela qual são admitidas pelo direito. A hipótese do indivíduo que promete doar
vultosa quantia a um atleta, se ele vencer o próximo torneio desportivo.
.
 A condição simplesmente potestativa torna anulável o negócio jurídico, pois não se verifica o elemento incerteza. (errada) CESPE - 2009 - TRF - 2ª
REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 As condições simplesmente potestativas são consideradas lícitas porquanto exigem também a ocorrência de fato estranho ao mero arbítrio
da parte. (certa) 2011 – MPDFT
 No negócio jurídico são lícitas as condições que o sujeitam ao puro arbítrio de uma das partes, desde que pactuado pelos contraentes. (errada)
2011 - TJ-RO - JUIZ SUBSTITUTO

 São vedadas as condições que sujeitam o efeito do negócio jurídico ao arbítrio de uma das partes, somente nas relações de consumo. (errada)
VUNESP - 2011 - TJ-SP – JUIZ

 Condição simplesmente PURAMENTE potestativa é aquela em que o evento futuro e incerto fica na dependência da vontade, do mero arbítrio de
uma das partes do negócio jurídico, sem a influência de qualquer fator externa. (errada) 2012 - MPE-RJ

A Lig Suprimentos Ltda. firmou uma confissão de dívida perante a SMA Informática S/A, tendo por objeto a quantia de R$ 150.000,00. Uma
das cláusulas da confissão de dívida estabelecia que o pagamento da dívida se daria em data a ser definida por credor e devedor. Com o passar
do tempo, a SMA Informática S/A tentou por diversas vezes fixar a data para pagamento, mas a Lig Suprimentos Ltda. nunca concordava. A
mencionada cláusula contém uma condição suspensiva puramente potestativa. (certa) FGV - 2022 - TJ-AP - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

15
Direito futuro é o que ainda não se constituiu. Denomina-se deferido quando a sua aquisição depende somente do arbítrio do sujeito. É o que sucede com o
direito de propriedade, por exemplo, quando a sua aquisição depende apenas do registro do título aquisitivo. Diz-se NÃO DEFERIDO quando a sua consolidação se
subordina a fatos ou condições falíveis. A eficácia de uma doação já realizada pode depender de um fato futuro falível, como, por exemplo, a safra futura ou o
casamento do donatário. Direito Civil Brasileiro, V. 1, Parte Geral - Carlos Roberto Gonçalves, 2018, p. 161.
Na hipótese dos autos, o vencimento da obrigação constante na confissão de dívida restou regulada por cláusula contratual, cujo teor dispôs
que a efetivação do pagamento dar-se-ia de acordo com ajuste futuro a ser estabelecido entre as partes. De fato, o acordo nesse sentido
inviabiliza a exigência da prestação pelo credor, que, para tal, necessitará da atuação (e mesmo da cooperação) do devedor. RECURSO ESPECIAL Nº
1.489.913 - PR (2014/0237228-3)

Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados:


2009 - TJ-RS – JUIZ / 2012 - PGE-PA / CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / 2014 - PGE-AC / FUNDEP - 2017 - MPE-MG

I - as condições física ou juridicamente IMPOSSÍVEIS, quando SUSPENSIVAS;


 A condição é elemento acidental do negócio jurídico e, não obstante isso, sendo suspensiva, invalidará o ato se for originariamente impossível,
uma vez que o priva de todo o efeito. (certa) 2014 - TJ-MT – JUIZ
 Em geral, todas as condições do negócio jurídico que não sejam contrárias à lei, à ordem pública e aos bons costumes são lícitas. Entretanto,
condição física ou juridicamente impossível imposta por uma das partes do negócio à outra uma invalidará o negócio jurídico, caso seja
suspensiva. (certa) CESPE - 2018 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
 As condições físicas ou juridicamente impossíveis, quando resolutivas SUSPENSIVAS, invalidam os negócios jurídicos. (errada) CESPE - 2022 - DPE-RS

II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita;


 A letra do Código Civil em vigor leva à nulidade do negócio jurídico que contiver previsão de condições ilícitas, sejam resolutivas ou
suspensivas. (certa) 2014 - TJ-MT - JUIZ

III - as condições incompreensíveis ou contraditórias.  CONDIÇÕES PERPLEXAS


 As condições contraditórias são consideradas inexistentes, mantendo-se íntegro o negócio jurídico que lhe é subordinado. (errada) VUNESP -
2011 - TJ-SP – JUIZ

 É invalidante do próprio negócio jurídico se incompreensível ou contraditória. (certa) 2011 - PGE-RS


 Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados as condições incompreensíveis ou contraditórias. (certa) FCC - 2013 - TJ-PE - JUIZ
 A condição logicamente incompatível com o negócio jurídico gera a nulidade da cláusula condicional, permanecendo hígido o negócio, por
ser elemento meramente acidental do negócio jurídico. (errada) 2014 - TJ-MT - JUIZ
 A condição perplexa pode ser definida como sendo contraditória em seus próprios termos, culminando por privar o negócio jurídico de seus
efeitos; enquanto a condição simplesmente PURAMENTE potestativa é aquela subordinada ao exclusivo arbítrio de uma das partes, sendo que
tanto a condição perplexa quanto a simplesmente potestativa são ilícitas. (errada) 2015 - MPE-MS
.
Art. 124. Têm-se por INEXISTENTES as condições impossíveis, quando RESOLUTIVAS, e as de não fazer coisa impossível.
2010 - PGE-RS / CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / 2012 - PGE-PA / FUNDEP - 2017 - MPE-MG

 Sendo suspensiva RESOLUTIVA, a condição impossível é tida por inexistente, não havendo anulação do negócio jurídico. (errada) CESPE - 2009 - TRF -
2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 São tidas por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível. (certa) 2009 - TJ-RS – JUIZ
 Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível. (certa) FCC - 2010 - PROCURADOR
MUNICIPAL

 Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível. (certa) 2014 – PROCURADOR MUNICIPAL
 A condição resolutiva impossível reputa-se não escrita. (certa) 2014 - TJ-MT – JUIZ
 A fixação de condição resolutiva física ou juridicamente impossível invalida todo o negócio jurídico. (errada) 2015 - PGE-PR
.
CONDIÇÃO A condição será tida como inexistente.
IMPOSSÍVEL
RESOLUTIVA Aqui existe um negócio jurídico produzindo efeitos. Daí entender que uma condição impossível resolutiva será
(art. 124) tida como não escrita (inexistente). Preservação do negócio jurídico.

Causa de invalidação de todo o negócio.


CONDIÇÃO
IMPOSSÍVEL Ex.: João se compromete a comprar o imóvel de José desde que faça usucapião do bem. Contudo, o imóvel
SUSPENSIVA pertence à Marinha. Existe uma condição que nunca será implementada. Logo, o negócio jurídico que já vinha
(art. 123, I) despido de efeitos continuaria assim eternamente visto a impossibilidade de implementação. Logo, o negócio
jurídico é inválido.

Ex.: Em geral, todas as condições do negócio jurídico que não sejam contrárias à lei, à ordem pública e aos bons costumes são
lícitas. Entretanto, condição física ou juridicamente impossível imposta por uma das partes do negócio à outra uma invalidará o
negócio jurídico, caso seja suspensiva. (certa) CESPE - 2018 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição SUSPENSIVA, enquanto esta se NÃO VERIFICAR, NÃO se terá
ADQUIRIDO O DIREITO, a que ele visa.
 A condição suspensiva, enquanto não verificada, impede a aquisição e o exercício do direito. (certa) FCC - 2009 - TJ-AP – JUIZ
 A condição suspensiva subordina a eficácia a um acontecimento futuro e incerto. (certa) FCC - 2009 - PGE-SP
 A condição suspensiva ou resolutiva não permite, enquanto não se verificar, a aquisição do direito a que visa o respectivo negócio. (errada)
2009 - TJ-SC - JUIZ

 Subordinar a eficácia de um negócio jurídico a uma condição suspensiva significa afirmar que, enquanto esta não se realizar, não se terá
adquirido o direito subjetivo a que visa o negócio. (certa) 2011 - MPE-PR
 Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, adquire-se desde logo o direito a que ele visa. (errada) VUNESP - 2014 -
TJ-SP - JUIZ

 Os negócios jurídicos podem ser submetidos a condição, termo ou mesmo encargo, e, enquanto não se realiza uma condição
resolutivaSUSPENSIVA, o negócio jurídico não vigora e não produz seus efeitos. (errada) CESPE - 2014 - MPE-AC
 Subordinar a eficácia de um negócio jurídico a uma condição suspensiva significa afirmar que, enquanto esta não se realizar, não se terá
adquirido o direito a que visa o negócio. (certa) 2015 - PGFN

Ex.: Se Maria firma um contrato de compra e venda com João, subordinando-o a uma condição suspensiva, enquanto esta se
não verificar, não se adquirirá o direito. [...] Assim, se o comprador, inadvertidamente, antecipa o pagamento, poderá exigir a
repetição do indébito, via actio in rem verso, por se tratar de pagamento indevido. Isso porque, não implementada a condição, não
se poderá afirmar haver direito de crédito a ser satisfeito, de maneira que o pagamento efetuado caracteriza espúrio enriquecimento
sem causa do vendedor.16

Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela novas disposições,
estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem incompatíveis.
2015 - PGFN

AULA DANIEL CARNACCHIONI (GRAN)


Ex. de incompatibilidade: “A” doa casa para “B” com a condição de que “B” passe no vestibular (suspensiva). Enquanto “B” ainda não passou
no vestibular, “A” resolve vender a casa para “C”. Essa segunda disposição sobre a casa não terá valor pois é incompatível com a doação. “B”
poderá reivindicar a casa de “C”, por exemplo. (Possibilidade de indenização ou regresso)
Ex. de compatibilidade: “A” doa casa para “B” com a condição de que “B” passe no vestibular (suspensiva). Enquanto “B” ainda não passou
no vestibular, “A” resolve constituir um usufruto em benefício de “C”. Essa segunda disposição é compatível com a doação. No caso, após o
implemento da condição suspensiva, “B” seria o proprietário do imóvel e “C” o usufrutuário.

Art. 127. Se for RESOLUTIVA a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a
conclusão deste o direito por ele estabelecido.
FCC - 2010 - PROCURADOR MUNICIPAL / 2015 - PGFN

 Se for suspensiva RESOLUTIVA a condição, enquanto esta não se realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo ser exercido desde a conclusão
deste o direito por ele estabelecido. (errada) 2009 - TJ-RS – JUIZ
 Quando submetido à condição resolutiva, o negócio jurídico produz, desde logo, todos os efeitos que lhe são peculiares. (certa) 2010 - MPE-MG
 Nada sendo estipulado em contrário, o implemento da condição resolutiva produz efeitos ex tunc. (errada) CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ
FEDERAL

 A propriedade fiduciária constitui-se mediante negócio jurídico de disposição condicional porquanto o domínio da coisa móvel ou imóvel
cessa em favor do fiduciário FIDUCIANTE uma vez verificado o implemento da condição resolutiva. (errada) 2011 - MPDFT
Ex. CC art. 547. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao donatário.

 Pode o doador incluir, no contrato de doação, cláusula resolutiva de reversão, que assegura o regresso da coisa doada ao patrimônio do
doador ou de terceiros, caso o doador sobreviva ao donatário. (errada) 2011 – MPDFT
 Nos contratos de doação a cláusula de reversão é resolutiva e não prevalece em favor de terceiro. (certa) 2011 - TJ-PR - JUIZ
A condição resolutiva poderá ainda ser expressa ou tácita. No primeiro caso, opera-se de pleno direito; no segundo, demanda interpelação
judicial. Assim, nos contratos bilaterais, mesmo não havendo cláusula que preveja a resolução da avença em caso de inadimplemento
(acontecimento futuro e incerto), se uma das partes não cumprir a sua obrigação, poderá a outra pleitear a dissolução do negócio, cumulada com
perdas e danos, exigindo-se-lhe, todavia, antes do ajuizamento da ação principal, a interpelação judicial do inadimplente. 17 Ex.: Art. 474. A cláusula
resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial.

 A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito e a tácita depende de interpelação judicial. (certa) FCC - 2009 - TJ-AP – JUIZ
 A cláusula resolutiva tácita reclama interpelação judicial. (certa) 2012 - MPE-RS
 A cláusula resolutiva expressa opera mediante interpelação judicial. (errada) 2013 - PGE-GO
 A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito, já a tácita depende de interpelação judicial. (certa) FUNDEP - 2014 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO

 Não havendo no contrato expressa cláusula resolutiva, não há como presumir que exista disposição tácita de tal natureza. (errada) 2018 - TRF -
3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

16
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 270, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
17
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 271, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
 A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito, ou seja, sem a necessidade de intervenção judicial. (certa) VUNESP - 2021 - TJ-SP - JUIZ
SUBSTITUTO

Art. 128. Sobrevindo a condição RESOLUTIVA, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; /////////////////////////
MAS, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem
eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de
boa-fé.
2012 - PGE-SC / 2013 - TJ-SC – JUIZ

 Em contratos de execução periódica, em regra, o implemento da condição resolutiva produz efeitos ex tunc . (errada) CESPE - 2009 - TRF - 2ª
NUNC

REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 Implementada a condição resolutiva, os interessados retornam à situação anterior, salvo as hipóteses de execução periódica ou continuada.
(certa) 2010 - MPE-MG

 Nada sendo estipulado em contrário, o implemento da condição resolutiva produz efeitos ex tunc NUNC. (errada CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ
FEDERAL

 O implemento de condição resolutiva sempre extingue, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe. (errada) VUNESP - 2011 - TJ-SP - JUIZ

Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a
quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem
aproveita o seu implemento.
2014 - PGE-MS

 A condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem seu implemento aproveite é considerada como não verificada. (certa) 2009 - TJ-SC
- JUIZ

Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados
a conservá-lo.
 Nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, ao titular do direito eventual é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo. (certa) FCC
- 2010 - PROCURADOR MUNICIPAL

 Ao titular do direito eventual, nos casos da condição suspensiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo. (certa) 2010 - MPE-MG
 O titular de direito eventual pode praticar os atos destinados a conservá-lo, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva. (certa) VUNESP -
2011 - TJ-SP – JUIZ

 Nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido ao titular do direito eventual praticar os atos destinados a conservá-lo. (certa)
2012 - TJ-PR - JUIZ

 Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, não é permitido praticar os atos destinados a conservá-los.
(errada) VUNESP - 2014 - TJ-SP - JUIZ

Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.
Obs. Diferentemente do que ocorre com a condição suspensiva que impede a aquisição do direito, o termo inicial SUSPENDE o
EXERCÍCIO, mas não a aquisição. Realizado o ato, já surgem o crédito e o débito, estando os mesmos apenas com a exigibilidade
suspensa.
 O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito e o encargo não suspende a aquisição, nem o exercício do direito, salvo
se imposto no negócio jurídico pelo disponente, como condição suspensiva. (certa) FCC - 2009 - TJ-AP – JUIZ
 O termo inicial suspende a aquisição EXERCÍCIO, mas não o exercício AQUISIÇÃO do direito. (errada) FCC - 2010 – PGM
 O termo inicial suspende a aquisição do direito. (errada) VUNESP - 2011 - TJ-SP – JUIZ
 A inclusão de termo inicial, como cláusula do negócio jurídico, suspenderia o exercício e a aquisição do direito. (errada) CESPE - 2013 - TJ-RN - JUIZ
 O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito. (certa) VUNESP - 2014 - TJ-SP – JUIZ
Ex.: Cláudio firmou com seu filho Lucas contrato de doação por meio do qual lhe transferiria a propriedade de imóvel no dia de seu trigésimo
aniversário. Em caso de conflito de leis no tempo, considerar-se-á que Lucas possui direito adquirido, por se tratar de direito a termo. (certa) FCC -
2014 - DPE-PB

Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o
do vencimento.
2010 - MPE-MG

§ 1º Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil.

§ 2º Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia. 15º

§ 3º Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência.
§ 4º Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto.

Art. 133. Nos testamentos, PRESUME-SE o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em proveito do devedor, SALVO, quanto
a esses, SE DO TEOR do instrumento, ou das circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do credor, ou de ambos os
contratantes.
 Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em proveito do credor, salvo, quanto a esses, se do teor do
instrumento, ou das circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do devedor, ou de ambos os contratantes. (certa) 2013 - TJ-SC – JUIZ
 Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro. (certa) FCC - 2019 - TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar
diverso ou depender de tempo.
FCC - 2015 - TJ-PE - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à condição suspensiva e resolutiva.
2012 - MPE-GO

Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio
jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.
FCC - 2015 - TJ-PI - JUIZ SUBSTITUTO

 O encargo nunca suspende a aquisição, nem o exercício do direito. (errada) FCC - 2009 - TJ-AP – JUIZ
 O modo ou encargo estabelecidos pelo autor de uma liberalidade constituem condições suspensivas para a aquisição ou o exercício do
direito pelo recebedor da liberalidade. (errada) 2010 - PGE-RS
 O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente,
como condição suspensiva. (certa) 2010 - PGE-GO
 O encargo suspende a aquisição do direito e será considerado não escrito, se ilícito ou impossível, invalidando o negócio jurídico. (errada) 2010
- MPE-MG

Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso
em que se invalida o negócio jurídico.
 Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, o que libera o seu cumprimento e torna o negócio jurídico um ato negocial puro e
simples; se o encargo constituir o motivo determinante da liberalidade, o negócio será inválido. (certa) CESPE - 2013 - STM - JUIZ-AUDITOR SUBSTITUTO
Ex.: Carmen doou a Rejane um apartamento para que nele se mantenha uma casa de prostituição. Nessa situação, o encargo será considerado
não-escrito. (errada) CESPE - 2009 - PGE-AL
CAPÍTULO IV: DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO (VÍCIOS)

VÍCIOS DE VONTADE / CONSENTIMENTO

 ERRO

 DOLO

 COAÇÃO
VÍCIOS OU DEFEITOS DO  ESTADO DE PERIGO
NEGÓCIO JURÍDICO
 LESÃO

VÍCIOS SOCIAIS
 SIMULAÇÃO

 FRAUDE CONTRA CREDORES

Os vícios de consentimento prejudicam a exteriorização do negócio jurídico, atuando sobre o consentimento; já os vícios sociais
se mostram quando há uma divergência entre a vontade exteriorizada e a ordem legal. (certa) CESPE - 2012 - TJ-AC - JUIZ SUBSTITUTO
São defeitos do negócio jurídico o erro, o dolo, a coação, o estado de perigo, a lesão e a fraude contra credores. (certa) 2015 – MPDFT
 A simulação e a fraude constituem vícios do consentimento. (errada) CESPE - 2009 - PC-PB - DELEGADO DE POLÍCIA
 O erro e a coação constituem vícios sociais. (errada) 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA
 Erro substancial e dolo essencial viciam o ato jurídico porque impedem que o declarante tenha conhecimento da realidade. (certa) VUNESP - 2009
- TJ-SP - JUIZ

 Lesão, fraude a credores e estado de perigo são causas de anulabilidade dos negócios jurídicos. (certa) 2010 - PGE-RS
 A eticidade provocou a opção antropocêntrica da codificação civil, implicando na prevalência de critérios éticos sobre os de natureza formal,
o que se verifica nos institutos da lesão e do estado de perigo. (certa) FCC - 2012 - DPE-PR
 É nulo o negócio jurídico por vício resultante de erro, dolo, coação, ou lesão. (errada) 2017 - MPE-RO

.
VÍCIOS DE VONTADE / CONSENTIMENTO

Erro é um estado de espírito positivo: a falsa percepção da realidade.


