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QUESTÕES COMENTADAS

01 (Juiz Federal Substituto – TRF 2ª Região – Banca Própria – 2018) Assinale a afirmação certa:
A) Para o Supremo Tribunal Federal, é possível a suspensão condicional do processo em crime continuado,
sendo irrelevante o somatório da pena mínima da infração mais grave com o aumento de um sexto a dois terços,
considerando-se a pena de cada crime para a suspensão.
B) Para o Superior Tribunal de Justiça, não cabe a suspensão condicional do processo para as infrações penais
cometidas em concurso material ou em concurso formal, quando a pena mínima cominada ultrapassar um ano
em razão do somatório ou da fração incidente.
C) No denominado erro na execução, quando por acidente sobrevêm resultado diverso do que era pretendido
pelo agente, este responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo. Mas se ocorre também o
resultado pretendido, este, por ser doloso, absorve o primeiro.
D) Quando o sujeito ativo, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, atinge pessoa diversa da que
pretendia ofender, responde como se tivesse praticado o crime contra esta, em virtude do erro sobre a pessoa.
Mas, se atingir também a pessoa que pretendia ofender, responderá pelos dois crimes em concurso material.
E) No concurso material de crimes; no concurso ideal próprio; no concurso formal imperfeito; e no crime
continuado, a dogmática jurídico-penal adotou, indistintamente, a regra do cúmulo de penas, haja vista que, em
todos eles, prevalece o entendimento de que constituem delitos por acumulação.

02 (Juiz de Direito Substituto – TJ/AL – FCC – 2019) Quanto ao concurso formal,


A) a pena poderá exceder a que seria cabível pela regra do concurso material, se a ação ou omissão é dolosa e
os crimes concorrentes resultarem de desígnios autônomos.
B) aplicável a suspensão condicional do processo em relação às infrações penais cometidas em concurso formal
impróprio ou imperfeito, uma vez que se considera a pena de cada uma, isoladamente, ainda que a somatória
ultrapasse o limite de um ano.
C) as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente no caso de concurso formal impróprio ou imperfeito,
incidindo a extinção da punibilidade sobre a pena privativa de liberdade de cada crime, isoladamente.
D) há concurso formal próprio quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes
da mesma espécie, aplicando-se a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas
aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
E) a pena pode ser aumentada até o triplo no caso de concurso formal impróprio ou imperfeito, considerando o
Juiz a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as
circunstâncias dos crimes.

03 (Juiz de Direito Substituto – TJ/SP – VUNESP – 2017) Quanto ao concurso de crimes, é correto afirmar:
A) há concurso formal próprio quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes,
idênticos ou não, aplicando-se a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas
aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços, considerado o número de infrações cometidas.
B) há concurso formal impróprio ou imperfeito quando a ação ou omissão, dolosa ou culposa, resultar de
desígnios autônomos, hipótese em que a pena será aplicada pela regra do concurso material.
C) nos crimes dolosos, cometidos com violência ou grave ameaça contra a mesma vítima, poderá o juiz,
considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os
motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas,
até o triplo.
D) no crime continuado comum, aplica-se a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços, considerado o número de infrações
cometidas, incidindo a extinção da punibilidade sobre a pena de cada uma, isoladamente.

04 (Delegado de Polícia – PC/MG – FUMARC – 2018) Com relação ao concurso de crimes,


é CORRETO afirmar:
A) Não se admite a aplicação da suspensão condicional do processo ao crime continuado.

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B) No caso hipotético em que Gioconda, ao dirigir seu automóvel de maneira imprudente, perde o controle do
carro, matando três pessoas e lesionando gravemente outras cinco, deve ser reconhecido o concurso formal
próprio de crimes pelo qual lhe será aplicada somente uma pena, a mais grave, aumentada de um sexto até a
metade.
C) No concurso de crimes, a aplicação da pena de multa observa as regras pertinentes à modalidade de
concurso que incide no caso concreto.
D) No concurso formal, aplica-se a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas
aumentada, em qualquer caso, de um sexto até a metade, ainda que os crimes concorrentes resultem de
desígnios autônomos.

