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CIVIL DO ESTADO
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ATO ANTIJURÍDICO
O Ato antijurídico NÃO pode ser entendido, para esse fim, COMO ATO ILÍCITO, pois é evi-
dente que a licitude ou ilicitude do ato é irrelevante para fins de responsabilidade objetiva;
caso contrário, danos decorrentes de obra pública, por exemplo, AINDA QUE LICITAMENTE
REALIZADA, não seriam indenizados pelo Estado. Somente se pode aceitar como pressuposto
da responsabilidade objetiva a prática de ato antijurídico se este, MESMO SENDO LÍCITO, for
entendido como ato causador de DANO ANORMAL E ESPECÍFICO a determinadas pessoas,
rompendo o princípio da igualdade de todos perante os encargos sociais. Por outras palavras,
ATO ANTIJURÍDICO, para fins de responsabilidade objetiva do Estado, É O ATO ILÍCITO E O
ATO LÍCITO QUE CAUSE DANO ANORMAL E ESPECÍFICO.
(DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 32ª ed. p. 1466)
Na TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO, adotada de forma ordinária no Brasil, vigora a respon-
sabilidade OBJETIVA. Isso significa que quando o particular se sentir prejudicado por uma conduta
do Estado poderá pleitear indenização, precisando provar apenas TRÊS ELEMENTOS:
ͫ CONDUTA;
ͫ DANO;
ͫ NEXO CAUSAL.
Importantíssimo
Na responsabilidade civil do estado é PRESCINDÍVEL (DISPENSÁVEL) a comprovação de conduta dolosa ou
culposa por parte do agente público ou do Estado.
Devemos nos alertar para o fato de que na responsabilidade objetiva a conduta deve ter sido praticada de forma
COMISSIVA, ou seja, por uma AÇÃO do administrador. Se o dano for causado por OMISSÃO, a responsabilidade
estatal será, como regra, SUBJETIVA pautada na teoria da culpa anônima que será estudada a frente.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 3
» Resposta: Até pode, mas de forma SUBSIDIÁRIA e NUNCA de forma SOLIDÁRIA com
a concessionária, pois a Concessionária possui a responsabilidade objetiva e direta
enquanto o Estado a tem de forma objetiva e subsidiária.
ͫ 4ª pergunta: Os pedestres que naquele momento não eram os usuários diretos do serviço
público também serão indenizados?
» Resposta: SIM, esse é o posicionamento do STJ e do STF nos dias atuais, segue o
entendimento do STJ sobre o tema:
A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva
relativamente a terceiros usuários e NÃO usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6.º, da Constituição
Federal. (STJ, 4.ª Turma, AgInt nos EDcl no AREsp 1115349/SP, 07.12.2017).