Ignorância estado de espírito negativo: total desconhecimento do declarante a respeito das
ERRO OU circunstâncias do negócio.
IGNORÂNCIA18
O erro, entretanto, só é considerado como causa de anulabilidade do negócio jurídico se for:
a) essencial (substancial); b) escusável (perdoável)

Artifício malicioso empregado por uma das partes ou por terceiro com o propósito de prejudicar
outrem, quando da celebração do negócio jurídico.
Quando o vendedor elogia exageradamente o seu produto, realçando em demasia suas
qualidades, não atua maliciosamente. (DOLUS BONUS). A despeito disso, fica claro que a indicação
DOLO19 de qualidades inexistentes ou a afirmação de garantias inverídicas extrapolam o limite do razoável,
podendo configurar publicidade enganosa, sujeitando o infrator a sanções administrativas, civis e
criminais.
O dolo, para invalidar o ato, deve ser principal — atacando a causa do negócio em si —, uma vez que
o acidental, aquele que não impediria a realização do negócio, só gera a obrigação de indenizar.

Entende-se como coação capaz de viciar o consentimento toda violência psicológica apta a influenciar
a vítima a realizar negócio jurídico que a sua vontade interna não deseja efetuar.
a) física (“vis absoluta”);
b) moral (“vis compulsiva”)
A coação física é aquela que age diretamente sobre o corpo da vítima. A doutrina entende que este
tipo de coação neutraliza completamente a manifestação de vontade, tornando o negócio jurídico
COAÇÃO20 inexistente, e não simplesmente anulável.
Na coação física MORAL o sujeito é pressionado a adotar uma conduta, mas ele tem a opção de não seguir a
orientação e suportar as consequências, por mais duras que sejam. A doutrina também a chama de violência
relativa. (errada) 2012 - MPE-RJ
A coação absoluta é vício do consentimento e torna anulável. (errada) 2014 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
A coação absoluta (física) torna o negócio nulo, pois há total ausência de vontade. Já a coação relativa (moral)
torna o negócio anulável, pois existe um consentimento, mas ele está viciado. (certa) 2016 - PROCURADOR MUNICIPAL

Configura-se quando o agente, diante de situação de perigo conhecido pela outra parte, emite
declaração de vontade para salvaguardar direito seu, ou de pessoa próxima, assumindo obrigação
ESTADO DE PERIGO21 excessivamente onerosa.
Identifica-se, no caso, uma especial hipótese de inexigibilidade de conduta diversa, ante a iminência
de dano por que passa o agente, a quem não resta outra alternativa senão praticar o ato.

Pode-se conceituar a lesão como o prejuízo resultante da desproporção existente entre as prestações
LESÃO22 de um determinado negócio jurídico, em face do abuso da inexperiência, necessidade econômica ou
leviandade de um dos declarantes.

18
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 222, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
19
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 224, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
20
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 228, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
21
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 236, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
22
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 232, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
SEÇÃO I: DO ERRO OU IGNORÂNCIA
Entende-se por erro a falsa percepção dos fatos, que leva o agente a realizar conduta que não efetuaria, se conhecesse a verdade.
(certa) 2010 - MPE-MG

Art. 138. São ANULÁVEIS os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de ERRO SUBSTANCIAL que
poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.
2010 - MPE-GO / 2010 - PGE-RS / 2017 - PGE-AC / FCC - 2018 - PROCURADOR MUNICIPAL

 São nulos ANULÁVEIS quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência
normal, em face das circunstâncias do negócio. (errada) FCC - 2009 - DPE-PA
 Ocorrerá defeito no negócio jurídico quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa
de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio; assim, considera-se substancial o erro quando, sendo de direito e não implicando
recusa à aplicação da lei, for ele o motivo único ou principal do negócio jurídico. (certa) CESPE - 2012 - DPE-SE
 São nulos ANULÁVEIS os atos emanados de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das
circunstâncias do negócio. (errada) FCC - 2013 - DPE-AM
 São nulos ANULÁVEIS os negócios jurídicos quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por
pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. (errada) 2014 - MPE-MA
Não se admite, outrossim, a alegação de erro por parte daquele que atuou com acentuado grau de displicência. O direito não deve amparar
o negligente. Ademais, a própria concepção de homem médio deve levar em consideração o contexto em que os sujeitos estão envolvidos. Afinal,
a compra de uma joia falsa pode ser um erro escusável de um particular, mas muito dificilmente de um especialista em tal comércio.23
Mário adquiriu um pequeno sítio em área próxima ao Município de Água Branca do Amapari, onde pretendia realizar cultivo agrícola para o
sustento de sua família. Entretanto, após a conclusão do negócio, veio a descobrir que o imóvel se encontra em uma área de reserva permanente,
de modo que não poderá utilizar o imóvel da maneira como deseja. Neste caso, existem elementos para afirmar que o negócio pode ser anulado
por erro essencial. (certa) FCC - 2018 - DPE-AP

Art. 139. O erro é SUBSTANCIAL quando:


2010 - MPE-GO / FCC - 2010 - TJ-MS – JUIZ / 2010 - TJ-PR – JUIZ / CESPE - 2012 - DPE-SE / 2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA / 2013 - TJ-SC - JUIZ / FUNDEP - 2014 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO /
FUNDEP - 2014 - DPE-MG / 2016 - MPE-SC / FCC - 2018 - PROCURADOR MUNICIPAL / FCC - 2020 - TJ-MS - JUIZ SUBSTITUTO

I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;

II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha
influído nesta de modo relevante;

III - sendo de DIREITO e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.

.
 O erro é considerado substancial quando concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade,
desde que tenha influído nesta de modo relevante. (certa) 2010 - PGE-GO
 No negócio jurídico, uma das hipóteses que caracteriza como substancial o erro é quando concerne à identidade ou à qualidade essencial da
pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante. (certa) 2011 - TJ-RO - JUIZ SUBSTITUTO
 Ocorrerá defeito no negócio jurídico quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa
de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio; assim, considera-se substancial o erro quando, sendo de direito e não implicando
recusa à aplicação da lei, for ele o motivo único ou principal do negócio jurídico. (certa) CESPE - 2012 - DPE-SE
 O erro de direito, atendidos os pressupostos legais, pode ser substancial. (certa) 2012 - TJ-DFT – JUIZ
 São nulos ANULÁVEIS os atos emanados de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das
circunstâncias do negócio. (errada) FCC - 2013 - DPE-AM
 O erro de direito não é cogitado, no Código Civil, como situação que possa caracterizar a anulabilidade da manifestação de vontade. (errada)
2014 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 São nulos ANULÁVEIS os negócios jurídicos quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por
pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. (errada) 2014 - MPE-MA
Uma pessoa que se casa sem conhecer o cônjuge incorre no risco de descobrir depois do casamento fatos que dizem respeito às qualidades
essenciais do outro, das quais não tinha conhecimento e que lhe são insuportáveis. Na lei civil essa figura é qualificada de erro substancial quanto
às qualidades da pessoa, que se diferencia do VÍCIO REDIBITÓRIO porque o vício é ERRO OBJETIVO SOBRE A COISA e o ERRO SUBSTANCIAL
SOBRE AS QUALIDADES DA PESSOA É JUÍZO SUBJETIVO. (certa) 2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA
O vício redibitório e o erro substancial são distintos uma vez que no primeiro o vício oculto pertence ao objeto adquirido, ao passo que no
segundo, o vício é da manifestação da vontade. (certa) FCC - 2018 - DPE-MA

Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante.

23
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 222, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
 O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante. (certa) 2010 - PGE-GO
 O falso motivo somente vicia a declaração de vontade quando for, expressamente, sua razão determinante. (certa) 2011 - PGE-PR
 O falso motivo possibilita a anulação do negócio jurídico quando expresso, na declaração de vontade, como fato determinante. (certa) FCC - 2016
- PROCURADOR MUNICIPAL

 O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante. (certa) 2016 - MPE-PR

Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é ANULÁVEL nos mesmos casos em que o é a declaração
direta.

Art. 142. O ERRO de indicação da PESSOA ou da COISA, a que se referir a declaração de vontade, NÃO viciará o negócio quando,
por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada.
2010 - MPE-GO / FCC - 2010 - TJ-MS – JUIZ / 2012 – PGFN / FUNDEP - 2014 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

 Em sede de defeitos do negócio jurídico expressa a lei civil que o erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de
vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada. (certa) 2013 -
MPE-SC

 O erro de indicação da pessoa ou da coisa a que se referir a declaração de vontade viciará o negócio, mesmo se, por seu contexto e pelas
circunstâncias, for possível identificar a coisa ou pessoa cogitada. (errada) VUNESP - 2018 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA
 O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas
circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada. (certa) FUNDEP - 2021 - MPE-MG

Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de vontade.


2011 - PGR - PROCURADOR DA REPÚBLICA / FUNDEP - 2014 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

 É hipótese de anulabilidade de negócio jurídico contrato de locação que contém erro no cálculo do valor do aluguel. (errada) 2011 - MPE-SP
 Por não ser considerado erro acidental, o erro de cálculo serve como fundamento para invalidar o negócio jurídico. (errada) CESPE - 2012 - TJ-AC
- JUIZ SUBSTITUTO

 O erro de cálculo não invalida o negócio jurídico; ele apenas autoriza a retificação da declaração de vontade. (certa) 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ
FEDERAL SUBSTITUTO

 O erro de cálculo vicia o negócio, retirando-lhe todos os efeitos. (errada) FUNDATEC - 2016 - PROCURADOR MUNICIPAL

Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se
oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante.
2010 - MPE-GO / 2010 - TJ-PR – JUIZ / FUNDEP - 2014 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO /

 O erro de indicação da pessoa ou coisa, a que se refere a declaração de vontade, não viciará o negócio quando se puder identificar a coisa
ou a pessoa cogitada. (certa) FCC - 2010 - TJ-MS - JUIZ
 Em se tratando de erro, este não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se
oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante. (certa) 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA
 O erro não invalida o negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na
conformidade da vontade real do manifestante. (certa) 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

SEÇÃO II: DO DOLO

Art. 145. São os negócios jurídicos ANULÁVEIS por dolo, quando este for a sua causa.
 Os negócios jurídicos eivados pelo dolo são nulos. (errada) CESPE - 2016 - PC-PE – DELEGADO

Ex.: Devido a dificuldades financeiras, Andrei teve de penhorar antigo relógio deixado de herança pelo seu falecido pai. O bem foi repassado a
terceiro, deixando Andrei com um grande sentimento de culpa pelo ocorrido. Contudo, durante um almoço, Andrei vê o relógio que julga ser
aquele que pertenceu ao seu genitor na posse de Marcus, seu colega de trabalho. Informando ao colega detalhes da história familiar e que possui
a relojoaria como hobby, devido ao aprendizado que teve com seu pai, relojoeiro de profissão, Andrei questiona Marcus “se este venderia o relógio
que era do seu pai pelo valor X”, o que é aceito pelo vendedor, que silencia tratar-se de peça que jamais pertenceu a família de Andrei, fato que
vem a ser constatado pelo mesmo três semanas após a aquisição. O adquirente sentiu-se lesado por ter pago preço que considera desproporcional
pelo bem, o qual não iria adquirir em razão da ausência de identidade do objeto adquirido. Trata-se de hipótese de anulabilidade do negócio
jurídico por dolo substancial praticado de forma omissiva por Marcus. (certa) FCC - 2012 - DPE-PR - DEFENSOR PÚBLICO
Ex.: Mateus em contato telefônico com uma empresa X, consentiu que ela lhe enviasse um contrato de publicidade para destacar sua empresa
em um determinado site. Segundo as informações repassadas via telefone foi a de que Mateus pagaria R$ 15,00 (quinze reais) mensais durante
12 (doze) meses. Estabelecido o negócio jurídico, Mateus recebeu o contrato via email, assinou e encaminhou a empresa, não tendo percebido
que a referida Empresa procedera, intencionalmente a substituição do valor inicialmente avençado para cada parcela, fazendo constar o importe
de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) por mês. Diante da situação posta, Mateus poderá anular o negócio jurídico, por encontrar-se defeituoso,
na figura do dolo, pois a empresa X se utilizou de expediente astucioso, a fim de que Mateus assinasse o contrato, levando-o a crer que as
condições pactuadas via contato telefônico estariam mantidas. (certa) 2018 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
Art. 146. O dolo ACIDENTAL SÓ OBRIGA à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria
realizado, embora por outro modo.
 O dolo acidental anula o negócio jurídico. (errada) FCC - 2010 - TJ-MS - JUIZ
 O dolo acidental ou dolus incidens não é causa de anulação do negócio jurídico. (certa) 2012 - TJ-DFT – JUIZ; 2012 - MPE-PR
 O dolo pode gerar a indenização por perdas e danos caso seja acidental. (certa) 2014 - PGE-AC
 O dolo acidental torna anulável a manifestação de vontade dele derivada. (errada) 2014 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 O erro acidental não acarreta a anulação do negócio jurídico. (certa) 2016 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
 O dolo acidental só obriga à satisfação de perdas e danos; o dolo é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por
outro modo. (certa) 2016 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
 O dolo acidental não anula o negócio jurídico e, portanto, não gera direito à indenização. (errada) FCC - 2019 - DPE-SP
 O dolo, como defeito do negócio jurídico se for acidental só enseja perdas e danos. (certa) FUNDATEC - 2021 - PGE-RS
Ex. O sujeito declara pretender adquirir um carro, escolhendo um automóvel com cor metálica, e, quando do recebimento da mercadoria,
enganado pelo vendedor, verifica que a coloração é, em verdade, básica. Neste caso, não pretendendo desistir do negócio, poderá exigir
compensação por perdas e danos. Diferente, seria, porém, a situação em que ao sujeito somente interessasse comprar o veículo se fosse da cor
metálica — hipótese em que este elemento faria parte da causa do negócio jurídico. Nesse caso, tendo sido enganado pelo vendedor para adquirir
o automóvel, poder-se-ia anular o negócio jurídico com base em dolo. 24

Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra
parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado.
 Configura erro substancial OMISSÃO DOLOSA, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja
ignorado, desde que se prove que sem ele o negócio não se teria celebrado. (errada) 2012 - PGE-PA
 O silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, nos negócios jurídicos bilaterais,
constitui omissão culposa DOLOSA, provando-se que, sem ela, o negócio não teria sido celebrado, ou o seria de outro modo. (errada) VUNESP -
2018 - PC-BA – DELEGADO

 Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado
constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado. (certa) FUNDEP - 2021 - MPE-MG
Ex. Setúbal Mourinho de Oliveira, imigrante recém-chegado ao Brasil, pretendia adquirir um bem imóvel para instalar sua indústria e comércio
de produtos alimentícios. Consultou diversos jornais até que encontrou Aristides, que lhe ofereceu uma casa em um certo bairro da cidade. Setúbal
lhe afirmou que pretendia a aquisição de um bem imóvel para instalar sua empresa, e o negócio se concluiu dias depois. Setúbal não pôde se
instalar como pretendia, pois a Prefeitura do Município esclareceu que naquela zona residencial isso não era possível. O negócio é passível de
anulação por restar configurada a omissão dolosa. (certa) 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA

Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse
ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos
da parte a quem ludibriou.
 Pode também ser anulado por dolo de terceiro, ainda que a parte a quem aproveite dele não tivesse ou devesse ter conhecimento; de todo
modo, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou. (errada) FCC - 2009 -
DPE-PA

 O ser humano comete erros em suas ações. Quando, no entanto, ele é induzido por outrem a praticar o ato que não planejava, há dolo de
terceiro, justificando a anulação do ato jurídico. (certa) 2010 - MPE-MG
 Subsiste o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento,
devendo o autor da coação responder pelas perdas e danos ao coacto. (certa) 2012 - TJ-DFT – JUIZ
 O dolo de terceiro enseja a anulação do negócio jurídico, independente do conhecimento das partes contratantes. (errada) FCC - 2012 - DPE-SP
 O dolo provoca a nulidade dos negócios jurídicos, exceto quando praticado por terceiro. (errada) FCC - 2012 - DPE-SP
 Verificando-se que o negócio jurídico está viciado em razão de dolo de terceiro, sem conhecimento da parte a quem aproveite o dolo, impõe-
se a anulação do negócio, respondendo o terceiro pela integralidade dos prejuízos causados a quem, induzido por erro, celebrou o ato
negocial. (errada) 2013 – MPDFT
 O dolo deve PODE ser sempre próprio não comportando o dolo de terceiro. (errada) 2014 - PGE-AC

 O dolo do terceiro afeta o negócio apenas se o beneficiário tivesse conhecimento do mesmo. (errada) FUNDATEC - 2021 - PGE-RS

Art. 149. O dolo do representante LEGAL de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância
do proveito que teve;

24
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 226, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
se, porém, o dolo for do representante CONVENCIONAL, o representado responderá SOLIDARIAMENTE com ele por perdas e
danos.
2010 - MPE-GO / 2012 - PGFN

 Em se tratando de representação legal, na hipótese em que o representante age com dolo em relação ao outro contratante, o Código Civil
em vigor predica que aquele responderá sozinho e integralmente pela perdas e danos causados ao último. (errada) 2010 - MPE-BA
 De acordo com o Código Civil, o dolo do representante legal ou convencional de uma das partes só obriga o representado a responder
civilmente até a importância do proveito que tiver. (errada) CESPE - 2011 - TJ-PB – JUIZ
 Em se tratando de negócio jurídico marcado por dolo acidental imputável a representante convencional ou legal, o representado não poderá
ser responsabilizado civilmente além do proveito que tiver auferido. (errada) 2011 - MPDFT
 O dolo do representante legal de uma das partes obriga o representado a responder civilmente perante a outra parte, independente do
proveito que houver auferido. (errada) FCC - 2012 - DPE-SP
 Haverá responsabilidade solidária por perdas e danos do representante legal CONVENCIONAL
e do representado quando o dolo for do primeiro.
(errada) FUNDEP - 2014 - DPE-MG

 O dolo do representante convencional de uma das partes obriga o representado a responder solidariamente com ele por perdas e danos;
(certa) 2016 - MPE-PR

 O dolo do representante legal CONVENCIONAL enseja solidariedade do representado. (errada) FUNDATEC - 2021 - PGE-RS

Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização.
 O negócio jurídico será nulo VÁLIDO de pleno direito se ambas as partes procederem com dolo. (errada) FCC - 2009 - DPE-PA
 O dolo recíproco impede a anulação do negócio jurídico. (certa) 2012 - TJ-DFT – JUIZ
 O dolo recíproco enseja a anulação do negócio jurídico e a respectiva compensação das perdas e ganhos recíprocos. (errada) FCC - 2012 - DPE-
SP

 Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma delas poderá alegá-lo para anular o negócio ou reclamar indenização. (errada) CESPE - 2012
- DPE-SE

 É nulo VÁLIDO o negócio jurídico em que ambas as partes agem reciprocamente com dolo, podendo, nessa situação, qualquer dos contratantes
requerer a anulação do ato negocial, desde que se responsabilize pelos danos causados ao outro contratante e a terceiro de boa-fé. (errada)
CESPE - 2013 - STM - JUIZ-AUDITOR SUBSTITUTO

 Se em um negócio jurídico, ambas as partes agem com dolo, ainda assim podem invocar o dolo da outra parte para pleitear a anulação da
avença. (errada) CESPE - 2016 - PC-PE – DELEGADO
 Se ambas as partes agirem com dolo, os prejuízos se compensam até os seus respectivos limites. (errada) FUNDATEC - 2021 - PGE-RS

