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DIREITO PENAL MILITAR Art.

9°, III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por


Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: civil, contra as instituições militares, considerando-se como tais não só os
I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos:
lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem
disposição especial; administrativa militar;
Esquematizado b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de
Art. 9º, I, do CPM: Crime definido apenas no CPM, ou também na atividade ou assemelhado, ou
Legislação Penal Comum só que de modo diverso + agente é qualquer contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de
pessoa. função inerente ao seu cargo;
Art. 9º, II do CPM: os crimes previstos neste código e os previstos na c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância,
legislação penal, quando praticados: observação, exploração,
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar exercício, acampamento, acantonamento ou manobras;
na mesma situação ou assemelhado; d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à função de natureza militar, ou
administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem
assemelhado, ou civil; pública, administrativa ou
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de judiciária, quando legalmente requisitado para aquele fim, ou em obediência
natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à a determinação legal superior.
administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; Comentários:
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da Competência excepcional da justiça militar, seja da união ou dos
reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; estados. Estaremos diante
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio de crimes praticados por militar da reserva, reformado ou civil.
sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar; - Na alínea a temos o caso, por exemplo, do civil que não comunica o óbito
Cuidado!!!! de seu familiar militar da reserva, para continuar recebendo indevidamente
STF e STJ vêm restringindo o alcance desse dispositivo a pensão.
STJ (Informativo n° 553) - Na alínea b a conduta precisa ser praticada em lugar sujeito à
Compete à Justiça Comum Estadual (e não à Justiça Militar Estadual) administração militar. Os órgãos da justiça militar, por obvio, pertencente ao
processar e julgar suposto crime de desacato praticado por policial militar de Poder Judiciário, e por isso não é considerado lugar sujeito à administração
folga contra policial militar de serviço em local estranho à administração militar. O mesmo se aplica às dependências do Ministério Público Militar.
militar. Isso porque essa situação não se enquadra em nenhuma daquelas - Quanto à alínea c e a alínea d, não costumam aparecerem em provas,
previstas no art. 9º, II, do CPM. contudo, é importante, sempre ter conhecimento da literalidade do texto,
STJ (Informativo n° 667) eventualmente pode ser cobrado.
DIREITO PENAL, DIREITO PENAL MILITAR TEMA - Homicídio Novidade Legislativa.
envolvendo policias militares de diferentes unidades da federação. Art. 9, § 1° Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida
Policiais fora de serviço ou da função. Discussão iniciada no trânsito. e cometidos por militares contra civil, serão da competência do Tribunal do
Contexto fático que não se amolda ao disposto no art. 9º, II, a, e III, d, Júri.
do CPM. Art.9, § 2° Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida
Competência da Justiça comum. STJ CC 170.201-PI/2020, Rel. Min. e cometidos por militares das Forças Armadas contra civil, serão da
Sebastião Reis Júnior, 3ª Seção. competência da Justiça Militar da União, se praticados no contexto:
Cuidado!!!!! I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo
Segundo melhor doutrina, Guilherme Rocha, aduz: Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da Defesa;
“Conforme jurisprudência do STF, nem sempre será de natureza militar II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão
o delito perpetrado por militar da ativa contra militar da ativa, nos militar, mesmo que não beligerante; ou
termos do artigo 9°, II, (a) CPM, havendo crime comum se estiverem III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei
cumulativamente presentes os seguintes requisitos:” e da ordem ou de atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o
- Os sujeitos ativo e passivo não estarem em serviço; e disposto no art. 142 da Constituição Federal e na forma dos seguintes
- Os sujeitos ativo e passivo estarem fora de lugar sujeito à administração diplomas legais:
militar; a) Lei n° 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de
- O motivo do crime não estar ligado à caserna; e Aeronáutica; b) Lei Complementar n° 97, de 9 de junho de 1999; c) Decreto-
- Não se tratar de crime militar próprio. Lei no 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de Processo Penal Militar;
Novidade Legislativa. e d) Lei n° 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral.
