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SISTEMA NEOCLÁSSICO
O CÓDIGO PENAL MILITAR adotou o SISTEMA NEOCLÁSSICO: Esse sistema se preocupa com a
Imputabilidade + Exigibilidade de conduta diversa. A culpabilidade ganhou o elemento –
exigibilidade de conduta diversa.
SISTEMA FINALISTA
O DIREITO PENAL MILITAR ADOTOU O SISTEMA FINALISTA: Retira o dolo e a culpa da
culpabilidade que passam a integrar o fato típico, deixando a culpabilidade somente com os
elementos normativos:
1. Imputabilidade +
2. Exigibilidade de conduta diversa+
3. Potencial consciência da ilicitude.
CULPABILIDADE:
IMPUTABILIDADE
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
POTENCIAL CONSCIÊNCIA DE ILICITUDE.
ESTADO DE NECESSIDADE
Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento do dever legal;
IV - em exercício regular de direito
Código Penal comum= Teoria unitária – pois, adota apenas 1 ESTADO DE NECESSIDADE, qual
seja, o JUSTIFICANTE = e este EXCLUIU A ILICITUDE.
CPM = TEORIA DIFERENCIADORA ALEMÃ, essa teoria diz que existem dois tipos de Estado de
necessidade: Estado de Necessidade JUSTIFICANTE e o Estado de Necessidade EXCULPANTE.
EXCESSO
EXCESSO DOLOSO- O juiz pode atenuar a pena ainda quando punível o fato por excesso
doloso, Art. 46 CPM. É diferente do CP comum.
EXCESSO CULPOSO- Art. 45. Agente que, em qualquer dos casos de exclusão de crime, excede
culposamente os limites da necessidade, responde pelo fato, se este é punível, a título de
culpa.
Trata-se do ERRO - CULPA IMPRÓPRIA é aquela na qual recai o agente que, por erro, fantasia
situação de fato, supondo estar acobertado por causa excludente da ilicitude (caso de
descriminante putativa) e, em razão disso, provoca intencionalmente o resultado ilícito e
evitável. Erro de fato (Art. 36) isenta de pena.
EXCESSO ACIDENTAL- Art. 34 CPM Pelos resultados que agravam especialmente as penas só
responde o agente quando os houver causado, pelo menos, culposamente.
CRIME PRETERDOLOSO= O agente quer atingir um resultado (menos grave), mas acaba
atingindo, sem querer, uma conduta mais grave. Nesse caso, a conduta inicial foi dolosa, mas a
Quando o resultado mais
conduta atingida foi culposa. Não se admite a tentativa.
grave advém por caso fortuito ou força maior, não se aplica a
qualificadora, ainda que haja o nexo causal.
EXCESSO ESCUSAVEL- Art. 45 CPM Parágrafo único. Não é punível o excesso quando resulta de
escusável surpresa ou perturbação de ânimo, em face da situação. (EXCLUI A
CULPABILIDADE).
Ex: É o caso do susto.
CULPABILIDADE
Conceito: fato contrário ao direito, juízo de reprovação social.
Imputabilidade
Potencial consciência da ilicitude
Exigibilidade de conduta diversa
OBS: Na culpabilidade a coação é moral, visto que se a coação física, não se tem a conduta,
inexistindo o fato típico.
Art. 36 CPM -É isento de pena quem, ao praticar o crime, supõe, por erro plenamente
escusável/ justificável, a inexistência de circunstância de fato que o constitui ou a existência de
situação de fato que tornaria a ação legítima.
ERRO DE DIREITO: A pessoa acredita que o que está fazendo e licito por ignorância ou erro de
interpretação da lei.
ART 35 CPM- A pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave quando o
agente, salvo em se tratando de crime que atente contra o dever militar, supõe lícito o fato,
por ignorância ou erro de interpretação da lei, se escusáveis.
O erro de direito a pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave quando
escusável, ou seja, desculpável/ justificável, pois era inevitável.
OBS: Não é possível alegar erro de direito contra os crimes que atende contra o dever militar.
ERRO DE FATO
Art. 36 do CPM: É isento de pena quem, ao praticar o crime, supõe,
por erro plenamente escusável, a inexistência de circunstância de fato
que o constitui ou a existência de situação de fato que tornaria a ação
legítima.
(...)
§2º Se o erro é provocado por terceiro, responderá este pelo crime, a
título de dolo ou culpa, conforme o caso.
ABERRATIO CRIMINIS OU ABERRRATIO DELICTI
Aberratio criminis ou aberratio delicti - cabível quando o agente quer
atingir um bem jurídico, mas acaba por violar bem de natureza diversa.
Assim, o agente responde pelo resultado diverso do pretendido a título
de culpa, se existir a previsão legal da modalidade culposa (art. 37, §1º,
do CPM).
ERRO SOBRE A PESSOA
Art. 37 do CPM: Quando o agente, por erro de percepção (erro in
persona) ou no uso dos meios de execução( aberratio ictus) , ou outro
acidente, atinge uma pessoa em vez de outra, responde como se tivesse
praticado o crime contra aquela que realmente pretendia atingir.
Devem ter-se em conta não as condições e qualidades da vítima, mas
das da outra pessoa, para configuração, qualificação ou exclusão do
crime, e agravação ou atenuação da pena.
ABERRATIO ICTUS
No erro na execução (aberratio ictus, também conhecido como desvio
de golpe), ou seja, o agente erra na execução ou ocorre outro
imprevisto e, em virtude disso, atinge pessoa diversa da pretendida.
Nesse caso, será levada em conta as qualidades da vítima que o agente
pretendia atingir.