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Art. 15 e 19.

Teoria do Crime

Questões
17 Comentadas

Autor: Prof. Me. Uzian Pinto


DIREITO PENAL
Teoria do Crime

DO CRIME
Tipicidade, ilicitude, culpabilidade, punibilidade. (arts. 15 e 19).

Desistência voluntária e arrependimento eficaz

Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o


resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.

OBS: voluntariamente! Caso o agente não prossegua na execução ou seja impido que o resultado se
produza POR AÇÃO DE TERCEIRO, ATO NÃO VOLUNTÁRIO. Ele responderá por crime tentado!

O arrependimento eficaz ocorre quando o agente pratica alguma conduta para salvaguardar o bem
jurídico que já foi colocado em risco. Em tal situação, a fase de execução foi realizada, entretanto, o
agente agrega nova conduta a fim de evitar o sacrifício do bem tutelado, salvando-o. Note que a
execução do crime aconteceu, mas não o seu exaurimento.

Na desistência voluntária, o agente interrompe o processo de execução que iniciara; ele cessa a
execução, porque a quis interromper (mesmo que haja sido por medo remorso ou decepção) e não
porque tenha sido impedido por fator externo à sua vontade.

No arrependimento eficaz, embora já houvesse realizado todo o processo de execução, o agente


impede que o resultado ocorra. Em ambos os casos, sempre voluntariamente.

1. (FCC - TRF/3) Paulo, sabendo que seu desafeto Pedro não sabia nadar e desejando matá-lo,
jogou-o nas águas, durante a travessia de um braço de mar. Todavia, ficou com pena da vítima,
mergulhou e a retirou, antes que se afogasse. Nesse caso, ocorreu:
a) desistência voluntária.
b) arrependimento eficaz
DIREITO PENAL
Teoria do Crime

c) crime tentado
d) crime putativo.
e) crime impossível

2. (FCC - DPE/PE) Decididamente disposto a matar Tício, por erro de pontaria o astuto Caio acerta-
lhe de leve raspão um disparo no braço. Porém, assustado com o estrondo do estampido, e temendo
acordar a vizinhança que o poderia prender, ao invés de descarregar a munição restante, Caio
estrategicamente decide socorrer o cândido Tício que, levado ao hospital pelo próprio algoz, acaba
logo liberado com curativo mínimo. Caio primeiramente diz, em sua autodefesa, que o tiro ocorrera
por acidente, chegando ardilosamente a indenizar de pronto todos os prejuízos materiais e morais de
Tício com o fato, mas sua trama acaba definitivamente desvendada pela límpida investigação policial
que se segue. Com esses dados já indiscutíveis, mais precisamente pode-se classificar os fatos como
a) tentativa de homicídio.
b) desistência voluntária.
c) arrependimento eficaz.
d) arrependimento posterior.
e) aberratio ictus.

3. (FCC - TRF/5 - 2017) Édipo, irritado com as constantes festas que seu vizinho Laio promove à noite,
atrapalhando seu descanso, resolve procurá-lo a fim de resolver definitivamente a situação. Para tanto,
arma-se de uma espingarda e se dirige à casa de Laio, vindo a encontrá- lo distraído. Ato contínuo,
aponta a arma em sua direção a fim de efetuar um disparo contra sua cabeça. Contudo, Jocasta, que,
por coincidência, havia acabado de chegar ao local, surpreende e consegue impedir Édipo de seu
intento, retirando-lhe a arma de sua mão, evitando, assim, o disparo fatal. A conduta de Édipo, para
o Direito Penal, pode ser enquadrada no ordenamento jurídico como
a) arrependimento posterior.
b) desistência voluntária.
c) crime tentado.
d) circunstância atenuante.
e) arrependimento eficaz.

4. (FCC - TRT/18 - 2014) No que diz respeito aos estágios de realização do crime, é correto afirmar
que
a) se atinge a consumação com o exaurimento do delito.
DIREITO PENAL
Teoria do Crime

b) há arrependimento eficaz quando o agente, por ato voluntário, nos crimes sem violência ou grave
ameaça à pessoa, repara o dano ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa.
c) há desistência voluntária quando o agente, embora já realizado todo o processo de execução,
impede que o resultado ocorra.
d) na desistência voluntária e no arrependimento eficaz o agente só responde pelos atos já
praticados, se típicos.
e) a tentativa constitui circunstância atenuante.