05 (Delegado de Polícia – PC/MA – CESPE/CEBRASPE – 2018) Artur, Romualdo e José decidiram roubar um
banco onde sabiam haver vigilantes armados e treinados para garantir a segurança. Com um revólver, Artur
rendeu um deles e lhe tomou a pistola, enquanto seus parceiros, também com revólveres, ameaçaram os
demais circunstantes e ordenaram aos caixas que juntassem o dinheiro e colocassem-no dentro de sacolas.
Consumada a ação, eles correram para onde haviam deixado o carro de fuga, mas não conseguiram chegar até
ele em virtude da chegada da polícia. Fingindo-se um cidadão comum, Artur conseguiu obter carona em um
caminhão de entregas, livrando-se da iminente prisão em flagrante. Enquanto isso, Romualdo e José abordaram
um motorista que estacionava seu carro e lhe tomaram as chaves do veículo. A vítima tentou reagir e foi abatida
por dois disparos feitos por José, tendo morrido no local. Os ladrões fugiram com o automóvel, mas foram
perseguidos e presos ao fim da perseguição. Horas depois, Artur também foi preso, e em seu poder foi
apreendida a pistola tomada do vigilante do banco.
Acerca dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir de acordo com a legislação e a jurisprudência dos
tribunais superiores.
I Configurou-se o concurso material de roubo circunstanciado e de homicídio qualificado.
II Artur não tem nenhuma responsabilidade pela morte do motorista, visto que nem mesmo estava no local onde
ocorreu o fato.
III Há crime único, de latrocínio, porque o resultado morte aconteceu como desdobramento causal da ação
principal e era previsível para todos os partícipes.
IV Artur, assim como Romualdo e José, responderá por latrocínio, e sua pena não poderá ser reduzida sob o
argumento de participação menos importante.
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) I e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.

06 (Promotor de Justiça – MPE/GO – Banca Própria – 2019) João, com 22 anos, praticou um crime de roubo
na companhia de José. Este ˙último possuía 17 anos ao tempo do crime. Apurou-se que João já havia praticado
outros três crimes de roubo e um de tráfico de drogas. José também já havia praticado diversos roubos e um ato
infracional análogo ao crime de homicídio (ficou internado anteriormente por seis meses). Provado o fato durante
a instrução processual criminal quanto a João, deverá o magistrado:
A) Condenar o acusado por crime de roubo majorado pelo concurso de agentes e corrupção de menor, em
concurso formal de infrações, considerando que, conforme entendimento sumulado, o crime do artigo 244-B do
Estatuto da Criança e do Adolescente não depende de prova da efetiva corrupção do menor (crime formal).
B) Para evitar o bis in idem, condenar o acusado por crime de roubo simples e de corrupção de menor em
concurso material de infrações, considerando que, conforme entendimento sumulado, o crime do artigo 244- B
do Estatuto da Criança e do Adolescente não depende de prova da efetiva corrupção do menor (crime
instantâneo de mera conduta).
C) Condenar o acusado por crime de roubo majorado pelo concurso de agentes, absolvendo-o da corrupção de
menor já que, conforme entendimento majoritário nos tribunais superiores, o crime do artigo 244-B do Estatuto
da Criança e do Adolescente depende de prova da efetiva corrupção do menor (crime material).

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D) Condenar o acusado por crime de roubo majorado pelo concurso de agentes, absolvendo-o da corrupção de
menor j· que, conforme entendimento majoritário nos tribunais superiores, o crime do artigo 244-B do Estatuto
da Criança e do Adolescente independe de prova da efetiva corrupção do menor (crime de mera conduta).

