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RESPONSABILIDADE CIVIL DO

ESTADO
Art. 37 § 6º. Da CF/88
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público
e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos
que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos
de dolo ou culpa.
Pessoas Jurídicas de Pessoas Jurídicas de direito privado
direito Público prestadoras de serviços públicos:
1)União; Delegatários:
2)Estados; 1) concessionários;
2)DF; 2) permissionários;
3)Municípios; 3) Autorizatários
4) Autarquias e; Indireta
5)Fundações Públicas de direito 4) Empresa Pública;
público. 5) Sociedade de economia mista e;
6) Fundações Públicas de direito de
privado.
Responsabilidade civil subjetiva e objetiva
1)Responsabilidade civil subjetiva:
É necessário comprovar o dolo ou a culpa do causador do dano.

Dolo: intenção( querer).

1) Negligência;
Culpa: 2) imperícia;
3: imprudência.

2)Responsabilidade civil objetiva:


Não é necessário comprovar o dolo ou a culpa do causador do dano..
A ação Regressiva é subjetiva;
A ação Regressiva é uma ação de ressarcimento ao
erário;
Ação de ressarcimento ao erário de acordo com a
CF/88 é imprescritível, vejamos:

A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos


praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem
prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.
A ação de ressarcimento é obrigatória pelo princípio da
indisponibilidade do interesse público.

A ação de ressarcimento pode ser proposta contra os


herdeiros:
art. 5º. XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a
obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos
termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite
do valor do patrimônio transferido
Obs. Para o STF, ação de ressarcimento ao
erário pode prescrever ( 05 anos), mas não
prescrevem se for decorrente de atos de
improbidade doloso.
TEORIAS
1)Teoria do Risco Administrativo
Situações excludentes:
 1) Caso fortuito; ( evento da natureza)
 2) Fato de terceiro;
 3) Força maior, e; (evento humano)
 4) Culpa exclusiva da vítima.
Situação atenuante:
 5) Culpa concorrente - Divide os prejuízos, o Estado responde na
medida da sua culpabilidade. (Não exclui).
2) Teoria do Risco do Risco integral.

Não admite situações excludentes nem atenuantes:


Casos de acordo com a doutrina majoritária:
1) Dano ao meio ambiente ( art. 225 § 3º. Da CF/88)
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. (...)

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,


pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação
de reparar os danos causados.
2) Casos de acidentes nucleares:( art. 21, XXIII, “d” da CF/88

XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de


qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a
pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus
derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
(...)
§ d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe
da existência de culpa;
3) Casos de danos decorrentes de atos terroristas, atos de guerra ou
eventos correlatos, contra aeronaves de empresas aéreas brasileiras

Previsão legal: Leis nº 10.309, de 22/11/2001, e 10.744, de


9/10/2003
3) Teoria do acidente administrativo ou culpa
administrativa, também chamada teoria da "faute
du service.
 A obrigação de indenizar passou a centrar-se na "culpa do serviço".
 A teoria da "faute du service" é uma criação jurisprudencial do Conselho de
Estado Francês e, por meio dela, se abandona a distinção entre atos de gestão
e atos de império e a perquirição da culpa do agente, para se indagar a culpa
estatal. Ou seja, a culpa pessoal, individual do agente é substituída, na falta
do serviço, pela culpa do próprio Estado, pela "culpa administrativa",
peculiar do serviço público, na maioria das vezes "anônima".
 Assim, ainda quando evidenciada a culpa de agente identificado como autor
do ato lesivo, esta culpa (pessoal) é considerada como conseqüência da falta
do serviço, que deveria funcionar exemplarmente e não foi capaz. Essa falta,
então, é capaz de gerar para o Estado a obrigação de indenizar.
Pontos essenciais da teoria da falta do serviço:
 1) a responsabilidade do servidor público é uma responsabilidade primária,
não indireta (não decorre da relação preposto/preponente);
 2) a falta do serviço público não depende da falta de determinado agente,
mas do funcionamento defeituoso do serviço, do qual decorre o dano;
 3) o fato gerador da responsabilidade é a falta ou culpa do serviço, não o fato
do serviço, daí não se confundir com a teoria do risco administrativo
(objetiva);
 4) não basta a ocorrência de qualquer defeito, mas certo grau de imperfeição,
e o defeito do serviço deve ser examinado tendo em vista o serviço, o lugar e
as circunstâncias.
Responsabilidade por Atos Legislativos e Judiciais
Regra: o Estado não responde.
 Exceções para atos Jurisdicionais:
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o
que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
CPC em seu art. 143.
Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando:
I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;
II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a
requerimento da parte.
Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois que a parte requerer
ao juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado no prazo de 10 (dez) dias. O
Supremo Tribunal já assentou que, salvo os casos expressamente previstos em lei, a responsabilidade objetiva
do Estado não se aplica aos atos de juízes.
Exceções para atos legislativos:

Leis inconstitucionais.
Leis de efeitos concretos

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