SEÇÃO III: DA COAÇÃO


Coação é toda ameaça ou pressão exercida sobre um indivíduo para forçá-lo, contra a sua vontade, a praticar um ato ou realizar
um negócio jurídico. (certa) 2010 - MPE-MG
A coação é causa de anulabilidade do negócio jurídico. (certa) FCC - 2009 - DPE-MT
De acordo com o Código Civil, o negócio jurídico pode ser anulado judicialmente por qualquer das partes que o celebrou quando
firmado com vício resultante de coação. (certa) CESPE - 2022 - PGE-RO
 São nulos ANULÁVEL os negócios jurídicos realizados sob coação que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua
pessoa, à sua família, ou aos seus bens. (errada) FCC - 2009 - DPE-PA
 É nulo ANULÁVEL o ato jurídico se resultante de coação. (errada) 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 É nulo ANULÁVEL o negócio jurídico celebrado por vício resultante de coação. (errada) FCC - 2011 - PGE-MT
 São anuláveis os atos jurídicos praticados por coação relativa. (certa) 2011 - PGE-PR
 São nulos os atos praticados sob coação ou em fraude contra credores. (errada) FCC - 2013 - DPE-AM
 O negócio jurídico celebrado mediante coação é absolutamente nulo, não sendo suscetível de confirmação. (errada) VUNESP - 2013 - TJ-SP – JUIZ
 A coação gera nulidades ANULABILIDADE. (errada) FUNDATEC - 2021 - PGE-RS
Um enfermo, detentor de boa situação financeira e colecionador de relógios valiosos, cujos preços alardeava, contratou um cuidador que,
depois de ganhar a confiança do patrão, e na ausência da família deste, exigiu que lhe vendesse por R$ 1.000,00 um relógio avaliado em R$
15.000,00, sob a ameaça de trocar os medicamentos que ministrava, agravando a saúde do doente, que já piorara, podendo levá-lo à morte. Um
mês depois, adquirido o relógio pelo valor exigido, abandonou o emprego. Esse negócio jurídico poderá ser anulado por coação, no prazo
decadencial de quatro anos, contado do dia em que ela cessar. (certa) VUNESP - 2018 - TJ-SP - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 151. A COAÇÃO, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e
considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o JUIZ, com base nas circunstâncias, decidirá
se houve coação.
2010 - TJ-SC – JUIZ / 2010 - MPE-BA / FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA

 A coação , para viciar a declaração de vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua
pessoa, a sua família, ou aos seus bens, não ocorrendo coação quanto a pessoa não pertencente a família do paciente. (errada) 2010 - PGE-GO
 Somente os negócios jurídicos comutativos podem ser anulados por coação, não sendo viável pretender, sob esse fundamento, obter a
anulação de negócios jurídicos benéficos. (errada) 2011 - MPE-PR

Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e todas as
demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela.
 Em caso de anulabilidade de negócio jurídico por coação moral, é vedado ao juiz, sob critério subjetivo, considerar circunstâncias
personalíssimas do coato que possam ter influído em seu estado moral, pois deve levar em conta o ser humano médio. (errada) CESPE - 2009 -
TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua
pessoa, à sua família, ou aos seus bens. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias,
decidirá se houve coação. (certa) 2012 - PGFN
 A coação, para viciar o negócio jurídico, deve incutir ao paciente temor de dano iminente à sua pessoa, à sua família, aos seus bens ou a
terceiros, devendo ser levados em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde e, no temor referencial, o grau de parentesco. (errada) VUNESP -
2018 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA

Art. 153. NÃO se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, NEM o simples temor reverencial.
 Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito. (certa) 2012 - TJ-PR – JUIZ
 O temor reverencial, que exclui a coação, é o receio de desgostar pessoas a quem se deve respeito hierárquico. (errada) 2012 - PGR - PROCURADOR
DA REPÚBLICA

 Para que se considere a coação como defeito do negócio, levam-se em conta o sexo, a idade e a desproporção de altura e peso entre coator
e coagido. O simples temor reverencial também é considerado atividade coatora. (errada) 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA
 Considera-se coação a ameaça do exercício normal de um direito e o temor reverencial. (errada) VUNESP - 2016 - PROCURADOR MUNICIPAL
 O temor reverencial equipara-se à coação quanto aos efeitos jurídicos decorrentes de sua caracterização. (errada) FCC - 2018 - PROCURADOR
MUNICIPAL

 A ameaça do exercício normal de um direito, quando gera temor ao paciente, é considerada coação. (errada) CESPE - 2022 - DPE-RS

Art. 154. VICIA o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que
aproveite, e esta responderá SOLIDARIAMENTE com aquele por perdas e danos.
 Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro. (certa) FCC - 2010 - TJ-MS – JUIZ
 A coação exercida por terceiro vicia o negócio jurídico, se da coação tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta
responderá solidariamente com o terceiro por perdas e danos. (certa) FUNDEP - 2021 - MPE-MG

Art. 155. SUBSISTIRÁ o negócio jurídico, se a COAÇÃO decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou
devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto.
 A teor do Código Civil em vigor, a coação moral, quando exercida por terceiro, invariavelmente enseja a anulação do negócio jurídico. (errada)
2010 - MPE-BA

 Em matéria de coação de terceiro, a lei não autoriza a anulação do negócio jurídico, pelo coato, se o sujeito, a quem a declaração beneficia,
não tinha nem podia ter conhecimento do mencionado vício. (certa) 2011 - MPDFT
 A coação por terceiro somente anula o negócio jurídico se dela tiver, ou devesse ter, conhecimento a parte a quem aproveite. (certa) 2012 -
MPE-PR

 Subsiste o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento,
devendo o autor da coação responder pelas perdas e danos ao coacto. (certa) 2012 - TJ-DFT – JUIZ
 A coação por terceiro somente anula o negócio jurídico se dela tiver ou devesse ter conhecimento a parte a quem aproveite. (certa) 2016 - TRF -
4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

 A coação exercida por terceiro estranho ao negócio jurídico torna-o nulo. (errada) CESPE - 2016 - PC-PE - DELEGADO DE POLÍCIA
 O negócio jurídico celebrado com coação é nulo mesmo que a coação seja praticada por terceiro. (errada) FCC - 2019 - DPE-SP
 Caso a parte que aproveite da coação, não tivesse ou devesse ter conhecimento, o negócio jurídico subsistirá, mas o autor da coação
responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto. (certa) FUNDEP - 2021 - MPE-MG

SEÇÃO IV: DO ESTADO DE PERIGO


É nulo o negócio jurídico quando viciado por estado de perigo. (errada) 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA
 São anuláveis os negócios jurídicos quando praticados em estado de perigo. (certa) FCC - 2009 - DPE-PA
 Considera-se anulável o negócio jurídico realizado em estado de perigo. (certa) FCC - 2011 - TJ-PE – JUIZ
 É nulo o negócio jurídico realizado em estado de perigo. (errada) FGV - 2013 - TJ-AM - JUIZ

Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de
grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
FCC - 2009 - DPE-MT / VUNESP - 2009 - TJ-SP – JUIZ / 2009 - TJ-RS – JUIZ / 2009 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA / 2010 - TJ-SC – JUIZ / 2011 - PGE-PR

Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.
III JORNADA DE DIREITO CIVIL – ENUNCIADO 148: Ao “estado de perigo” (art. 156) aplica-se, por analogia, o disposto no § 2º
do art. 157.
.
 Caso o declaratário desconheça o grave dano a que se expõe o declarante ou pessoa de sua família, não ficará caracterizado o estado de
perigo. (certa) CESPE - 2010 - DPE-BA
 Anula-se o negócio pela configuração do estado de perigo, ainda que a outra parte não tenha dele conhecimento. (errada) CESPE - 2011 - TRF - 1ª
REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 Estado de perigo e lesão são causas de anulabilidade que se diferenciam, dentre outros aspectos, porque a lesão se refere à iminência de
dano patrimonial, enquanto o estado de perigo exige a ocorrência de risco pessoal. (certa) 2012 - PGE-AC
 Quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume
obrigação excessivamente onerosa, configura-se estado de perigo. (certa) VUNESP - 2012 - TJ-RJ – JUIZ
 No estado de perigo, considerado como defeito do negócio jurídico, é correto afirmar que para sua configuração, é imprescindível o
conhecimento do risco de grave dano por ambas as partes. (certa) VUNESP - 2014 - PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA
 Para a configuração do estado de perigo, deve ser demonstrado o dolo de aproveitamento. (certa) FUNDEP - 2017 - MPE-MG
 Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa pertencente ou não à sua família, de
grave dano conhecido ou não pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. (errada) VUNESP - 2018 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA
 É anulável, pela configuração de estado de perigo, o negócio jurídico praticado pelo agente que se encontra com fundado temor de dano
iminente aos seus bens. (errada) FCC - 2018 - DPE-RS
 O ato de assumir obrigação excessivamente onerosa, premido pela necessidade de salvar-se ou a pessoa de sua família, de grave dano
conhecido pela outra parte, estado de perigo, sujeito ao prazo decadencial de 4 anos para sua desconstituição, contado da data da celebração
do negócio jurídico. (certa) VUNESP - 2018 - PGE-SP
 No estado de perigo, o ato jurídico é praticado independentemente do dolo de aproveitamento e do perigo de dano grave. (errada) 2018 - MPE-
BA

 O estado de perigo pode restar configurado, independentemente do dolo de aproveitamento da outra parte. [adaptada] (errada) VUNESP - 2019 -
PROCURADOR MUNICIPAL

Ex.: André, em situação de risco de morte, concordou em pagar honorários excessivos a médico-cirurgião que se encontrava de plantão, sob
a promessa de que o procedimento cirúrgico imediato lhe salvaria a vida. O referido negócio está viciado pela ocorrência de estado de perigo e o
dolo de aproveitamento por parte do médico é essencial à sua configuração. (certa) CESPE - 2010 – DPU
Ex.: Ao ver que sua embarcação naufragava, Mévio, avistando Caio em outro barco, prometeu-lhe quantia vultosa para que ele o salvasse.
Trata-se do defeito do negócio jurídico denominado estado de perigo, pois, no caso em apreço, alguém premido da necessidade de salvar-se de
grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. (certa) 2009 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA
Ex.: Pedro, ao chegar com seu filho gravemente doente em um hospital particular, concordou em pagar quantia exorbitante para submetê-lo a
cirurgia, ante a alegação do médico de que o tempo necessário para levar a criança a outro hospital poderia acarretar-lhe a morte. Nessa situação
hipotética, caracteriza-se, como causa de invalidação do negócio, o estado de perigo, porquanto o pai se encontrava em situação de extrema
necessidade. (certa) CESPE - 2011 - TJ-ES - JUIZ SUBSTITUTO
Ex.: Hugo, ao descobrir que sua filha precisava de uma cirurgia de urgência, emite ao hospital, por exigência deste, um cheque no valor de
cem mil reais. Após a realização do procedimento, Hugo descobriu que o valor comumente cobrado para a mesma cirurgia é de sete mil reais.
Agora, está sendo cobrado pelo cheque emitido e, não tendo a mínima condição de arcar com o pagamento da cártula, procura a Defensoria
Pública de sua cidade. Diante desta situação, é possível buscar judicialmente a anulação do negócio com a alegação de vício do consentimento
chamado de estado de perigo. (certa) FCC - 2016 - DPE-BA

SEÇÃO V: DA LESÃO

Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação
manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
2010 - PGE-GO / 2010 - PGE-RS / 2011 - PGE-PR / 2012 – PGFN / FCC - 2012 - DPE-PR / CESPE - 2012 - TJ-AC - JUIZ SUBSTITUTO / VUNESP - 2012 - TJ-RJ – JUIZ / CESPE - 2012 - DPE-AC / 2015 - PGE-PR / VUNESP
- 2018 - PGE-SP

 A lesão permite a resolução do negócio pela superveniência de onerosidade excessivamente desproporcional. (errada) 2009 - TJ-SC – JUIZ
 A desproporção superveniente entre as prestações relativas ao negócio jurídico constitui elemento indispensável para a caracterização do
vício de lesão. (errada) 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA
 Se cabalmente comprovada a inexperiência do contratante, configura-se a lesão, mesmo que a desproporcionalidade entre as prestações das
partes seja superveniente. (errada) CESPE - 2010 – AGU
 A lesão caracteriza-se pela superveniência, em negócio jurídico, de fato que torne manifestamente desproporcionais as prestações. (errada)
CESPE - 2010 - MPE-SE

 Para que se caracterize lesão ao negócio jurídico, a desproporção entre a obrigação assumida pela parte declarante e a prestação oposta
deve ser mensurada no momento da constituição do negócio. (certa) CESPE - 2010 - DPE-BA
 É nulo o negócio jurídico celebrado por vício resultante de lesão. (errada) FCC - 2011 - PGE-MT
 É prevista, no Código Civil, a nulidade de pleno direito do contrato celebrado com o vício de lesão. (errada) CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ
FEDERAL

 A lesão, como defeito interno de consentimento, se configura quando há desproporção entre as prestações assumidas pelas partes, verificada
ao longo da execução das obrigações ajustadas, surgindo excessiva onerosidade em virtude de fatos supervenientes à celebração do
contrato. (errada) 2011 – MPDFT
 O negócio jurídico viciado pela lesão é considerado nulo. (errada) 2012 - TJ-RS - JUIZ
 Quando determinada pessoa, sob premente necessidade ou por inexperiência, obriga-se a prestação manifestamente desproporcional ao
valor da contraprestação, ocorre lesão. (certa) CESPE - 2013 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 A coação LESÃO vicia a declaração de vontade quando visa à obtenção de lucro exagerado de uma das partes, que se vale da inexperiência ou
da necessidade econômica da outra, que se obriga à prestação desproporcional ao valor da prestação oposta, em frontal ofensa à
comutatividade dos contratos. (errada) CESPE - 2013 - STM - JUIZ-AUDITOR SUBSTITUTO
 São atos negociais anuláveis aqueles viciados por lesão. (certa) 2013 - MPE-MS
 A inexperiência exigida para a configuração do instituto da lesão deve necessariamente significar imaturidade ou desconhecimento em relação
à prática de negócios jurídicos em geral. (errada) 2014 - PGE-MS
 O estado de perigo LESÃO consiste na situação em que alguém, por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao
valor da prestação oposta. (errada) 2015 - MPE-BA
 Age em estado de perigo LESÃO o indivíduo que toma parte de um negócio jurídico sob premente necessidade ou por inexperiência, assumindo
obrigação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta ferindo o caráter sinalagmático do contrato. (errada) CESPE - 2016 - PC-
PE - DELEGADO DE POLÍCIA

 A ocorrência de lesão num negócio jurídico não se configura quando a pessoa se obrigar à prestação manifestamente desproporcional ao
valor da prestação oposta apenas porque é inexperiente. (errada) 2017 - MPE-SP
 Quando alguém obtém lucro exagerado, desproporcional, aproveitando-se da situação de necessidade real e notória do outro contratante,
configura-se o vício do negócio jurídico denominado lesão. (certa) CESPE - 2018 - PGE-PE
 A lesão pode restar configurada independentemente do dolo de aproveitamento da outra parte, ao contrário do estado de perigo que pressupõe
o conhecimento da outra parte a respeito da situação que configura o vício. (certa) VUNESP - 2019 - PROCURADOR MUNICIPAL
 A lesão pode anular o negócio jurídico ainda que a desproporção das prestações se manifeste posteriormente à celebração do negócio.
(errada) FCC - 2019 - DPE-SP

 Configura-se o estado de perigo LESÃO quando alguém, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente
desproporcional ao valor da prestação oposta. (errada) FUNDEP - 2021 - MPE-MG

Ex.: João, premido pela necessidade de conseguir dinheiro para purgar a mora referente a alugueis e encargos da casa em que reside e evitar
o despejo, vendeu uma joia de família a Ricardo, por R$5.000,00, embora o seu preço de mercado seja de aproximadamente R$50.000,00.
Posteriormente, não conseguindo desfazer amigavelmente o negócio realizado, propõe ação para anular a venda da joia. De acordo com as
informações apresentadas, o defeito do negócio jurídico é a lesão. (certa) FGV - 2013 - TJ-AM – JUIZ
Ex.: Por ocasião de forte seca na região centro-oeste, Manoel passou a vender água potável a preço cinco vezes superior ao que praticava
anteriormente. Temendo perder produção de soja, Jair celebrou vultoso contrato, adquirindo grande quantidade de água pelo preço cobrado por
Manoel. O negócio celebrado entre Manoel e Jair é anulável, em razão de vício denominado lesão. (certa) FCC - 2014 - PROCURADOR MUNICIPAL
Ex.: Sob premente necessidade financeira, João vende a Luís imóvel por um terço do valor de mercado. Tal negócio é anulável, pelo vício
denominado lesão, podendo ser convalidado pela vontade das partes. (certa) FCC - 2014 - DPE-PB
Ex.: Pedro, recém-chegado a Rio Branco, adquiriu de Ana um apartamento na cidade e, posteriormente, descobriu que havia pagado, pelo
imóvel, valor equivalente ao dobro da média constatada no mercado, uma vez que desconhecia a real situação imobiliária local e tinha pressa em
adquirir um apartamento para abrigar sua família. Nessa situação hipotética, o negócio poderá ser anulado, uma vez que apresenta o vício de
consentimento denominado lesão. (certa) CESPE - 2017 - DPE-AC
Ex.: Nonato ficou desempregado e deixou de pagar as prestações do financiamento de sua única casa. Na iminência de ter a sua residência
leiloada e sem outro local para morar com a família, Nonato procurou Raimundo e a ele vendeu o seu veículo por R$ 5.000; o valor de mercado do
veículo era R$ 25.000 e Raimundo sabia da desesperada situação financeira de Nonato. Três anos depois, Nonato procurou a Defensoria Pública
com o intuito de reaver o seu veículo. O negócio jurídico realizado por Nonato e Raimundo é anulável pelo vício de consentimento da lesão.
(certa) CESPE - 2018 - DPE-PE

Ex.: Egídio descobre que sua esposa Joana está com um câncer. Ao iniciar o tratamento, o plano de saúde de Joana se recusa a cobrir as
despesas, em razão da doença ser preexistente à contratação. Em razão disso, o casal coloca à venda um imóvel de propriedade do casal com
valor de mercado de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) por R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), visando obter, de forma rápida, valores
necessários para o pagamento do tratamento de saúde de Joana. Raimundo, tomando ciência da oferta da venda do imóvel de Egídio e Joana, não
tendo qualquer intenção de auferir um ganho exagerado na compra e nem causar prejuízo aos vendedores, apenas aproveitando o que considera
um excelente negócio, compra o imóvel em 01.01.2015. Em 02.01.2018, Egídio e Joana ajuízam uma ação judicial contra Raimundo, na qual
questionam a validade do negócio jurídico. O negócio jurídico é anulável. Em razão da doença de Joana, o casal estava numa situação que os
levou à conclusão de um negócio jurídico eivado pelo vício da lesão que pode ser desconstituído; caso Raimundo concorde em suplementar o
valor anteriormente pago, o negócio pode ser mantido. (certa) VUNESP - 2018 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
Ex.: Para ajudar a custear o tratamento médico de seu filho, José resolveu vender seu próprio automóvel. Em razão da necessidade e da
urgência, José estipulou, para venda, o montante de 35 mil reais, embora o valor real de mercado do veículo fosse de 65 mil reais. Ao ver o
anúncio, Fernando ofereceu 32 mil reais pelo automóvel. José aceitou o valor oferecido por Fernando e formalizou o negócio jurídico de venda.
Conforme o Código Civil, essa situação configura hipótese de lesão, sendo o negócio jurídico anulável. (certa) CESPE - 2019 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO
Ex.: Verificando a condição culturalmente baixa de José Roberto, lavrador em Ribas do Rio Pardo, Glauco Silva adquire sua propriedade agrícola
por R$ 500.000,00, quando o valor de mercado era o de R$ 2.000.000,00. A venda se deu por premente necessidade financeira de José Roberto.
Essa situação caracteriza lesão, pela manifesta desproporção entre o valor do bem e o que foi pago por ele, em princípio anulando-se o negócio
jurídico, salvo se for oferecido suplemento suficiente por Glauco Silva, ou se este concordar com a redução do proveito. (certa) FCC - 2020 - TJ-MS -
JUIZ SUBSTITUTO