07 (Promotor de Justiça Substituto – MPE/PR – Banca Própria – 2017) Sobre unidade e pluralidade de
crimes, assinale a alternativa incorreta:
A) Com dolo de homicídio, A desfere disparo de arma de fogo contra o desafeto B, mas por erro nos meios de
execução, atinge o policial civil C, produzindo-lhe a morte: A responde por prática de homicídio qualificado por
ter sido cometido contra agente integrante de órgão da segurança pública (CP, art. 121, § 2º, inciso VII).
B) A é condenado à pena de 8 (oito) anos de reclusão, por prática do crime de extorsão mediante sequestro
(CP, art. 159), e à pena de 1 (um) ano de reclusão, por prática do crime de corrupção de menores (Lei nº
8.069/90, art. 244-B), realizados em concurso formal: pela regra prevista no art. 70, parágrafo único, do Código
Penal, deve ser aplicado o princípio da cumulação entre os crimes, resultando na pena final de 9 (nove) anos de
reclusão.
C) O crime de homicídio qualificado por motivo torpe (CP, art. 121, § 2º, inciso I), praticado contra vítimas
diferentes, em tese admite aplicação da regra do crime continuado específico (CP, art. 71, parágrafo único), cuja
pena deve ser medida pelo princípio da exasperação.
D) A, em ação única, realiza sabotagem no elevador utilizado por B e C, com a finalidade de matar ambos, o
que efetivamente ocorre em razão de queda abrupta de grande altura: pela regra prevista no art. 70, caput,
última parte, do Código Penal, a pena a ser aplicada deve seguir o princípio da cumulação entre os homicídios.
E) Por aplicação do princípio da subsidiariedade formal, o crime de exposição a perigo (CP, art. 132) é
subsidiário em relação ao crime de lesões corporais graves (CP, art. 129, § 1º); por aplicação do princípio da
consunção, o crime de homicídio (CP, art. 121) absorve o crime de porte ilegal de arma de fogo (Lei nº
10.826/03, art. 14), utilizada especialmente para a prática homicida, no mesmo contexto fático.

08 (Defensor Público – DPE/RS – FCC – 2018) Inconformado com o fim do casamento que mantinha com
Marisa, João passa a persegui-la todos os dias. Certo dia, sabendo que a ex-mulher iria a uma festa na casa de
amigos, João invade o local e, ao avistar Marisa, nos fundos da casa, atira com seu revólver calibre 38. O
disparo fere Marisa no braço esquerdo, de raspão, mas atinge letalmente Leonardo, que estava logo atrás da
mulher no momento do disparo e não havia sido visto pelo atirador.
Nesse caso, é correto afirmar:
A) A ação se amolda ao que a lei prevê como concurso formal (art. 70 do CP) e João estará sujeito às penas
previstas para o homicídio qualificado como se praticado contra a mulher por razões da condição de sexo
feminino (art. 121, § 2° , VI, c/c art. 121, § 2° -A, I, do CP), aumentada de um sexto até metade, nos termos do
art. 70 c/c art. 73 do CP.
B) Se está diante de uma tentativa de homicídio e um homicídio consumado praticados em concurso material,
aplicando-se ao autor, cumulativamente, as penas privativas de liberdade aplicáveis a cada um dos crimes,
conforme art. 69 do CP.
C) Se está diante de conduta que se amolda ao conceito de crime continuado, podendo-se aplicar a pena
conforme disposto no art. 71, parágrafo único, do CP − a mais grave, aumentada até o triplo.
D) Se está diante de conduta que se amolda ao conceito de crime continuado, aplicando-se a pena conforme
disposto no art. 71, caput, do CP − a mais grave, aumentada de um sexto a dois terços.
E) A ação se amolda ao que a lei prevê como concurso formal (art. 70 do CP) e a João será aplicada pena em
virtude da prática de homicídio tentado contra a mulher, qualificado por razões da condição de sexo feminino
(art. 121, § 2° , VI, c/c art. 121, § 2° -A, I, do CP), somada àquela aplicada em razão do homicídio consumado
contra o homem, nos termos do art. 70 (parte final) c/c art. 73 do CP.

