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PREPARATÓRIO PARA CURSO TÉCNICO DE SEGURANÇA PÚBLICA


2022
DIREITO PENAL MILITAR

APOSTILA DE DIREITO PENAL MILITAR – PARTE I

Professor: Marcos Paulo Bastos

CONTEÚDO EDITAL CTSP 2021


Direito Militar: Crime Militar (Conceito, classificação, a questão das Polícias Militares);
Infração disciplinar e Direito Penal Militar; Conceito de culpa; Erro de direito; Dever
militar e coação irresistível; Obediência hierárquica: teorias e conceito; Das Penas; Da
suspensão condicional da pena; Livramento condicional; Excludente de ilicitude; Crimes
militares em tempo de paz; Noções de Inquérito Policial Militar.

Conceito de militar
Para fins de competência da Justiça Militar da União (JMU), o art. 22 do CPM (Código
Penal Militar) estabelece que:
Art. 22. É considerada militar, para efeito da aplicação deste
Código, qualquer pessoa que, em tempo de paz ou de guerra,
seja incorporada às forças armadas, para nelas servir em posto,
graduação ou sujeição à disciplina militar.

Diferenciação dos conceitos para a JMU e JME


Existe diferenciação entre a competência de julgamento para a JMU e para a JME.
Art. 124 CF. À Justiça Militar compete processar e julgar os
crimes militares definidos em lei. Parágrafo único. A lei disporá
sobre a organização, o funcionamento e a competência da
Justiça Militar.

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Canoas/RS, 1 de novembro de 2022
Enquanto a JMU pode julgar tanto militares, como civis, a JME somente possui
competência para julgar militares dos Estados.
Art.125§ 4º CF/88. Compete à Justiça Militar estadual processar
e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos
em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil,
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto
e da patente dos oficiais e da graduação das praças. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Dessa forma, utilizando o exemplo clássico da doutrina, caso um civil ingresse sem
permissão a um quartel do Exército, estará cometendo crime militar de ingresso
clandestino. Por outro lado, se adentrasse a um quartel da Polícia Militar Estadual, não
estaria cometendo qualquer crime. Isto porque, como a JME não tem competência
para julgar civis, o civil apenas responderia junto à Justiça Comum se o ingresso
clandestino também estivesse previsto na legislação penal comum, o que não ocorre.
Portanto, para a JME o fato é atípico, pois a justiça comum não julga crimes militares.

Militar da reserva ou reformado


Conforme art. 13 do CPM, “o militar da reserva, ou reformado, conserva as
responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação, para o efeito da aplicação
da lei penal militar, quando pratica ou contra ele é praticado crime militar”.
Já o art. 12 do CPM faz ressalva para os casos em que este militar, embora na reserva,
ou reformado, esteja empregado na administração militar, determinando que ele se
equipara a militar em situação de atividade. Aqui sim com reflexo na seara material.

Comandante e Função de Direção


Equipara-se ao Comandante, para efeito de aplicação da lei penal militar, toda e
qualquer autoridade com função de direção, na forma do art. 23 do CPM. Assim, este
dispositivo termina por esclarecer pontos importantes na aplicação da legislação penal
militar, como, por exemplo, no momento de tipificar o crime de violência contra
superior, do art. 157 do CPM, em que a pena é agravada se o ofendido for comandante
da unidade a que pertencer o ofensor.

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Superior
Como se sabe, as Forças Militares por força de dispositivo constitucional (art. 142,
CF/88), são regidas com base na hierarquia e disciplina, sendo necessário garantir a
manutenção desses pilares.
Dessa forma, vem o art. 24 do CPM estabelecer o conceito de superior para aplicação
da legislação penal militar (“o militar que, em virtude da função, exerce autoridade
sobre outro de igual posto ou graduação, considera-se superior, para efeito da
aplicação da lei penal militar”), conceito este muito utilizado nas tipificações dos
crimes militares, a exemplo dos crimes de violência contra superior (art. 157 do CPM),
recusa de obediência (art. 163 do CPM) e etc.
Ainda, importante mencionar aqui o disposto no art. 47 do CPM:
Art. 47. Deixam de ser elementos constitutivos do crime:
I – a qualidade de superior ou a de inferior, quando não
conhecida do agente;
II – a qualidade de superior ou a de inferior, a de oficial de dia,
de serviço ou de quarto, ou a de sentinela, vigia, ou plantão,
quando a ação é praticada em repulsa a agressão.

Portanto, nas hipóteses dos incisos I e II, não será considerada a qualidade de superior
para o fim de tipificação do crime.

Cabeças
art.59 § 4º Na prática de crime de autoria coletiva necessária,
reputam-se cabeças os que dirigem, provocam, instigam ou
excitam ação. § 5º Quando o crime é cometido por inferiores e
um ou mais oficiais, são estes considerados cabeças, assim
como os inferiores que exercem função de oficial.

