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1. Ano: 2017 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: SEJUS – CE Prova: Agente Penitenciário
Acerca dos crimes contra a pessoa, disciplinados no Código Penal, assinale a alternativa correta.
a) São crimes contra a pessoa: o homicídio, o infanticídio, o aborto e o latrocínio.
b) A pena mínima do infanticídio é maior do que a pena mínima do homicídio simples doloso.
c) Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena se as consequências da infração
atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
d) O aborto com consentimento é sempre permitido até o terceiro mês da gestação.
2. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: POLITEC – AP Prova: Perito Médico Legista
Após uma discussão em um bar, Pedro decide matar Roberto. Para tanto, dirige-se até sua residência onde
arma-se de um revólver. Ato contínuo, retorna ao estabelecimento e efetua um disparo em direção a Roberto.
Contudo, erra o alvo, atingindo Antônio, balconista que ali trabalhava, ferindo-o levemente no ombro. Diante
do caso hipotético, Pedro praticou, em tese, o(s) crime(s) de:
a) lesão corporal leve.
b) lesão corporal culposa.
c) homicídio tentado e lesão corporal leve.
d) lesão corporal culposa e tentativa de homicídio.
e) homicídio na forma tentada.
6. Ano: 2017 Banca: FMP Concursos Órgão: MPE-RO Prova: Promotor de Justiça Substituto
No que tange aos crimes dolosos contra a vida, assinale a alternativa CORRETA.
a) A qualificadora do feminicídio incide em todos os casos em que a vítima for mulher.
b) O homicídio qualificado-privilegiado é crime hediondo.
c) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal admite a antecipação terapêutica do parto de fetos como
microcefalia.
d) O emprego de tortura pode qualificar o crime de homicídio ou caracterizar crime autônomo, dependendo
do dolo do agente e das circunstâncias do caso concreto.
e) A prática da “roleta russa” caracteriza o crime de instigação ao suicídio.
7. Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: PC-AC Prova: Agente de Polícia Civil
Abigail, depois de iniciado parto caseiro, mas antes de completá-lo, sob influência do estado puerperal, mata o
próprio filho. Abigail praticou crime de:
a) homicídio qualificado.
b) consentimento para o aborto
c) homicídio.
d) autoaborto.
e) infanticídio.
8. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: POLITEC – AP Prova: Perito Médico Legista
De acordo com o artigo 129 do Código Penal brasileiro, lesão corporal é a ofensa à integridade corporal ou a
saúde de alguém. Ela pode ser classificada em leve, grave ou gravíssima, a depender dos comemorativos.
Analise as assertivas abaixo.
I. Lesões corporais que causem incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias serão
consideradas graves.
II. Lesões corporais com perda ou inutilização de membro, sentido ou função serão consideradas graves.
III. Lesões corporais que causem extrema dor serão consideradas gravíssimas.
IV. Lesões corporais que causem qualquer alteração psíquica serão consideradas leves.
10. Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: Delegado de Polícia Civil
O crime de maus-tratos tem pena aumentada de 1/3 (art. 136, §3o do CP) se
a) praticado contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge.
b) resulta em lesão corporal, ainda que leve.
c) o agente prevalece-se de relações familiares ou domésticas.
d) praticado contra pessoa menor de 14 anos.
e) praticado por agente público.
Gabarito:
1. R.: Letra C:
a) ERRADO - O latrocínio é crime contra o patrimônio (art. 157, § 3º, Código Penal).
b) ERRADO - a pena do infanticídio é menor:
• Infanticídio (art. 123 CP) - Pena - detenção, de dois a seis anos.
• Homicídio simples (art. 121 CP) - Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
c) CERTO - Art. 121, § 5º CP - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne
desnecessária.
d) ERRADO - Não temos essa previsão no Código Penal.
2. R.: Letra E: Art. 20, § 3º CP - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena.
Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente
queria praticar o crime.
Art. 73 CP - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa
que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela,
atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o
agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código
3. R.: Letra E: Art. 29 CP - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas,
na medida de sua culpabilidade.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa
pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
4. R.: Letra E:
a) Errada - Não existe essa qualificadora (matar o próprio pai) no crime de Homicídio. Entretanto, poderá ser
aplicada circunstância agravante:
Código Penal - Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam
o crime: (...) e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge.
b) Errada - Para coexistir essa qualificadora (ingestão de veneno) a vítima deve desconhecer o teor da
substância.
Exemplo: João, pretendendo matar Pedro, troca o suco de laranja por um veneno, este, da mesma cor daquele.
c) Errada - Insignificante é motivo FUTIL, ou seja, motivo bobo, banal ou desproporcional, o agente matou, por
exemplo, ao tomar uma buzinada enquanto dirigia o seu carro, ao tomar uma fechada no transito, etc.
Motivo TORPE - É aquele motivo revoltante, desprezível. Um exemplo seria matar para receber uma herança,
ou matar por ter qualquer tipo de preconceito, entre outros.
d) Errada - Inexiste tal previsão, isenção de pena, no tipo do Homicídio, Art.121 CP:
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um
terço.
e) Correta - Perfeitamente cabível o Privilégio, que é de ordem SUBJETIVA, previsto no Art.121 § 1, com as
qualificadoras, previstas no Art.121 § 2, desde que estas sejam de ordem OBJETIVA. E quais são as qualificadoras
de ordem objetiva? São aquelas que digam respeito aos meios e modo de execução para a pratica do Crime,
vejamos:
Código Penal - Art. 121 - Homicídio qualificado - § 2° Se o homicídio é cometido:
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa
resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a
defesa do ofendido;
Todas as outras, são de natureza subjetiva, ou seja, são os motivos que levaram a pratica do crime, os quais
partem internamente do agente.
