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ITER CRIMINIS
I – CONCEITO
- conjunto de fases que se sucedem cronologicamente e integram o
delito doloso.
- trata-se do CAMINHO percorrido pelo crime.
II – FASES
II.1 - Cogitação
- é a ideação do crime.
- é uma FASE INTERNA e, portanto, impunível (princípio da
exteriorização do fato).
II.2 – Preparação
- aqui, o agente procura criar condições para realizar a conduta delituosa
que idealizou internamente.
- em REGRA, são IMPUNÍVEIS, SALVO se configurarem DELITO
AUTÔNOMO.
ex: associação criminosa (artigo 228 do CP)
II.3 – Execução
- demonstram a maneira através da qual o agente atua no mundo
exterior para realizar o crime idealizado interiormente.
- em REGRA, aqui inicia-se a possibilidade de PUNIÇÃO.
- o ato de execução deverá ser IDÔNEO (sob pena de caracterizar-se
crime impossível) e INEQUÍVOCO (ou seja, evidentemente direcionado
ao cometimento do fato).
II.4 – Consumação
- demonstra o instante que o fato criminoso ocorre de maneira plena,
estando PRESENTES TODAS AS ELEMENTARES do tipo penal.
II.5 – Exaurimento
- é o acontecimento POSTERIOR ao término do iter criminis.
- NÃO influenciará na TIPICIDADE
TENTATIVA
II – Natureza Jurídica
- é uma NORMA DE EXTENSÃO temporal, de SUBSUNÇÃO INDIRETA
ou MEDIATA.
Art. 14.
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a
tentativa com a pena correspondente ao crime consumado,
diminuída de um a dois terços.”
VI.5 – Consequência
- o agente responderá somente pelos atos já praticados em ambos os
casos.
VI.6 - Diferença da desistência voluntária para o arrependimento
eficaz
VII.3 – Requisitos
a) crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa
b) reparação ou restituição integral – a VÍTIMA poderá concordar com a
reparação apenas PARCIAL.
c) reparação até o recebimento da inicial: a reparação do dano ou
restituição da coisa deverá ocorrer até o RECEBIMENTO da denúncia.
- caso ocorra APÓS O RECEBIMENTO da denúncia caracterizará mera
ATENUANTE GENÉRICA de pena (art. 65, III, “b” do CP).
d) ato voluntário do agente: é necessário que o ato seja VOLUNTÁRIO,
mas não se exige a espontaneidade.
CRIME IMPOSSÍVEL
- também é chamado de TENTATIVA INIDÔNEA ou QUASE CRIME.
OBS: teoria objetiva – para haver um resultado, que integra o fato típico
e, portanto, o crime, deverá ocorrer um DANO ou PERIGO DE DANO ao
bem jurídico tutelado.
- caso a execução não tenha potencialidade para gerar um dano ou
perigo de dano ao bem jurídico tutelado, configurar-se-á o CRIME
IMPOSSÍVEL.
a) teoria Objetiva Pura: o agente não responderá pela tentativa, sendo a
inidoneidade absoluta ou relativa.