Infração disciplinar
Estabelece o art. 19 do CPM que “esse Código não compreende as infrações dos
regulamentos disciplinares”.
A grande dúvida aqui é entender a diferença entre crime militar e infração disciplinar,
porque são conceitos muito próximos, sendo que a diferença é dada pela intensidade.
O próprio CPM autoriza, em alguns crimes, que se aplique a sanção disciplinar no lugar
da pena, como no caso dos crimes de lesão levíssima (art. 209, §6º) e furto atenuado
(art. 240, §1º).

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Chamamos atenção aqui para os termos contravenção e transgressão disciplinar, que
se equivalem, mas que são utilizados por Forças diferentes. Enquanto o termo
contravenção é utilizado pela Marinha, transgressão é utilizado pelo Exército e pela
Aeronáutica.

Crimes militares em tempo de paz


Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:

I - os crimes de que trata êste Código, quando definidos de


modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos,
qualquer que seja o agente, salvo disposição especial;
II – os crimes previstos neste Código e os previstos na
legislação penal, quando praticados: (Redação dada pela Lei
nº 13.491, de 2017)
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado,
contra militar na mesma situação ou assemelhado;
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado,
em lugar sujeito à administração militar, contra militar da
reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função,
em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que
fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da
reserva, ou reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei
nº 9.299, de 8.8.1996)
d) por militar durante o período de manobras ou exercício,
contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou
civil;

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e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado,
contra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem
administrativa militar;
f) por militar em situação de atividade ou assemelhado
que, embora não estando em serviço, use armamento de
propriedade militar ou qualquer material bélico, sob guarda,
fiscalização ou administração militar, para a prática de ato
ilegal;
f) revogada. (Redação dada pela Lei nº 9.299, de
8.8.1996)

III - os crimes praticados por militar da reserva, ou


reformado, ou por civil, contra as instituições militares,
considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I,
como os do inciso II, nos seguintes casos:
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou
contra a ordem administrativa militar;
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar
em situação de atividade ou assemelhado, ou contra
funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no
exercício de função inerente ao seu cargo;
c) contra militar em formatura, ou durante o período de
prontidão, vigilância, observação, exploração, exercício,
acampamento, acantonamento ou manobras;
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar,
contra militar em função de natureza militar, ou no
desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da
ordem pública, administrativa ou judiciária, quando legalmente
requisitado para aquêle fim, ou em obediência a determinação
legal superior.
§ 1o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra
a vida e cometidos por militares contra civil, serão da
competência do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº
13.491, de 2017)
§ 2o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra
a vida e cometidos por militares das Forças Armadas contra
civil, serão da competência da Justiça Militar da União, se
praticados no contexto: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)
I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas
pelo Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da
Defesa; (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)
II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de
missão militar, mesmo que não beligerante; ou (Incluído pela
Lei nº 13.491, de 2017)

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III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de
garantia da lei e da ordem ou de atribuição subsidiária,
realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da
Constituição Federal e na forma dos seguintes diplomas legais:
(Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)
a) Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro
de Aeronáutica; (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)
b) Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; (Incluída
pela Lei nº 13.491, de 2017)
c) Decreto-Lei no 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de
Processo Penal Militar; e (Incluída pela Lei nº 13.491, de
2017)
d) Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral.
(Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)

Crimes militares em tempo de guerra


Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo de
guerra:
I - os especialmente previstos neste Código para o tempo
de guerra;
II - os crimes militares previstos para o tempo de paz;
III - os crimes previstos neste Código, embora também o
sejam com igual definição na lei penal comum ou especial,
quando praticados, qualquer que seja o agente:
a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente
ocupado;
b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem
comprometer a preparação, a eficiência ou as operações
militares ou, de qualquer outra forma, atentam contra a
segurança externa do País ou podem expô-la a perigo;
IV - os crimes definidos na lei penal comum ou especial,
embora não previstos neste Código, quando praticados em zona
de efetivas operações militares ou em território estrangeiro,
militarmente ocupado.

Dispõe o art. 15 do CPM que “o tempo de guerra, para os efeitos da aplicação da lei
penal militar, começa com a declaração ou o reconhecimento do estado de guerra, ou
com o decreto de mobilização se nele estiver compreendido aquele reconhecimento; e
termina quando ordenada a cessação das hostilidades”. Dessa forma, tomando por
base o texto constitucional, temos que o tempo de guerra tem início com a declaração
do estado de guerra, ou com o decreto de mobilização nacional, de competência
privativa do Presidente da República, autorizado pelo Congresso Nacional ou
referendado por ele, na forma do art. 84, XIX, da CF/88.

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Crime propriamente militar
A Constituição Federal, no caput de seu art. 124, determinou que o conceito de crime
militar fosse dado pela lei (ratione legis). Vejamos:
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes
militares definidos em lei.

Dessa forma, somente a lei pode estabelecer o que é ou não crime militar. No entanto,
a Constituição foi além e trouxe, no inciso LXI do art. 5º, o termo “crime propriamente
militar” para dizer que:
LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;

Assim, coube à lei definir o que é crime militar, mas ficou a cargo da doutrina explicar
o que a Constituição desejava chamar de “crime propriamente militar”.