Arrependimento posterior

Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente,
a pena será reduzida de um a dois terços.

OBS: No Arrependimento posterior a redução da Pena não está condicionada a nenhum limite mínimo!
Configurando-se a Arrependimento posterior, o aplicado da Lei tem a obrigação de diminuir a pena!
sem violência ou grave ameaça

Arrependimento Reparado o dano ou restituída a coisa


posterior Até o recebimento da denúncia ou da queixa
Por ato voluntário do agente
a pena será reduzida de um a dois terços.

5. (FCC - BACEN) O arrependimento posterior


a) permite, como causa geral de diminuição, que se reduza a pena abaixo do mínimo legal.
b) não permite, como circunstância atenuante, que se reduza a pena abaixo do mínimo legal.
c) exclui a tipicidade da conduta.
d) não permite, como causa geral de diminuição, que se reduza a pena abaixo do mínimo legal.
e) permite, como circunstância atenuante, que se reduza a pena abaixo do mínimo legal.
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6. (FCC - PGE/SP) O arrependimento posterior é


a) causa de extinção da punibilidade.
b) conduta que impede a produção do resultado.
c) circunstância atenuante.
d) causa obrigatória de aumento de pena.
e) causa obrigatória de diminuição de pena.

7. (FCC - TRT/23) A ocorrência de arrependimento posterior:


a) isenta o réu da pena;
b) suspende a pena pelo prazo de dois anos;
c) impede a condenação a pena privativa de liberdade;
d) reduz a pena a ser aplicada de um a dois terços;
e) suspende a pena pelo prazo de um ano.

Crime impossível

Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.

OBS: Não se pune a tentativa do Crime Impossível . O crime impossível é tentativa impunível.
Por ineficácia absoluta do meio
Crime impossível ou por absoluta impropriedade do objeto
é impossível consumar-se o crime.

8. (VUNESP - PC/SP - 2018) Quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade
do objeto, é impraticável consumar-se o crime, configura-se o instituto
a) da tentativa.
b) do arrependimento eficaz.
c) da desistência voluntária.
d) do arrependimento posterior.
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e) do crime impossível.

9. (CESPE - STJ - 2018) Considerando que crime é fato típico, ilícito e culpável, julgue o item a seguir.
O crime é dito impossível quando não há, em razão da ineficácia do meio empregado, violação,
tampouco perigo de violação, do bem jurídico tutelado pelo tipo penal.
( ) Certo
( ) Errado

10. (FCC - TJ/SC - 2017) Conforme a redação do Código Penal,


a) configurada a tentativa, pela falta de completude do injusto, a pena sempre deverá ser reduzida
de um a dois terços.
b) o crime impossível é tentativa impunível.
c) a desistência voluntária permite a interrupção do nexo causal sem a consideração da vontade.
d) o arrependimento eficaz, quando pleno, exclui a pena, e quando parcial permite a redução de um
a dois terços.
e) pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado
dolosamente.

Crime Doloso X Culposo

Art. 18 - Diz-se o crime:


Crime doloso
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
Dolo é a consciência e vontade de realizar os elementos do tipo objetivo.

Dolo Direto Vontade livre e consciente, de praticar o crime

Dolo Eventual Assumiu o risco produzido pela conduta


DIREITO PENAL
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1. TEORIA DA VONTADE: ADOTADA NO DOLO DIRETO, O AGENTE AGE COM VONTADE DE


PRATICAR A AÇÃO PENAL E DE PRODUZIR O RESULTADO. É O DOLO DIRETO, VONTADE
CONSCIENTE. -

2. TEORIA DA REPRESENTAÇÃO: OCORRE QUANDO O AGENTE TIVER A PREVISÃO DO RESULTADO


COMO POSSÍVEL E AINDA ASSIM DECIDE PROSSEGUIR COM A CONDUTA. NÃO FOI ADOTADA,
VISTO QUE CONFUNDE CULPA CONSCIENTE COM O DOLO EVENTUAL.