Com o advento da Lei n° 13.491/17 os crimes que eram considerados crimes Comentários: Mesmo com o advento da Lei n° 13.491/17, segundo a melhor
de natureza comum, devido à redação anterior definir os crimes militares doutrina, a competência para processar e julgar os crimes dolosos contra a
como sendo somente os que estavam previsto no código penal militar, vida de civil praticados por militares (Federais ou Estaduais) continua sendo,
embora, com redação idêntica a lei penal comum, a partir do advento da em regra, da justiça comum, especificamente do tribunal do júri, conforme,
referida lei, preenchido os requisitos do artigo 9, II, do CPM, tais delidos, preceitua o artigo 9º, § 1º do CPM. Contudo, temos como exceção, os crimes
podem ser considerados crimes militares, atraindo assim, em regra, a dolosos contra a vida praticados por militares das forças armadas contra civil,
competência da justiça militar, seja, da união ou dos estados. serão, excepcionalmente da competência da justiça militar da união,
Cuidado!!! Segundo a melhor doutrina, embora o referido artigo 9, II do CPM conforme, preceitua o artigo 9º, § 2º do CPM.
ao fazer referência aos crimes previstos na legislação penal, não trás - Regra Geral: Crimes Comuns, da competência do Tribunal do Júri.
qualquer exceção, podendo em uma interpretação mais singela, concluir, - Exceções: Crimes Militares, da competência da Justiça Militar da União.
então que qualquer crime previsto na legislação penal seria considerado - Concurso entre Militar Federal & Militar Estadual em Crime Doloso contra
militar, ainda que tal crime tivesse como destinatário outra justiça a Vida de Civil:
competente para o processo e julgamento, essa não seria a melhor - Regra Geral: Unidade de Processo no Tribunal do Júri.
interpretação de tal dispositivo, tal norma, advinda da inovação legislativa, - Excepcionalmente: Separação Obrigatória de Processos (Processo
deve observar competências estabelecidas na constituição e/ou na Lei, Comum no Tribunal do Júri e Processo Militar na Justiça da união).
quando estas têm outorgas conferidas a outras justiças, distintas da militar. Crimes contra a autoridade militar; revolta e motim - Artigos 149 a 156.
Ex: O processamento dos crimes eleitorais que tem a previsão na Comentários:
constituição, em seu artigo 121 CF/88, que determina à competência a MOTIM & REVOLTA MOTIM
justiça eleitoral. Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados:
Esquematizado I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la;
Art. 9º, II, do CPM: Crimes definidos no CPM ou na Legislação Penal Comum II - recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou
são denominados de crimes Militares impróprios + Agente é somente militar praticando violência; III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou
da ativa. em resistência ou violência, em comum, contra superior; IV - ocupando
COMENTÁRIOS: Segundo Lobão, para efeito de aplicação da norma, quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou
entende que a alínea c e a alínea d se confundem, sendo similares, porém, dependência de qualquer deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou
escritas de outra forma. Na alínea (c) estamos diante do militar atuando viatura militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de
em comissão militar ou em formatura, agindo basicamente contra qualquer transporte, para ação militar, ou prática de violência, em desobediência a
pessoa, mesmo em local fora da jurisdição militar. Na alínea (d) fala-se do ordem superior ou em detrimento da ordem ou da disciplina militar:
militar em período de manobras ou exercício. Cuidado!!! Não devemos nos Revolta
preocupar com os conceitos (comissão de natureza militar, formatura, Parágrafo único. Se os agentes estavam armados: Pena - reclusão, de oito
manobra ou exercício), previstos neste artigo, pois em qualquer destas a vinte anos, com aumento de um terço para os cabeças.
situações o militar estará de serviço ou atuando em razão da função.
Comentários: a) Objetividade jurídica: Sem dúvida o objeto jurídico é a primeiro. Não cabe tentativa para o delito em estudo, tendo em vista que o
disciplina militar que com a conduta dos agentes é gravemente ofendida, crime é de consumação instantânea. Aspectos Subjetivos: Crime Militar
pois, é inaceitável que grupo de militares se volte contra a ordem superior e Doloso. Crime Formal. Crime Propriamente Militar. Causa de extinção
a ordem pública, também, se tutela a autoridade militar, tanto a do superior da punibilidade: Para (Nucci, 2014): “prestigia-se, neste caso, a delação,
que teve sua determinação descumprida, bem como, a norma que venha a que ocorre quando o integrante de um delito (como coautor ou partícipe),
ser violada. b) Sujeito ativo: Só pode ser perpetrado por militares da ativa, entrega-se e também a outro(s) membro(s) do ajuste. Estipula-se, como
em regra, trata-se de crime de concurso necessário, sendo bastante, no condição para extinguir a punibilidade do agente da conspiração, o seguinte:
mínimo 2(dois) militares da ativa, eventualmente, pode ser praticado por a) narrar o ajuste a quem possa impedi-lo, o que significa tratar-se de
militares da reserva ou civil, contudo, quando em concurso com militares da superior; b) ter tomado parte no planejamento do motim; c) delatar o preparo
ativa, pela regra do artigo 53, § 1º CPM. c) Sujeito Passivo: Estado. d) antes do início da execução; logo, pode dar-se depois de consumada a
Aspectos Objetivos: a conduta principal é reunirem-se, militares (juntar-se, conspiração, embora antes do motim; d) não haver qualquer consequência
realizar uma reunião), voltados à realização de quatro finalidades (agir contra do preparo do motim, o que nos parece óbvio, pois nem mesmo teve início
ordem superior ou negar a cumpri-la (omissão em relação à ordem); rejeitar da execução, preservando-se o bem jurídico tutelado.”