09 (Defensor Público – DPE/PE – CESPE/CEBRASPE – 2015) Com relação ao concurso de crimes, julgue o
seguinte item.
O concurso formal próprio distingue-se do concurso formal impróprio pelo elemento subjetivo do agente, ou seja,
pela existência ou não de desígnios autônomos.

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( ) Certo ( ) Errado

10 (Juiz Federal Substituto – TRF 5ª Região – CESPE/CEBRASPE – 2017) Acerca da extinção da


punibilidade, assinale a opção correta.
A) Transitada em julgado a sentença condenatória, a prescrição corre também durante o tempo em que o
condenado estiver preso por outro motivo, salvo se a pena estiver sendo cumprida no estrangeiro.
B) A extinção da punibilidade de crime que seja pressuposto, elemento constitutivo ou circunstância agravante
de outro crime não se estende a este e, tratando-se de crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles
não impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão.
C) Para fins de prescrição, tratando-se de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena
de cada um, isoladamente, sendo considerada para efeitos de reincidência a sentença que conceder o perdão
judicial.
D) Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, a prescrição regula-se pela pena aplicada e, se o crime
for hediondo, os prazos aumentam em um terço, ainda que o condenado não seja reincidente.
E) Após o trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação ou após o não provimento de seu
recurso, a prescrição regula-se pela pena aplicada, podendo o termo inicial ser a data anterior à da denúncia ou
à da queixa.

11 (Juiz Federal – TRF 2ª Região – CESPE/CEBRASPE – 2013) A respeito da punibilidade e das suas causas
de extinção, assinale a opção correta.
A) A morte do agente dá ensejo à extinção da punibilidade desse agente e, ainda que posteriormente à
sentença declaratória da extinção se comprove a falsidade da certidão de óbito, a sentença será mantida, uma
vez que não cabe revisão criminal em prejuízo do réu.
B) No crime de peculato exclusivamente em sua modalidade culposa, se houver reparação do dano no curso do
inquérito policial, extinguir-se-á a punibilidade do agente.
C) A prescrição retroativa regula-se pela pena concreta fixada na condenação, contado o prazo do trânsito em
julgado para a acusação retroativamente ao recebimento da denúncia, ou do recebimento da denúncia até a
prática do crime.
D) O juiz não pode declarar isenção de pena em favor do autor do crime de homicídio.
E) Nos crimes contra a ordem tributária, extingue-se a punibilidade com o pagamento integral ou o parcelamento
do tributo ou contribuição social devida, incluídos os acessórios legais.

12 (Juiz de Direito Substituto – TJ/MS – FCC – 2020) No tocante à prescrição, correto afirmar que
A) cometido o homicídio qualificado para ocultar outro crime, a prescrição deste impede a qualificação daquele.
B) os crimes mais leves prescrevem com os mais graves, se cometidos em concurso de delitos.
C) é regulada pelo total da pena nos casos de evasão do condenado ou de revogação do livramento
condicional.
D) não se aplicam às penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade.
E) a sua ocorrência em relação ao crime de furto não alcança a receptação que o tinha como pressuposto.

13 (Juiz de Direito Substituto – TJ/RS – VUNESP – 2018) João foi condenado por furto simples (CP, art.
155, caput) em sentença já transitada em julgado para a acusação. Na primeira fase de dosimetria, a pena foi
fixada no mínimo legal. Reconhecidas circunstâncias agravantes, a pena foi majorada em 1/2 (metade). Por fim,
em razão da continuidade delitiva, a pena foi novamente aumentada em 1/2 (metade). A prescrição da
pretensão executória dar-se-á em
A) 4 (quatro) anos.
B) 3 (três) anos.
C) 8 (oito) anos.
D) 12 (doze) anos.
E) 2 (dois) anos.