3. TEORIA DO ASSENTIMENTO: ADOTADA NO DOLO EVENTUAL: O AGENTE PREVÊ O RESULTADO


COMO POSSÍVEL E DECIDE CONTINUAR A CONDUTA, ACEITANDO O RISCO DE PRODUZIR O
RESULTADO. DIFERE DA CULPA CONSCIENTE PORQUE NESTA O AGENTE SE ACHA CAPAZ DE IMPEDIR
O RESULTADO, ACREDITANDO SINCERAMENTE QUE ESTE NÃO VENHA A OCORRER.

Art. 18 - Diz-se o crime:


Crime culposo
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou
imperícia.

Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto
como crime, senão quando o pratica dolosamente.

*O Crime Culposo não admite tentativa!

A culpa, por sua vez, pode ser de diversas MODALIDADES:

Culpa inconsciente Culpa consciente

O agente prevê o resultado como possível, mas


acredita que este não irá ocorrer.
O agente não prevê que o resultado possa ocorrer.
OBS: Difere do Dolo Eventual → que assume o risco
de ocorrência.
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Culpa imprópria Culpa própria

O agente quer o resultado, mas, por erro


inescusável, acredita que o está fazendo
É aquela na qual o agente prevê o resultado, mas
amparado por uma causa excludente da ilicitude
acredita que este será evitado, que não ocorrerá.
ou da culpabilidade. É a culpa propriamente dita.
O pai mata o filho que voltava às escondidas.

11. (FCC - TJ/RR - 2015) Em relação às fases de execução do crime, pode-se assegurar que
a) não se tipifica crime formal contra a ordem tributá- ria, previsto no art. 1° , incisos I e IV, da Lei n°
8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo, segundo entendimento sumulado.
b) a desistência voluntária também é conhecida como quase crime ou tentativa impossível.
c) não se admite tentativa de crime culposo.
d) há arrependimento eficaz quando o agente, por ato voluntário, nos crimes cometidos sem violência
ou grave ameaça à pessoa, repara o dano ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia ou da
queixa.
e) há tentativa imperfeita quando, apesar de ter o agente realizado toda a fase de execução, o
resultado não ocorre por circunstâncias alheias à sua vontade.

12. (IBADE - SEPLAG - 2018) Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, ele
comete o crime de forma:
a) agravada.
b) culposa.
c) punível.
d) dolosa.
e) tentada.

13. (FCC - DPE/SC - 2017) Sobre o dolo, é correto afirmar:


a) O dolo requer o pleno conhecimento dos elementos do tipo subjetivo, além da vontade de realizá-
lo.
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b) A teoria da imputação objetiva limita os casos em que o dolo é excessivo e pode aumentar a
pena do réu diante do risco criado.
c) O momento do dolo não precisa coincidir com o momento da execução da ação, existindo
validamente nas figuras do dolo antecedente e subsequente.
d) O aspecto cognitivo do dolo antepõe-se sempre ao volitivo.
e) Os tipos omissivos prescindem da verificação do dolo.

14. (VUNESP - PC/SP - 2018) “Existe_________ quando o agente prevê o resultado, mas espera,
sinceramente, que não ocorrerá; configura- se _________ quando a vontade do agente não está
dirigida para a obtenção do resultado, pois ele quer algo diverso, mas, prevendo que o evento possa
ocorrer, assume assim mesmo a possibilidade de sua produção.”
Assinale a alternativa que correta e respectivamente completa as lacunas.
a) dolo indireto ... dolo alternativo
b) dolo eventual ... culpa consciente
c) culpa inconsciente ... culpa consciente
d) culpa consciente ... dolo eventual
e) culpa inconsciente ... dolo eventual

15. (CESPE - STJ - 2018) Considerando que crime é fato típico, ilícito e culpável, julgue o item a
seguir.
Crime doloso é aquele em que o sujeito passivo age com imprudência, negligência ou imperícia.
( ) Certo
( ) Errado

16. (CESPE - STJ - 2018) Acerca do crime doloso e do arrependimento posterior, julgue o item
seguinte.
Em relação ao crime doloso, o Código Penal adota a teoria da vontade para o dolo direto e a
teoria do assentimento para o dolo eventual.
( ) Certo
( ) Errado

Agravação pelo resultado

Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente


que o houver causado ao menos culposamente.
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17. (ACAPE - PC/SC - ADP) De acordo com o Código Penal, assinale a alternativa correta.
a) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao
menos culposamente.
b) Nos crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a
coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida
de um a dois terços.
c) O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo e não permite a punição por
crime culposo.
d) É passível de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de
fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Haverá isenção de pena quando o erro deriva de culpa
e o fato é punível como crime culposo.
e) Não responde pelo crime o terceiro que determina o erro sobre elemento constitutivo do tipo legal.

