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DIREITO PENAL - PMERJ

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01 - IBADE - 2022 - SES-MG - Área de Saúde

O Código Penal Brasileiro (Decreto-Lei 2.848/1940) é dividido em:


A - Legislação ordinária e Legislação extravagante.
B - Processo de Conhecimento, Processo de Execução e Recursos.
C - Processo de Conhecimento, Tutela Provisória e Cumprimento de
Sentença.
D - Parte geral, Parte específica e Parte de Nulidades e Recursos.
E - Parte geral e Parte especial.
02 - IBADE - 2022 - SES-MG - Área de Direito
A Parte Especial do Código Penal Brasileiro trata particularmente
do(a)(s):
A - contravenções penais.
B - legislação penal especial.
C - legislação penal extravagante.
D - crimes de menor potencial ofensivo.
E - crimes em espécie.
Conceito Analítico de Crime

Fato Típico Antijurídico / Ilícito Culpável

Conduta Humana (Teoria Finalista) Quando o agente não atua em: Imputabilidade
- Estado de Necessidade
Resultado - Legítima Defesa Potencial consciência sobre a
ilicitude do fato
Nexo de Causalidade - Estrito cumprimento do dever Exigibilidade de conduta diversa
legal
Tipicidade - Exercício regular de direito
Estado de Necessidade

Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato


para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem
podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício,
nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
REQUISITOS:

- Situação de perigo atual


- Não provocada voluntariamente (dolosamente) pelo agente
- Inevitabilidade da conduta do agente
- Proporcionalidade (O bem salvo precisa ser de valor igual ou superior
ao bem lesado.)
- Ausência de dever legal de enfrentar o perigo
Legítima Defesa
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual
ou iminente, a direito seu ou de outrem.

Requisitos:
- Agressão injusta (não tem amparo jurídico)
- Atual ou iminente
- Contra direito próprio ou alheio
- Uso moderado dos meios necessários (Reação proporcional)
- Conhecimento da situação justificante
Estrito Cumprimento do Dever Legal e
Exercício Regular de Direito
Estrito cumprimento do dever legal

Ex.: Cumprimento de mandado pelo oficial de justiça ou pela polícia


(violação de domicílio); execução de pena de morte feita pelo carrasco

Exercício regular de direito


Exs.: MMA; Mãe que põe o filho de castigo trancado no quarto.
03 - IBADE - 2021 - ISE-AC - Agente Socioeducativo

Segundo o que dispõe o Código Penal brasileiro, a embriaguez,


voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos:
A - Pode gerar o crime de embriaguez ao volante.
B - É causa superveniente de exclusão da tipicidade.
C - É causa superveniente de exclusão da ilicitude.
D - Exclui a imputabilidade penal.
E - Não exclui a imputabilidade penal.
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão;
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
Hipóteses de Embriaguez
Dolosa / Culposa → Não afastam a imputabilidade penal
Teoria da “Actio Libera in Causa” (A ação é livre na causa, o agente não
foi obrigado a beber).

Preordenada → Além de não afastar, constitui circunstância agravante


(Art. 61, II, “L”)

Acidental (Caso Fortuito / Força Maior)


Completa → Inimputável
Parcial → Redução de 1/3 a 2/3
Art. 28, II, § 1º e 2º
Emoção e paixão
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão;
Embriaguez
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de
efeitos análogos.
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa,
proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por
embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao
tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Resumo

Embriaguez dolosa ou culposa Imputável

Embriaguez preordenada Imputável + Agravante

Embriaguez Acidental Completa Inimputável

Embriaguez Acidental Parcial Imputável, com redução de 1/3 a 2/3


04 - IBADE - 2021 - ISE-AC - Agente Socioeducativo

Sobre a exclusão da ilicitude de uma ação humana com tipicidade


penal, é certo que não há crime quando o agente pratica o fato,
EXCETO:
A - Em legítima defesa.
B - Em estado de necessidade
C - Em estrito cumprimento de dever legal.
D - Enquanto for adolescente.
E - No exercício regular de direito.
05 - IBADE - 2018 - SEJUC - SE - Guarda de
Segurança do Sistema Prisional Masculino

Quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta


agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, age em:
A - legítima defesa.
B - estrito cumprimento de dever legal.
C - exercício regular de direito.
D - estado de necessidade.
E - obediência hierárquica.
06 - IBADE - 2018 - SEJUDH - MT - Assistente do
Sistema Socioeducativo – Técnico de Saúde
Por exclusão de ilicitude, não há crime quando o agente pratica o fato:
A - em estrito descumprimento do dever legal.
B - em erro de proibição.
C - em estado de necessidade.
D - porque amava excessivamente a vítima.
E - quando estava embriagado.
07 – IBADE - 2018 - SEPLAG-SE - Guarda de
Segurança do Sistema Prisional
Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, ele
comete o crime de forma:
A - agravada.
B - culposa.
C - punível.
D - dolosa.
E - tentada.
Dolo / Culpa
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime doloso
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo;
Crime culposo
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência,
negligência ou imperícia.
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser
punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica
dolosamente.
Consumação e Tentativa
Art. 14 - Diz-se o crime:
Crime consumado
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição
legal;

Tentativa

II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias


alheias à vontade do agente.

Pena de tentativa

Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a


pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
CRIME IMPOSSÍVEL (TENTATIVA INIDÔNEA)

Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do


meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível
consumar-se o crime.

Ex.: Júnior quer matar Dolores e, ao perceber que ela está “dormindo”
no sofá da sala, dispara 5 projéteis de arma de fogo contra ela.
Posteriormente a perícia vem a comprovar que Dolores, na verdade,
havia sofrido um infarto fulminante e já estava morta 3 horas antes dos
disparos de Júnior. Ele será responsabilizado por qual crime?

R: Nenhum. Absoluta impropriedade do objeto – crime impossível.


Desistência Voluntária x Arrependimento Eficaz
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou
impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.

Desistência Voluntária:
- Início da execução
- Abandono voluntário da execução
- Resultado não ocorre

Arrependimento Eficaz:
- Início da Execução
- Término da Execução
- Conduta do agente para evitar o resultado
- Resultado não ocorre
Tentativa X Desistência Voluntária e
Arrependimento Eficaz
Na tentativa, o sujeito quer realizar o crime, mas não pode.

Na desistência voluntária e no arrependimento eficaz, o agente pode realizar


o crime, mas, por sua própria vontade, não quer.

TENTATIVA DESISTÊNCIA E ARREPENDIMENTO

QUERO, MAS NÃO POSSO. POSSO, MAS NÃO QUERO.

Na tentativa, a pena é correspondente ao crime consumado, mas diminuída


de um a dois terços.
08 - FUNCERN - 2019 - Prefeitura de
Parnamirim - RN - Guarda Municipal
Considerando as disposições do Código Penal (Decreto-Lei nº.
2.848/1940) sobre o crime, é correto afirmar que
A - o crime é tentado quando nele se reúnem todos os elementos de
sua definição legal.
B - o agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução
do crime ou impede que o resultado se produza, só responde pelos
atos já praticados.
C - o crime é tentado quando, iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias próprias da vontade do agente.
D - se pune a tentativa quando, mesmo por ineficácia absoluta do meio
ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o
crime.
“Preferir a derrota
prévia à dúvida da
vitória, é desperdiçar
a oportunidade de
merecer”.

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