Para o reconhecimento de lesão no negócio jurídico, desnecessário que a parte, beneficiada com a respectiva lesão, demonstre
ciência de que a manifestação de vontade do lesado se deu por necessidade ou inexperiência. (certa) 2013 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
III JORNADA DE DIREITO CIVIL – ENUNCIADO 150: A lesão de que trata o art. 157 do Código Civil não exige dolo de
aproveitamento.
 Ocorre a lesão quando uma pessoa, em premente necessidade ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional
ao valor da prestação oposta, exigindo-se, para a sua configuração, ainda, o dolo de aproveitamento, conforme a doutrina majoritária. (errada)
CESPE - 2014 - PGE-BA

 A lesão de que trata o art. 157 do Código Civil exige dolo de aproveitamento. (errada) 2018 - MPE-MS

§ 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
 Na lesão, os valores vigentes no momento da celebração do negócio jurídico deverão servir como parâmetro para se aferir a proporcionalidade
das prestações. (certa) CESPE - 2016 - PC-PE – DELEGADO
 A desproporção entre as prestações das partes que celebram negócio jurídico deve ser apreciada e avaliada segundo os valores vigentes no
momento em que uma das partes percebe a desproporção. (errada) 2017 - MPE-SP

§ 2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a
redução do proveito.*
2016 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

* Segundo o ENUNCIADO CJF 148, a referida regra (§2º) é aplicável ao casos de Estado de Perigo.
 A lesão é defeito que surge concomitantemente à realização do negócio e enseja-lhe a anulabilidade, mas, ainda assim, permite- se a revisão
contratual para evitar a anulação e aproveitar-se, desse modo, o negócio. (certa) CESPE - 2009 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 Verifica-se a lesão quando, sob necessidade premente, uma pessoa se submete à desproporcional idade manifesta do valor da prestação
oposta, valendo o negócio se a parte favorecida anuir com a redução do proveito. (certa) 2011 - MPE-PB
 A lesão é causa de anulabilidade do negócio jurídico apenas se a parte favorecida pelo desequilíbrio do contrato não concordar em restabelecer
o equilíbrio contratual. (certa) 2012 - PGE-AC
 Sob premente necessidade financeira, João vende a Luís imóvel por um terço do valor de mercado. Tal negócio é anulável, pelo vício
denominado lesão, podendo ser convalidado pela vontade das partes. (certa) FCC - 2014 - DPE-PB
 O negócio jurídico não será anulado pela lesão se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. (certa) FUNDEP - 2014 - DPE-MG
 Nas hipóteses de lesão previstas no Código Civil, pode o lesionado optar por não pleitear a anulação do negócio jurídico, deduzindo, desde
logo, pretensão com vista à revisão judicial do negócio por meio da redução do proveito do lesionador ou do complemento do preço. (certa)
VUNESP - 2014 - TJ-RJ - JUIZ SUBSTITUTO

 A lesão não invalida o negócio jurídico se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
(certa) 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

 A lesão, como defeito do negócio jurídico, ocorre quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação
manifestamente desproporcional, admitindo-se a revisão quando oferecido o suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com
a redução do proveito. (certa) FUNDEP - 2017 - MPE-MG
 A anulação do negócio jurídico poderá ser evitada se a parte favorecida ofertar suplemento suficiente à outra parte ou se a parte favorecida
concordar com a redução do proveito obtido. (certa) 2017 - MPE-SP
 Se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito, segundo os valores vigentes ao tempo
em que foi celebrado o negócio jurídico, não se decretará a anulação do negócio, nos casos de lesão. (certa) VUNESP - 2018 - PC-BA – DELEGADO DE
POLÍCIA

 A lesão sempre conduzirá à anulação da avença, por se tratar de situação jurídica que não admite sua convalidação. (errada) FCC - 2018 -
PROCURADOR MUNICIPAL

 A lesão pode anular o negócio jurídico ainda que a desproporção das prestações se manifeste posteriormente à celebração do negócio.
(errada) FCC - 2019 - DPE-SP
SEÇÃO VI: DA FRAUDE CONTRA CREDORES
A fraude contra credores, também considerada vício social, consiste no ato de alienação ou oneração de bens, assim como
de remissão de dívida, praticado pelo devedor insolvente, ou à beira da insolvência, com o propósito de prejudicar credor
preexistente, em virtude da diminuição experimentada pelo seu patrimônio.
Dois elementos compõem a fraude, o primeiro, de natureza subjetiva, e o segundo, objetiva:
a) consilium fraudis (o conluio fraudulento);
b) eventus damni (o prejuízo causado ao credor).
Discute-se se o consilium fraudis não é elemento essencial deste vício social, de maneira que o estado de insolvência aliado
ao prejuízo causado ao credor seriam suficientes para a caracterização da fraude. Entendemos que, tratando-se de atos gratuitos
de alienação praticados em fraude contra credores (doação feita por devedor reduzido à insolvência, v. g.), o requisito subjetivo
representado pelo consilium fraudis (má-fé) é presumido. A anulação do ato praticado em fraude contra credores dá-se por
meio de uma ação revocatória, denominada “ação pauliana”.
 O consilium fraudis ou scientia fraudis não é requisito essencial para a anulação de negócio jurídico gratuito sob o fundamento de fraude
contra credores. (certa) CESPE - 2010 - MPE-SE
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 232, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.

Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles
reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus
direitos.

§ 1º Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.

§ 2º Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.
 A fraude contra credores é causa de anulabilidade do negócio jurídico. (certa) FCC - 2009 - DPE-MT / 2010 - PGE-RS
 São anuláveis os negócios jurídicos em fraude contra credores. (certa) FCC - 2009 - DPE-PA
 Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência,
ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. A situação descrita refere-se a
fraude contra credores. (certa) FCC - 2011 - MPE-CE
 É nulo o negócio jurídico celebrado por vício resultante de fraude contra credores. (errada) FCC - 2011 - PGE-MT
 Fraude contra credores é todo ato praticado por devedor solvente, insolvente ou por ele reduzido à insolvência, suscetível de diminuir ou
onerar seu patrimônio, de modo a reduzir ou eliminar a garantia que este represente para pagamento de suas dívidas. (errada) 2011 - MPE-PB
 A fraude contra credores exige a existência de um crédito, seja ele com garantia real ou quirografário. (errada) 2012 - PGE-AC
 Caracterizada a fraude contra credores, qualquer credor quirografário poderá requerer a anulação do negócio jurídico de transmissão gratuita
de bens, caso o devedor já esteja insolvente ou em caso de iminente insolvência. (errada) CESPE - 2012 - DPE-RO
 Celebrado negócio jurídico não oneroso pelo devedor, que o reduza à insolvência, será ele considerado anulável por fraude contra credores,
por iniciativa do credor quirografário com crédito anterior à alienação. (certa) FCC - 2012 - PGE-SP
 É anulável o negócio jurídico quando praticado em fraude contra credores. (certa) 2012 - AGE-MG
 Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência,
ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. Igual direito assiste aos credores
cuja garantia se tornar insuficiente. (certa) 2013 - MPE-SC
 São nulos os atos praticados em fraude contra credores. (errada) FCC - 2013 - DPE-AM
 A ocorrência de fraude contra credores depende da prova do conluio fraudulento entre aquele que dispõe o bem e aquele que o adquire, do
prejuízo causado ao credor e da anterioridade do crédito em relação ao ato impugnado. Entretanto, para os casos de disposição gratuita de
bens, ou de remissão de dívidas, basta o evento danoso ao credor. (certa) 2013 – MPDFT
 A nulidade ANULABILIDADE do negócio jurídico realizado em fraude contra credores é subjetiva SUBJETIVA E OBJETIVA, de forma que, para a sua tipificação,
deve ser provada a intenção de burlar o mandamento legal. (errada) CESPE - 2013 – AGU
 São atos negociais anuláveis aqueles viciados por fraude contra credores. (certa) 2013 - MPE-MS
 Considera-se como nulidade absoluta a situação em que o sujeito pratica doação de patrimônio que o coloca em situação de insolvência,
com o objetivo de prejudicar credores. (errada) FCC - 2014 - DPE-RS
 O ato do herdeiro renunciar a herança prejudicando os seus credores é considerado válido, mas será considerado ineficaz em relação aos
credores. (certa) 2016 - MPE-GO
 O ato de renúncia à herança ou de remissão de dívida, praticado por quem tem muitos débitos vincendos, é considerado fraudulento
independentemente de prova do dano (eventus damni), que é presumido pelo legislador. (errada) 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
 Será viável a anulação de transmissão gratuita de bens por caracterização de fraude contra credores, ainda que a conduta que se alegue
fraudulenta tenha ocorrido anteriormente ao surgimento do direito do credor. (errada) CESPE - 2018 - PROCURADOR MUNICIPAL
 No tocante aos defeitos dos negócios jurídicos a fraude contra credores acarreta a nulidade dos contratos. (errada) FCC - 2018 - PROCURADOR
MUNICIPAL

Ex.: Suponha que Tício beneficia Caio pela doação de bem imóvel e isso acaba por desfalcar seu patrimônio de forma tal que suas dívidas
passam a superar os ativos. Neste caso, os credores quirografários de Tício podem valer-se da ação pauliana visando à anulação da doação. A
ação seria dirigida contra Tício e Caio, ainda que este ignorasse o fato de que a liberalidade de Tício havia reduzido-o ao estado de insolvência,
porque neste caso não se exige a comprovação da intenção de fraudar para o uso da ação revocatória. (certa) 2015 - PGE-PR
Ex.: Roberto doou aos filhos seu mais valioso imóvel em 20/10/2014 e, no mesmo dia, ofereceu em hipoteca outro imóvel para garantia de
dívida por empréstimo que lhe foi concedido, em 19/09/2014, por seu amigo Pedro. Com a doação daquele imóvel, Roberto tornou-se insolvente,
porque já tinha diversas dívidas vencidas e não pagas entre as quais a decorrente de negócios realizados com Manoel, sem garantia real, vencida
em 08/09/2014 e não paga, além de contar com vários protestos cambiais. Em 18/11/2014 tomou emprestado de Antônio R$ 80.000,00, que não
exigiu qualquer garantia e R$ 85.000,00 de Rodrigo, que exigiu fiança, prestada por José, mas Roberto também não pagou as dívidas a esses
mutuantes. Nesses negócios, está configurada fraude contra credores, pela doação e constituição de hipoteca, cujas anulações podem ser
pleiteadas por Manoel. (certa) FCC - 2015 - TJ-PI - JUIZ SUBSTITUTO
Ex.: Endividada, Cecília vendeu, no ano de 2019, o seu carro para Margarete, pelo valor de R$ 15 mil. O estado de insolvência de Cecília era
notório e de conhecimento de Margarete. Em 2020, Cecília contraiu de Rosilda uma dívida de R$ 10 mil, mas não a pagou. Rosilda não poderá
anular o negócio jurídico realizado entre Cecília e Margarete, pois não era credora à época da venda do carro. (certa) CESPE - 2022 - MPE-TO
Enunciado nº 292 CJF/STJ: Para os efeitos do art. 158, §2º, a anterioridade do crédito é determinada pela causa que lhe dá
origem, independentemente de seu reconhecimento por decisão judicial.
 A anterioridade do crédito que permite que o credor pleiteie a anulação do ato jurídico cujo objetivo seria praticar fraude contra credores
decorre de haver sido reconhecido judicialmente tal crédito, ao tempo do ato tido como fraudulento. (errada) VUNESP - 2014 - TJ-RJ - JUIZ
SUBSTITUTO

Art. 159. SERÃO IGUALMENTE ANULÁVEIS os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for NOTÓRIA, ou
houver motivo para ser conhecida do outro contratante.
CESPE - 2009 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 São nulos os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro
contratante. (errada) 2011 - MPE-PR
 Os contratos onerosos do devedor insolvente serão anuláveis quando a insolvência for notória ou conhecida do outro contratante. (certa) 2015
- PGFN

 Serão nulos os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro
contratante. (errada) 2016 - MPE-PR
 São anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, gravosos ao seu patrimônio, quando a insolvência for notória, ainda que não
haja prova de ser ela conhecida do outro contratante. (certa) 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

Art. 160. Se o ADQUIRENTE dos bens do DEVEDOR INSOLVENTE ainda não tiver pago o preço e este for, aproximadamente, o
corrente, DESOBRIGAR-SE-Á depositando-o em juízo, com a citação de todos os interessados.

Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens, poderá depositar o preço que lhes corresponda ao valor real.

Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra:
- o devedor insolvente,
- a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta,
- ou terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé.
 Em matéria de fraude contra credores, a ação pauliana pode ser intentada contra o devedor insolvente e contra a pessoa que com ele celebrou
a estipulação considerada fraudulenta, mas nunca contra terceiros adquirentes; (errada) 2014 - MPE-MA

Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a
repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu.
 O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do
acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu. (certa) 2012 - TJ-PR – JUIZ
 O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do
acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu. (certa) 2012 - PGFN
 O pagamento antecipado, feito pelo devedor insolvente a um de seus credores quirografários, em relação a débito realmente existente, é
apto a ser invalidado em benefício do acervo concursal. (certa) 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
Art. 163. PRESUMEM-SE FRAUDATÓRIAS dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver
dado a algum credor.
 Tratando-se de fraude contra credores, não pode ser presumida a má-fé do terceiro adquirente do bem do devedor. (errada) CESPE - 2011 - TRF -
1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor. (certa)
2012 - TJ-PR - JUIZ

 No caso de fraude contra credor, a má-fé não pode ser presumida. (errada) CESPE - 2012 - TJ-CE - JUIZ SUBSTITUTO
 A outorga de garantia real a credor, por parte de devedor já insolvente, em detrimento dos quirografários, presume-se em fraude contra
credores. (certa) 2014 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de estabelecimento
mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família.
 Os negócios ordinários indispensáveis à subsistência do devedor e de sua família presumem-se de boa-fé, descaracterizando-se a fraude
contra credores. (certa) FUNDEP - 2014 - DPE-MG

Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar
o concurso de credores.
Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos preferenciais, mediante hipoteca, penhor ou anticrese,
sua invalidade importará somente na anulação da preferência ajustada.
 Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do acervo sobre o qual se tenha de efetuar o concurso de
credores. (certa) 2015 - PGFN
 Anulado o negócio jurídico realizado em fraude contra credores, a vantagem resultante será revertida em favor do autor da ação pauliana.
(errada) VUNESP - 2019 - TJ-AC - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

FRAUDE CONTRA CREDORES x BEM DE FAMÍLIA


“O efeito da impenhorabilidade, por se cuidar de bem de família, pode subsistir em face da destinação dada ao bem. O devedor, por exemplo,
que doa o único imóvel residencial que possui, e onde abriga a sua família, aos seus filhos menores, continuando tal imóvel a ter a mesma
destinação, não pratica fraude contra credores. Antes da alienação o imóvel já era impenhorável; continua tendo tal característica depois de
experimentar apenas uma mudança apenas formal de titularidade.
Se o devedor agiu dessa maneira movido por receio ou ignorância, a questão é irrelevante. A alienação, objetivamente considerada, não teve
o condão de fraudar o interesse do credor, porque a mesma destinação dada ao bem antes e depois da alienação impedia e impede a constrição.
[...]. É diferente, também, a situação em que a alienação do bem descaracteriza a sua destinação como abrigo da família do devedor, ou que - de
outro modo - implica desvio do valor econômico do bem, afastando o credor do seu alcance. Se o devedor, por exemplo, vende o bem e tira de
lá sua família, entregando o imóvel ao comprador, deixa de existir bem de família. A ação pauliana é acolhível porque a fraude reside em desviar
do credor o dinheiro da venda”25.
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO PAULIANA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. AUSÊNCIA. BEM DE FAMÍLIA.
MANUTENÇÃO DA DESTINAÇÃO. IMPENHORABILIDADE. RECONHECIMENTO. FRAUDE CONTRA CREDORES AFASTADA. CERCEAMENTO DE
DEFESA. CONFIGURAÇÃO.26
A ocorrência de fraude contra credores requer:
(i) a anterioridade do crédito;
(ii) a comprovação de prejuízo ao credor (eventus damni);
(iii) o conhecimento, pelo terceiro adquirente, do estado de insolvência do devedor (scientia fraudis). O eventus damni trata-se de
pressuposto objetivo e estará configurado quando o ato de disposição impugnado pelo credor tenha agravado o estado de
insolvência do devedor ou tenha levado-o a este estado.
A fraude contra credores na hipótese de alienação de bem impenhorável, especialmente de bem de família, exige uma ponderação de
valores pelo Juiz em cada situação particular: de um lado, a proteção legal conferida ao bem de família, fundada no direito à moradia e no
mínimo existencial do devedor e/ou sua família e, de outro, o direito à tutela executiva do credor.
“O parâmetro crucial para discernir se há ou não fraude contra credores ou à execução é verificar a ocorrência de alteração na destinação
primitiva do imóvel - qual seja, a morada da família - ou de desvio do proveito econômico da alienação (se existente) em prejuízo do credor”
(REsp 1.227.366/RS).
Na hipótese, os recorrentes e seus filhos residem no imóvel desde o ano 2000. Embora esse bem tenha sido doado, no ano de 2011,
pelo casal aos filhos menores, a situação fática em nada se alterou, já que o bem continuou servindo como residência da entidade familiar.
Ou seja, o bem permaneceu na posse das mesmas pessoas e teve sua destinação (moradia) inalterada. Essas peculiaridades demonstram a
ausência de eventus damni e, portanto, de disposição fraudulenta.
A jurisprudência do STJ é no sentido de que a proteção instituída pela Lei 8.009/1990, quando reconhecida sobre metade de imóvel
relativa à meação, deve ser estendida à totalidade do bem. Precedentes. Assim, não sendo a esposa devedora, a doação de sua quota-parte

25
CZAJKOWSKI, Rainer. A impenhorabilidade do bem de família. Curitiba: Juruá, 2001, pp. 133-134
26
REsp 1926646/SP, 3ª TURMA, DJe 18/02/2022
sobre o imóvel (50%) não pode ser tida por fraudulenta. E, haja vista que os donatários residem no local, por mais essa razão, o imóvel está
protegido pela garantia da impenhorabilidade do bem de família.
1ª SEÇÃO 2ª SEÇÃO
No âmbito da 1ª Seção do STJ, tem prevalecido o entendimento A seu turno, os julgados das Turmas que compõe a 2ª Seção,
de que “mesmo quando o devedor aliena o imóvel que lhe sirva de em geral, são no sentido de que “reconhecida a fraude à execução,
residência, deve ser mantida a cláusula de impenhorabilidade deve ser afastada a impenhorabilidade do bem de família”
porque imune aos efeitos da execução; caso reconhecida a invalidade (AgInt no AREsp 1482869/SP, Quarta Turma, DJe 07/05/2020; AgInt nos EDcl no AREsp
do negócio, o imóvel voltaria à esfera patrimonial do devedor ainda 731.483/PR, Quarta Turma, DJe 02/04/2020; AgInt no REsp 1568157/SP, Terceira Turma,
DJe 03/10/2016).
como bem de família”.
(AgInt no REsp 1719551/RS, Segunda Turma, DJe 30/05/2019). No mesmo sentido:
AgInt no AREsp 1190588/RS, Primeira Turma, DJe 26/03/2019; AgRg no AREsp
255.799/RS; Primeira Turma, DJe de 27/09/2013; REsp 1059805/RS, Segunda Turma
DJe 02/10/2008.
.
.
FRAUDE CONTRA CREDORES FRAUDE À EXECUÇÃO

INSTITUTO DE DIREITO PROCESSUAL INSTITUTO DE DIREITO MATERIAL

MÁ-FÉ PRESUMIDA ÔNUS DA PROVA DO CREDOR

INTERESSE DO CREDOR E DO ESTADO, SENDO INTERESSE SOMENTE DO CREDOR, COMO PARTICULAR


CONSIDERADOS ATOS ATENTATÓRIOS À DIGNIDADE DA PREJUDICADO
JUSTIÇA (ART. 774, I, CPC/2015)