QUESTÕES COMENTADAS
1. (FCC - TRF/3) Paulo, sabendo que seu desafeto Pedro não sabia nadar e desejando matá-lo,
jogou-o nas águas, durante a travessia de um braço de mar. Todavia, ficou com pena da vítima,
mergulhou e a retirou, antes que se afogasse. Nesse caso, ocorreu:
a) desistência voluntária.
b) arrependimento eficaz
c) crime tentado
d) crime putativo.
e) crime impossível
Resposta: Letra B.
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Teoria do Crime

Todavia, ficou com pena da vítima, mergulhou e a retirou, antes que se afogasse.
"mergulhou e a retirou” = praticou uma conduta para salvar!
O arrependimento eficaz ocorre quando o agente pratica alguma conduta para salvaguardar o bem
jurídico que já foi colocado em risco.

2. (FCC - DPE/PE) Decididamente disposto a matar Tício, por erro de pontaria o astuto Caio acerta-
lhe de leve raspão um disparo no braço. Porém, assustado com o estrondo do estampido, e temendo
acordar a vizinhança que o poderia prender, ao invés de descarregar a munição restante, Caio
estrategicamente decide socorrer o cândido Tício que, levado ao hospital pelo próprio algoz, acaba
logo liberado com curativo mínimo. Caio primeiramente diz, em sua autodefesa, que o tiro ocorrera
por acidente, chegando ardilosamente a indenizar de pronto todos os prejuízos materiais e morais de
Tício com o fato, mas sua trama acaba definitivamente desvendada pela límpida investigação policial
que se segue. Com esses dados já indiscutíveis, mais precisamente pode-se classificar os fatos como
a) tentativa de homicídio.
b) desistência voluntária.
c) arrependimento eficaz.
d) arrependimento posterior.
e) aberratio ictus.
Resposta: Letra B.
Porém, assustado com o estrondo do estampido, e temendo acordar a vizinhança que o poderia
prender, ao invés de descarregar a munição restante
o agente interrompe o processo de execução, porque a quis interromper e não porque tenha sido impedido por
fator externo à sua vontade.

3. (FCC - TRF/5 - 2017) Édipo, irritado com as constantes festas que seu vizinho Laio promove à noite,
atrapalhando seu descanso, resolve procurá-lo a fim de resolver definitivamente a situação. Para tanto,
arma-se de uma espingarda e se dirige à casa de Laio, vindo a encontrá- lo distraído. Ato contínuo,
aponta a arma em sua direção a fim de efetuar um disparo contra sua cabeça. Contudo, Jocasta, que,
por coincidência, havia acabado de chegar ao local, surpreende e consegue impedir Édipo de seu
intento, retirando-lhe a arma de sua mão, evitando, assim, o disparo fatal. A conduta de Édipo, para
o Direito Penal, pode ser enquadrada no ordenamento jurídico como
a) arrependimento posterior.
b) desistência voluntária.
c) crime tentado.
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d) circunstância atenuante.
e) arrependimento eficaz.
Resposta: Letra C.
Contudo, Jocasta, que, por coincidência, havia acabado de chegar ao local, "surpreende e consegue
impedir" Édipo de seu intento, retirando-lhe a arma de sua mão, evitando, assim, o disparo fatal.
OBS: voluntariamente!
Caso o agente não prossegua na execução ou seja impido que o resultado se produza POR AÇÃO DE
TERCEIRO, ATO NÃO VOLUNTÁRIO. Ele responderá por crime tentado!

4. (FCC - TRT/18 - 2014) No que diz respeito aos estágios de realização do crime, é correto afirmar
que
a) se atinge a consumação com o exaurimento do delito.
b) há arrependimento eficaz quando o agente, por ato voluntário, nos crimes sem violência ou grave
ameaça à pessoa, repara o dano ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa.
c) há desistência voluntária quando o agente, embora já realizado todo o processo de execução,
impede que o resultado ocorra.
d) na desistência voluntária e no arrependimento eficaz o agente só responde pelos atos já
praticados, se típicos.
e) a tentativa constitui circunstância atenuante.
Resposta: Letra D.
Desistência voluntária e arrependimento eficaz
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o
resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.

