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IMPORTANTE!!!
Em regra o civil será julgado na justiça comum. Apenas no âmbito da UNIÃO será julgado na
JUSTIÇA MILITAR, ou seja, A JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL NÃO JULGA CIVIS.
CIVIL= JUSTIÇA COMUM
ÂMBITO DA UNIÃO= JUSTIÇA MILITAR
PM e BM = Justiça militar. E O RECURSO???? R= o recurso NÃO SERÁ para o superior tribunal
militar, mas sim para o STJ.
RECURSO = STJ
O órgão superior estadual é o STJ e não o STM.
PRINCÍPIOS
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Não há lei sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Em outras
palavras; não há pena nem medida de segurança sem previa cominação legal. O princípio da
legalidade ou reserva legal encontra desdobramento com o da ANTERIORIDADE,
IRRETROATIVIDADE, TAXATIVIDADE.
RETROATIVIDADE extingue a punibilidade. Tem como consequência a novatio legis in pejus=
lei nova modifica a anterior agravando a situação do réu e, em regra, não pode retroagir
para prejudicar o réu. E novatio legis in mellius= lei nova modifica a anterior para beneficiar
o réu e pode retroagir.
É Importante lembrar que o direito penal não admite os costumes para alegar o fato atípico,
portanto o tipo penal deve ser escrito. Também deve ser ESTRITO, ou seja, não é admito
analogia in mala part, além do mais, a lei penal deve ser CERTA, portanto não admite tipos
penais vagos.
Em regra a lei penal e processual penal militar é não retroagir, exceto para beneficiar o réu,
conforme CF.
APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
Em decorrência ao princípio da legalidade, em regra, aplica-se a lei penal vigente ao tempo
da realização do fato criminoso (TEORIA DA ATIVIDADE). A exceção ocorre no caso da
retroatividade, para beneficiar o réu.
É admitido que a lei penal se movimente no tempo: EXTRA-ATIVA (retroagir para alcançar
fatos ocorridos antes de sua entrada em vigor (retroatividade).
ULTRA ATIVA= aplicação de uma lei penal benéfica, já revogada, a um fato ocorrido depois
do período de sua vigência.
TEMPO DO CRIME
ART. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que
outro seja o resultado.
Adota-se a TEORIA DA ATIVIDADE, mesma lógica do CP comum.
NOS CRIMES CONTINUADO OU PERMANENTES, aplica-se a lei penal mais grave, caso
sua vigência seja anterior à cessação da continuidade ou permanência. SUM 711 STF.
EX: crime de insubmissão ou deserção.
O que é deserção??? R= É o militar que não se apresente em serviço, no 8º dia já é
considerado desertor.
LUGAR DO CRIME
ART.6º considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade
criminosa, no todo ou em parte, e ainda sob forma de participação, bem como onde se
produziu ou deveria produzir-se o resultado. (TEORIA DA UBIQUIDADE).
Crimes à distância ou crimes de espaço máximo (entre Países) adota-se a teoria da
ubiquidade ou mista.
NOS CRIMES OMISSIVOS, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria
realizar-se a ação omitida (TEORIA DA ATIVIDADE), diferente do CP comum que sobre
o lugar do crime adota a teoria da ubiquidade (art. 6º).
NOS CRIMES COMISSIVOS = TEORIA DA UBIQUIDADE.
Crimes plurilocais= teoria do resultado. (Comarcas).
TERRITORIALIDADE E EXTRATERRITORIALIDADE
ART.7º
Territorialidade e extraterritorialidade são regras no CPM, diferentemente do CP
comum que adota apenas a territorialidade.
Territorialidade temperada ou mitigada, pois a lei penal militar é aplicada aos crimes
militares cometidos no Brasil, sem prejuízo das regras estabelecidas em convenções e
tratados internacionais.
Extraterritorialidade irrestrita ou incondicionada.
Art 8º - aplicação a DETRAÇÃO DA PENA, a fim de evitar o bis in idem.
Não recepcionado pelo CF.
ARTIGO 9º CPM
Crime militar é por consideração (CPM + LEGISLAÇÃO COMUM)
ART.9º, I - Faz menção a teoria topográfica, pois considera-se crime militar aquele
previsto no CPM, quando definidos de modo diverso na legislação penal comum, ou
nela não previstos, QUALQUER QUE SEJA O AGENTE. (CRIMES PROPRIAMENTE
MILITARES)
ART.9º, II- Trata dos CRIMES IMPROPRIAMENTE MILITARES (CPM E LEGISLAÇÃO
COMUM), quando praticados nas hipóteses abaixo:
STF- interpretação teleológica, ele analisa a finalidade da norma e não a literalidade.
Entende que só há crime militar se o motivo for funcional. A conduta tem que atingir
as instituições militares.
STM e CPPM- literalidade do inc II,a, interpretação literal, sem condicionante, sem
analisar o motivo, basta a lei.
Com a lei nº 13.491/17 pode-se ter crime militar tanto no cpm como também na
legislação penal comum.
Obs: se o militar comete crime e este não está previsto no CPM e nem na legislação
comum, será encaixado no CPM.
Art. 9º,III- trata dos crimes militares praticados por militar da RESERVA, REFORMADO E
CIVIL contra:
Veja que não haverá crime militar quando o crime for de RRC x RRC por falta de
previsão legal.
OBS: CRIME DE R X R SERÁ JULGADO NA JUSTIÇA COMUM.
OBS: os órgãos da justiça militar, pertencem ao poder judiciário e por isso, não são
considerados lugar sujeito à administração militar, bem como às dependências do
Ministério público militar.
INFORMAÇÕES DE QUESTÕES
O crime militar em sentido próprio, ou propriamente militar, é aquele previsto
apenas no CPM e que só pode ser cometido por militar. Quando também é previsto na
legislação penal comum e também pode ser cometido por civil, como o crime de uso
de documento falso, trata-se de crime militar impróprio;