Por fim, temos que, como já dito, o Homicídio Qualificado Privilegiado NÃO É CRIME HEDIONDO.
5. R.: Letra B: Pedro incorreu em erro de tipo ACIDENTAL sobre a pessoa - aberratio personae. Diferentemente
do erro de tipo incriminador, que excluiria o dolo e/ou a culpa do agente, o erro acidental não gerará efeito
benéfico algum neste caso. Na verdade, caso Pedro viesse a matar o criminoso pensando ser um Policial,
responderia pela morte da pessoa pretendida, tipificando no caso em questão homicídio qualificado, já que
recairia fictamente sobre um agente policial - “Policídio”, também chamado como Homicídio Funcional.
Contudo, já que Pedro, vendo que a pessoa atingida se tratava na verdade de um comparsa, arrependeu-se da
conduta e evitou o resultado, será por isso beneficiado pelo Arrependimento Eficaz, um dos institutos da Ponte
de Ouro. Deste modo responderá apenas pelos atos até ali praticados - lesão corporal sobre o agente policial,
por ficção.
Não há que se falar em Discriminante Putativa, pois seria muita CARA DE PAU de Pedro alegar uma Excludente
de Ilicitude - Legitima Defesa / Exercício Regular de Direito / Estado Necessidade / Estrito Cumprimento de
Dever Legal - ao atirar contra uma pessoa que acreditava ser um policial.
Alfredo por outro lado agiu com má fé, levando a erro o autor executor. Ou seja, não houve concurso de
pessoas, mas autoria mediata mediante induzimento a erro de tipo. Somente por esta razão ele não será
beneficiado com o arrependimento eficaz praticado por Pedro. Ressalto a importância disso, pois caso houvesse
concurso de pessoas - mediante participação, como alguns podem pensar -, Alfredo seria sim beneficiado pelo
instituto, pois este se estende aos demais agentes, ainda que fossem contrários ao arrependimento. Em suma,
Alfredo responderá por tentativa de Homicídio de seu desafeto.
Cuidado: Alfredo é AUTOR mediato do crime, não partícipe, pois, se assim o fosse, haveria concurso (produz-se
não só na coautoria, mas também na participação), e o benefício do arrependimento eficaz deveria se transmitir
a ele.
6. R.: Letra D:
a) ERRADA - Não incide em todos, mas somente quando o homicídio é cometido contra a mulher por razões de
condição do sexo feminino.
b) ERRADA - A posição majoritária (STJ) entende que o homicídio qualificado-privilegiado NÃO é crime
hediondo, por falta de previsão legal nesse sentido.
c) ERRADA - O STF admite a antecipação terapêutica do parto no caso do ANENCÉFALO, mas não do microcéfalo.
d) CORRETO - O agente responderá por homicídio ou tortura a depender do seu DOLO. Se tinha dolo de matar,
responde pelo homicídio qualificado pelo emprego da tortura (art. 121, §2º, III); se o Dolo era de torturar, mas
por culpa do agente, sobrevém a morte como resultado, ele responde por tortura qualificada pelo resultado
morte (art. 1º, §3º, segunda parte, da Lei de Tortura).
e) ERRADA - O agente responde pelo crime de "Participação em Suicídio". Esse é o nome correto do crime. Além
disso, esse fato se daria na modalidade "Auxílio", pois o agente fornece meios materiais para que a vítima se
mate (no caso da roleta russa é o revolver carregado com 1 projétil).
7. R.: Letra E: Art. 123 do CP - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou
logo após.
Pena - detenção, de dois a seis anos.
Conceito de Estado Puerperal - É o conjunto de alterações físicas e psíquicas que acomete a mulher durante e
logo após o parto, deixando-a sem plena condições de entender o que está fazendo (critério psicofisiológico).
8. R.: Letra B:
I. Lesões corporais que causem incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias serão
consideradas graves. (art. 129. §1º, I, CP).
II. Lesões corporais com perda ou inutilização de membro, sentido ou função serão consideradas graves.
(Gravíssima, art. 129, §2º, III, CP).
III. Lesões corporais que causem extrema dor serão consideradas gravíssimas. (Critério Subjetivo).
IV. Lesões corporais que causem qualquer alteração psíquica serão consideradas leves. (Critério Subjetivo,
pois pode variar entre leve e gravíssima).
9. R.: Letra E:
I. A lesão corporal que tem como resultado aborto é classificada como lesão corporal seguida de morte.
ERRADA.
Resposta: É GRAVÍSSIMA a lesão que resultar em ABORTO. Punindo-se a LESÃO com (DOLO) e o aborto com
(CULPA).
II. Inutilização de função é classificado como lesão gravíssima. CORRETA.
Resposta: Lesões Gravíssimas - Art. 129, §2º, CP:
1 - Incapacidade Permanente para o Trabalho;
2 - Enfermidade Incurável;
3 - Perda OU Inutilização do membro, sentido ou função;
4 - Deformidade Permanente;
5 - Aborto;
III. Perda de sentido é classificada como lesão grave. ERRADA
Resposta: Lesões Graves - Art. 129, §1º, CP:
1 - Incapacidade para ocupações habituais por mais de 30 dias;
2 - Perigo de vida
3 - Debilidade permanente de membro, sentido ou função;
4 - Aceleração de parto;