ATOS DECLARADOS INEFICAZES ATOS ANULÁVEIS

DECLARÁVEL INCIDENTALMENTE OBJETO DE AÇÃO ANULATÓRIA, AUTÔNOMA E ESPECÍFICA

TIPIFICA ILÍCITO PENAL (CP, ART. 179) INTERESSE PURAMENTE PARTICULAR


Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 249, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
CAPÍTULO V: DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO

# Art. 166. É NULO o negócio jurídico quando: [rol exemplificativo]


2010 - TJ-SC – JUIZ / 2010 - TJ-PR - JUIZ

I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;

II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;

III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;

IV - não revestir a forma prescrita em lei;

V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;

VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;

VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção. Ex. 426 CC
 O ato negocial que deixar de revestir a forma especial determinada por lei será anulável. (errada) 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA
 Será nulo o negócio jurídico se o motivo determinante de uma das partes for ilícito. (errada) CESPE - 2009 - DPE-ES
 O não revestimento de forma prescrita em lei é causa de anulabilidade. (errada) FCC - 2009 - DPE-MT

 São anuláveis os negócios jurídicos se não revestirem a forma prescrita em lei. (errada) FCC - 2009 - DPE-PA
 É nulo o ato jurídico que tiver por objetivo fraudar lei imperativa. (certa) 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 É anulável o negócio jurídico quando o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito. (errada) 2011 - TJ-RO - JUIZ SUBSTITUTO
 É anulável um negócio jurídico que não revestir a forma prescrita em lei. (errada) FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA
 São nulos os atos quando a lei taxativamente os declarar nulos ou lhes proibir a prática sem cominar sanção. (certa) FCC - 2013 - DPE-AM
 É anulável o negócio jurídico se a lei proibir a sua prática, sem cominar sanção. (errada) CESPE - 2014 - PGE-BA
 O negócio jurídico em que for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade é considerado anulável. (errada)
FUNCAB - 2014 - PC-RO - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

 O negócio jurídico realizado por absolutamente incapaz gera a nulidade absoluta do ato. (certa) CESPE - 2014 - MPE-AC
 É nulo o negócio jurídico quando celebrado por pessoa absolutamente incapaz. (certa) 2015 - MPE-BA
 Os atos jurídicos praticados por absolutamente incapaz são anuláveis. (errada) FCC - 2015 - DPE-MA
 É anulável o negócio que tenha por objetivo fraudar lei imperativa. (errada) FCC - 2015 - TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO
 É anulável o negócio proibido por lei, que não lhe comina sanção. (errada) FCC - 2015 - TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO
 É nulo o negócio jurídico em que for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade. (certa) 2017 - MPE-RO
 É anulável o negócio jurídico cujo motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito. (errada) 2017 - MPE-RO

 Se a incapacidade do agente que o celebra for absoluta, o negócio jurídico é anulável. (errada) 2017 - PC-AC - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

 Os atos da vida civil praticados por absolutamente incapaz, sem assistência de seu representante legal, são anuláveis de pleno direito. (errada)
2018 - MPE-BA

 É anulável o negócio jurídico quando o seu motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito. (errada) VUNESP - 2019 - TJ-AC - JUIZ DE
DIREITO SUBSTITUTO

 De acordo com o Código Civil, o negócio jurídico será nulo quando for celebrado por pessoa relativamente incapaz ou não revestir a forma
prescrita em lei. (errada) CESPE - 2022 - DPE-TO
 De acordo com o Código Civil, o negócio jurídico será nulo quando o seu motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito ou for
indeterminável o seu objeto. (certa) CESPE - 2022 - DPE-TO

Publicada uma lei considerada de ordem pública, se, durante o período de sua vacatio, realizar-se negócio jurídico que por ela foi proibido, ele
será válido, porque a lei nova ainda não está em vigor. (certa) FCC - 2014 - MPE-PE
 O negócio jurídico celebrado durante a vacatio de uma lei que o irá proibir é válido, porque a lei ainda não está em vigor. (certa) FCC - 2015 - TJ-
PE - JUIZ SUBSTITUTO
# Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
2010 - MPE-BA / 2010 - PGE-RS / VUNESP - 2013 - TJ-SP – JUIZ / 2014 - TJ-MT – JUIZ / 2017 - PGE-AC

 É nulo o negócio jurídico simulado e não subsistirá o que se dissimulou, mesmo se válido for na substância e na forma. (errada) 2009 - PC-RJ -
DELEGADO DE POLÍCIA

 É anulável o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. (errada) FCC - 2009 - DPE-PA

 Segundo o Código Civil de 2002, observados os requisitos legais, o negócio jurídico primitivo nulo pode ser convertido em sucedâneo válido.
(certa) 2010 - MPE-BA

 O negócio jurídico simulado é nulo, subsistindo apenas o que se dissimulou, se for válido na substância e na forma. (certa) 2010 - PGE-RS
 É anulável o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. (certa) 2012 - TRF - 4ª REGIÃO
- JUIZ FEDERAL

 Na simulação relativa, o negócio simulado (aparente) é nulo, mas o dissimulado será válido se não ofender a lei nem causar prejuízo a
terceiros. (certa) 2012 - MPE-SC
 É anulável o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se ele for material e formalmente válido. (errada) 2012 - MPE-PR
 É anulável o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. (errada) 2012 - TRF - 4ª REGIÃO
- JUIZ FEDERAL

 É anulável o negócio jurídico simulado. (errada) FGV - 2013 - TJ-AM - JUIZ


 Conforme a teoria das invalidades e as categorias sistematizadas pelo Código Civil de 2002, considera-se como nulidade absoluta a situação
em que o sujeito confessa dívida em favor de amigo para fraudar a esposa deste em processo de separação. (certa) FCC - 2014 - DPE-RS
 É anulável o negócio jurídico simulado. (errada) FCC - 2015 - TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO
 A simulação caracteriza vício do consentimento e é anulável o negócio jurídico por ela contaminado. (errada) 2014 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 É anulável o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou se ele for material e formalmente válido. (errada) 2016 - TRF - 4ª REGIÃO
- JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

 O negócio jurídico simulado é nulo subsistindo o que se simulou desde que válido na forma e na substância. (certa) FUNCAB - 2016 - PC-PA -
DELEGADO DE POLICIA CIVIL

 É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. (certa) 2017 - PGE-AC
 O negócio jurídico celebrado com simulação é anulável mesmo sem ter causado prejuízos a terceiros. (errada) FCC - 2019 - DPE-SP
 É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. (certa) FCC - 2020 - TJ-MS - JUIZ
SUBSTITUTO

§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:

I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;

II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;

III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.


.
 Na simulação, bem como na reserva mental, o declarante manifesta vontade para a realização de negócio que não deseja, mas sem o
conhecimento da outra parte. (errada) 2009 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA
 É anulável o negócio jurídico que aparentemente confere ou transmite direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se transmitem,
ou que contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira. (errada) 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA
 Nos negócios jurídicos quando os instrumentos particulares forem antedatados ou pós-datados, não haverá simulação, mas, serão
considerados nulos. (errada) FUNCAB - 2014 - PC-RO - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
 A declaração enganosa de vontade que vise à produção, no negócio jurídico, de efeito diverso do apontado como pretendido consiste em
defeito denominado simulação. (certa) CESPE - 2019 - TJ-SC - JUIZ SUBSTITUTO
Ex.: A. é casado com S. pelo regime da comunhão universal de bens. A. tornou-se amante de M. e deseja doar para ela um apartamento de
propriedade dele, no valor de R$1.000.000,00. Combinou com seu amigo F. a outorga de escritura de compra e venda, porque assim S. concordaria
com a alienação. F. nada pagaria e assumiu a obrigação de transferir em doação o imóvel para M. As duas escrituras públicas foram lavradas na
mesma data, porém, em tabelionatos de notas diferentes. Os dois negócios jurídicos noticiados são nulos por simulação. (certa) FUMARC - 2021 - PC-
MG - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO

Ex.: Já sem filhos nem cônjuge, Mário decide transmitir gratuitamente um de seus imóveis à neta Carolina, de 15 anos. A fim de pagar menos
tributos, registra o negócio como venda e compra de valor menor que o real. Passados 6 anos, Mariana, também neta de Mário, ajuíza ação
buscando desconstituir o negócio. A pretensão de Mariana não foi alcançada pela decadência, pois negócios jurídicos nulos não convalescem pelo
decurso do tempo. (certa) FCC - 2014 - MPE-PA
Ex.: Tício aliena um imóvel a Caio para que este o transmita a seu filho Mévio. Constatando-se que a intenção de Tício sempre fora transferir
o bem a Mévio, prescindindo da autorização dos demais descendentes, a venda poderá ser invalidada por configurar negócio simulado mediante
a interposição de pessoa. (certa) 2015 - PGE-PR
Ex.: Márcio e Leandro, em conluio, aparentaram celebrar determinado negócio jurídico diverso do que realmente ficou firmado entre ambos,
tendo sido realizado o respectivo registro em cartório competente. A situação hipotética ilustra uma simulação, sendo nulos tanto o negócio jurídico
que foi registrado quanto o que, às escondidas, efetivamente ficou firmado entre as partes. (errada) CESPE - 2021 - MPE-SC
Ex.: Lucas e Marcos celebraram confissão de dívida no valor de 120 mil reais referente a um suposto empréstimo no valor de 100 mil reais
que, na realidade, nunca foi realizado. A confissão de dívida no valor de 120 mil reais é nula em razão da existência de simulação, podendo ser
alegada por qualquer interessado. (certa) CESPE - 2021 - PGE-MS

§ 2º Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado.
 A simulação importa em nulidade do negócio jurídico. Por isso, torna o ato completamente sem efeito entre as partes e perante terceiros,
em face dos contraentes. (errada) CESPE - 2010 - MPE-SE
 Se ressalvam os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado. (certa) VUNESP - 2021 - PROCURADOR
MUNICIPAL

SIMULAÇÃO RELATIVA
 Na simulação relativa, o negócio simulado (aparente) é nulo, mas o dissimulado será válido se não ofender a lei nem causar prejuízo a
terceiros. (certa) 2012 - MPE-SC
 A simulação relativa, também chamada de dissimulação, ocorre quando as partes fingem um ato que é mera aparência, que na verdade não
existe e, portanto, é vazio de conteúdo. Um exemplo: o devedor simula vender seus bens a pessoa de sua confiança, em data pretérita, a
fim de escapar de cobranças movidas por seus credores. (errada) 2012 - MPE-RJ
 Na denominada simulação relativa, quando o negócio jurídico pactuado tem por objeto encobrir outro de natureza diversa, a legislação impede
que o negócio jurídico dissimulado subsista. (errada) CESPE - 2015 - TJ-DFT - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

SIMULAÇÃO INOCENTE
 À luz do Código Civil, é nulo o negócio jurídico simulado, resguardados os efeitos da simulação inocente. (errada) 2013 - TJ-SC – JUIZ
 A simulação é uma causa de anulabilidade do negócio jurídico, que pode ser alegada por uma das partes contra a outra e, em sendo a
simulação inocente, o negócio jurídico dissimulado poderá ser válido. (errada) VUNESP - 2014 - TJ-RJ - JUIZ SUBSTITUTO

VACA-PAPEL
“Cuida-se do conhecido contrato onzenário através do qual o emprestador do dinheiro cobra juros acima do permitido na lei, simulando um
contrato de parceria, com a obrigação de devolução em dobro de cabeças de gado após um certo tempo, e, em caso de mora, a obrigação de
pagar os frutos da produção normal do rebanho. Isto é, uma obrigação em dinheiro foi transformada em dívida de valor, com ofensa ao disposto
no art. 1º do Decreto 22.626/33, e desvirtuado o contrato de parceria pecuária, previsto nos arts. 4º e 5º do Decreto 59.566/66, sem nenhum
risco para o emprestador, ou seja, o contrato em exame violou duas vezes a legislação federal, sendo contrato nulo porque realizado com fraude
à lei” (REsp nº 196319/MS, 4ª Turma, voto-vista, DJ 04/09/2000).

 Sendo a simulação causa de nulidade do negócio jurídico, pode ser alegada por uma das partes contra a outra, razão pela qual, comprovado
o vício, é nulo o contrato “vaca-papel”. (certa) 2015 - MPE-MS

Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, quando
lhe couber intervir.

# Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo JUIZ, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as
encontrar provadas, ////////////////////////////////////////////////////////// não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes.
 A nulidade de um negócio jurídico decorrente de fraude de lei imperativa pode ser alegada pelo Ministério Público quando lhe couber intervir.
(certa) FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA

 A simulação do negócio jurídico configura nulidade arguível pelo Ministério Público. (certa) FUNDEP - 2017 - MPE-MG
 A nulidade do negócio jurídico simulado pode ser alegada apenas pelas partes ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir. (errada)
VUNESP - 2021 - PROCURADOR MUNICIPAL

# Art. 169. O negócio jurídico NULO não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.
 O decurso do tempo não opera a confirmação, nem convalesce o negócio jurídico nulo. (certa) 2009 - TJ-MG - JUIZ
 O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, mas pode convalescer pelo decurso do tempo. (errada) 2012 - TJ-RS – JUIZ
 O direito brasileiro expressamente exclui a possibilidade de confirmação do ato nulo, sendo a ratificação do ato uma maneira de afastar
apenas a sua anulabilidade. (certa) 2012 - MPE-RJ
 O negócio jurídico nulo é suscetível de confirmação, convalescendo pelo decurso do tempo, pelo princípio da conservação dos negócios
jurídicos. (errada) 2015 - MPE-BA
 Negócio jurídico nulo pode ser confirmado pelo decurso do tempo. (errada) FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLICIA CIVIL
 Os negócios jurídicos nulos não podem ser confirmados, ainda que contenham os requisitos de outro. (certa) FCC - 2018 - DPE-RS
 O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, embora convalesça pelo decurso do tempo. (errada) FCC - 2020 - TJ-MS - JUIZ SUBSTITUTO

# Art. 170. SE, PORÉM, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que visavam as
partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.
2015 – PGFN

CONVERSÃO SUBSTANCIAL: “Trata-se, portanto, de uma medida sanatória, por meio da qual se aproveitam os elementos materiais
de um negócio jurídico nulo ou anulável, convertendo-o, juridicamente, e de acordo com a vontade das partes, em outro negócio
válido e de fins lícitos.”27
Ex.: Duas pessoas maiores e capazes resolveram entabular um negócio de compra e venda de um imóvel avaliado em R$ 1.000.000,00,
documentando o ato por meio de instrumento particular. Posteriormente, falecido o vendedor, os seus herdeiros apontaram a invalidade do ato
por impropriedade da forma, tendo argumentado o comprador que, ainda assim, o ato poderia ser considerado uma promessa irretratável de
compra e venda, uma vez presentes os requisitos para isso. Sendo evidente a intenção do vendedor de transmitir direitos ao comprador, é
possível admitir a conversão substancial do negócio nulo em promessa de compra e venda. (certa) CESPE - 2009 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
Ex.: Beneficiário de nota promissória nula requereu em juízo que ela fosse aproveitada como confissão de dívida. Seu pedido foi aceito, ante a
presença dos elementos objetivos e subjetivos. Nesse caso, aplicou-se a conversão substancial do negócio jurídico. (certa) CESPE - 2017 - TRF - 5ª REGIÃO
- JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

 Como o negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação nem convalesce pelo decurso do tempo, não se prevê, na ordem jurídica
nacional, o instituto da conversão. (errada) CESPE - 2011 - TJ-PB – JUIZ
 A conversão substancial do negócio jurídico tem como requisito objetivo que o negócio jurídico sucedâneo válido tenha suporte fático no
negócio jurídico inicial nulo. (certa) FCC - 2013 - DPE-SP
 Mesmo se nulo, o negócio jurídico pode converter-se em outro se estiverem presentes os requisitos deste e subsistir o fim visado pelas
partes se antevissem a nulidade. (certa) 2021 - PGE-RS
Ex.: No ano de 2016, Jonas realizou um negócio jurídico com Raimunda, para uso de um imóvel residencial, tendo como contraprestação o
pagamento mensal de R$ 2.500 em dinheiro. Visando sonegar eventual pagamento de tributos, Jonas intitulou o instrumento como contrato de
comodato e indicou o pagamento da contraprestação como ajuda de custo. O referido contrato de comodato é nulo em razão da simulação. No
entanto, subsiste a locação que se dissimulou. (certa) CESPE - 2021 - PGE-CE

Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, É ANULÁVEL o negócio jurídico: [4 anos]

I - por incapacidade relativa do agente;

II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Ex.: Maria decidiu alugar um imóvel de sua propriedade para Ana, que, no momento da assinatura do contrato, tinha dezessete anos de idade.
Nessa situação hipotética, o contrato celebrado pelas partes é anulável, portanto passível de convalidação, ressalvado direito de terceiros. (certa)
CESPE - 2018 - TJ-CE - JUIZ SUBSTITUTO

# Art. 172. O negócio ANULÁVEL pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
 O negócio jurídico anulável, assim como o negócio jurídico nulo, não pode ser confirmado pelas partes. (errada) 2009 - TJ-MG – JUIZ
 O negócio anulável pode ser confirmado expressa ou tacitamente pelas partes, salvo direito de terceiro. (certa) FCC - 2009 - DPE-PA
 O negócio jurídico anulável pode ser confirmado pelas partes. (certa) 2011 - PGE-PR
 É possível confirmar um ato a priori anulável, tornando-o válido a posteriori, como na hipótese em que um menor de idade compra um bem
e, ao atingir a sua maioridade civil, confirma esse negócio jurídico, ressalvado direito de terceiro. (certa) FCC - 2017 - DPE-PR

Art. 173. O ato de confirmação deve conter a substância do negócio celebrado e a vontade expressa de mantê-lo.

Art. 174. É escusada a confirmação expressa, quando o negócio já foi cumprido em parte pelo devedor, ciente do vício que o
inquinava.
 O negócio jurídico anulável pode ser confirmado pelas parte, sendo, porém, escusada a confirmação expressa quando o negócio já foi
cumprido em parte pelo devedor, ciente do vício que o inquinava. (certa) 2014 - PGE-MS
 O negócio anulável, para ser sanado, deve ser confirmado de modo expresso, mesmo que já executado pelo lesado que sabia do vício. (errada)
2021 - PGE-RS

27
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 264, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
# Art. 175. A confirmação expressa, ou a execução voluntária de negócio anulável, nos termos dos arts. 172 a 174, importa a
extinção de todas as ações, ou exceções, de que contra ele dispusesse o devedor.

Art. 176. Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorização de terceiro, será validado se este a der posteriormente.

# Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a
podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade.
 A anulabilidade não tem efeito antes de julgada, mas pode se pronunciada, de ofício, a favor terceiros prejudicados. (errada) 2009 - TJ-MG – JUIZ
 A anulação de negócio jurídico pode ser decretada de ofício pelo juiz. (errada) 2009 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita
exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade. (certa) 2011 - MPE-MS

 A anulabilidade poderá ser decretada ex ofìcio pelo juiz. (errada) 2011 - TJ-PR – JUIZ
 A anulabilidade de um contrato advém de uma imperfeição da vontade; por essa razão, mesmo com o vício congênito e não decretada
judicialmente, a avença é eficaz, podendo ser arguida por ambas as partes e reconhecida de ofício pelo juiz. (errada) CESPE - 2012 - TJ-AC - JUIZ
SUBSTITUTO

 No que se refere à invalidade do negócio Jurídico, a anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício;
só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade. (certa)
2014 - MPE-SC

 Anulabilidade negócio jurídico pode ser pronunciada de ofício pelo juiz. (errada) FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLICIA CIVIL
 A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita
exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade. (certa) FCC - 2020 - TJ-MS - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 178. É de 4 (quatro) anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
2013 - TJ-SC – JUIZ / FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLICIA CIVIL

I - no caso de COAÇÃO, do dia em que ela CESSAR;

II - no de ERRO, DOLO, FRAUDE contra credores, estado de PERIGO ou LESÃO, do DIA em que se REALIZOU o NEGÓCIO JURÍDICO;

III - no de ATOS DE INCAPAZES, do dia em que CESSAR a INCAPACIDADE.