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14 (Delegado de Polícia – PC/es – Instituto Acesso – 2019) “A extinção da punibilidade significa o
desaparecimento do poder de punir do Estado em relação a fatos definidos como crimes, pela ocorrência de
eventos, situações ou acontecimentos determinados na lei como causas de extinção da punibilidade (art. 107,
CP).” (SANTOS, Juarez Cirino dos. Direito Penal Parte Geral. 5ª ed., Florianópolis: Conceito, 2012).
Tendo em vista as causas de extinção de punibilidade conhecidas em âmbito de Direito Penal, assinale a
alternativa correta com relação ao indulto.
A) seus efeitos atingem quaisquer crimes previstos no ordenamento jurídico pátrio.
B) o indulto individual ou graça depende exclusivamente, para sua concessão, de pedido provocado por petição
do condenado.
C) trata-se de benefício concedido exclusivamente pelo Presidente da República por meio de lei delegada.
D) pode ser delegado pelo Presidente da República aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República
ou ao Defensor Público-Geral Federal.
E) é atribuição privativa do Presidente da República, podendo ser delegada, na forma estabelecida na
Constituição Federal, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da
União

15 (Delegado de Polícia – PC/SP – VUNESP – 20018) No que concerne ao art. 107 do CP, que enumera as
causas extintivas da punibilidade, trata-se de rol
A) exemplificativo, já que são admitidas pela legislação causas ali não contidas, como, por exemplo, o
cumprimento da suspensão condicional do processo.
B) taxativo, já que não admite exceção.
C) taxativo, uma vez que as causas supralegais de extinção da punibilidade não são reconhecidas pela
jurisprudência.
D) exemplificativo, já que são admitidas pela legislação causas ali não contidas, como, por exemplo, a
incapacidade mental superveniente ao crime.
E) exemplificativo, já que são admitidas pela legislação causas ali não contidas, como, por exemplo, o indulto.

16 (Promotor de Justiça Substituto – MPE/MG – FUNDEP – 2019) Analise as assertivas sobre a prescrição e
marque a alternativa correta:
I. Os prazos fornecidos pelos incisos do artigo 109 do Código Penal servirão não só para o cálculo da
prescrição, considerando-se a pena máxima em abstrato, como também para aqueles relativos à pena já
concretizada na sentença condenatória.
II. A prescrição superveniente ou intercorrente ocorre depois do trânsito em julgado para a acusação, ou quando
improvido seu recurso, tomando-se por base a pena fixada na sentença penal condenatória, e permite a
confecção do título executivo judicial.
III. O parâmetro para o limite da suspensão do curso do prazo prescricional, em caso de suspensão do processo
nos termos do artigo 366 do Código de Processo Penal, é aquele determinado pelos incisos do artigo 109 do
Código Penal, adotando-se o máximo da pena abstratamente cominada ao delito.
IV. Em relação às hipóteses previstas no artigo 117 do Código Penal, a interrupção da prescrição produz efeitos
relativamente a todos os autores do crime, exceto nos casos de reincidência e pronúncia.
V. As causas de aumento e de diminuição de pena influenciam no cálculo da prescrição, que deverá ser feito
considerando o percentual de maior elevação, nas hipóteses de causas de aumento de pena de quantidade
variável, e o de menor redução, nas hipóteses de causas de diminuição de pena de quantidade variável.
A) As assertivas I, III e IV estão corretas.
B) As assertivas II, III, IV e V estão corretas.
C) As assertivas I, III e V estão corretas.
D) As assertivas I, II e V estão corretas.