(seguimento ao comando dado), agindo contrário a ordem ou praticando Aliciação para motim ou revolta
violência que pode ser moral ou física; concordar em não aceitar ordem Art. 154. Aliciar militar ou assemelhado para a prática de qualquer dos crimes
superior, ou seja, não são os cabeças, contudo, são aqueles que aderem a previstos no capítulo anterior:
eles, fortalecendo o quantitativo de militares, ou seja, na modalidade em Comentários: Objetividade Jurídica: O bem jurídico protegido é a
análise existe a mera concordância na prática da recusa coletiva, na disciplina militar. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, incluindo o civil. Sujeito
violência ou resistência contra superior; ocupar(ingressar) unidades Passivo: Estado. Aspectos Objetivos: “Aliciar” significa atrair alguém a
militares, com a finalidade de praticar ação militar violenta ou não, contra alguma coisa. O objeto da conduta é o militar, buscando-se convencê-lo à
ordem superior ou contra a disciplina. e) Crime Propriamente Militar f) prática dos crimes de motim e revolta, ou seja, o crime militar em tela se
Crime Formal g) Aspectos Subjetivos: Crime Militar Doloso. h) Causa de consuma quando o militar aliciado, se deixa seduzir e concorda com o autor.
Aumento: Em relação aos lideres (cabeças) do motim. i) Forma Qualificada Aspectos Subjetivos: Crime Militar Doloso. Crime Formal. Crime
do Tipo Penal Militar: Militares amotinados armados com armas próprias Impropriamente Militar.
ou impróprias, segundo a melhor doutrina, bastando que os militares estejam Incitamento
armados, ainda que não utilizem as armas efetivamente. Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar:
Organização de grupo para a prática de violência Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou distribui,
Art. 150. Reunirem-se dois ou mais militares ou assemelhados, com em lugar sujeito à administração militar, impressos, manuscritos ou material
armamento ou material bélico, de propriedade militar, praticando violência à mimeografado, fotocopiado ou gravado, em que se contenha incitamento à
pessoa ou à coisa pública ou particular em lugar sujeito ou não à prática dos atos previstos no artigo.
administração militar: Comentários: Objetividade Jurídica: O bem jurídico protegido é a
Comentários: Objetividade Jurídica: O bem jurídico protegido é a disciplina militar e a autoridade militar. Sujeito Ativo: Qualquer Pessoal
disciplina militar. Sujeito Ativo: Militares (crime de concurso necessário). Sujeito Passivo: Estado. Aspectos Objetivos: O escopo do delito em tela
Sujeito Passivo: Estado. Aspectos Objetivos: a conduta principal é é instigar, incentivar, que o militar, desobedeça ordem, a disciplina, ou até
reunirem-se, militares (juntar-se, realizar uma reunião), desde que, mesmo, realize a prática de crime militar, desta feita, o tipo penal militar em
portanto, não necessariamente empregando, armamento ou material comento, abrange não só condutas que possam caracterizar crimes de
bélico, pertencente ao Estado, executando atos violentos em desfavor de natureza militar, como também, transgressões disciplinares, desta feita, para
pessoas ou coisas, de natureza pública ou privada. Aspectos Subjetivos: a melhor doutrina, o crime se consuma com a anuência do militar instigado.