 É de três anos o prazo decadencial para pleitear-se a anulação do negócio jurídico nos casos de coação, erro, dolo, fraude contra credores,
estado de perigo ou lesão e atos de incapazes. (errada) 2009 - TJ-RS – JUIZ
 O prazo decadencial para postular a anulação do negócio jurídico por coação moral é de 4(quatro) anos, e passa a fluir a partir da celebração
do negócio. (errada) 2010 - MPE-BA
 O prazo para a anulação do negócio jurídico decorrente de coação é decadencial de quatro anos, a contar do dia em que ela, a coação, cessar.
(certa) 2011 - TJ-PR – JUIZ

 Tratando-se de atos jurídicos eivados de vício insanável, como erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, o prazo para se
intentar ação anulatória é de dois anos, contado a partir da celebração do negócio. (errada) 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA
 Nos negócios jurídicos praticados com coação, o prazo de decadência para pleitear a anulação é de dois anos, contado do dia em que ela
cessou. (errada) FUNCAB - 2014 - PC-RO - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
 A invalidade do negócio jurídico por fraude a credores decorre do exercício de direito pessoal do credor, mediante interposição de ação
pauliana, no prazo de quatro anos contados do dia da celebração. (certa) FAURGS - 2016 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
Ex.: Ângelo, médico, pai de Fernando, vê-se em uma emergência médica com seu filho, que sofreu grave acidente doméstico. Imediatamente
leva seu filho ao pronto-atendimento de unidade hospitalar particular. Fernando não possui plano de saúde e Ângelo vai arcar diretamente com as
despesas do tratamento. Diagnosticou-se, na triagem, que o paciente deveria ser imediatamente internado, pois corre risco de morte. Na recepção
do hospital, Ângelo é surpreendido com a cobrança da diária de internação em altíssimo valor, mas, para salvar seu filho, não hesita e assina
autorização de internação, obrigando-se ao pagamento. Posteriormente, Ângelo descobre que a diária cobrada, na ocasião, estava dez vezes
superior à média dos hospitais daquele porte e naquela época. Ângelo, sob premente necessidade, obrigou-se a prestação manifestamente
desproporcional ao valor da prestação oposta, podendo suscitar a anulabilidade do negócio em até quatro anos a contar de sua celebração. (certa)
FGV - 2021 - DPE-RJ

Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de
2 (dois) anos, a contar da data da conclusão do ato.
 Quando a lei não dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será então de três anos a
contar da data da conclusão do ato. (errada) 2011 - TJ-PR – JUIZ
 Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de 4 (quatro) anos, a
contar da data da conclusão do ato. (errada) 2012 - TJ-RS – JUIZ
 Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de três anos, a contar da
data da conclusão do ato. (errada) 2012 - PGE-SC
 Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de quatro anos, a contar
da data da conclusão do ato. (errada) FCC - 2020 - TJ-MS - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 180. O menor, entre 16 (dezesseis) e 18 (dezoito) anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar a sua idade se
dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.

Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, se não provar que reverteu em proveito
dele a importância paga.

Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele se achavam, e, não sendo possível
restituí-las, serão indenizadas com o equivalente.
 A sentença da ação anulatória tem efeito entre as partes e sempre eficácia ex nunc (não retroativa). (errada) FUNDEP - 2017 - MPE-MG

# Art. 183. A invalidade do instrumento não induz a do negócio jurídico sempre que este puder provar-se por outro meio.
 A invalidade do instrumento contratual induz necessariamente a invalidade do negócio jurídico. (errada) FCC - 2011 - DPE-RS

Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico não o prejudicará na parte válida, se esta
for separável; a invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação
principal.
 Respeitada a intenção das partes, é cabível a manutenção do negócio jurídico no caso de reconhecimento de invalidade parcial, a qual não o
prejudicará na parte válida se desta for separável. (certa) FCC - 2011 - DPE-RS
 A invalidade da cláusula penal implica a invalidade da obrigação principal, visto que nesta está inserida. (errada) CESPE - 2014 - MPE-AC
 A invalidade parcial de um negócio jurídico o prejudicará em sua totalidade, ainda que seja possível separar a parte válida da inválida. (errada)
FCC - 2017 - DPE-PR

 Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico não o prejudicará na parte válida, se esta for separável; a
invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal. (certa) FCC - 2020 - TJ-MS
- JUIZ SUBSTITUTO
TÍTULO II: DOS ATOS JURÍDICOS LÍCITOS

Art. 185. Aos atos jurídicos lícitos, que não sejam negócios jurídicos, aplicam-se, no que couber, as disposições do Título anterior.

TÍTULO III: DOS ATOS ILÍCITOS

# Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, VIOLAR direito E CAUSAR dano a outrem,
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. [ilícito puro – no ato e nas consequências]

# Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo
seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. [lícito no conteúdo, mas ilícito nas consequências]

Art. 188. NÃO constituem ATOS ILÍCITOS:

I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; [Art. 930 parágrafo único. É o regresso será contra
aquele se foi beneficiado pela defesa]

II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.

Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário,
não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.

Não retira o dever de indenizar. Verificar art. 929 CC e 930.


TÍTULO IV: DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA
CAPÍTULO I: DA PRESCRIÇÃO
SEÇÃO I: DISPOSIÇÕES GERAIS

O CC adotou a TEORIA DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO.

Jurisprudência crescente do STJ tem abraçado a TEORIA ACTIO NATA COM VIÉS SUBJETIVO – O prazo deve ter início com o conhecimento
da violação ou da lesão ao direito subjetivo.
SÚMULA 278-STJ: O termo inicial do prazo prescricional, na ação de indenização, é a data em que o segurado teve ciência inequívoca da
incapacidade laboral.
 De acordo com o STJ, o termo inicial do prazo prescricional das ações indenizatórias, em observância ao princípio da actio nata, é a data em
que a lesão e os seus efeitos são constatados. (certa) CESPE - 2015 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
 O termo a quo do prazo prescricional para ajuizar ação de indenização contra ato do Estado é regido pelo princípio da actio nata, ou seja, o
curso do prazo prescricional apenas tem início com a efetiva lesão do direito tutelado. (certa) 2013 - PGR - PROCURADOR DA REPÚBLICA
O termo inicial da pretensão de ressarcimento nas hipóteses de plágio se dá quando o autor originário tem comprovada ciência da lesão a
seu direito subjetivo e de sua extensão, não servindo a data da publicação da obra plagiária, por si só, como presunção de conhecimento do
dano. 6/6/2017 (Info 609)

A prescrição pode ser classificada como aquisitiva e extintiva, uma vez que o decurso do tempo, elemento comum às duas
espécies, tem influência para a aquisição e a extinção de direitos. (certa) CESPE - 2019 - MPE-PI

Art. 189. VIOLADO o DIREITO, NASCE para o titular a PRETENSÃO, a qual se EXTINGUE, pela PRESCRIÇÃO, nos prazos a que
aludem os arts. 205 e 206.
2012 - MPE-SP / 2018 - PGE-SC /

Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão.


2010 - PGE-GO / VUNESP - 2012 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / FCC - 2015 - TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO /

 A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão. (certa) 2010 - MPE-SC


 A exceção possui prazo autônomo e diverso que a pretensão. (errada) VUNESP - 2015 - TJ-SP - JUIZ SUBSTITUTO
 Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue pela prescrição; a exceção prescreve nos prazos processuais previstos
em lei especial, não havendo coincidência com os prazos da pretensão, em razão da sua disciplina própria. (errada) VUNESP - 2018 - PC-BA -
DELEGADO DE POLÍCIA

Art. 191. A RENÚNCIA da prescrição pode ser EXPRESSA ou TÁCITA, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de TERCEIRO, DEPOIS
que a prescrição se consumar; TÁCITA é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.
2010 - MPE-SP / 2012 - PGE-AC / 2012 - TJ-DFT – JUIZ / 2013 - PGE-GO / 2013 - TJ-SC – JUIZ / VUNESP - 2013 - MPE-ES / 2013 - PGE-GO / 2014 - MPE-MT / 2014 - MPE-MG / 2015 – PGFN / FCC - 2016 - DPE-BA /
VUNESP - 2018 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO /

Ex.: Se, após prescrita a dívida, o devedor ajuizar ação de consignação em pagamento, não deve o juiz decretar de ofício a prescrição, uma vez
que o Código Civil não extinguiu a renúncia à prescrição. (certa) CESPE - 2009 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
O devedor que paga uma obrigação prescrita não possui o direito de repetir o pagamento. (certa) 2009 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 Não é admissível renúncia prévia de prescrição, nem de prescrição em curso, mas só da consumada. (certa) 2005 - MPE-SP
 Admite-se renúncia prévia de prescrição, desde que não prejudique terceiro. (errada) 2005 - MPE-SP
 A renúncia da prescrição, que pode ser realizada de forma expressa ou tácita, somente pode ser feita validamente após ter-se consumado a
prescrição, ou seja, a renúncia prévia não é aceita pelo Código Civil. (certa) CESPE - 2009 - DPE-AL
 A renúncia da prescrição pode ocorrer ainda que não escoado o respectivo prazo. (errada) 2009 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 Admite-se a renúncia antes de consumada a prescrição. (errada) 2010 - DPE-GO
 Aquele que cumpre obrigação prescrita tem direito à repetição de indébito, pois não há renúncia tácita da prescrição. (errada) 2011 - DPE-AM
 O Código Civil não admite a renúncia tácita à prescrição. (errada) 2011 - MPE-PB
 É válida a renúncia à prescrição antes de sua consumação, se não houver prejuízo a terceiros. (errada) 2012 - MPE-GO
 A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita. (certa) CESPE - 2012 - MPE-PI
 O pagamento de dívida prescrita constitui-se em verdadeira renúncia do favor da prescrição pelo devedor. (certa) 2012 - PGR - PROCURADOR DA
REPÚBLICA

 A renúncia da prescrição só valerá se for expressa e for feita depois que a prescrição se consumar. (errada) FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE
POLÍCIA
 No tocante à prescrição, pode ser objeto de renúncia expressa previamente convencionada pelas partes. (errada) FCC - 2012 - PGE-SP
 A prescrição não admite renúncia, nem após a sua consumação. (errada) FUNCAB - 2013 - PC-ES - DELEGADO DE POLÍCIA
 O pagamento voluntário de uma dívida pelo devedor, após o esgotamento do prazo para a respectiva cobrança não é considerado
como renúncia à prescrição, uma vez que já se esgotou o lapso prescricional. (errada) 2013 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 A renúncia à prescrição pode ser expressa ou tácita e ocorrer mesmo antes de a prescrição se consumar. (errada) CESPE - 2014 - MPE-AC
 Diferentemente do que ocorre com a renúncia expressa, o Código Civil estabelece que a renúncia tácita à prescrição somente poderá ocorrer
após a consumação do prazo. (errada) CESPE - 2015 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
 É possível a renúncia antecipada a prescrição sempre que o titular puder desistir antecipadamente do direito. (errada) 2015 - PGR - PROCURADOR
DA REPÚBLICA

 O Código Civil veda a renúncia tácita da prescrição e permite-a na forma expressa. O ato da renúncia, todavia, só valerá sendo feito, sem
prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar. (errada) 2016 - MPE-SC
 A renúncia à prescrição poderá ser expressa ou tácita e deve ser realizada depois que se consumar. (certa) 2016 - DPE-MT
 Desde que haja consenso entre os envolvidos, é possível a renúncia prévia da decadência determinada por lei. (errada) CESPE - 2016 - PC-PE -
DELEGADO DE POLÍCIA

 É válida a renúncia da prescrição, desde que determinada expressamente antes da sua consumação. (errada) CESPE - 2016 - PC-PE - DELEGADO DE
POLÍCIA

 A renúncia à prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, antes de a prescrição se consumar;
tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição. (errada) VUNESP - 2018 - PC-BA - DELEGADO DE
POLÍCIA

 No Direito Civil brasileiro atual, a prescrição admite renúncia tácita, quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a
prescrição. (certa) FCC - 2018 - DPE-AP
 A renúncia à prescrição é válida desde que seja expressa, não cause prejuízos a terceiros e seja realizada depois que a prescrição se
consumar. (errada) CESPE - 2019 - MPE-PI
 O pagamento de dívida prescrita caracteriza renúncia tácita da prescrição. (certa) CESPE - 2021 - PGE-CE

Art. 192. Os prazos de prescrição NÃO podem ser alterados por acordo das partes.
FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA / 2014 - MPE-MT / CESPE - 2014 - MPE-AC / 2015 - PGFN / CESPE - 2018 - PROCURADOR MUNICIPAL /

 Os contratantes podem, desde que mediante prévio acordo por escrito, diminuir os prazos prescricionais estabelecidos no Código Civil, mas
não é lícito que eles aumentem o referido prazo, pois isso configuraria violação de norma de ordem pública. (errada) CESPE - 2009 - TRF - 5ª REGIÃO
- JUIZ FEDERAL

 Os prazos de prescrição somente podem ser alterados por acordo das partes. (errada) 2010 - MPE-SC
 Os prazos de prescrição, via de regra, podem ser alterados por acordo das partes. (errada) FUNDEP - 2011 - MPE-MG
 De acordo com o Código Civil, os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo das partes. (errada) CESPE - 2012 - MPE-PI
 Quando referentes a direitos indisponíveis, os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo das partes. (errada) CESPE - 2013 - TJ-RN –
JUIZ

 Os prazos da prescrição podem ser alterados por acordo entre as partes. (errada) CESPE - 2013 - DPE-DF
 Os prazos de prescrição podem ser fixados ou alterados por vontade das partes. (errada) 2013 - PGE-GO
 Quando referentes a direitos indisponíveis, os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo das partes. (errada) CESPE - 2013 - TJ-RN -
JUIZ

 A renúncia da prescrição pode ser suprida pelo juiz, de ofício, quando favorecer o incapaz. (errada) 2014 - MPE-MG
 A prescrição é causa extintiva da pretensão de direito material pelo seu não exercício, no prazo fixado em lei. Além disso, os prazos
prescricionais não podem, em hipótese alguma, ser alterados por acordo das partes. (certa) 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
 Por ser medida que vai ao encontro do interesse público, a redução dos prazos prescricionais é permitida pelo Código Civil. (errada) CESPE -
2015 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

 Os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo das partes. (errada) 2017 - PGE-AC
 Os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo das partes. (errada) VUNESP - 2018 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA
 Os prazos prescricionais, em regra, são aqueles definidos por lei; contudo, por acordo das partes, eles podem ser alterados e novas causas
de interrupção e suspensão podem ser criadas. (errada) CESPE - 2019 - MPE-PI
 As partes, de comum acordo, podem alterar o prazo de prescrição. (errada) CESPE - 2021 - PGE-CE

Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.
FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA / FUNCAB - 2013 - PC-ES - DELEGADO DE POLÍCIA / CESPE - 2013 - DPE-DF / 2014 - MPE-MG / 2014 - DPE-PR / 2015 – PGFN / VUNESP - 2016 - TJM-SP - JUIZ DE
DIREITO SUBSTITUTO / FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLICIA CIVIL / VUNESP - 2018 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA / VUNESP - 2018 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO /

 A prescrição pode ser alegada, em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita, mas não poderá ser arguida em sede de recurso
especial ou extraordinário se não tiver sido suscitada na instância ordinária. (certa) CESPE - 2009 – AGU
 Quanto à prescrição, pode ser alegada, em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita. (certa) FUNDEP - 2011 - MPE-MG
 A prescrição só pode ser alegada a quem aproveita em primeiro grau de jurisdição. (errada) VUNESP - 2012 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
 A prescrição não pode ser arguida em grau recursal. (errada) CESPE - 2016 - PC-PE - DELEGADO DE POLÍCIA
.

É assente nesta Corte que a ausência de enfrentamento da matéria pelo Tribunal estadual impede o acesso à instância especial, porquanto não
preenchido o requisito constitucional do prequestionamento.3. De igual modo, a jurisprudência do STJ possuiu o entendimento de que as
matérias de ordem pública também devem atender ao pressuposto constitucional do prequestionamento. Precedentes. (AgInt nos EDcl no REsp
1892048/RJ, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/02/2021, DJe 08/02/2021)

 Na instância excepcional (recurso extraordinário e recurso especial), não se admite a alegação, pela primeira vez, nem da decadência, nem
da prescrição, pois o art. 102, caput e inciso III, e o art. 105, caput e inciso III, ambos, da Constituição Federal de 1988, exigem, para a
admissibilidade dos recursos respectivos, que as referidas matérias já tenham sido decididas na instância ordinária. (certa) 2014 - TRF - 4ª REGIÃO
- JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

 Embora haja previsão legal de que a prescrição possa ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita, para que a
parte possa alegar a prescrição nos tribunais superiores (STF e STJ), a matéria deve ter sido prequestionada nas instâncias ordinárias. (certa)
2014 - MPE-MT

Art. 194. (Revogado pela Lei nº 11.280/2006)


ENUNCIADO 295 CJF: A revogação do art. 194 do Código Civil pela Lei n. 11.280/2006, que determina ao juiz o reconhecimento de
ofício da prescrição, não retira do devedor a possibilidade de renúncia admitida no art. 191 do texto codificado.
ENUNCIADO 581 CJF: Em complemento ao Enunciado 295, a decretação ex officio da prescrição ou da decadência deve ser
precedida de oitiva das partes.

Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que
derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
 Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais que derem causa à prescrição
ou não a alegarem oportunamente. (certa) VUNESP - 2018 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.
FCC - 2016 - PGE-MA / 2017 - PGE-AC / VUNESP - 2018 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA

 A prescrição iniciada contra o de cujus continuará a correr contra seus sucessores, sem distinção entre singulares e universais; logo,
continuará a correr contra o herdeiro, o cessionário ou o legatário, salvo se for absolutamente incapaz. (certa) 2011 - MPE-MS
 A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor. (certa) FUNDEP - 2011 - MPE-MG
 A prescrição iniciada contra uma pessoa não continua a correr contra o seu sucessor. (errada) VUNESP - 2013 - TJ-RJ – JUIZ
A prescrição iniciada contra uma pessoa nem sempre continua a correr contra o seu sucessor. (certa) 2019 - MPE-GO - Obs. Lembrar que o sucessor
pode ser um menor absolutamente incapaz e, assim, a prescrição não continuará correndo.

