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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Lei Maria da Penha (LEI Nº 11.340/06)
RAIO-X DO CONTEÚDO
INCIDÊNCIA FONTE DAS PROBABILIDADE
EM PROVAS QUESTÕES DE EXIGÊNCIA
LEI SECA, DOUTRINA
ALTA 86%
E JURISPRUDÊNCIA
1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS:
Sendo assim, se uma mulher for vítima de violência doméstica e familiar, a apuração
deste delito (crime ou contravenção penal) deverá obedecer ao rito da Lei Maria da
Penha e, de forma subsidiária, ao CPP e às demais leis processuais penais, naquilo
que não for incompatível (art. 13).
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2. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER (ART. 5º):
Art. 40-A. Esta Lei será aplicada a todas as situações previstas no seu art. 5º,
independentemente da causa ou da motivação dos atos de violência e da condição
do ofensor ou da ofendida. (Incluído pela Lei nº 14.550, de 2023)
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SIM. Aplica-se a Lei Maria da Penha. Vale ressaltar, porém,
que não é qualquer namoro que se enquadra na Lei Maria
EX-NAMORADO CONTRA da Penha. Se o vínculo é eventual, efêmero, não incide a Lei
A EX-NAMORADA 11.340/06 (CC 91.979-MG). STJ. 5ª Turma. HC 182411/RS,
Rel. Min. Adilson Vieira Macabu (Desembargador Convocado
do TJ/RJ), julgado em 14/08/2012.
SIM. Aplica-se a Lei Maria da Penha. Ainda que não morem
IRMÃO CONTRA IRMÃ sob o mesmo teto. STJ. 5ª Turma. REsp 1239850/DF, Rel.
Min. Laurita Vaz, julgado em 16/02/2012.
NÃO. Não se aplica a Lei Maria da Penha. O sujeito passivo
FILHO CONTRA PAI (vítima) não pode ser do sexo masculino. STJ. 5ª Turma.
IDOSO RHC 51481/SC, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em
21/10/2014.
Vale ressaltar que o rol das medidas protetivas previsto na lei é meramente exem-
plificativo, podendo ser concedidas outras providências que não estejam ali
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elencadas. Trata-se daquilo que a doutrina denominou de princípio da atipicidade das
medidas protetivas de urgência.
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a re-
querimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos
termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou
separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:
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• VI – comparecimento do agressor a programas de recuperação e
reeducação; e (Incluído pela Lei nº 13.984, de 2020)
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de
propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguin-
tes medidas, entre outras:
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos
nos incisos II e III deste artigo.
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NOVIDADE LEGISLATIVA – LEI 13.827/19
QUEM CONCEDE AS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA DA LEI MA-
RIA DA PENHA?
REGRA: Apenas Autoridade JUDICIAL pode conceder medidas protetivas de ur-
gência.
EXCEÇÃO: Medida de afastamento do agressor do lar pode ser determinada pelo
Delegado ou policial se o município não for sede de comarca
Esse afastamento será
determinado:
Verificada a existência de O agressor será IMEDI- 1º OPÇÃO: Pela Autori-
risco atual ou iminente à ATAMENTE afastado do dade JUDICIAL;
vida ou à integridade fí- lar, domicílio ou local 2º OPÇÃO: Pelo Dele-
sica ou psicológica da de convivência com a gado de Polícia, se o
mulher em situação de vi- ofendida Município não for sede de
olência doméstica e comarca;
familiar, ou de seus de- 3º OPÇÃO: pelo policial,
pendentes, quando o Município não
for sede de comarca e não
houver delegado disponí-
vel no momento da
denúncia
OBS: Se a medida for concedida por Delegado ou por policial (opção 2 e 3), o juiz
será comunicado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá,
em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo
dar ciência ao Ministério Público concomitantemente.
OBS: As demais medidas protetivas deverão ser sempre concedidas pela autori-
dade judicial;
SÚMULAS
SÚMULA 600 STJ: Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º
da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) não se exige a coabitação entre autor e vítima.
