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DIREITO ADMINISTRATIVO

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DIREITO L

ADMINISTRATIVO
(melhor matéria do mundo)

Prof.: Márcio do COUTO


Siga: @mrdocouto

2º Sgt QPM-1 Márcio Rodrigues do Couto


Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais
Especialista em Direito Penal
Especialista em Direito Processual Penal
Pós-Graduado em Ciências Policiais, Segurança e Ordem Pública
Pós-Graduando em Direito Administrativo

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DIREITO ADMINISTRATIVO

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

Breve histórico
1ª FASE - Irresponsabilidade do Estado – Absolutismo
O Estado não era responsável porque o Estado “não errava”.
2ª FASE – Responsabilização somente com hipótese prevista em lei
O Surgimento da noção de Estado de Direito
3ª FASE– Responsabilidade Subjetiva - Bastava comprovar dolo ou culpa do agente -
Recaía somente sobre os Atos de gestão. - Nos atos de império, permanecia a
irresponsabilidade do Estado
4ª FASE – Responsabilidade Subjetiva pela culpa do serviço. Não era preciso comprovar
a culpa ou dolo, mas somente que da ausência ou insuficiência do serviço decorreu o
dano.
5ª FASE - Responsabilidade Objetiva – Teoria do Risco Administrativo
>>>>>>>> Aplicada no Brasil desde a Constituição de 1946.

A Responsabilidade Civil do Estado é um instituto jurídico que se refere à


obrigação do Estado de reparar os danos causados a terceiros em decorrência de atos
praticados por seus agentes públicos, no exercício de suas funções ou em razão delas.
Essa responsabilidade tem como base o princípio da legalidade e da supremacia do
interesse público, que impõe ao Estado o dever de agir em conformidade com a lei e de
garantir a proteção dos direitos e interesses dos cidadãos.

No Brasil, a Responsabilidade Civil do Estado está prevista no artigo 37, § 6º, da


Constituição Federal de 1988

Diz tal dispositivo legal “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável
nos casos de dolo ou culpa.”
Em se tratando de pessoa jurídica de direito privado, responsabilidade
subsidiária do Estado. (Tanto concessionários quanto empresas públicas e sociedades de
economia mista) RGE – CAIXA - PETROBRAS

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DIREITO ADMINISTRATIVO

IMPORTANTE>>>>>>
(Esse é um dos conhecimentos mais exigidos em termos de concurso público)

A Responsabilidade é Objetiva para o Estado e Subjetiva para o servidor.

Absolvição do agente não afasta a responsabilidade civil do Estado, pois o dolo/culpa


só é apurado na ação regressiva.
Como obrigação meramente patrimonial, a responsabilidade civil independe da
criminal e da administrativa, com as quais pode coexistir sem, todavia, se confundir.

Ex.: BM foi absolvido penalmente, MAS NÃO O ESTADO DE INDENIZAR A


FAMIÍLIA NA ESFERA CÍVEL!
TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO
- Teoria da causalidade adequada
- Estado assume o risco da atividade pública, devendo ser responsabilizado
pelos danos que surgirem em decorrência desta.
Requisitos para a responsabilização:

- Conduta de Agente Público


- Dano
- Nexo de causalidade entre a conduta e o dano

TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO


Não ocorrendo qualquer dos requisitos, estará excluída a Responsabilidade do
Estado
O Brasil adotou a teoria do Dano direto e imediato (teoria da interrupção do nexo
causal), a qual não admite nexo causal entre conduta e efeitos reflexos, ou seja,
conduta que não foi a causa principal, mas apenas concausa.
Ex.: Dei a marcha ré, a senhora assustou-se, caiu, mas eu não bati nela – ISENÇÃO

EXCLUDENTES DO NEXO CAUSAL


IMPORTANTE>>>>>>
Caso Fortuito ou força maior - Doutrina majoritária entende caso fortuito ou força maior
como excludentes.DO NEXO CAUSAL
EXCLUDENTES
Ex.: FORÇA MAIOR – “Tempestade, Tsunami!” –
Ex.: CASO FORTUITO – “Rompimento de uma adutora, desde que comprovado a
diligência da Adm. Pública’ www.qapquestoes.com.br
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Culpa Exclusiva
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do aluno Vítima) no preparatório CTSP do QAPQuestões.
Culpa de Terceiros
DIREITO ADMINISTRATIVO

Caso Fortuito ou força maior - Doutrina majoritária entende caso fortuito ou força
maior como excludentes.

CULPA CONCORRENTE DA VÍTIMA – Não exclui, ATENUA!

RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO


Subjetiva
Estado deve propor ação de regresso em face do agente causador do dano;
Teoria da dupla garantia (STF)
Particular Lesado vs Estado --------- Estado vs SP

Responsabilidade por Obra Pública


Por má execução:
Se executada pelo Estado – Responsabilidade objetiva. Ex.: BR 448
Se executada indiretamente – Em regra, Estado não responde objetivamente. Ex.:
executado por terceirizados;

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO


E ALGUMAS EXCEÇÕES POSSIVEIS DE SEREM COBRADAS
- mas, são exceções, bemmmm exceções -

Responsabilidade por Atos Jurisdicionais


Em regra, Estado não responde por atos jurisdicionais.