SEÇÃO II: DAS CAUSAS QUE IMPEDEM OU SUSPENDEM A PRESCRIÇÃO


Art. 197. NÃO corre a prescrição:
2009 - DPE-MG / 2012 - MPE-SP / 2015 – MPDFT / FCC - 2015 - TJ-GO - JUIZ SUBSTITUTO / FCC - 2018 - DPE-AP / VUNESP - 2018 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA /

I - entre os CÔNJUGES  na CONSTÂNCIA DA SOCIEDADE CONJUGAL;

II - entre ASCENDENTES e DESCENDENTES,  DURANTE O PODER FAMILIAR;

III - entre TUTELADOS ou CURATELADOS e seus tutores ou CURADORES,  DURANTE A TUTELA OU CURATELA.
.
A separação de fato por longo período mitiga a regra do art. 197, I, do CC/02, que obsta a fluência da prescrição entre cônjuges.
Mesmo não estando prevista no rol do art. 1.571, a separação de fato muito prolongada, ou por tempo razoável, também pode
ser considerada como causa de dissolução da sociedade conjugal e, em assim sendo, não tem o condão de impedir a fluência
do prazo prescricional da pretensão de partilha de bens de ex-cônjuges. STJ. 3ª Turma. REsp 1.660.947-TO, 05/11/2019 (Info 660)
A separação de fato de um casal é suficiente para cessar a causa impeditiva da fluência do prazo prescricional prevista no art.
197, I, do CC. Logo, estando o casal separado de fato, é possível iniciar a contagem do prazo para a prescrição aquisitiva do
imóvel (usucapião). STJ. 3ª Turma. REsp 1.693.732-MG, 05/05/2020 (Info 671).
.
Art. 198. Também NÃO CORRE a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3º;
CESPE - 2013 - TJ-MA – JUIZ / CESPE - 2013 - DPE-RR / VUNESP - 2013 - MPE-ES / CESPE - 2014 - MPE-AC / VUNESP - 2014 - PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA / 2014 - DPE-PR / VUNESP - 2015 - PC-CE - DELEGADO
DE POLÍCIA CIVIL / 2015 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA / 2017 - MPE-RS / VUNESP - 2018 - TJ-SP - JUIZ SUBSTITUTO /

 Não corre a prescrição contra os relativamente incapazes. (errada) 2009 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 Não corre a prescrição em face dos relativamente e absolutamente incapazes. (errada) 2011 - DPE-AM
 Corre a prescrição contra absolutamente incapaz. (errada) FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA
 A prescrição não corre contra os absolutamente incapazes nem contra os relativamente incapazes. (errada) CESPE - 2013 - TJ-RN – JUIZ
 Não corre prescrição contra o relativamente incapaz. (errada) UFMT - 2016 - DPE-MT
 Sobre a prescrição e a decadência, é correto afirmar contra os ébrios habituais, os viciados em tóxico e aqueles que, por causa transitória
ou permanente, não puderem exprimir sua vontade, a prescrição e a decadência correm normalmente.
 Aos 12 anos, João foi violentamente espancado por Reginaldo, vizinho de seus pais, o qual lhe desferiu golpes de vara e chicotadas, que
deram causa a danos morais e estéticos. Seis anos depois, ajuizou ação compensatória contra Reginaldo. Este, por sua vez, alegou prescrição.
A alegação de Reginaldo não deve ser acolhida, pois não transcorreu o lapso prescricional. (certa) FCC - 2014 - DPE-PB
 Não corre a prescrição contra os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos, salvo se existente uma das hipóteses de
cessação da incapacidade. (errada) VUNESP - 2015 - PC-CE - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

II - contra os ausentes do país em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
FUNDEP - 2014 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / VUNESP - 2014 - PROCURADOR MUNICIPAL

Ex.: Um servidor público federal vende seu veículo e combina o pagamento em três parcelas, no último dia de cada mês, em março, abril e
maio de 2012. No início de abril de 2012, é mandado pelo governo federal para trabalhar em outro país, pelo prazo de dez anos. Ao retornar,
poderá receber as parcelas remanescentes do preço pois a prescrição não corre contra ausentes do país em serviço público da União, dos estados
ou dos municípios. (certa) 2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA

 O prazo prescricional suspenso contra servidor ausente do país em serviço público da União voltará a fluir caso esse servidor retorne ao
Brasil ainda que por breve período, como o de férias, por exemplo. (errada) CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
 Não corre prescrição contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, ainda que não seja tempo de guerra. (errada) VUNESP - 2013 - TJ-
RJ – JUIZ

 Não corre a prescrição contra os que se acharem a serviço das Forças Armadas, em tempo de paz. (errada) FUNDEP - 2014 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO

 Não corre a decadência PRESCRIÇÃO


contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. (errada) VUNESP - 2016 - TJM-SP
- JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:

I - pendendo condição suspensiva;


Obs.: Condição suspensiva é um evento futuro e incerto que suspende a aquisição do direito, bem como a eficácia de um ato jurídico. TERMO
tem a mesma eficácia dessa condição suspensiva. Antes do termo não corre qualquer prescrição eis que o contrato ainda não teve seu início.
 Não corre prescrição pendendo condição resolutiva expressa. (errada) FCC - 2009 - PGE-SP
 Não corre a prescrição pendendo condição suspensiva. (certa) FCC - 2011 - PGE-MT
 A prescrição não corre na pendência de condição suspensiva. (certa) CESPE - 2016 - PC-PE - DELEGADO DE POLÍCIA
.
SÚMULA 229-STJ: O pedido do pagamento de indenização à seguradora suspende o prazo de prescrição até que o segurado
tenha ciência da decisão.
CESPE - 2013 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL /

II - não estando vencido o prazo;

III - pendendo ação de evicção.


FUNDEP - 2014 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

 Não corre na pendência de ação de evicção. (certa) FCC - 2012 - PGE-SP


 Não corre prescrição pendente condição suspensiva ou ação de evicção. (certa) FCC - 2015 - TJ-RR - JUIZ SUBSTITUTO
 A pendência de ação de evicção é causa obstativa da prescrição. (certa) 2015 - DPE-PA
 Corre a prescrição, ainda que pendente ação de evicção. (errada) 2017 - PGE-AC

Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva
sentença definitiva.
FCC - 2009 - PGE-SP / FCC - 2009 - MPE-CE / 2010 - MPE-SC / FUNDEP - 2011 - MPE-MG /

O art. 200 do CC/2002 assegura que o prazo prescricional não comece a fluir antes do trânsito em julgado da sentença penal,
independentemente do resultado da ação na esfera criminal. STJ. 3ª Turma. REsp 1.987.108-MG, 29/03/2022 (Info 732).
.
 Quando o ato ilícito deva ser apurado no juízo criminal, não corre prescrição antes da respectiva sentença definitiva, não sendo bastante para
permitir a fluência do prazo mera sentença penal recorrível. (certa) 2009 - TJ-SC – JUIZ
 A responsabilidade civil e independente da criminal, porém quando o pedido indenizatório se originar de fato que deva ser apurado no juízo
criminal, não corre prescrição antes da respectiva sentença definitiva. (certa) FCC - 2009 - TJ-AP - JUIZ
 A apuração dos fatos no juízo criminal, em regra, impede o curso da prescrição no âmbito civil. (certa) VUNESP - 2015 - PC-CE – DELEGADO
 Quando o direito à indenização fundada na responsabilidade civil extracontratual originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, o
prazo prescricional começa a fluir com o trânsito em julgado da sentença no processo criminal. (certa) FCC - 2021 - TJ-GO - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 201. SUSPENSA a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for
INDIVISÍVEL.
FCC - 2009 - MPE-CE / 2011 - TJ-RO - JUIZ SUBSTITUTO / 2012 - TJ-DFT – JUIZ / 2012 - MPE-GO / 2014 - MPE-MT

 Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível. (certa) FCC - 2009 - PGE-
SP

 Tratando-se de obrigação não suscetível de fracionamento, suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, aos demais será
estendida. (certa) 2010 - MPE-SP
 A suspensão da prescrição em favor de um dos credores solidários não aproveitará os demais se a obrigação for indivisível. (errada) VUNESP -
2013 - TJ-RJ – JUIZ

 A suspensão da prescrição em favor de um dos credores solidários aproveita incondicionalmente aos demais. (errada) VUNESP - 2015 - TJ-SP -
JUIZ SUBSTITUTO

 Na solidariedade ativa, se para um dos credores não corre a prescrição, por ser incapaz ou menor, a causa obstativa não aproveita aos
demais, em nenhuma hipótese, porque se trata de causa pessoal de interrupção. (errada) 2015 - DPE-PA
 Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível. (certa) FCC - 2020 - TJ-MS
- JUIZ SUBSTITUTO

SEÇÃO III: DAS CAUSAS QUE INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO


A interrupção da prescrição, que pode ser promovida por qualquer interessado, pode ocorrer uma única vez. Entre as causas
da interrupção inclui-se o despacho do juiz, ainda que incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo
e na forma da lei processual. (certa) CESPE - 2013 - DPE-DF

Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
FCC - 2009 - MPE-CE / 2010 - MPE-SC / VUNESP - 2018 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO /

 Em qualquer caso, a interrupção da prescrição somente poderá ocorrer uma única vez. (certa) 2010 - TJ-PR – JUIZ

I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei
processual;
2015 - PGFN

CPC. art. 240 § 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente,
retroagirá à data de propositura da ação.
 A citação realizada em ação que tenha terminado com a resolução do processo sem julgamento do mérito não é apta a interromper a
prescrição. (errada) CESPE - 2009 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 Quando decorrente de despacho que ordena a citação, a interrupção dar-se-á ainda que determinada por juiz incompetente. (certa) 2010 - TJ-PR
– JUIZ

II - por PROTESTO, nas condições do inciso antecedente;

III - por PROTESTO CAMBIAL;

IV - pela APRESENTAÇÃO DO TÍTULO DE CRÉDITO em juízo de inventário ou em concurso de credores;


 A apresentação de título de crédito em juízo de inventário é hipótese de interrupção da prescrição. (certa) VUNESP - 2014 - DPE-MS

V - por QUALQUER ATO JUDICIAL que constitua em mora o devedor;


2016 - DPE-MT /

 A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor. (certa)
VUNESP - 2012 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

 O envio de notificação extrajudicial, pelo credor, é causa de interrupção da prescrição. (errada) VUNESP - 2014 - PROCURADOR MUNICIPAL

VI - por QUALQUER ATO INEQUÍVOCO, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.
Obs. Trata-se da ÚNICA CAUSA DE INTERRUPÇÃO POR PARTE DO DEVEDOR.

 Ato extrajudicial do devedor de inequívoco reconhecimento da dívida interrompe a prescrição. (certa) 2009 - TJ-SC – JUIZ
 Ação consignatória presta-se para interromper a prescrição. (certa) CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 O reconhecimento do direito pelo devedor constitui causa de interrupção da prescrição. (certa) CESPE - 2013 - TJ-RN - JUIZ
.

O pedido de concessão de prazo para analisar documentos com o fim de verificar a existência de débito não tem o condão de
interromper a prescrição. 06/02/2018 (INFO 619).
Obs.: “A lei não especificou que atos, judiciais ou extrajudiciais, poderiam ensejar a interrupção da prescrição, deixando ao
magistrado essa tarefa. É certo, contudo, que o reconhecimento deve ser inequívoco, motivo pelo qual a eventual existência de
dúvida quanto à sua configuração já afasta o efeito estabelecido na norma.”28
Parágrafo único. A prescrição INTERROMPIDA RECOMEÇA a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo
para a interromper.
CESPE - 2014 - MPE-AC

 A prescrição interrompe-se ou suspende-se nos casos taxativos enumerados em lei; na interrupção o prazo anterior não é computado e na
suspensão soma-se o prazo anterior ao seu início. (certa) FCC - 2010 - TJ-MS – JUIZ
 A interrupção da prescrição pode se dar por qualquer interessado, somente poderá ocorrer uma vez e, após interrompida, recomeça a correr
da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper. (certa) VUNESP - 2018 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA

Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por QUALQUER INTERESSADO.


 A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado. (certa) 2013 - MPE-SP

Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor NÃO aproveita aos outros; SEMELHANTEMENTE, a interrupção operada contra
o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados. ESAF - 2015 – PGFN
 A interrupção da prescrição é comum, aproveitando, em qualquer caso, a todos os credores ainda que somente um a tenha promovido.
(errada) 2009 - TJ-SC – JUIZ

 A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros. (certa) 2013 - MPE-SP
 A interrupção da prescrição por um credor aproveita aos outros. (errada) VUNESP - 2015 - TJ-SP - JUIZ SUBSTITUTO
 A interrupção da prescrição por um credor aproveita aos outros. (errada) 2017 - PGE-AC
 A interrupção da prescrição é comum, aproveitando, em qualquer caso, a todos os credores ainda que somente um a tenha promovido.
(errada) FUMARC - 2018 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO

 A interrupção da prescrição por um credor aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o codevedor, ou seu
herdeiro, prejudica aos demais coobrigados. (errada) FCC - 2020 - TJ-MS - JUIZ SUBSTITUTO

§ 1º A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor
solidário envolve os demais e seus herdeiros.
 A interrupção da prescrição, quando efetuada contra o devedor solidário, envolverá os demais, incluindo os seus herdeiros. (certa) CESPE - 2009
- DPE-ES

 Caso um dos credores solidários interpele judicialmente o devedor quanto à interrupção da prescrição, tal fato não aproveitará aos demais
credores que se quedaram inertes. (errada) CESPE - 2009 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 A interrupção da prescrição efetuada contra o devedor solidário estende-se aos demais, havendo, assim, comunicação dos efeitos
interruptivos. (certa) 2012 - MPE-RJ
 A interrupção da prescrição por um dos credores solidários aproveita aos outros. (certa) VUNESP - 2016 - PROCURADOR MUNICIPAL

§ 2º A INTERRUPÇÃO operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores,
senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis.
 A interrupção da prescrição operada contra um dos herdeiros do devedor solidário prejudica os outros herdeiros ou devedores, quando se
trate de obrigações e direitos indivisíveis. (certa) 2014 - MPE-MA

§ 3º A interrupção produzida contra o PRINCIPAL devedor prejudica o FIADOR.


 A interrupção produzida contra o principal devedor não prejudica o fiador. (errada) 2013 - MPE-SP
.

INTERRUPÇÃO CONTRA O PRINCIPAL PREJUDICA O FIADOR

NÃO PREJUDICA O PRINCIPAL,


INTERRUPÇÃO CONTRA O FIADOR
salvo se a obrigação for solidária.

28
(Código civil interpretado, Vol. 1, Parte Geral e Obrigações. Rio de Janeiro: Renovar, 2ª ed., 2007, p. 390). - CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Pedido do devedor de prazo para analisar se existe mesmo o débito
não pode ser considerado como ato que interrompe a prescrição (art. 202, VI, do CC). Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/5faf461eff3099671ad63c6f3f094f7f>. Acesso em: 08/06/2022
Relativamente à hipótese de interrupção da contagem do prazo prescricional operada contra o fiador, é correto afirmar que ela
não prejudica o devedor afiançado quando a relação não envolva obrigação solidária passiva. (certa) 2018 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
SUBSTITUTO

Como regra, a interrupção operada contra o fiador não prejudica o devedor afiançado. Isso porque o principal não segue a sorte do
acessório. Existe, no entanto, uma exceção: a interrupção em face do fiador poderá, sim, excepcionalmente, acabar prejudicando o
devedor principal nas hipóteses em que a referida relação for reconhecida como de devedores solidários, ou seja, caso o fiador tenha
renunciado ao benefício ou se obrigue como principal pagador ou devedor solidário. STJ. 4ª Turma. REsp 1.276.778-MS, 28/3/2017 (Info 602).
SEÇÃO IV: DOS PRAZOS DA PRESCRIÇÃO

# Art. 205. A prescrição ocorre em 10 (dez) anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
A pretensão indenizatória decorrente do inadimplemento contratual sujeita-se ao prazo prescricional decenal (art. 205 do código civil), se não
houver previsão legal de prazo diferenciado. STJ. Corte Especial. 15/05/2019 (INFO 649).

 O prazo de prescrição da pretensão de reparação civil aquiliana é o trienal, e o prazo de prescrição da pretensão indenizatória em decorrência
de ilícito contratual é o ordinário de dez anos. (certa) VUNESP - 2021 - TJ-SP - JUIZ SUBSTITUTO
.
 A prescrição ocorre em 20 (vinte) anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. (errada) FCC - 2009 - PGE-SP
 O prazo máximo da prescrição é de dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. (certa) 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
 A prescrição ocorre em vinte anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. (errada) 2017 - PGE-AC

Art. 206. Prescreve:

§ 1º Em 1 (um) ANO:

I – a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento
da hospedagem ou dos alimentos;

II – a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:


CESPE - 2009 - AGU / 2010 - TJ-SC – JUIZ / CESPE - 2010 - MPE-RO /

a) para o SEGURADO, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização
proposta pelo terceiro prejudicado, OU da data que a este indeniza, com a anuência do segurador;

b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;

III – a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos,
custas e honorários;
 Prescreve em três UM anos a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de
emolumentos, custas e honorários; (errada) 2014 - MPE-MA

IV – a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima,
contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o laudo;

V – a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de
encerramento da liquidação da sociedade.

§ 2º Em 2 (dois) ANOS, a pretensão para haver PRESTAÇÕES ALIMENTARES, a partir da data em que se vencerem.
2010 - MPE-SC / CESPE - 2013 - DPE-RR

 A pretensão para haver prestações alimentares não pagas prescreve em 03 (três) anos a partir da data em que se vencerem. (errada) FCC - 2014
- DPE-RS

§ 3º Em 3 (três) ANOS:

I – a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;


 O prazo para cobrança de alugueres de prédios urbanos é de 4 (quatro) anos. (errada) 2011 - MPE-SP

II – a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;

III – a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano,
com capitalização ou sem ela;
2018 - PGE-SC

IV – a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;


 Prescreve em cinco TRÊS
anos a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa; (errada) 2014 - MPE-MA
V – a pretensão de reparação civil;
VUNESP - 2009 - TJ-MT – JUIZ / 2014 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO / FCC - 2018 - PGE-TO

O prazo de prescrição da pretensão de reparação civil aquiliana é o trienal, e o prazo de prescrição da pretensão indenizatória em decorrência
de ilícito contratual é o ordinário de dez anos. (certa) VUNESP - 2021 - TJ-SP - JUIZ SUBSTITUTO

VI – a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a
distribuição;
2018 - PGE-SC

VII – a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo:

a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;

b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha
sido praticada, ou da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar conhecimento;

c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à violação;

VIII – a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial;
 Em um ano, a contar do vencimento, prescreve a pretensão para haver o pagamento de título de crédito. (errada) FUNDEP - 2014 - PROCURADOR
MUNICIPAL

IX – a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de RESPONSABILIDADE CIVIL
OBRIGATÓRIO.
CESPE - 2013 - TJ-MA - JUIZ

§ 4º Em 4 (quatro) ANOS, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.
2018 - PGE-SC

§ 5º Em 5 (cinco) ANOS:

I – a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento PÚBLICO ou PARTICULAR;


2018 - PGE-SC

 Prescreve em três CINCO anos a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular. (errada) 2011 - TJ-RO
- JUIZ SUBSTITUTO

II – a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado
o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;
2018 - PGE-SC

 Prescreve em quatro CINCO anos a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus
honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato. (errada) 2010 - PGE-GO

III – a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.

Art. 206-A. A prescrição intercorrente observará o mesmo prazo de prescrição da pretensão, observadas as causas de
impedimento, de suspensão e de interrupção da prescrição previstas neste Código e observado o disposto no art. 921 da Lei nº
13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil. (Redação dada Pela Medida Provisória nº 1.085, de 2021)
TABELA DE PRAZOS PRESCRICIONAIS
 HOSPEDEIROS/FORNECEDORES – HOSPEDAGEM/ALIMENTOS
 SEGURADO CONTRA O SEGURADOR
 PRETENSÃO DOS TABELIÃES, AUXILIARES DA JUSTIÇA, SERVENTUÁRIOS JUDICIAIS, ÁRBITROS E PERITOS,
PELA PERCEPÇÃO DE EMOLUMENTOS, CUSTAS E HONORÁRIOS
01 ano
 A PRETENSÃO CONTRA OS PERITOS (PELA AVALIAÇÃO DOS BENS QUE ENTRARAM PARA A FORMAÇÃO DO
CAPITAL DE SOCIEDADE ANÔNIMA)
 A PRETENSÃO DOS CREDORES NÃO PAGOS CONTRA OS SÓCIOS OU ACIONISTAS E OS LIQUIDANTES,
CONTADO O PRAZO DA PUBLICAÇÃO DA ATA DE ENCERRAMENTO DA LIQUIDAÇÃO DA SOCIEDADE.