5. (FCC - BACEN) O arrependimento posterior


a) permite, como causa geral de diminuição, que se reduza a pena abaixo do mínimo legal.
b) não permite, como circunstância atenuante, que se reduza a pena abaixo do mínimo legal.
c) exclui a tipicidade da conduta.
d) não permite, como causa geral de diminuição, que se reduza a pena abaixo do mínimo legal.
e) permite, como circunstância atenuante, que se reduza a pena abaixo do mínimo legal.
Resposta: Letra A.
OBS: No Arrependimento posterior a redução da Pena não está condicionada a nenhum limite
mínimo!
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Teoria do Crime

6. (FCC - PGE/SP) O arrependimento posterior é


a) causa de extinção da punibilidade.
b) conduta que impede a produção do resultado.
c) circunstância atenuante.
d) causa obrigatória de aumento de pena.
e) causa obrigatória de diminuição de pena.
Resposta: Letra E.
OBS: No Arrependimento posterior a redução da Pena não está condicionada a nenhum limite
mínimo! Configurando-se a Arrependimento posterior, o aplicado da Lei tem a obrigação de diminuir
a pena!

7. (FCC - TRT/23) A ocorrência de arrependimento posterior:


a) isenta o réu da pena;
b) suspende a pena pelo prazo de dois anos;
c) impede a condenação a pena privativa de liberdade;
d) reduz a pena a ser aplicada de um a dois terços;
e) suspende a pena pelo prazo de um ano.
Resposta: Letra D.
sem violência ou grave ameaça
Arrependimento Reparado o dano ou restituída a coisa
posterior Até o recebimento da denúncia ou da queixa
Por ato voluntário do agente
a pena será reduzida de um a dois terços.

8. (VUNESP - PC/SP - 2018) Quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade
do objeto, é impraticável consumar-se o crime, configura-se o instituto
a) da tentativa.
b) do arrependimento eficaz.
c) da desistência voluntária.
d) do arrependimento posterior.
e) do crime impossível.

Resposta: Letra E.
Por ineficácia absoluta do meio
DIREITO PENAL
Teoria do Crime

Crime ou por absoluta impropriedade do objeto


impossível é impossível consumar-se o crime.

9. (CESPE - STJ - 2018) Considerando que crime é fato típico, ilícito e culpável, julgue o item a seguir.
O crime é dito impossível quando não há, em razão da ineficácia do meio empregado, violação,
tampouco perigo de violação, do bem jurídico tutelado pelo tipo penal.
Resposta: CERTO.
Por ineficácia absoluta do meio
Crime
ou por absoluta impropriedade do objeto
impossível
é impossível consumar-se o crime.

10. (FCC - TJ/SC - 2017) Conforme a redação do Código Penal,


a) configurada a tentativa, pela falta de completude do injusto, a pena sempre deverá ser reduzida
de um a dois terços.
b) o crime impossível é tentativa impunível.
c) a desistência voluntária permite a interrupção do nexo causal sem a consideração da vontade.
d) o arrependimento eficaz, quando pleno, exclui a pena, e quando parcial permite a redução de um
a dois terços.
e) pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado
dolosamente.
Resposta: Letra B.
OBS: Não se pune a tentativa do Crime Impossível . O crime impossível é tentativa impunível.

11. (FCC - TJ/RR - 2015) Em relação às fases de execução do crime, pode-se assegurar que
a) não se tipifica crime formal contra a ordem tributá- ria, previsto no art. 1° , incisos I e IV, da Lei n°
8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo, segundo entendimento sumulado.
b) a desistência voluntária também é conhecida como quase crime ou tentativa impossível.
c) não se admite tentativa de crime culposo.
d) há arrependimento eficaz quando o agente, por ato voluntário, nos crimes cometidos sem violência
ou grave ameaça à pessoa, repara o dano ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia ou da
queixa.
e) há tentativa imperfeita quando, apesar de ter o agente realizado toda a fase de execução, o
resultado não ocorre por circunstâncias alheias à sua vontade.
Resposta: Letra C.
DIREITO PENAL
Teoria do Crime

*O Crime Culposo não admite tentativa!