17 (Promotor de Justiça – MPE/RS – Banca Própria – 2017) Deoclécio foi vítima de furto de um par de tênis,
em 15 de janeiro de 2016, data em que tomou conhecimento que o autor do crime era Hermenegildo. O
Promotor de Justiça teve vista do inquérito policial em 1º de março de 2016, uma terça-feira. Tratando-se de
indiciado solto, o prazo para o Promotor de Justiça manifestar-se encerrou em 16 de março de 2016, uma

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quarta-feira. Como o Promotor de Justiça permanecia sem manifestar-se nos autos do inquérito, em 08 de
setembro de 2016, 6 meses e sete dias após o fato, Deoclécio ajuíza Queixa-Crime (ação penal privada
subsidiária da pública) contra Hermenegildo, imputando-lhe a prática de furto. No curso da instrução são
indiscutivelmente provadas a materialidade e a autoria do crime que recai sobre Hermenegildo. Em alegações
finais, Deoclécio, por seu advogado munido de procuração com poderes especiais para tanto, concede perdão
ao querelado, invocando o art. 58 do Código de Processo Penal que diz: “Concedido o perdão, mediante
declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao
mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importará aceitação.”. Também em alegações finais,
Hermenegildo aceita o perdão oferecido.
Com base nesses dados fáticos, assinale a alternativa correta.
A) Hermenegildo decaiu do direito de queixa, eis que entre a data do fato, momento que tomou conhecimento da
autoria, e o oferecimento da queixa-crime transcorreram mais de 6 meses.
B) Hermenegildo decaiu do direito de queixa, eis que entre a data da vista ao Promotor de Justiça e o
oferecimento da queixa-crime transcorreram mais de 6 meses.
C) Como a ação é privada, aceito o perdão o juiz julgará extinta a punibilidade.
D) Não é admissível o perdão dada a natureza do crime.
E) O perdão é ato personalíssimo e, portanto, não pode ser concedido através de advogado, mesmo com
procuração.

18 (Defensor Público – DPE/MG – FUNDEP – 2019) Considere o caso hipotético a seguir.


José, com 21 anos de idade, cometeu um delito de furto simples (art. 155, caput) em 26 de maio do ano de
2010. A denúncia foi oferecida em 20 de maio de 2014 e recebida em 26 de maio de 2014. Após a instrução, em
sentença condenatória publicada em 26 de maio de 2016, José foi condenado a uma pena de dois anos de
reclusão. O Ministério Público não recorreu, enquanto que a Defensoria Pública interpôs recurso de apelação, e,
em acórdão publicado em 26 de maio de 2019, José teve a pena reduzida para um ano de reclusão.
Nesse caso,
A) com base na pena final concretizada, deve ser reconhecida a prescrição retroativa, ocorrida entre a data do
fato e o recebimento da denúncia.
B) em razão da pena final concretizada, houve prescrição retroativa entre o recebimento da denúncia e a
publicação da sentença, pois deve ser aplicada a causa de redução da prescrição (art. 115 do CP).
C) seja em razão da pena em abstrato, seja pela pena em concreto, não houve a ocorrência de prescrição em
nenhuma hipótese.
D) em razão da pena efetivamente aplicada, houve a ocorrência da prescrição superveniente, pois entre a data
de publicação da sentença e o julgamento do acórdão houve o transcurso de três anos.

19 (Defensor Público – DPE/AM – FCC – 2018) Sobre a prescrição, é correto afirmar que
A) em caso de revogação do livramento condicional, a prescrição é regulada pelo resto de pena a cumprir.
B) o prazo mínimo de prescrição na legislação penal brasileira é de 3 anos.
C) a decisão confirmatória de pronúncia nos crimes submetidos ao Tribunal do Júri é causa suspensiva da
prescrição.
D) em caso de concurso material de crimes, o cálculo prescricional incide sobre a soma das penas.
E) o crime de tráfico de drogas por ser equiparado a hediondo é imprescritível.

20 (Advogado – Câmara Municipal de Atibaia – CAIP-IMES – 2016) Assinale a alternativa correta.


É causa impeditiva da prescrição:
A) o recebimento da denúncia ou da queixa
B) a pronúncia; a decisão confirmatória da pronúncia.
C) depois de passada em julgado a sentença condenatória, o lapso temporal em que o condenado está preso
por outro motivo.
D) a publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.

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