Teorias sobre crime propriamente militar


Diversas correntes doutrinárias foram formadas para explicar o conceito de crime
propriamente militar.
Para a corrente penalista comum, o crime propriamente militar é todo aquele previsto
apenas no CPM (exemplo: ingresso clandestino), enquanto crime impropriamente
militar é aquele que está previsto tanto no CPM, como na legislação penal comum.
Por outro lado, para a corrente penalista militar clássica, posição majoritária no Direito
Penal Militar, o crime propriamente militar é aquele que somente pode ser cometido
por militar, como o crime de deserção ou de violência contra superior. E o crime
impropriamente militar é aquele previsto tanto no CP comum como no CPM, mas que,
por escolha do legislador, ganha contornos militares, como o crime de homicídio do
art. 205 do CPM.
O STM, através do Recurso em Sentido Estrito nº 7000228-96.2019.7.00.0000, firmou
entendimento de que são crimes propriamente militares os que somente podem ser
cometidos por militares e, ainda, que a qualidade de militar é essencial ao tempo do
crime, sendo elementar do tipo penal, a exemplo dos crimes de deserção e de
abandono de posto. No entanto, traz o STM uma exceção, que é o crime de
insubmissão. Para o Superior Tribunal, o crime de insubmissão é propriamente militar

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uma vez que o agente apenas não ostentava a qualidade de militar por ter deixado de
se apresentar à incorporação dentro do prazo que fora marcado ou, apresentando-se,
ausentou-se antes do ato oficial de incorporação.

Relação de causalidade
Art. 29. O resultado de que depende a existência do crime sòmente é imputável a
quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não
teria ocorrido.
(...)
§ 2º A omissão é relevante como causa quando o omitente devia e podia agir para
evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem tenha por lei obrigação de
cuidado, proteção ou vigilância; a quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade
de impedir o resultado; e a quem, com seu comportamento anterior, criou o risco de
sua superveniência.

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Art. 30. Diz-se o crime:
Crime consumado
I - consumado, quando nêle se reúnem todos os elementos
de sua definição legal;
Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma
por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Pena de tentativa
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime, diminuída de um a dois terços,
podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a
pena do crime consumado.

Art. 33. Diz-se o crime:


Culpabilidade
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o
risco de produzi-lo;
II - culposo, quando o agente, deixando de empregar a
cautela, atenção, ou diligência ordinária, ou especial, a que
estava obrigado em face das circunstâncias, não prevê o
resultado que podia prever ou, prevendo-o, supõe levianamente
que não se realizaria ou que poderia evitá-lo.
Excepcionalidade do crime culposo
Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém
pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o
pratica dolosamente.

Exclusão de crime
Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento do dever legal;
IV - em exercício regular de direito.
Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o
comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na
iminência de perigo ou grave calamidade, compele os
subalternos, por meios violentos, a executar serviços e
manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o
desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o
saque.

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Estado de necessidade, como excludente do crime
(JUSTIFICANTE)
Art. 43. Considera-se em estado de necessidade quem
pratica o fato para preservar direito seu ou alheio, de perigo
certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo
evitar, desde que o mal causado, por sua natureza e
importância, é consideràvelmente inferior ao mal evitado, e o
agente não era legalmente obrigado a arrostar o perigo.

Legítima defesa
Art. 44. Entende-se em legítima defesa quem, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Excesso culposo
Art. 45. O agente que, em qualquer dos casos de exclusão
de crime, excede culposamente os limites da necessidade,
responde pelo fato, se êste é punível, a título de culpa.
Excesso escusável
Parágrafo único. Não é punível o excesso quando resulta de
escusável surprêsa ou perturbação de ânimo, em face da
situação.
Excesso doloso
Art. 46. O juiz pode atenuar a pena ainda quando punível o
fato por excesso doloso.

COAÇÃO IRRESISTIVEL, OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA

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ERRO DE FATO
art. 36 do Código Penal Militar, o agente é isento de pena
quando, por erro plenamente justificável, cometer um crime
supondo a inexistência de fato que constitui o crime, ou supor a
existência de fato que tornaria a ação legítima.

Se comprovado o erro invencível, fica excluído o dolo, restando isento de pena o


agente. Porém, se o erro pudesse ser evitado com as devidas cautelas, ou seja, se era
possível com atenção comum inteirar-se das circunstâncias reais do fato, e por
imprudência ou negligência o agente não o fez, portanto o erro decorre de culpa, a
este título responde o sujeito, se houver previsão de punição na forma culposa, tudo
consoante o § 1º do art. 36 do CPM.

ERRO DE DIREITO
Art. 35. No erro de direito, uma pessoa por falta de
conhecimento, ignorância, ou mesmo por uma interpretação
equivocada da lei, acredita que agiu de acordo com o
ordenamento jurídico, pensando ser licita sua conduta, quando,
na verdade, era ilícita.

A ignorância é a falta completa de conhecimento da lei, o erro é o conhecimento falso,


o erro e a ignorância no direito penal têm o mesmo significado. O erro de direito, se
escusável, apenas atenua ou substitui a pena por outra menos grave. não se aplica o
instituto quando o crime for contra o dever militar

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