Crime Militar Doloso. Crime Material. Crime Propriamente Militar Incitamento por equiparação: Para melhor doutrina, como podemos citar,
Omissão de lealdade militar (NUCCI, 2014) “considerase, também, incitamento a introdução, afixação ou
Art. 151. Deixar o militar ou assemelhado de levar ao conhecimento do distribuição de qualquer material, contendo mensagem de instigação aos
superior o motim ou revolta de cuja preparação teve notícia, ou, estando atos previstos no caput. O parágrafo único somente menciona papéis
presente ao ato criminoso, não usar de todos os meios ao seu alcance para (impressão, escrita, mimeografia), pois o Código Penal Militar data de 1969.
impedi-lo: Atualmente, pode-se acrescentar, em interpretação extensiva, qualquer
Comentários: Objetividade Jurídica: O bem jurídico protegido é a base material disposta a conter a mensagem de incitamento, como email,
disciplina militar e a autoridade militar. SMS, rede social etc.” Aspectos Subjetivos: Crime Militar Doloso. Crime
Sujeito Ativo: Militares. Sujeito Passivo: Estado. Aspectos Objetivos: Formal. Crime Impropriamente Militar.
trata-se de crime omissivo, que estará consumado no momento em que Comentários: Objetividade Jurídica: perturba essencialmente a disciplina,
militar ou militares, têm ciência da preparação do motim ou revolta, não pois se exalta o criminoso da lei penal castrense ou o próprio crime militar, o
participa de imediato ao seu superior, de outro giro, quando o militar ou que afeta a normal regularidade da atividade militar. Sujeito Ativo: Qualquer
militares, não buscam impedir, desde que sem risco, a realização do motim pessoa. Sujeito Passivo: Estado. Aspectos Objetivos: fazer apologia é
ou revolta, estando presente quando da sua deflagração. exaltar, elogiar, engrandecer fato considerado crime militar ou o autor de
Aspectos Subjetivos: Crime Militar Doloso. Crime Omissivo. Crime crime militar, não sendo necessário para a configuração do delito se o autor
Propriamente Militar. já foi condenado
Conspiração
Art. 152. Concertarem-se militares ou assemelhados para a prática do crime Apologia de fato criminoso ou do seu autor
previsto no artigo 149: Art. 156. Fazer apologia de fato que a lei militar considera crime, ou do autor
Isenção de pena do mesmo, em lugar sujeito à administração militar:
Parágrafo único. É isento de pena aquele que, antes da execução do crime Comentários: Objetividade Jurídica: perturba essencialmente a disciplina,
e quando era ainda possível evitar-lhe as consequências, denuncia o ajuste pois se exalta o criminoso da lei penal castrense ou o próprio crime militar, o
de que participou. que afeta a normal regularidade da atividade militar. Sujeito Ativo: Qualquer
Cumulação de penas pessoa. Sujeito Passivo: Estado. Aspectos Objetivos: fazer apologia é
Art. 153. As penas dos arts. 149 e 150 são aplicáveis sem prejuízo das exaltar, elogiar, engrandecer fato considerado crime militar ou o autor de
correspondentes à violência. crime militar, não sendo necessário para a configuração do delito se o autor
Crime Material. Crime Propriamente Militar. Comentários: Objetividade já foi condenado ou não, tendo em vista que o tipo penal em apreço não
Jurídica: O bem jurídico protegido é a disciplina militar e a autoridade militar. exige tais elementos para a sua configuração. Segundo (Neves, 2013): “O
Sujeito Ativo: Militares. Sujeito Passivo: Estado. Aspectos Objetivos: elemento espacial em lugar sujeito à administração militar é exigido para
trata-se de crime omissivo, que estará consumado no momento em que as duas modalidades, ou seja, o enaltecimento do crime militar ou de seu
militar ou militares, têm ciência da preparação do motim ou revolta, não autor, para se configurarem delito, hão de ser em espaço sob a
participa de imediato ao seu superior, de outro giro, quando o militar ou Administração Militar; fora desse limite, o delito será comum.” Aspectos
militares, não buscam impedir, desde que sem risco, a realização do motim Subjetivos: Crime Militar Doloso, não sendo previsto modalidade culposa.
ou revolta, estando presente quando da sua deflagração. Aspectos Crime Impropriamente Militar.