12. (IBADE - SEPLAG - 2018) Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, ele
comete o crime de forma:
a) agravada.
b) culposa.
c) punível.
d) dolosa.
e) tentada.
Resposta: Letra D.
Crime doloso
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;

13. (FCC - DPE/SC - 2017) Sobre o dolo, é correto afirmar:


a) O dolo requer o pleno conhecimento dos elementos do tipo subjetivo, além da vontade de realizá-
lo.
b) A teoria da imputação objetiva limita os casos em que o dolo é excessivo e pode aumentar a
pena do réu diante do risco criado.
c) O momento do dolo não precisa coincidir com o momento da execução da ação, existindo
validamente nas figuras do dolo antecedente e subsequente.
d) O aspecto cognitivo do dolo antepõe-se sempre ao volitivo.
e) Os tipos omissivos prescindem da verificação do dolo.
Resposta: Letra D.
Dolo é a consciência e vontade de realizar os elementos do tipo objetivo.

14. (VUNESP - PC/SP - 2018) “Existe_________ quando o agente prevê o resultado, mas espera,
sinceramente, que não ocorrerá; configura- se _________ quando a vontade do agente não está
dirigida para a obtenção do resultado, pois ele quer algo diverso, mas, prevendo que o evento possa
ocorrer, assume assim mesmo a possibilidade de sua produção.”
Assinale a alternativa que correta e respectivamente completa as lacunas.
DIREITO PENAL
Teoria do Crime

a) dolo indireto ... dolo alternativo


b) dolo eventual ... culpa consciente
c) culpa inconsciente ... culpa consciente
d) culpa consciente ... dolo eventual
e) culpa inconsciente ... dolo eventual
Resposta: Letra D.
Dolo Direto
Vontade livre e consciente, de praticar o crime
Dolo Eventual Assumiu o risco produzido pela conduta

Culpa inconsciente Culpa consciente

O agente prevê o resultado como possível, mas acredita que este não irá ocorrer.
O agente não prevê que o resultado
possa ocorrer.
OBS: Difere do Dolo Eventual → que assume o risco de ocorrência.

15. (CESPE - STJ - 2018) Considerando que crime é fato típico, ilícito e culpável, julgue o item a
seguir.
Crime doloso é aquele em que o sujeito passivo age com imprudência, negligência ou imperícia.
( ) Certo
( x ) Errado
Crime culposo
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.

16. (CESPE - STJ - 2018) Acerca do crime doloso e do arrependimento posterior, julgue o item
seguinte.
Em relação ao crime doloso, o Código Penal adota a teoria da vontade para o dolo direto e a
teoria do assentimento para o dolo eventual.
( x ) Certo
( ) Errado
1. TEORIA DA VONTADE: ADOTADA NO DOLO DIRETO, O AGENTE AGE COM VONTADE DE PRATICAR A AÇÃO PENAL
E DE PRODUZIR O RESULTADO. É O DOLO DIRETO, VONTADE CONSCIENTE. -
3. TEORIA DO ASSENTIMENTO: ADOTADA NO DOLO EVENTUAL: O AGENTE PREVÊ O RESULTADO COMO POSSÍVEL E
DECIDE CONTINUAR A CONDUTA, ACEITANDO O RISCO DE PRODUZIR O RESULTADO. DIFERE DA CULPA CONSCIENTE
PORQUE NESTA O AGENTE SE ACHA CAPAZ DE IMPEDIR O RESULTADO, ACREDITANDO SINCERAMENTE QUE ESTE NÃO
VENHA A OCORRER.
DIREITO PENAL
Teoria do Crime

17. (ACAPE - PC/SC - ADP) De acordo com o Código Penal, assinale a alternativa correta.
a) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao
menos culposamente.
b) Nos crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a
coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida
de um a dois terços.
c) O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo e não permite a punição por
crime culposo.
d) É passível de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de
fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Haverá isenção de pena quando o erro deriva de culpa
e o fato é punível como crime culposo.
e) Não responde pelo crime o terceiro que determina o erro sobre elemento constitutivo do tipo legal.
Resposta: Letra A.
Agravação pelo resultado
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado
ao menos culposamente.

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