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Os atos jurisdicionais são aqueles típicos e específicos da função do Juiz, externados


pelos despachos, decisões interlocutórias, sentenças e acórdãos.
DISTINÇÕES
Estado
Atos Sentenças, acórdãos NÃO RESPONDE
jurisdicionais
Medidas p/ administração e
Atos judiciários funcionamento do Poder Judiciário Estado
RESPONDE

Responsabilidade por Atos Legislativos


Em regra, Estado não responde por danos decorrentes de ato legislativo,
porque a lei não causa danos específicos.
O ato legislativo típico, que é a lei, dificilmente poderá causar prejuízo
indenizável ao particular, porque, como norma abstrata e geral, atua sobre toda a
coletividade, em nome da Soberania do Estado, que, internamente, se expressa no
domínio eminente sobre todas as pessoas e bens existentes no território nacional. Como
a reparação civil do Poder Público visa a restabelecer o equilíbrio rompido com o
dano causado individualmente a um ou alguns membros da comunidade, não há falar
em indenização da coletividade.

Teoria do Risco Integral

- Semelhante à Teoria do Risco Administrativo, mas não admite as excludentes.

- No Brasil a TEORIA DO RISCO INTEGRAL é adotada nas seguintes hipóteses:

Dano resultante de atividade nuclear

Dano ao meio ambiente


EM QUE CASOS ADOTO A
TEORIA DO RISCO INTEGRAL Ataques terroristas
(Nessa teoria NÃO tenho excludentes)
Crimes em aeronaves

FUGA DE PRESO DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL e a


(POSSIBILIDADE) DE RESPONSABILIDADE DO ESTADO
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que, no caso de danos decorrentes de
crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, só é caracterizada a
responsabilidade civil objetiva do Estado (artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição

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Federal) quando for demonstrado o nexo causal entre o momento da fuga e o delito.
A decisão foi proferida no Recurso Extraordinário (RE) 608880, com repercussão geral
(Tema 362), que servirá orientará a resolução de casos semelhantes sobrestados em outras
instâncias.
E para a prova Prof.:
Crime pratica por preso que foge de estabelecimento prisional
REGRA Estado não responde
EXCEÇÃO Estado responde, quando demonstrado
nexo causal

Vejamos como isso pode cair em prova:


QUESTÃO DE CONCURSO - Consoante a Constituição Federal de 1988 e a
jurisprudência do STF, a responsabilidade civil do Estado é
A objetiva e baseia-se no risco administrativo, admitindo excludentes de
responsabilidade, razão pela qual o cometimento de crime por presidiário foragido do
sistema prisional não necessariamente conduzirá à responsabilização extracontratual do
poder público.
B objetiva e baseia-se na culpa do serviço, não admitindo excludentes de
responsabilidade, razão pela qual o cometimento de crime por presidiário foragido do
sistema prisional conduzirá à responsabilização extracontratual do poder público.
C subjetiva e baseia-se na culpa do serviço, admitindo excludentes de responsabilidade,
razão pela qual o cometimento de crime por presidiário foragido do sistema prisional não
necessariamente conduzirá à responsabilização extracontratual do poder público.
D objetiva e baseia-se na culpa do serviço, admitindo excludentes de responsabilidade,
razão pela qual o cometimento de crime por presidiário foragido do sistema prisional não
necessariamente conduzirá à responsabilização extracontratual do poder público.
E objetiva e baseia-se no risco administrativo, não admitindo excludentes de
responsabilidade, razão pela qual o cometimento de crime por presidiário foragido do
sistema prisional conduzirá à responsabilização extracontratual do poder público.

GABARITO: A

QUESTÃO DE CONCURSO - A responsabilidade civil do Estado é a obrigação dos


órgãos públicos de reparar danos que seus agentes causaram no exercício da função.
Nesse sentido, responda com “SIM” ou “NÃO” as perguntas abaixo, à luz da
jurisprudência consolidada no âmbito do Supremo Tribunal Federal. Ao final,
indique a sequência correta:
I. Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus
presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua
responsabilidade a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente
causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de
encarceramento? _______
II. Caracteriza responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime
praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo
causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada? ________

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III. É objetiva a Responsabilidade Civil do Estado em relação a profissional da imprensa


ferido por agentes policiais durante cobertura jornalística, em manifestações em que haja
tumulto ou conflitos entre policiais e manifestantes, quando o profissional de imprensa
descumpre ostensiva e clara advertência sobre acesso a áreas delimitadas, em que haja
grave risco à sua integridade física? ________
IV. Em caso de inobservância do seu dever específico de proteção previsto no artigo 5º,
inciso XLIX, da Constituição Federal, o Estado é responsável pela morte do detento?
_______
A Sim, sim, sim, sim.
B Não, não, sim, sim.
C Sim, sim, não, não.
D Não, não, não, não.
E Sim, não, não, sim.

GABARITO: E

PERSEVERAR, ESSE É O SEGREDO


Prof. Márcio do Couto
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