Subjetivos: Crime Militar Doloso. Crime Omissivo. Crime Propriamente Crimes de Violência e Desrespeito contra superior, Desrespeito a
Militar. Cuidado!!! Como o civil não tem o dever de lealdade para com a símbolo nacional ou farda e Insubordinação - Artigos 157 a 176
administração militar, não possui, desta forma, dever de ação, não podendo Violência contra superior
configurar como coautor no crime em tela. Comentários: Objetividade Art. 157. Praticar violência contra superior:
Jurídica: O bem jurídico protegido é a disciplina militar, tendo em vista que Formas qualificadas
ao se reunirem para realizarem planos para a prática de motim, ferem a § 1º. Se o superior é comandante da unidade a que pertence o agente, ou
estrutura do órgão militar. Sujeito Ativo: Militares. (concurso necessário) oficial general:
Sujeito Passivo: Estado. Aspectos Objetivos: O núcleo do tipo penal § 2º. Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de 1/3 (um
militar e “concertar”, ajustar, combinar. O objeto do crime militar é a prática terço).
do crime de motim. Portanto, busca-se punir a preparação do delito. Se § 3º. Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da
houver a conspiração e, na sequência, o motim, este último absorve o violência, a do crime contra a
pessoa. Insubordinação
§ 4º. Se da violência resulta morte: Recusa de obediência
§ 5º. A pena é aumentada da sexta parte, se o crime ocorre em serviço. Art. 163. Recusar obedecer à ordem do superior sobre assunto ou matéria
Comentários: Objetividade Jurídica: O bem jurídico protegido é a de serviço, ou relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou
disciplina militar e a autoridade militar. Sujeito Ativo: inferior hierárquico ou instrução:
funcional, nos termos do artigo 24 CPM. Sujeito Passivo: Estado, como Comentários: Objetividade Jurídica: O bem jurídico protegido é a
sujeito passivo imediato, e o superior agredido como sujeito passivo mediato. disciplina militar e a autoridade militar. Sujeito Ativo: inferior hierárquico ou
Aspectos Objetivos: o tipo penal militar consiste em praticar força física funcional, nos termos do artigo 24 CPM. Sujeito Passivo: Estado. Aspectos
empregada, contra o corpo do superior, ou seja, executar qualquer ato de Objetivos: trata-se de crime , segundo a melhor doutrina de mão própria,
coação físico, mediante emprego de força, nesta toada, STM: “O crime de não admitindo assim, coautoria, de mais a mais, o verbo nuclear do tipo
violência contra superior não exige a ocorrência de lesão corporal para penal militar é “recursar a obedecer à ordem” desobedecer, negar o
sua configuração, bastando o emprego de violência física” (RSE acatamento, podendo ser por omissão ou por ação, além disso, para
0000035- 52.2010.7.01.0401/RJ, Plenário, rel. Cleonilson Nicácio Silva, (NEVES, 2014): “Exige-se o enfrentamento, ainda que em silêncio,
07.02.2012). Aspectos Subjetivos: Crime Militar Doloso. Crime material. deprimindo a autoridade e lesando a disciplina. Dessa forma, o militar que
Crime Propriamente Militar. simplesmente recebe ordem de seu superior para abastecer a viatura antes
Violência contra militar de serviço de deixar o serviço mas não a cumpre, fato que, porém, só é notado apenas
Art. 158. Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou posteriormente, quando outro motorista assume o serviço, não estará
contra sentinela, vigia ou plantão: incorrendo no delito, mas apenas em transgressão disciplinar”. Aspectos
Formas qualificadas Subjetivos: Crime Militar Doloso. Crime Propriamente Militar.
§ 1º. Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de 1/3 (um Oposição à ordem de sentinela
terço). Art. 164. Opor-se às ordens da sentinela:
§ 2º. Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da Reunião ilícita
violência, a do crime contra a pessoa. Art. 165. Promover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para
§ 3º. Se da violência resulta morte: discussão de ato de superior ou assunto atinente à disciplina militar:
Comentários: Objetividade Jurídica: O bem jurídico protegido é a Publicação ou crítica indevida
disciplina militar e a autoridade militar. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa. Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, sem licença, ato ou documento
Sujeito Passivo: Estado. Aspectos Objetivos: A conduta violenta é oficial, ou criticar publicamente ato de seu superior ou assunto atinente à
direcionada a militar de serviço, nas funções grafadas no tipo penal em disciplina militar, ou a qualquer resolução do Governo:
comento, ou seja, contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra Usurpação e Excesso ou Abuso de Autoridade
sentinela, vigia ou plantão. Aspectos Subjetivos: Crime Militar Doloso. Uso indevido por militar de uniforme, distintivo ou insígnia
Crime material. Crime Impropriamente Militar. Art. 171. Usar o militar ou assemelhado, indevidamente, uniforme, distintivo
Ausência de dolo no resultado ou insígnia de posto ou graduação superior:
Art. 159. Quando da violência resulta morte ou lesão corporal e as Uso indevido de uniforme, distintivo ou insígnia militar por qualquer
circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado nem assumiu pessoa.