STJ. 3ª Seção. Aprovada em 22/11/2017, DJe 27/11/2017.
SÚMULA 588 STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência
ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos. Aprovada em 13/09/2017, DJe 18/09/2017.
SÚMULA 536 STJ: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam
na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.
SÚMULA 542 STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência
doméstica contra a mulher é pública incondicionada.
JURISPRUDÊNCIA
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designada de ofício pelo juiz. Sua realização somente é necessária caso haja manifestação do
desejo da vítima de se retratar trazida aos autos antes do recebimento da denúncia. STJ. 3ª
Seção.REsp 1977547-MG, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 8/3/2023 (Re-
curso Repetitivo – Tema 1167) (Info 766).
O requerido (autor da violência) não será citado para contestar o pedido de medidas
cautelares dos incisos I, II e III do art. 22 da Lei Maria da Penha. As medidas protetivas
de urgência previstas nos incisos I, II e III do art. 22 da Lei Maria da Penha têm natureza de
cautelares penais, não cabendo falar em citação do requerido para apresentar contestação,
tampouco a possibilidade de decretação da revelia, nos moldes da lei processual civil. STJ. 5ª
Turma. REsp 2009402-GO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Rel. Acd. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado
em 08/11/2022 (Info 756).
É constitucional o art. 12-C da Lei Maria da Penha que autoriza, em algumas hipóte-
ses, a aplicação, pela autoridade policial, de medida protetiva de urgência em favor
da mulher. É válida a atuação supletiva e excepcional de delegados de polícia e de policiais a
fim de afastar o agressor do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida, quando
constatado risco atual ou iminente à vida ou à integridade da mulher em situação de violência
doméstica e familiar, ou de seus dependentes, conforme o art. 12-C inserido na Lei nº
11.340/2006 (Lei Maria da Penha). STF. Plenário. ADI 6138/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 23/3/2022 (Info 1048).
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amantes, bem como a mãe, as filhas, as netas do agressor e também a sogra, a avó ou
qualquer outra parente que mantém vínculo familiar ou afetivo com ele. STJ. 5ª Turma. AgRg
no AREsp 1626825-GO, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 05/05/2020 (Info 671).
Não se pode decretar a preventiva do autor de contravenção penal, mesmo que ele
tenha praticado o fato no âmbito de violência doméstica e mesmo que tenha des-
cumprido medida protetiva a ele imposta. A prática de contravenção penal, no âmbito de
violência doméstica, não é motivo idôneo para justificar a prisão preventiva do réu. O inciso
III do art. 313 do CPP prevê que será admitida a decretação da prisão preventiva “se o CRIME
envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo
ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência”.
Assim, a redação do inciso III do art. 313 do CPP fala em CRIME (não abarcando contravenção
penal). Logo, não há previsão legal que autorize a prisão preventiva contra o autor de uma
contravenção penal. Decretar a prisão preventiva nesta hipótese representa ofensa ao princípio
da legalidade estrita. STJ. 6ª Turma. HC 437535-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura,
Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 26/06/2018 (Info 632).
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANDRÉ, Márcio. Súmulas do STF e do STJ. Editorajuspodivm. 2023. ANDRÉ, Márcio. Vade
Mecum de Jurisprudência Dizer o Direito. Editora juspodivm. 2023. ARAÚJO, Fábio Roque.
Direito Penal Didático Parte Especial. Editora Editora juspodivm. 2023. CUNHA, Rogério
Sanches. Manual de Direito Penal Parte Especial. Editora Editora juspodivm. 2023. MAS-
SON, Cleber. Direito Penal Parte Especial (Volume II e III). Editora Método. 2023.
Brasileiro. Renato. Legislação Criminal Especial. Editora juspodivm. 2023.
MENSAGEM FINAL
Caro aluno finalizamos juntos mais uma aula! Aguardo você no próximo encon-
tro! Grande abraço.
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pode desanimar, inclusive, REPROVAR faz parte do projeto APROVAR! Por fim,
reflita: Você possui comprometimento com seus projetos?!
ANOTAÇÕES:
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