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E-mail: gustavo.abrahao@unibr.edu.br
• ISTO POSTO, por tudo que dos autos consta, com esteio no art. 487, I, do
Código de Processo Civil, JULGO PROCEDENTE, em parte, o pedido
exordial, condenando o Estado a pagar a parte autora a importância de
R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), a título de dano moral, devidamente
atualizado, a partir desta decisão, e com juros de mora a contar da citação,
pelo que extingo o processo com resolução de mérito, com esteio no art.
487, I, do Código de Processo Civil.
• Condeno o promovido ao pagamento das custas e despesas processuais
das quais não esteja legalmente isento, bem como ao pagamento de
honorários advocatícios que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor
da condenação, em razão da menor complexidade da matéria.
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Ação de Responsabilidade Civil contra o Estado
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Ação de Responsabilidade Civil contra o Estado
• A responsabilidade do Estado pode ser contratual ou extracontratual.
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Causas excludentes ou atenuantes da
responsabilidade do Estado
• A teoria do risco administrativo admite algumas hipóteses de exclusão de
responsabilidade civil. Portanto, são elas: Caso fortuito ou força maior, culpa exclusiva
da vítima e fato exclusivo de terceiro.
•
São considerados casos fortuitos ou força maior eventos humanos ou da natureza dos
quais não se poderia prever ou evitar. Por exemplo: enchentes, terremotos, tsunamis,
entre outros.
• Por isso, o Estado deve suportar os danos sofridos por terceiros em qualquer
hipótese.
•
Assim, mesmo que se comprove culpa exclusiva de terceiro ou força maior, o
Estado deverá ressarcir o particular pelos danos sofridos.
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Responsabilidade direta
• Os ditames constitucionais alcançam:
• Porém, o Estado tem o direito de regresso contra o agente público. Mas, só pode ocorrer o
direito de regresso no caso de o agente público ter agido com culpa ou dolo. Ou seja, a
responsabilidade do agente público é sempre subjetiva.
• Vamos exemplificar: no caso de um carro da polícia ter batido no carro de José. José deve
solicitar a responsabilização do Estado pelos danos ocorridos na batida. E em caso de o
Estado conseguir provar que houve culpa ou dolo do agente público que estava dirigindo a
viatura, pode entrar com direito de regresso contra o agente.
• “1. Evidenciada a falha no aparato estatal na prestação de serviço público, aqui identificada pelos
equívocos da polícia judiciária na fase preliminar de persecução criminal, dando ensejo a uma série de
equívocos que, por fim, induziram à injusta condenação penal do apelante, não há como afastar o
reconhecimento do dano moral decorrente da responsabilização civil da Administração prevista pelo art.
37, § 6º, da CF. 2. Conquanto o art. 5º, LXXXV, da CF, em sua literalidade, reporte-se apenas às
reparações pecuniárias por erro judiciário e excesso de prisão, os atos policiais também geram
obrigação de indenizar quando constatada a culpa do serviço. 3. Diante dos critérios que norteiam a
fixação do quantum devido a título de dano moral, sopesando-se, de um lado, a angústia e
sofrimento experimentados em virtude da indevida privação de liberdade pelo significativo período de 2
(dois) anos e 10 (dez) meses, bem como, a gravidade do prejuízo social e, de outro lado, a razoabilidade
e proporcionalidade com casos semelhantes, considera-se que o valor de R$ 100.000,00 (cem mil
reais) se mostra mais adequado para a justa reparação na hipótese em exame."
• Acórdão 1394500, 07078131620208070018, Relator: JOSAPHA FRANCISCO DOS SANTOS, 5ª
Turma Cível, data de julgamento: 26/1/2022, publicado no PJe: 9/2/2022. 15
Caso 3: Como fazer a peça 3 do estágio?
• Apolônia Silva, ré primária, foi encarcerada há 4 anos e 2 meses pela prática do crime de tráfico de
entorpecentes, em razão de decisão penal transitada em julgado proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado
Alfa, que o condenou à pena de dez anos de reclusão.
• A cerca de dois meses atrás, por seu advogado, solicitou a progressão do regime de pena, por Apolônia ter
cumprido 2/5 da pena, conforme a alteração da Lei de entorpecentes, dada pela Lei 11.464/2007, mas que até
os dias ATUAIS, ainda não foi atendida pelo Poder Judiciário.
• No último mês, ocorreu uma rebelião, e Apolônia foi morta dentro do presídio feminino. Na mesma rebelião,
numerosos condenadas foram assassinadas a tiros, sendo certo que as armas ingressaram no local mediante
pagamento de propina aos agentes penitenciários.
• Inconformada, Maria da Silva, MULHER, mãe de ApolôniA, procurou você para, na qualidade de advogado(a),
tomar as medidas cabíveis, com vistas a obter a responsabilização civil do Estado.
• Ela demonstrou que, ao tempo da prisão, ele era filha única, solteira, sem filhos, trabalhadora, e provia o seu
sustento. Como Maria tem idade avançada e problemas de saúde, ela não tem condições de arcar com os
custos do processo, notadamente porque gastou as últimas economias para proporcionar um funeral digno para
a filha. Redija a peça cabível, mediante apontamento de todos os argumentos jurídicos pertinentes.
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Modelo de inicial da Ação de Responsabilidade Civil contra o Estado
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA
COMARCA DE ____
[ JUSTIÇA GRATUITA ]
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2) DA LEGITIMIDADE ATIVA
(...)
3) DA LEGETIMIDADE PASSIVA
(...)
4) MÉRITO
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7) DOS PEDIDOS
Por exposto, requer a vossa Excelência a total procedência da ação a fim de condenar o Requerido aos seguintes pagamentos:
I) Verba para indenização moral nunca inferior a R$ 900.000,00 (novecentos mil reais)
II) Verba de DANOS MATERIAIS na quantia de R$ 5.000 (cinco mil reais), referente as despesas com funeral de Apolônia, e demais despesas a
serem apuradas em liquidação de Sentença;
IV) Honorários Advocatícios dos patronos do autor, no percentual que V.Ex ª., arbitrar sobre o total da condenação ;
VI) Protesta pela produção de todas as provas necessárias e em direito admitidas, entre as quais testemunhais, cujo rol segue em anexo, pede pelo
depoimento pessoal do representante legal do Requerido, que deverá da presente ser citado através de seu procurador nesta Comarca, a fim de
contestá-la, querendo, sob pena de revelia.
VII) Citação da ré na pessoa de seu representante legal para contestar a demanda se assim entender necessário;
Dá-se à causa o valor de R$ 905.000.00 (novecentos e cinco mil reais) apenas para efeitos fiscais.
Termos em que
Pede Deferimento.