o risco de produzi-lo, a pena do crime contra a pessoa é diminuída de Art. 172. Usar, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia militar a que
metade. não tenha direito:
Comentários: Segundo, (Neves, 2013): “Aqui se abranda o rigor da Abuso de requisição militar
punição daquele que tinha, sim, a intenção de agredir, o dolo de atacar Art. 173. Abusar do direito de requisição militar, excedendo os poderes
fisicamente o superior hierárquico ou o militar em serviço; entretanto, a conferidos ou recusando cumprir dever imposto em lei:
apuração demonstra que ele, autor, não queria o resultado lesão corporal ou Rigor Excessivo
morte (dolo direto) nem assumiu o risco de produzi-lo (dolo eventual). Dessa Art. 174. Exceder a faculdade de punir o subordinado, fazendo-o com rigor
forma, como reconhecimento de que o dolo do agente se restringiu à não permitido, ou ofendendo-o por palavra, ato ou escrito:
investida, e não ao resultado, o legislador concedeu a aplicação da pena do Violência contra inferior
crime contra a pessoa diminuída pela metade”. Assim pra uma parte da Art. 175. Praticar violência contra inferior:
doutrina, estamos diante de uma figura preterdolosa. Resultado mais grave
Desrespeito a superior Parágrafo único. Se da violência resulta lesão corporal ou morte é também
Art. 160. Desrespeitar superior diante de outro militar: aplicada a pena do crime contra a pessoa, atendendo-se, quando for o caso,
Desrespeito a comandante, oficial general ou oficial de serviço ao disposto no art. 159.
Parágrafo único. Se o fato é praticado contra o comandante da unidade a Ofensa aviltante a inferior
que pertence o agente, oficial general, oficial de dia, de serviço ou de quarto, Art. 176. Ofender inferior, mediante ato de violência que, por natureza ou
a pena é aumentada da metade. pelo meio empregado, se considere aviltante:
Comentários: Objetividade Jurídica: O bem jurídico protegido é a Parágrafo único. Aplica-se o disposto no parágrafo único do artigo anterior.
disciplina militar e a autoridade militar. Sujeito Ativo: inferior hierárquico ou Crimes contra o serviço e o dever militar; crimes de deserção - Artigos
funcional, nos termos do artigo 24 CPM. Sujeito Passivo: Estado. Aspectos 183 a 203.
Objetivos: O verbo nuclear do tipo é desrespeitar, compreendido como a Insubmissão
falta de consideração, de respeito, de acatamento, o que pode ser realizado Art. 183. Deixar de apresentar-se o convocado à incorporação, dentro do
de diversas formas: de palavras, gritos, desenhos, escritos, imitação e até prazo que lhe foi marcado, ou, apresentando-se, ausentar-se antes do ato
caricaturas, etc. para (NUCCI, 2014): “O objeto é o superior, exigindo-se que oficial de incorporação:
a conduta se desenvolva na presença de outro militar. Nota-se a importância Caso assimilado
conferida à tutela da disciplina, pois o desrespeito somente ganha relevo § 1º. Na mesma pena incorre quem, dispensado temporariamente da
quando visto por outros”, para o STM: “Incorre no crime de desrespeito o incorporação, deixa de se apresentar, decorrido o prazo de licenciamento.
militar que, durante a lavratura do auto de prisão em flagrante, responde as Diminuição da pena
indagações do respectivo encarregado em língua estrangeira, além de § 2º. A pena é diminuída de um terço: a) pela ignorância ou a errada
afirmar, em tom de menosprezo e depreciativo, na presença de outros compreensão dos atos da convocação militar, quando escusáveis; b) pela
militares, que o aludido Oficial da Aeronáutica não sabe falar nem digitar em apresentação voluntária dentro do prazo de um ano, contado do último dia
inglês.” Ap. 0000028- 20.2010.7.10.0010/CE Aspectos Subjetivos: Crime marcado para a apresentação.