02 anos  PRESTAÇÕES ALIMENTARES


 ALUGUÉIS DE PRÉDIOS URBANOS OU RÚSTICOS;
 PRESTAÇÕES VENCIDAS DE RENDAS TEMPORÁRIAS OU VITALÍCIAS;
 JUROS, DIVIDENDOS OU QUAISQUER PRESTAÇÕES ACESSÓRIAS, PAGÁVEIS, EM PERÍODOS NÃO MAIORES DE
UM ANO, COM CAPITALIZAÇÃO OU SEM ELA;
03 anos  RESSARCIMENTO DE ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA;
 REPARAÇÃO CIVIL;
 RESTITUIÇÃO DOS LUCROS OU DIVIDENDOS RECEBIDOS DE MÁ-FÉ
 PRETENSÃO CONTRA AS PESSOAS EM SEGUIDA INDICADAS POR VIOLAÇÃO DA LEI OU DO ESTATUTO,

04 anos  PRETENSÃO RELATIVA À TUTELA


 COBRANÇA DE DÍVIDAS LÍQUIDAS CONSTANTES DE INSTRUMENTO PÚBLICO OU PARTICULAR;
 PRETENSÃO DOS PROFISSIONAIS LIBERAIS EM GERAL, PROCURADORES JUDICIAIS, CURADORES E
05 anos PROFESSORES PELOS SEUS HONORÁRIOS
 PRETENSÃO DO VENCEDOR PARA HAVER DO VENCIDO O QUE DESPENDEU EM JUÍZO.

JURISPRUDÊNCIA SOBRE PRAZOS PRESCRICIONAIS [DOD]


 5 anos o prazo para cobrar dívida de empresa com o plano de saúde materializada em boleto bancário. (17/09/2019 – Info 657)
 A ação de repetição de indébito por cobrança indevida de valores referentes a serviços não contratados de telefonia fixa tem
prazo prescricional de 10 (dez) anos. (STJ. Corte Especial. 20/02/2019 – Info 651).
 Responsabilidade civil EXTRACONTRATUAL (reparação civil): 3 anos (art. 206, § 3º, V, do CC). 27/06/2018 (Info 632).
 Responsabilidade CONTRATUAL (inadimplemento contratual): 10 anos (art. 205 do CC). 27/06/2018 (Info 632).
 O pedido de concessão de prazo para analisar documentos com o fim de verificar a existência de débito não tem o condão de
interromper a prescrição. 06/02/2018 (Info 619).
 A interrupção da prescrição ocorre somente uma única vez para a mesma relação jurídica, isto é, independentemente de seu
fundamento. 22/02/2022 (Info 727).
 Prescreve em 1 ano a pretensão relativa a contrato de transporte terrestre de cargas (antes e depois da vigência do Código Civil
de 2002.). 26/10/2021 (Info 717).
 É de 10 anos o prazo prescricional para pretensão indenizatória decorrente de vício construtivo. 20/04/2021 (Info 693)
 Prazo prescricional para o importador pleitear indenização do transportador marítimo em razão de extravio, perda ou avaria da
carga transportada: 1 ano. 09/03/2021 (Info 688).
 A separação de fato por tempo razoável mitiga a regra do art. 197, I, do Código Civil. 05/11/2019 (Info 660).
 É de 5 anos o prazo para cobrar dívida de empresa com o plano de saúde materializada em boleto bancário. 17/09/2019 (Info 657).
 Prazo prescricional para a repetição de indébito por cobrança indevida de valores referentes a serviços de telefonia fixa não
contratados: 10 anos. 20/02/2019 (Info 651).
Qual é o prazo prescricional para que o beneficiário de plano de previdência complementar requeira a devolução de valores que
foram descontados indevidamente?

1ª CORRENTE: 3 anos. Fundamento: art. 206, § 3º, IV, do Código Civil (enriquecimento sem causa). A prescrição da pretensão
de devolução de parcelas descontadas indevidamente dos vencimentos dos beneficiários de contrato de previdência privada é de
3 anos, estabelecida no art. 206, § 3º, IV, do Código Civil, por se tratar de ressarcimento de enriquecimento sem causa. STJ. 4ª
Turma. AgInt no Resp 1763228/SP, 22/06/2020.

2ª CORRENTE: 10 anos. Fundamento: art. 205 do Código Civil (prazo geral pela ausência de prazo específico). O prazo
prescricional aplicável à pretensão de restituição de contribuições descontadas indevidamente dos beneficiários de contrato de
previdência complementar é de 10 anos. STJ. 3ª Turma. Resp 1803627-SP, 23/06/2020 (Info 675).

LEI 9.307/96 - ARBITRAGEM


Art. 19. § 2º A instituição da arbitragem INTERROMPE a prescrição, retroagindo à data do requerimento de sua instauração, ainda
que extinta a arbitragem por ausência de jurisdição.

SÚMULAS

SÚMULA 547-STJ: Nas ações em que se pleiteia o ressarcimento dos valores pagos a título de participação financeira do consumidor
no custeio de construção de rede elétrica, o prazo prescricional é de vinte anos na vigência do Código Civil de 1916. Na vigência do
Código Civil de 2002, o prazo é de cinco anos se houver previsão contratual de ressarcimento e de três anos na ausência de cláusula
nesse sentido, observada a regra de transição disciplinada em seu art. 2.028.

SÚMULA 106-STJ: Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo
da justiça, não justifica o acolhimento da arguição de prescrição ou decadência

SÚMULA 154-STF: Simples vistoria não interrompe a prescrição.


CAPÍTULO II: DA DECADÊNCIA

Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem
a prescrição.
2009 - TJ-MG - JUIZ / FCC - 2012 - PROCURADOR MUNICIPAL / 2013 - TJ-PR – JUIZ / CESPE - 2013 - DPE-DF / 2014 - MPE-MA / FCC - 2015 - TJ-RR - JUIZ SUBSTITUTO / VUNESP - 2016 - TJM-SP - JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO / VUNESP - 2018 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / FCC - 2020 - TJ-MS - JUIZ SUBSTITUTO

 Em regra, aplicam-se à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. (errada) FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO
DE POLICIA CIVIL

Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I [ABSOLUTAMENTE INCAPAZ].
 As normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição nunca se aplicam à decadência. (errada) 2014 - MPE-MA

Art. 209. É NULA a renúncia à decadência fixada em lei.


CESPE - 2009 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / CESPE - 2013 - TJ-RN – JUIZ / 2016 - DPE-MT / VUNESP - 2016 - TJM-SP - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / VUNESP - 2018 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
 É válida a renúncia à decadência fixada em lei, desde que feita por pessoa capaz ou devidamente representada. (errada) CESPE - 2013 - TJ-RN –
JUIZ

 A decadência admite renúncia. (errada) FCC - 2010 - DPE-SP


 A decadência fixada em lei não pode ser objeto de renúncia. (certa) 2010 - MPE-SP
 Admite-se a renúncia à decadência convencional. (certa) 2010 - DPE-GO
 É nula a renúncia à decadência fixada em lei. (certa) FCC - 2012 - PROCURADOR MUNICIPAL
 A renúncia à decadência fixada em lei é válida, se feita depois que se consumar o prazo decadencial. (errada) 2012 - TJ-DFT – JUIZ
 Admite-se a renúncia à decadência estabelecida em lei depois de consumada. (errada) 2013 - PGE-GO
 Enquanto a prescrição admite renúncia, admitindo-se sua caracterização tácita desde que consumada e não haja prejuízo a terceiro, a
decadência, prevista em lei, é irrenunciável. (certa) 2014 - MPE-MT
 É nula a renúncia à decadência fixada em lei. (certa) 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

Art. 210. DEVE o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
2011 - DPE-AM / CESPE - 2012 - MPE-TO / FCC - 2013 - TJ-PE – JUIZ / CESPE - 2013 - DPE-DF / VUNESP - 2016 - TJM-SP - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLICIA CIVIL / VUNESP -
2018 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2019 - MPE-GO

 Pode o Juiz, de ofício, reconhecer a ocorrência da prescrição e da decadência legal ou convencional. (errada) FCC - 2009 - MPE-CE
 O juiz pode conhecer de ofício da decadência estabelecida em lei ou convencionada pelas partes. (errada) 2013 - PGE-GO

Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o JUIZ
não pode suprir a alegação.
FCC - 2010 - TJ-MS – JUIZ / FCC - 2010 - DPE-SP / 2010 - MPE-SP / 2010 - PGE-RS / FCC - 2013 - TJ-PE - JUIZ / CESPE - 2013 - DPE-DF / VUNESP - 2016 - TJM-SP - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / VUNESP - 2018 -
TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

 O juiz pode reconhecer de ofício prescrição ou decadência, mesmo quando esta for convencional. (errada) 2009 - TJ-SC – JUIZ
 O juiz pode pronunciar de ofício a prescrição e a decadência, salvo se se tratar de decadência convencional. (certa) 2013 - TJ-PR - JUIZ
 Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a
alegação. (certa) FUMARC - 2018 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO
 O juiz deve conhecer, de ofício, a decadência prevista em lei ou a convencionada livremente pelos interessados. (errada) CESPE - 2015 - TJ-DFT -
JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
TÍTULO V: DA PROVA

Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser provado mediante:
CESPE - 2012 - TJ-PI – JUIZ / CESPE - 2012 - DPE-SE / CESPE - 2013 - MPE-RO /

I - CONFISSÃO;

II - DOCUMENTO;

III - TESTEMUNHA;

IV - PRESUNÇÃO;

V - PERÍCIA.
.
 São exemplos dos meios de prova a confissão, o documento, a testemunha, a presunção e a perícia, não havendo, em regra, hierarquia
entre os meios de prova. (certa) VUNESP - 2015 - PC-CE - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
 A confissão prevalece sobre os demais meios de prova e a prova documental, em regra, prevalece sobre a prova testemunhal. (errada) VUNESP
- 2015 - TJ-MS - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados.
2013 - MPE-MG

Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos limites em que este pode vincular o representado.
 A confissão feita pelo representante em nome do representado é sempre eficaz. (errada) CESPE - 2010 - MPE-RO
 A confissão, ato irrevogável, pode ser anulada se decorrer de erro de fato ou de coação e não terá eficácia se provier de quem não seja capaz
de dispor do direito a que se referem os fatos confessados. (certa) CESPE - 2012 - DPE-SE
 Não tem eficácia a confissão feita por menor de dezesseis anos de idade. (certa) CESPE - 2013 - MPE-RO
 A confissão como instrumento de prova de fato jurídico pode ser firmada pela parte ou por seu representante ou pode, ainda, ser obtida por
intermédio de testemunha. (errada) CESPE - 2016 - PGE-AM

Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.
 A confissão poderá ser revogada ANULADA caso seja realizada com vício de consentimento. (errada) CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 Caso o declarante se equivoque sobre a natureza do negócio jurídico, a confissão poderá ser revogada. (errada) CESPE - 2012 - TJ-CE - JUIZ
SUBSTITUTO

 Conforme as disposições do Código Civil, a confissão — reconhecimento da existência e veracidade de um fato jurídico — não pode ser
revogada nem anulada. (errada) CESPE - 2012 - TJ-AC - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 215. A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé pública, fazendo prova plena.
FCC - 2012 - MPE-AL / 2013 - MPE-MG / 2018 - PC-RS - DELEGADO DE POLÍCIA / 2018 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

 A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé pública e faz prova plena de seu conteúdo. (certa) FCC - 2010 -
PROCURADOR MUNICIPAL

 A escritura pública lavrada em notas de Tabelião é documento dotado de fé pública, fazendo prova plena. (certa) FCC - 2015 - TJ-SE - JUIZ SUBSTITUTO
 A quitação dada em escritura pública gera presunção relativa do pagamento, admitindo prova em contrário que evidencie a invalidade do
instrumento eivado de vício que o torne falso. (certa) VUNESP - 2016 - TJM-SP - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

§ 1º SALVO quando exigidos por lei outros requisitos, a escritura pública deve conter:

I - DATA e LOCAL de sua realização;

II - reconhecimento da IDENTIDADE e CAPACIDADE das partes e de quantos hajam comparecido ao ato, por si, como representantes,
intervenientes ou testemunhas;

III - nome, nacionalidade, estado civil, profissão, domicílio e residência das partes e demais comparecentes, com a indicação,
quando necessário, do regime de bens do casamento, nome do outro cônjuge e filiação;

IV - manifestação clara da vontade das partes e dos intervenientes;

V - referência ao CUMPRIMENTO das exigências legais e fiscais inerentes à legitimidade do ato;

VI - declaração de ter sido lida na presença das partes e demais comparecentes, ou de que todos a leram;

VII - assinatura das partes e dos demais comparecentes, bem como a do tabelião ou seu substituto legal, encerrando o ato.
§ 2º Se algum comparecente não puder ou não souber escrever, outra pessoa capaz assinará por ele, a seu rogo.

§ 3º A escritura será redigida na língua nacional.

§ 4º Se qualquer dos comparecentes não souber a língua nacional e o tabelião não entender o idioma em que se expressa, deverá
comparecer tradutor público para servir de intérprete, ou, não o havendo na localidade, outra pessoa capaz que, a juízo do tabelião,
tenha idoneidade e conhecimento bastantes.

§ 5º Se algum dos comparecentes não for conhecido do tabelião, nem puder identificar-se por documento, deverão participar do
ato pelo menos duas testemunhas que o conheçam e atestem sua identidade.

Art. 216. Farão a mesma prova que os originais as certidões textuais de qualquer peça judicial, do protocolo das audiências, ou
de outro qualquer livro a cargo do escrivão, sendo extraídas por ele, ou sob a sua vigilância, e por ele subscritas, assim como os
traslados de autos, quando por outro escrivão consertados.

Art. 217. Terão a mesma força probante os traslados e as certidões, extraídos por tabelião ou oficial de registro, de instrumentos
ou documentos lançados em suas notas.
2013 - MPE-MG

Art. 218. Os traslados e as certidões considerar-se-ão instrumentos públicos, SE os originais se houverem produzido em juízo
como prova de algum ato.

Art. 219. As declarações constantes de documentos assinados presumem-se verdadeiras em relação aos signatários.
 As declarações constantes de documentos assinados presumem-se verdadeiras em relação aos signatários e terceiros mencionados. (errada)
FCC - 2018 - DPE-AP

Parágrafo único. Não tendo relação direta, porém, com as disposições principais ou com a legitimidade das partes, as declarações
enunciativas não eximem os interessados em sua veracidade do ônus de prová-las.
 As declarações constantes de documentos assinados presumem-se verdadeiras em relação aos signatários, porém, não tendo relação direta
com as disposições principais ou com a legitimidade das partes, as declarações enunciativas não eximem os interessados do ônus de prová-
las. (certa) 2018 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

Art. 220. A anuência ou a autorização de outrem, necessária à validade de um ato, provar-se-á do mesmo modo que este, e
constará, sempre que se possa, do próprio instrumento.

Art. 221. O instrumento PARTICULAR, feito e assinado, ou somente assinado por quem esteja na livre disposição e administração
de seus bens, prova as obrigações convencionais de qualquer valor; mas os seus efeitos, bem como os da cessão, não se operam,
a respeito de terceiros, antes de registrado no registro público.
 Os contratos firmados por instrumento particular feito e assinado, ou somente assinado por quem esteja na livre disposição e administração
de seus bens, provam as obrigações convencionais, independentemente do seu valor, e os seus efeitos se operam em relação a terceiros,
independentemente de qualquer registro. (errada) CESPE - 2012 - DPE-SE
 O instrumento particular, feito por terceiro e somente assinado por quem esteja na livre disposição e administração de seus bens, prova as
obrigações convencionais de qualquer valor. (certa) FCC - 2018 - DPE-AP
 O instrumento particular, feito e assinado, ou somente assinado por quem esteja na livre disposição e administração de seus bens, prova as
obrigações convencionais de qualquer valor, bem como operam-se seus efeitos imediatamente em relação a terceiros, independentemente
de outras formalidades legais. (errada) FCC - 2020 - TJ-MS - JUIZ SUBSTITUTO

Parágrafo único. A prova do instrumento particular pode suprir-se pelas outras de caráter legal.

Art. 222. O telegrama, quando lhe for contestada a autenticidade, faz prova mediante conferência com o original assinado.

Art. 223. A cópia fotográfica de documento, conferida por tabelião de notas, valerá como prova de declaração da vontade, mas,
impugnada sua autenticidade, deverá ser exibido o original.
 A cópia fotográfica de documento, conferida por tabelião de notas, valerá como prova de declaração da vontade, e, ainda que impugnada sua
autenticidade, dispensa a exibição do original. (errada) FCC - 2018 - DPE-AP
Parágrafo único. A prova não supre a ausência do título de crédito, ou do original, nos casos em que a lei ou as circunstâncias
CONDICIONAREM o exercício do direito à sua EXIBIÇÃO.

Art. 224. Os documentos redigidos em língua estrangeira serão traduzidos para o português para ter efeitos legais no País.
 Os documentos redigidos em língua estrangeira não precisam ser traduzidos para o português para ter efeitos legais no Brasil. (certa) 2018 -
TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
Art. 225. As reproduções fotográficas, cinematográficas, os registros fonográficos e, em geral, quaisquer outras reproduções
mecânicas ou eletrônicas de fatos ou de coisas fazem prova plena destes, se a parte, contra quem forem exibidos, não lhes
impugnar a exatidão.
CESPE - 2012 - TJ-PI - JUIZ

Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando,
escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros subsídios.

Parágrafo único. A prova resultante dos livros e fichas não é bastante nos casos em que a lei exige escritura pública, ou escrito
particular revestido de requisitos especiais, e pode ser ilidida pela comprovação da falsidade ou inexatidão dos lançamentos.
 Os livros dos empresários e sociedades provam contra as pessoas a que pertencem e, escrituradas sem rasuras, em seu favor, confirmados
por outros subsídios. (certa) 2013 - MPE-MG

Art. 227. (Revogado); (Lei nº 13.146/2015)

Parágrafo único. Qualquer que seja o valor do negócio jurídico, a prova testemunhal é admissível como subsidiária ou
complementar da prova por escrito.

Art. 228. NÃO podem ser admitidos como testemunhas:


FCC - 2010 - PROCURADOR MUNICIPAL / 2011 - MPE-MG / CESPE - 2011 - DPE-MA / VUNESP - 2013 - TJ-RJ – JUIZ / VUNESP - 2015 - PC-CE - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL /

I - os menores de dezesseis anos;

II - (Revogado); (Lei nº 13.146/2015)

III - (Revogado); (Lei nº 13.146/2015)

IV - o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes;

V - os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes, por consangüinidade,
ou afinidade.

§ 1º Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir o depoimento das pessoas a que se refere este artigo. (Lei nº
13.146/2015)

§ 2º A pessoa com deficiência poderá testemunhar em igualdade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe assegurados
todos os recursos de tecnologia assistiva. (Lei nº 13.146/2015)
 O Código Civil estabelece que a pessoa com deficiência não poderá testemunhar, salvo se assegurados todos os recursos de tecnologia
assistiva. (errada) 2017 - PC-MS - DELEGADO DE POLÍCIA
 A pessoa com deficiência poderá testemunhar em igualdade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe assegurados todos os recursos
de tecnologia assistiva. (certa) FCC - 2020 - TJ-MS - JUIZ SUBSTITUTO
 Em nenhuma hipótese admitir-se-á depoimento de menores de dezesseis anos. (errada) FCC - 2020 - TJ-MS - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 229. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência)

Art. 230. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência)

Art. 231. Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não poderá aproveitar-se de sua recusa.

Art. 232. A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame.
2010 - TJ-SC – JUIZ / FCC - 2012 - MPE-AL / 2014 - MPE-MG / VUNESP - 2015 - PC-CE - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL /

 A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz não poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame. (errada) 2009 - DPE-MG
 A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz não poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame. (errada) FCC - 2020 - TJ-MS - JUIZ
SUBSTITUTO

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