Militar Doloso. Crime Propriamente Militar. Cuidado!!!! Para (Neves, Comentários: Objetividade Jurídica: O bem jurídico protegido é o serviço
2013): “Nitidamente o delito de desrespeito é um delito subsidiário, isso militar. Sujeito Ativo: civil, convocado á incorporação às forças armadas,
de forma expressa, como se denota do texto do preceito secundário (se o nos termos da lei. Sujeito Passivo: Estado. Aspectos Objetivos: A primeira
fato não constitui crime mais grave). Com efeito, essa subsidiariedade se dá conduta é omissiva, praticada num único ato, portanto, segundo a melhor
em relação ao delito de desacato a superior, grafado no art. 298 do Código doutrina, sem possibilidade de tentativa. A segunda é de mera conduta
Castrense, Por ora, a título de distinção, tenhamos o desrespeito como a também não admitindo a tentativa. No § 1 o do artigo em estudo consagrou-
mera desconsideração, enquanto o desacato como conduta que vai além do se um caso assimilado, dispondo que incorrerá na mesma pena aquele que,
desrespeito, chegando ao menoscabo, menosprezo da autoridade dispensado temporariamente da incorporação, deixa de se apresentar,
representada pelo superior”. injustificadamente, findo o prazo de licenciamento. Já em relação ao § 2°,
Desrespeito a símbolo nacional prevê minoração da pena em um terço, Segundo (NEVES, 2013): “com base
Art. 161. Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à na ignorância ou errada compreensão dos atos da convocação militar,
administração militar, ato que se traduza em ultraje a símbolo nacional: quando escusáveis ou quando há o arrependimento posterior do agente, que
Despojamento desprezível se apresenta voluntariamente dentro do prazo de um ano, contado do último
Art. 162. Despojar-se de uniforme, condecoração militar, insígnia ou dia marcado para a apresentação. No primeiro caso vemos a plena
distintivo, por menosprezo ou vilipêndio: materialização do princípio ignorantia legis neminen excusat, ou seja, o
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o fato é praticado dogma de que a ignorância da lei é inescusável e, ainda que o seja, a
diante da tropa, ou em público.
culpabilidade do agente não estará afastada”. Aspectos Subjetivos: Crime Art. 194. Deixar o oficial de proceder contra desertor, sabendo, ou devendo
Militar Doloso. Crime propriamente Militar. saber encontrar-se entre os seus comandados:
Criação ou simulação de incapacidade física Abandono de posto
Art. 184. Criar ou simular incapacidade física, que inabilite o convocado para Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar de serviço que
o serviço militar: lhe tenha sido designado, ou o serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo:
Substituição de convocado Pena — detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Art. 185. Substituir-se o convocado por outrem na apresentação ou na Descumprimento de missão
inspeção de saúde. Art. 196. Deixar o militar de desempenhar a missão que lhe foi confiada:
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem substitui o convocado. § 1º. Se é oficial o agente, a pena é aumentada de um terço.
Favorecimento a convocado § 2º. Se o agente exercia função de comando, a pena é aumentada de
Art. 186. Dar asilo a convocado, ou tomá-lo a seu serviço, ou proporcionar- metade.
lhe ou facilitar-lhe transporte ou meio que obste ou dificulte a incorporação, Modalidade culposa
sabendo ou tendo razão para saber que cometeu qualquer dos crimes § 3º. Se a abstenção é culposa:
previstos neste capítulo: Pena - detenção, de três meses a um ano. Retenção indevida
Parágrafo único. Se o favorecedor é ascendente, descendente, cônjuge ou Art. 197. Deixar o oficial de restituir, por ocasião da passagem de função, ou
irmão do criminoso, fica isento de pena. quando lhe é exigido, objeto, plano, carta, cifra, código ou documento que
Deserção lhe haja sido confiado:
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do Pena - suspensão do exercício do posto, de três a seis meses, se o fato não
lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias: constitui crime mais grave.
Pena — detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos; se oficial, a pena é Parágrafo único. Se o objeto, plano, carta, cifra, código, ou documento
agravada. envolve ou constitui segredo relativo à segurança nacional:
Comentários: Objetividade Jurídica: O bem jurídico protegido é o serviço Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais
militar, bem como, o dever militar, o comprometimento com sua profissão. grave.
Sujeito Ativo: militar em situação de atividade. Sujeito Passivo: Estado. Omissão de eficiência da força
Aspectos Objetivos: o verbo do tipo penal militar em apreço é “ausentar- Art. 198. Deixar o comandante de manter a força sob seu comando em
se”, que significa afastar-se, do lugar em que deveria estar, contudo, esse estado de eficiência:
afastamento ou ausência deve ser de forma injustificada, considerando que Pena - suspensão do exercício do posto, de três meses a um ano.
o tipo penal militar, estabelece um prazo para sua consumação, chamado de Omissão de providências para evitar danos
prazo de graça. O crime não admite tentativa, por ser crime unissubsistente, Art. 199. Deixar o comandante de empregar todos os meios ao seu alcance
também é crime de mão própria, não admite coautoria. Aspectos para evitar perda, destruição ou inutilização de instalações militares, navio,
Subjetivos: Crime Militar Doloso. Crime formal. Crime propriamente aeronave ou engenho de guerra motomecanizado em perigo:
Militar. Cuidado!!! Para o STF o Crime de Deserção é permanente, Modalidade culposa
HC112511/PE, 2/10/2012. Parágrafo único. Se a abstenção é culposa:
Casos assimilados Pena - detenção, de três meses a um ano.
Art. 188. Na mesma pena incorre o militar que: Omissão de providências para salvar comandados
I - não se apresenta no lugar designado, dentro de oito dias, findo o prazo Art. 200. Deixar o comandante, em ocasião de incêndio, naufrágio, encalhe,
de trânsito ou férias; II - deixa de se apresentar a autoridade competente, colisão, ou outro perigo semelhante, de tomar todas as providências
dentro do prazo de oito dias, contados daquele em que termina ou é cassada adequadas para salvar os seus comandados e minorar as consequências do
a licença ou agregação ou em que é declarado o estado de sítio ou de guerra; sinistro, não sendo o último a sair de bordo ou a deixar a aeronave ou o
III - tendo cumprido a pena, deixa de se apresentar, dentro do prazo de oito quartel ou sede militar sob seu comando:
dias; IV - consegue exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, Modalidade culposa
criando ou simulando incapacidade. Parágrafo único. Se a abstenção é culposa:
Deserção Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Art. 189. Nos crimes dos arts. 187 e 188, ns. I, II e III: Omissão de socorro
Atenuante especial Art. 201. Deixar o comandante de socorrer, sem justa causa, navio de guerra
I - se o agente se apresenta voluntariamente dentro em oito dias após a ou mercante, nacional ou estrangeiro, ou aeronave, em perigo, ou náufragos
consumação do crime, a pena é diminuída de metade; e de um terço, se de que hajam pedido socorro:
mais de oito dias e até sessenta; Pena - suspensão do exercício do posto, de um a três anos ou reforma.
Agravante especial Embriaguez em serviço
II - se a deserção ocorre em unidade estacionada em fronteira ou país Art. 202. Embriagar-se o militar, quando em serviço, ou apresentar-se
estrangeiro, a pena é agravada de um terço. embriagado para prestá-lo:
Deserção especial Dormir em serviço
Art. 190. Deixar o militar de apresentar-se no momento da partida do navio Art. 203. Dormir o militar, quando em serviço, como oficial de quarto ou de
ou aeronave, de que é tripulante, ou do deslocamento da unidade ou força ronda, ou em situação equivalente, ou, não sendo oficial, em serviço de
em que serve: sentinela, vigia, plantão às máquinas, ao leme, de ronda ou em qualquer
Pena — detenção, até 3 (três) meses, se após a partida ou deslocamento se serviço de natureza semelhante:
apresentar, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, à autoridade militar do lugar,
ou, na falta desta, à autoridade policial, para ser comunicada a apresentação
ao comando militar competente.
§ 1º. Se a apresentação se der dentro de prazo superior a 24 (vinte e quatro)
horas e não excedente a 5 (cinco) dias:
§ 2º. Se superior a 5 (cinco) dias e não excedente a 8 (oito) dias:
§ 2º-A. Se superior a oito dias:
Aumento de pena
§ 3º. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se se tratar de sargento,
subtenente ou suboficial, e de metade, se oficial.
Concerto para deserção
Art. 191. Concertarem-se militares para a prática da deserção:
I - se a deserção não chega a consumar-se:
Modalidade complexa
II - se consumada a deserção:
Deserção por evasão ou fuga
Art. 192. Evadir-se o militar do poder da escolta, ou de recinto de detenção
ou de prisão, ou fugir em seguida à prática de crime para evitar prisão,
permanecendo ausente por mais de oito dias:
Favorecimento a desertor
Art. 193. Dar asilo a desertor, ou tomá-lo a seu serviço, ou proporcionar-lhe
ou facilitar-lhe transporte ou meio de ocultação, sabendo ou tendo razão para
saber que cometeu qualquer dos crimes previstos neste capítulo:
Isenção de pena
Parágrafo único. Se o favorecedor é ascendente, descendente, cônjuge ou
irmão do criminoso, fica isento de pena.
Omissão de oficial

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